Blog destinado para aqueles que gostam de automobilismo (principalmente F1), mas que não acompanham com tanta intensidade ou que não possuem muito entendimento do assunto. "Blog feito por um aprendiz para aprendizes."
Como o Grande Prêmio do Azerbaijão não tem história suficiente para ser relembrada (afinal, está sendo disputada pela quarta vez - três como GP do Azerbaijão e uma como GP da Europa) e é a quarta etapa de uma temporada que até aqui tem o domínio, decidi relembrar de outras "quartas etapas" da era recente da Fórmula 1 que também tiveram domínios de uma equipe, mas diferentes.
Vamos lá:
2004 - SAN MARINO
O GP de San Marino sediado em Ímola na Itália e somente com esta nomenclatura para burlar o regulamento de que não poderia existir dois GPs em um mesmo país com a mesma alcunha, a corrida marcava o aniversário de dez anos de falecimento de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna. Durante o final de semana, o sobrinho Bruno e o grande amigo Gerhard Berger guiaram a mítica Lotus 86, emocionando a todos.
Na pista, a Ferrari mantinha o seu domínio, com Schumacher vencendo as três primeiras etapas. No entanto, a pole ficou com a surpreendente BAR Honda de Jenson Button, que debutava na "posição de honra".
No entanto, Schummi logo deu o pulo do gato nas famosas voltas voadoras pré-reabastecimento e venceu pela quarta vez no ano, mantendo o 100% que depois garantiria o seu sétimo e último título mundial. Button foi o segundo e a Williams de Juan Pablo Montoya foi o terceiro. Alonso, Trulli, Barrichello, Ralf Schumacher e Kimi Raikkonen completaram a zona de pontuação, num grid que também tinham os brasileiros Felipe Massa na Sauber e Cristiano da Matta na Toyota.
2009 - BAHREIN
Foto: Getty Images
Esta é uma outra história que já contei, até recentemente. A Fórmula 1 vivia um novo momento, cortando gastos e sofrendo com a crise, que fez montadoras saírem da categoria. Com o novo regulamento, quem apostou no famoso difusor traseiro se deu bem, enquanto que as tradicionais Ferrari, McLaren e BMW ficaram para trás com a aposta no KERS, o sistema de recuperação de energia cinética.
Jenson Button liderava o campeonato com duas vitórias em três corridas, sendo que na Malásia a corrida teve menos da metade da duração e, portanto, valeu apenas metade dos pontos. Na etapa anterior, na China, o jovem Sebastian Vettel foi o responsável pela primeira vitória da história da Red Bull Racing, ele que também foi o primeiro e único vencedor pela equipe satélite, a Toro Rosso.
No confronto entre os dois, quem se deu bem no sábado foi a Toyota: Trulli e Glock fizeram a primeira dobradinha da história da equipe na primeira fila, com Vettel e Button na segunda fila.
No entanto, durante a corrida, o melhor ritmo de corrida aliado a uma estratégia acertada fez Button vencer pela terceira vez em quatro etapas. Ele venceria mais duas em sequência para garantir uma vantagem irreversível, bastando somente administrar na reta final, onde a Brawn GP já havia sido superada pelas rivais, para se sagrar um dos campeões mundiais mais improváveis de toda a história. Vettel foi o segundo e Trulli o terceiro, seguido por Hamilton, Barrichello, Raikkonen, Glock e Alonso. O grid também contava com Nelsinho Piquet pela Renault (foi o décimo) e com Felipe Massa na Ferrari, que abandonou com problemas no carro do cavalinho rampante.
2014 - CHINA
Foto: Getty Images
O domínio da Mercedes já começa a ser uma fatia significativa da história deste esporte. Depois de três vitórias em três corridas, as flechas de prata partiram para a quarta vitória sem maiores problemas.
Com mais um treino na chuva, Hamilton evidenciava seu maior talento ao fazer mais uma pole. Em condições não tão desiguais, as Red Bull de Ricciardo e Vettel se intrometeram e o líder Nico Rosberg largou apenas em quarto.
