Foto: MotorSport |
Olá, amigos! Aqui vai mais uma parte do especial Fernando
Alonso aqui no blog. Para acompanhar as outras partes, clique nos links abaixo:
Agora, vamos ao trabalho:
FERRARI (2010-2014):
MAIS POLÊMICAS E FRUSTRAÇÕES
Foto: RaceFans |
Depois da passagem conturbada e dos dois anos “sabáticos”
(mas igualmente polêmicos) na Renault, Alonso voltava para o protagonismo de
quem era bicampeão mundial, agora com o surpreendente retorno de Michael
Schumacher na Mercedes. Agora, o desafio
era na antiga rival, a Ferrari, que dispensou o campeão mundial Kimi Raikkonen,
que tinha mais um ano de contrato, e manteve Felipe Massa na equipe,
completamente recuperado do acidente na Hungria na temporada passada.
Na estreia, no Bahrein, Alonso largou em terceiro, atrás de
Massa e do pole Vettel. Na largada, o espanhol passou o brasileiro e depois
assumiu a liderança após um problema no motor do carro da Red Bull. Alonso foi
o quinto piloto da história a estrear na Ferrari com uma vitória (Fangio 1956,
Andretti 1971, Mansell 1989 e Raikkonen 2007). Na Austrália, Alonso de novo
largou em terceiro, atrás das Red Bull. Na largada, na pista molhada, foi
acertado por Jenson Button e caiu para a última posição, conseguindo se
recuperar e chegar em quarto. Outra vez saindo em terceiro na China, Alonso
queimou a largada, foi punido e caiu para 15°, mas foi beneficiado por vários
Safety Car para chegar em quarto.
Na Espanha, Alonso largou e manteve-se em quarto até o
final, quando um problema nos freios de Vettel e nos pneus de Hamilton o
alçaram para o segundo lugar. Em Mônaco, um acidente no último treino livre o
impediu de participar do treino e largou em último, em 24°. Ainda assim, chegou
em sexto, com direito a ultrapassagem de Schumacher na última curva após a
saída do Safety Car, mas o alemão foi punido. No Canadá, Alonso largou e chegou
em terceiro. Em Valência, o espanhol vinha em quarto mas terminou em oitavo
após ser prejudicado pela entrada do Safety Car após o acidente entre Mark
Webber e a Caterham de Kovalainen.
Na Inglaterra, Alonso largou em terceiro. Largando mal,
penalizado por ultrapassagem ilegal em Kubica e com problemas no carro, foi
somente o 14°, um minuto atrás do vencedor Mark Webber. Na Alemanha, Alonso foi
apenas 2 centésimos mais lento que o pole Vettel. Na largada, Alonso passou
Vettel, mas foi superado por Felipe Massa. Mais rápido que o brasileiro durante
várias voltas mas sem conseguir passar, o espanhol reclamou para a equipe e
exigiu a passagem para o primeiro lugar, o que foi atendido logo depois com a
famosa mensagem do “Fernando is faster than you” para Felipe Massa. Alonso
venceu, mas o clima não estava bom, tanto com o companheiro de equipe quanto
com os fãs e a imprensa, que desaprovaram a manobra à la Áustria 2002, que
envolveu a própria Ferrari.
Na Hungria, Alonso outra vez largou em terceiro, atrás das
Red Bull e chegou em segundo depois de uma penalidade aplicada para Vettel. Na
Bélgica, Alonso largou só em décimo e foi atingido por Rubens Barrichello na
largada. Ele chegou a ficar em oitavo até abandonar no fim da prova. Na casa da
Ferrari, em Monza, Alonso largou na pole pela primeira vez com a equipe. Na
largada, foi ultrapassado por Button, mas uma boa estratégia nos boxes garantiu
a vitória para enlouquecer os tifosi, a 24ª da carreira de Ferdi, a terceira na
temporada e a primeira da Ferrari em casa desde 2006 (e até hoje a última).
