Foto: Clive Mason/F1 |
Albert Park, Melbourne, Austrália. A grande novidade desta temporada
é a estreia da F2 e da F3 em solo australiano. Setup desconhecido promete
grandes emoções. Já tivemos alguns acidentes no treino da F3, onde o brasileiro
Gabriel Bortoleto, pupilo da Fênix Alonso, fez a pole.
Talvez o brasileiro tenha sido agraciado pela sorte, pois
haviam pilotos mais rápidos para completar a volta, mas um acidente na última
curva encerrou de vez o treino. Há talentos por aí. Enzo fez um bom treino
livre e a tendência é que o brasileiro evolua. Ele precisa, afinal a cobrança da
Red Bull é pesada, como nós conhecemos.
E a F1? Bem, vemos a dominância inabalável da Red Bull e a Aston
Martin aparentemente bem. Por falar em aparentemente, a Mercedes parece um pouco
acima da Ferrari. Escrevo isso antes do TL2, entrando na madrugada. Um horário
que me deixa animado para produzir, confesso.
O TL2 foi prejudicado por alguns pingos de chuva. Um treino
onde geralmente o pessoal corre com menos gasolina e também prioriza as voltas
rápidas além do stint de corrida. Com muitas retas, há muito tráfego. Diversos
pilotos estão sendo atrapalhados uns pelos outros, o que pode fazer a diferença
numa classificação. Pérez, por exemplo, não conseguiu completar voltas limpas
utilizando o pneu mais macio. Assim, Alonso foi o mais rápido da sessão.
No entanto, a grande notícia negativa (para variar) é mais uma
bizarrice da FIA: do nada eles resolveram proibir os mecânicos de subirem na
grade na hora da bandeirada, visando a “segurança” de todos. Tipo, isso é uma
tradição que existe desde que a F1 é F1. Grandes imagens históricas foram
filmadas e registradas com a vibração dos mecânicos com as vitórias, pódios ou
meros pontos de seus pilotos.
Mas claro, a FIA tem essas preocupações estéticas e outras idiotices
como a posição do carro no grid ou o piercing do Hamilton. Ah, e a emocionante
série da Netflix, é claro. E a competitividade na categoria nada, né? Ah,
esqueci que o importante é encher de corridas nos EUA. É o suficiente.
Enquanto não chegarmos na Europa, tudo indica que a F1 mantém
a hierarquia tradicional. Com mais retas e menos chicanes, vamos ver se Albert
Park produz o entretenimento que sempre foi tradicional nas aberturas de
temporada ou essa mudança matou a emoção do circuito de vez.
Confira os tempos dos treinos livres:
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