Na corrida, sem chuva, um passeio da Mercedes sem maiores problemas e mais uma dobradinha, a terceira vitória de Lewis no ano. O cara responsável por agitar a bandeira fez isso uma volta antes, portanto a corrida teve uma volta a menos, o que ajudou Alonso e a Ferrari a garantir o terceiro lugar, apesar dos ataques de Ricciardo. Vettel foi o quinto, seguido por Hulkenberg, Bottas, Raikkonen, Pérez e Kvyat. Massa foi o 15° com a Williams.
Bom pessoal, essas foram as lembranças dessa semana. Até a próxima!
Olá, pessoal! Voltando com mais uma sessão de vídeos e curtinhas depois de algum tempo. Com a variedade de notícias interessantes que encontrei, achei interessante reviver o maior quadro daqui do blog. Vamos lá:
- Jacques Villeneuve disse que o retorno de Kubica para a Fórmula 1 é terrível e não traz a mensagem correta. Segundo o campeão de 1997, o fato do polonês ter uma deficiência no braço dá a entender que a F1 não é tão difícil quanto alguns pensam. Por outro lado, o canadense valorizou a batalha pessoal de Kubica ao retornar para a categoria depois de tanto tempo. Concordo em partes com o canadense. Claro que ali também existe um recalque porque Kubica o substituiu na BMW em 2006, o polonês voltou mais pelo apelo midiático do que pela capacidade atual. No entanto, se realmente não tivesse condições a FIA teria vetado a participação. Além do mais, nunca na F1 foi ocupada pelos 20 melhores pilotos e nem vai ser.
- Miami segue com a novela para sediar uma corrida no ano que vem. Nesta semana, vai ser realizada uma votação pelo conselho da cidade para aprovar ou não o circuito de rua. Um dos vários problemas que estão inviabilizando o acordo é a resistência de moradores próximos da região onde está o traçado. Se tudo der certo, será mais uma corrida na América do Norte, ou até mesmo substituir o GP do México que pode sair do calendário no ano que vem. Sinceramente, ninguém quer essa porcaria, ainda mais sendo pista de rua.
- A Honda projeta sua primeira vitória nesse retorno a F1 a partir da metade da temporada, no verão europeu. Não sei se é uma meta cautelosa ou ousada, mas a verdade é que os japoneses evoluíram demais. Se o motor não ter problemas de confiabilidade e durar bem, pode ser que os taurinos consigam algum salto de performance mais rápido que o imaginado.
- Por falar nos japoneses, o ex-chefe da McLaren Eric Boullier disse em entrevista que desde a primeira reunião, lá em 2015, tinha percebido que a Honda estava despreparada para o desafio na categoria. No entanto, o ainda chefão Ron Dennis demonstrava muita confiança no retorno da parceria vitoriosa dos anos 1980 e 1990 e já havia assinado o contrato. A história vocês acompanharam de perto por aqui. No entanto, o último ano ficou claro que não era só os japoneses que tinham culpa no cartório.
RELEMBRANDO BAHREIN:
Já faz 15 anos que o circuito estreou no calendário da Fórmula 1. Na época, foi o primeiro de muitos do oriente a adentrar na categoria. Naquela temporada, estávamos testemunhando uma das maiores dominâncias do esporte: o mágico F2004, da Ferrari. Schumacher e Rubinho ficaram na primeira vez, seguidos pela dupla da Williams e da BAR Honda, que foi a terceira força daquele ano. O resultado: dobradinha da Ferrari, com Jenson Button em terceiro.
Por falar no britânico, 2009 foi um ano especial e o mais surpreendente dos últimos tempos. Depois de vencer as primeiras etapas, Bahrein viu a Toyota largar na primeira fila, com Trulli e Timo Glock, com Vettel em terceiro, Button em quarto, Hamilton em quinto e Rubinho em sexto. Na corrida, mais uma vitória da Brawn GP, a quarta de Button, que teve Vettel em segundo e Trulli em terceiro, com Hamilton em quarto e Rubinho em quinto.
Foto: Getty Images
Cinco anos atrás não faz muito. Era o início da era híbrida e do domínio do motor Mercedes. Rosberg foi o pole, mas Hamilton conseguiu reagir, segurar o alemão e vencer a corrida. Vale destacar que Pérez foi o terceiro com a Force India, seguido por Ricciardo, Hulkenberg, Vettel, Massa, Bottas e a dupla da Ferrari (Alonso e Raikkonen). Essa foi a corrida 900 da F1 e a de Stefano Domenicali como chefão da equipe, demitido. Este também foi o primeiro GP noturno do país, marcado pelo acidente entre Pastor Maldonado e Esteban Gutiérrez.
Nesse fim de semana, Fernando Alonso faz no mínimo um “até
logo” na F1, pois o espanhol ainda deixou em aberto um possível retorno para a
categoria a partir de 2020. Se isso vai acontecer nós não sabemos, mas
aproveitamos o final dos quase 17 anos na categoria (2002 ele foi piloto de
testes) para relembrar a carreira do bicampeão e considerando um dos maiores
pilotos da história. Vamos lá:
HISTÓRIA
Fernando Alonso nasceu no dia 29 de julho de 1981 em Oviedo,
capital da região autônoma das Astúrias, no norte da Espanha. A mãe trabalhava
numa loja de departamento e o pai era mecânico em uma fábrica de explosivos
perto da cidade. José Luis, o pai, era um kartista amador e queria passar sua
paixão pela velocidade para os filhos. Ele construiu um kart para Lorena, irmã
mais velha de Alonso mas ela não se interessou, ao contrário de Fernando, que
com três anos de idade deu suas primeiras arrancadas por aí.
Alonso competiu em competições de kart pela Espanha ajudado
pelo pai, que também era mecânico. A família não tinha condições financeiras de
apoiar Fernando nas competições, mas as vitórias do jovem kartistas atraíram
patrocinadores. Sem grana pra comprar pneus para chuva, Alonso aprendeu a
controlar o kart com pneus slicks. O kart foi fundamental para o espanhol lidar
com diferentes estilos de pilotagem, uma de suas grandes qualidades na F1.
Alonso foi tetracampeão espanhol de kart de forma
consecutiva, além da Copa do Mundo Júnior da modalidade em 1996. No ano
seguinte, ele venceu o italiano Inter-A. Em 1998, foi a vez de vencer o
Espanhol Inter-A, além de ser vice-campeão europeu na mesma temporada.
Com 17 anos, o compatriota Adrián Campos deu a Alonso a
oportunidade de testar uma Minardi. Em três dias de testes no circuito de
Albacete, Ferdi igualou os tempos de Marc Gené. Para 1999, Alonso competiu no
Euro Open MoviStar. Na segunda etapa, outra vez em Albacete, venceu pela
primeira vez. Alonso foi campeão com apenas um ponto de vantagem para Manuel
Giao depois de vencer e fazer a volta mais rápida na última corrida. No fim do
ano, Alonso fez outro teste pela Minardi e foi um segundo e meio mais rápido do
que os outros pilotos que testaram o carro.
Em 2000, o último passo: a Fórmula 3000. Mais jovem do grid,
Alonso demorou sete corridas para marcar os primeiros pontos, quando teve duas
vitórias e dois segundos lugares, terminando o campeonato em quarto, atrás do
brasileiro Bruno Junqueira, do francês Nicolas Minassian e do australiano Mark
Webber.
MINARDI (2001)
Foto: Minardi
Alonso foi o terceiro piloto mais jovem da história (na
época, é claro) a estrear na F1. Foi também a primeira temporada da Minardi sob
a administração de Paul Stoddart. O carro não era nem rápido e tampouco
confiável.
Fazendo o que podia, o espanhol chamou a atenção das equipes
maiores. A Sauber chegou a cogitar contratá-lo para substituir Kimi Raikkonen,
mas preferiu ficar com o brasileiro Felipe Massa. No entanto, seu empresário Flavio Briatore
tinha outros planos. Ele queria colocar o espanhol na Benetton, no lugar de
Jenson Button. Com a Renault comprando a equipe inglesa/italiana, Alonso ficou
como piloto de testes na temporada seguinte.
Na última corrida da temporada, no
Japão, Alonso foi o 11°, a frente de carros como a Prost de Frentzen e a BAR de
Olivier Panis, além das duas Arrows e do então companheiro de equipe, o malaio
Alex Yoong. Anos depois, Stoddart classificou a corrida da Fênix como “53
voltas de classificação”. O espanhol ficou atrás na tabela do outro companheiro
de equipe que teve na temporada, o brasileiro Tarso Marques. O melhor resultado
da temporada foi o décimo lugar na Alemanha, o que hoje lhe daria um ponto na
F1.
RENAULT (2003-2006): PRIMEIRAS VITÓRIAS E FIM DA ERA SCHUMMI
Foto: MotorSport
Em 2002, Alonso foi apenas piloto de testes da equipe
francesa, onde andou 1.642 voltas e mais 52 pela Jaguar em um teste em
Silverstone. Como planejado, Briatore sacou Jenson Button e colocou o espanhol
para correr junto com o italiano Jarno Trulli. É claro que a imprensa britânica
não gostou da decisão. Em entrevista para a F1 Racing, o diretor técnico Mike
Gascoyne disse que era a decisão certa a se fazer porque a equipe estava
impressionada com o trabalho realizado pelo espanhol como piloto de testes.
E a justificativa fez sentido. Logo na segunda etapa, na
Malásia, Alonso sagrou-se o piloto mais jovem da história a ser pole position e
também o mais jovem a ir no pódio na mesma corrida, quando foi o terceiro. Foi
a primeira vez que um piloto espanhol conseguiu tal façanha na categoria. Na
corrida seguinte, no Brasil, Alonso bateu forte depois de não ver as bandeiras
amarelas agitadas e os destroços na pista causadas pelo acidente da Jaguar de
Mark Webber.
Na Espanha, corrida da casa, outro feito histórico: segundo lugar. Além disso, Alonso conseguiu a primeira vitória da carreira em uma atuação esplêndida na Hungria, sagrando-se o mais jovem a vencer uma corrida na história da F1. Ele terminou o campeonato em sexto, com 55 pontos e quatro pódios.
Com uma Ferrari dominante em 2004, Alonso não pode fazer
muita coisa. Manteve os quatro pódios (Austrália, França, Alemanha e Hungria).
Em Mônaco, bateu e jogou a culpa em Ralf Schumacher. Na França, foi pole e
quase venceu, se não fosse a extraordinária atuação de Michael Schumacher,
vencedor com quatro paradas. Nas últimas três etapas da temporada, Trulli foi
demitido e substituído por Jacques Villeneuve. Alonso fez 59 pontos e terminou
o campeonato na quarta posição.
Em 2005, outro italiano como companheiro de equipe:
Giancarlo Fisichella. Na corrida de abertura, na Austrália, a chuva atrapalhou
o treino de Alonso, que ainda assim conseguiu chegar em terceiro.
Ele venceu as
duas corridas seguintes (Malásia e Bahrein) largando da pole e venceu a
terceira seguida em uma batalha épica contra Schumacher em Ímola. O espanhol
revelou que estava com o motor avariado. O problema só foi descoberto depois do
treino e a equipe optou por correr ao invés de trocar o motor e ser penalizado
com 10 posições no grid.
A McLaren melhorou e Raikkonen venceu as duas seguintes, na
Espanha e em Mônaco. Era o único adversário de Alonso, visto que Ferrari e
Williams estavam bem abaixo de seus potenciais. Raikkonen iria vencer pela
terceira vez seguida em Nurburgring, mas o estouro da suspensão
dianteira-esquerda na última vez fez Alonso herdar uma improvável e
importantíssima vitória no campeonato.
Alonso bateu no Canadá e não disputou a
corrida dos Estados Unidos em virtude do Caso Michelin. Na França, fez a
terceira pole e venceu pela quinta vez na corrida da casa da equipe. Em
Silverstone, outra pole, mas dessa vez o espanhol foi superado pela McLaren de
Montoya. Na Alemanha de novo, outra vez Raikkonen liderava até sofrer um
problema hidráulico, e lá foi Alonso vencer mais uma.
Na Hungria, Alonso largou só em sexto e terminou apenas em
11° depois de se envolver em um acidente com Ralf Schumacher. Na reta final,
Alonso terminou em segundo em três provas consecutivas. Raikkonen venceu na
Turquia e na Bélgica e terminou em quarto na Itália, reduzindo a vantagem de
Alonso em apenas um ponto.
O título veio com um terceiro lugar em Interlagos. Alonso
sagrou-se o mais jovem campeão da história da F1, o primeiro da Espanha e
terminou com a Era Schumacher. Após a corrida, ele declarou: “eu quero dedicar
este campeonato a minha família e a todos os meus amigos próximos que me
apoiaram durante a minha carreira. A Espanha não é um país que tenha a cultura
da F1e nós tivemos que lutar sozinhos, cada passo do nosso caminho, para fazer
isso acontecer. Um obrigado muito especial também para a minha equipe –eles são
os melhores na F1 e nós fizemos isso juntos. Eu vou dizer que sou campeão, mas
nós somos todos campeões – e eles merecem isso.” Em entrevista anos depois,
Alonso disse que essa foi sua grande corrida da carreira: “Foi um sonho se
tornando realidade e um dia muito emocionante. Nas últimas voltas, eu pensava
estar ouvindo barulhos do motor –de todos os lugares! Mas estava tudo ok. Eu
posso lembrar do meu alívio quando cruzei a linha de chegada”.
Nas etapas finais, no Japão e na China, Alonso e Renault
sagraram-se ainda campeões de construtores. O espanhol foi terceiro em Suzuka e
venceu em Shangai.
Em 2006, defendendo o título, Alonso já começou vencendo no
Bahrein, superando Schumacher e saindo da quarta posição. Na Malásia, ficou em
segundo, atrás de Fisichella. Na Austrália, venceu após superar a Honda de
Jenson Button. Largando em uma posição ruim em San Marino, Alonso recebeu o
troco de Schumacher em Ímola e foi superado também no GP da Europa, mesmo
largando na pole. O troco veio justamente na Espanha, onde venceu pela primeira
vez. Em Mônaco, herdou a pole de Schumacher, punido em 10 posições depois de
parar deliberadamente o carro depois completar sua volta no Qualyfing e também
venceu.
Alonso chegou a quatro vitórias seguidas ao vencer em
Silverstone e no Canadá, as duas largando da pole position. Alonso foi o
primeiro piloto da história a terminar as nove primeiras corridas da temporada
em primeiro ou segundo, sendo igualado depois por Sebastian Vettel em 2011.
Schumacher respondeu em Indianápolis, quando venceu e o espanhol terminou em
quinto. Nova vitória do alemão na França, com Alonso em segundo. O espanhol
ficou em quinto na Alemanha e a vantagem para o heptacampeão era de 11 pontos.
Na Hungria, Alonso foi penalizado no Qualyfing e só largou
em 15°, Schummy ficou em 11° pelo mesmo motivo. Na corrida, Alonso se
encaminhava para uma vitória épica na chuva quando uma porca da roda soltou de
seu carro após o pit stop. Schumacher fez apenas um ponto depois que Robert
Kubica foi desclassificado.
Alonso foi o segundo na Turquia, onde Felipe Massa venceu
pela primeira vez na carreira. Na Itália, uma corrida desastrosa. Um furo na
parte de trás da carroceria fez Alonso largar apenas em quinto. No entanto, o
espanhol foi punido por ter atrapalhado Felipe Massa e caiu para décimo. Um
problema no motor o fez abandonar e com a vitória de Schummy a vantagem caiu
para apenas dois pontos.
Na China, Alonso fez a pole na chuva mas ficou em segundo.
Com a vitória de Schumacher, o campeonato estava empatado, com o alemão na
frente pelo número de vitórias. No Japão, a Ferrari largou na pole, mais de um
segundo a frente das Renault, que ficaram em quinto e sexto. No entanto, na
corrida, Alonso pulou para segundo e venceu após Schumacher abandonar com um
problema no motor. Com 10 pontos de vantagem, bastava um oitavo lugar no Brasil
para ser bicampeão.
Massa venceu em Interlagos e Alonso foi o segundo,
Schumacher o quarto. Alonso bicampeão mundial, outra vez no Brasil. O espanhol
sagrou-se o mais jovem bicampeão da história e a Renault também venceu os construtores
por 5 pontos. Desde 2005 Alonso já tinha acertado com a McLaren para a temporada
de 2007, onde, sem o recém-aposentado Michael Schumacher, prometia ser o novo
dono da F1.
Até que surgiu um certo Lewis Hamilton... mas isso é assunto
para o próximo post. Até mais!
Fala, galera! Tá chegando a segunda parte do Especial Jenson Button, revisitando a carreira deste grande piloto que no final de semana irá participar de sua última corrida na F1 (Será?). Hoje falaremos de seu período na BAR/Honda, onde conquistou seus primeiros pódios e sua primeira vitória na carreira.
Foto: F1Fanatic
Jenson chegou na equipe onde Villeneuve era um dos donos. O clima hostil prevaleceu desde o início. O campeão mundial disse que Button tinha marketing do que habilidade e parecia um membro de boy band. Button não ligou muito. Logo na primeira corrida, na Austrália, Villeneuve não parou na volta prevista e foi aos boxes na mesma volta de Button, que ficou atrás do canadense, esperando o pit stop, perdendo segundos preciosos. Villeneuve disse que teve um problema no rádio, mas a história não parecia muito verídica. Nas seis primeiras provas, Jenson marcou oito pontos contra três do seu companheiro de equipe (destaque para o quarto lugar na Áustria). Seu grande susto foi a batida à quase 300 km/h em Mônaco num treino de sábado, ficando inconsciente e, portanto, de fora da prova. Ele retornou na prova seguinte, no Canadá, e seguiu batendo Villeneuve, que sofria de inúmeros problemas técnicos e mecânicos. Button conquistou outro quarto lugar e terminou o campeonato com 17 pontos. Após o fim da temporada, foi anunciado que o japonês Takuma Sato seria seu parceiro de equipe no ano de 2004.
2004: Primeira pole e muitos pódios - Button começa a se destacar
Foto: Motorsport
Pela primeira vez na carreira, Button era o cara mais experiente da equipe. 2004 foi a sua melhor perfomance na carreira até então. Logo na segunda etapa, na Malásia, conquistou o primeiro pódio, chegando em terceiro. Na corrida seguinte, também chegou na mesma posição, no Bahrein. Duas semanas depois, a primeira pole: Ímola foi o palco, dez anos depois da morte de Senna e Ratzenberger. Na corrida, chegou em segundo, atrás de Schumacher e sua mais que dominante Ferrari F2004. O desempenho de Button foi impressionante: 10 pódios em 18 corridas e não pontuou em apenas três etapas. Com isso, o britânico foi o terceiro colocado no Mundial de Pilotos, atrás apenas de Schumacher e Barrichello e garantiu o vice-campeonato inédito da BAR/Honda nos construtores.
Última volta a partir de 1:34:00
Apesar do ano muito positivo dentro das pistas, Button se envolveu em uma polêmica contratual. No meio da temporada, ele assinou um contrato de dois anos para retornar a Williams. Foi uma decisão surpreendente, visto que a BAR era a segunda ou terceira força da F1 no momento e a equipe de Grove buscava se retornar ao topo. A BAR insistiu que tinha prioridade em exercer a cláusula de renovação automática e levou a questão à FIA. O staff de Button respondeu que a cláusula perdia validade caso a BAR estivesse ameaçada de perder os motores Honda para os próximos anos. Após uma batalha de judicial de dois meses, a FIA decidiu a favor da BAR, e Button permaneceu na equipe. David Richards, antigo chefão, foi substituído por Nick Fry depois da Honda comprar 45% da equipe, e Button trocou de empresário.
Foto: F1 Fansite
A temporada de 2005 prometia a manutenção do ótimo desempenho do ano anterior. Entretanto, isso não esteve nem longe de acontecer. O começo foi difícil: os dois carros da equipe abandonaram nas duas primeiras etapas (na Malásia, depois de apenas três voltas de corrida). No Bahrein, Jenson vinha de uma ótima corrida de recuperação. Estava em quarto depois de largar em 11°, mas teve que abandonar outra vez. Em San Marino, o terceiro lugar veio. Todavia, os comissários encontraram na inspecção pós-corrida que havia um segundo tanque de combustível mantido dentro do principal. O carro estava 5,4 kg abaixo do peso mínimo. Embora os comissários não tenham feito nada, a FIA apelou e levou para a Corte Internacional. Não se podia provar que a BAR agiu deliberadamente de má fé, mas os dois carros da BAR foram desclassificados da corrida de San Marino e a equipe foi suspensa da F1 por duas corridas.
Corrida de Ímola foi aquele pega histórico entre Alonso e Schumacher
A BAR retornou no GP da Europa. Button tentava melhorar,mas chegou em décimo. Ele surpreendeu todo mundo ao fazer a segunda pole da carreira no Canadá, mas bateu na volta 47 da corrida quando estava em terceiro. A corrida seguinte, dos Estados Unidos, foi a famosa "corrida dos seis carros", e a BAR estava zerada em nove corridas. Entretanto, depois disso Button pontuou em todas as corridas, com dois pódios (Alemanha e Bélgica), terminando a temporada em nono e a BAR em sexto nos construtores.
A segunda pole de Button começa em 1:38
Melhores momentos do GP da Alemanha de 2005
Pódio do GP da Bélgica de 2005
Pelo segundo ano seguido, Button envolveu-se em uma polêmica contratual com a Williams. Ele assinou um pré-contrato pelo time para a temporada 2006, mas no meio do caminho entendeu que as perspectivas na BAR eram melhores e que não era obrigado a ir para a equipe de Glove. Frank Williams exigiu a apresentação do piloto. Depois de alguns meses de negociação, Button pagou 18 milhões de libras pela liberação do contrato e permaneceu na BAR, que virou Honda. Os japoneses compraram da empresa de tabaco os 55% restantes das ações. Antes disso, a equipe havia anunciado a contratação de Rubens Barrichello, ex-Ferrari, para a próxima temporada.
A continuação será no próximo post, que contará a trajetória de Button pela Honda. Até!
Fala, galera! Semana de Grande Prêmio do Brasil sempre é importante, e hoje vamos começar a relembrar a trajetória de Felipe Massa no circuito brasileiro, afinal como vocês sabem, essa será a última vez que ele correrá em Interlagos pela F1. Hoje, vamos destacar suas três participações pela Sauber:
2002 - Após marcar o primeiro ponto da carreira na Malásia, na segunda etapa do campeonato, o jovem Felipe vinha empolgado para sua primeira corrida de F1 em terra natal. Entretanto, o resultado não foi o esperado: O brasileiro abandonou na 41a volta após uma colisão (não encontrei nada na internet como registro). O GP é lembrado como aquele que Pelé deu a bandeirada para Takuma Sato (retardatário) ao invés do vencedor, Michael Schumacher, quando já estava de costas.
2004 - Após não ter participado da temporada 2003, Massa retornou a Sauber. Dessa vez, o Brasil encerrava a temporada, já ganha por Schumacher ainda na Bélgica. Após a pole de Barrichello, Massa conquistou um ótimo quarto lugar. O dia parecia promissor para os brasileiros. Entretanto, Rubinho "frustrou" a torcida ao chegar em terceiro e Massa foi oitavo, garantindo um pontinho na etapa final da temporada. Confira a pole de Rubinho:
2005 - Antepenúltima etapa do Mundial tinha a disputa entre Raikkonen e Alonso. Massa largou em 9°, na frente de Rubinho (10°). Entretanto, dessa vez Massa não conseguiu pontuar. Montoya venceu, com Raikkonen em segundo e Alonso em terceiro, o que bastava para o espanhol sagrar-se o campeão mais jovem da história naquele momento, com 24 anos e 59 dias.
Por enquanto é só, em breve voltaremos com o ápice de Massa no Brasil: As vitórias e o quase título, Até mais!