Em
Cingapura, onde sempre mostra muita força, a Fênix fez a pole diante das Red
Bull e das McLaren. Na corrida, Alonso foi atacado o tempo todo por Vettel mas
conseguiu vencer chegando apenas três décimos a frente do alemão. No Japão,
terceiro lugar, atrás das Red Bull. Na sequência, vitória no novo circuito da
Coreia do Sul após Vettel abandonar com problemas no motor.
Em Abu Dhabi, com oito pontos de vantagem para ser campeão,
Alonso largou em terceiro. Na largada, foi superado por Button. Um erro de
estratégia da Ferrari fez o espanhol parar cedo demais. Marcando Webber, que
bateu no muro e foi para os boxes, Alonso voltou atrás da Renault de Vitaly Petrov
e foi incapaz de passar o russo no travado circuito, perdendo o título para o
jovem Sebastian Vettel.
Em 2011, a temporada não começou bem. Apesar do quarto lugar
na Austrália, a distância de mais de um minuto para Vettel assustou. Com a
Ferrari confirmando o péssimo rendimento inicial, Alonso chegou em quinto na
Malásia e em sétimo na China, sendo superado por Felipe Massa em ambas. O
primeiro pódio do ano veio só na Turquia, quando ficou boa parte da prova em
segundo, só ultrapassado por Webber no final, faltando sete voltas.
Na corrida
da casa, Alonso renovou com a Ferrari até 2016. Largou em terceiro e chegou a
assumir a liderança na largada, mas foi superado pelas Red Bull na primeira
parada nos boxes e terminou em quinto, uma volta atrás. Em Mônaco, depois de
largar em quarto, Alonso perseguia Vettel pelo segundo lugar. Com os pneus
gastos, os dois foram beneficiados por um acidente que provocou bandeira
vermelha, fazendo o espanhol alcançar o melhor resultado no ano, em segundo.No caótico GP do Canadá, Alonso abandonou após ser tocado
por Button e ficado na brita. Em Valência, chegou em segundo.
Na Inglaterra, os
difusores foram banidos, o que daria em tese vantagem para a Ferrari crescer no
campeonato. Alonso era o segundo colocado quando um erro no pit stop do líder
Vettel permitiu ao espanhol vencer pela primeira vez no ano.
Na Alemanha, ficou
em segundo depois de duelar com o vencedor Hamilton e Mark Webber. O quarto
pódio consecutivo veio na Hungria, quando terminou em terceiro. O quinto pódio seguido
não veio porque foi superado por Webber e Button nas voltas finais de Spa. Na
Itália, chegou a liderar após a largada, mas não resistiu a Vettel e Button,
sendo capaz de se defender de Hamilton e conseguir um pódio na casa da Ferrari.
Alonso conseguiu mais três pódios: segundo no Japão, terceiro na Índia e
segundo em Abu Dhabi. Na corrida final, no Brasil, foi o quarto, a mesma
posição final na classificação do campeonato.
A Ferrari não parecia estar melhor para a temporada 2012. No
entanto, na abertura da temporada, na Austrália, Alonso largou só em 12° depois
de rodar no cascalho durante o Q2. Na corrida, chegou em quinto. Na Malásia,
largou em nono. A corrida, disputada na chuva, fez Alonso assumir a liderança
na volta 16. Na cola estava a Sauber de Sérgio Pérez, cada vez mais próximo de
assumir a ponta. No entanto, estranhamente o mexicano rodou e diminuiu o ritmo,
dando a Alonso uma improvável vitória.
O terceiro lugar em Mônaco fez o
espanhol assumir a liderança do campeonato. No entanto, o quinto lugar no
Canadá fez Alonso perder a ponta para Lewis Hamilton.
Uma das maiores corridas da carreira de Alonso foi em
Valencia, no GP da Europa. Largando em 11°, o espanhol foi escalando o grid e
contou com os abandonos de Vettel e Hamilton. Em Silverstone, na chuva, Alonso
fez a primeira pole da Ferrari desde 2010, mas chegou em segundo na corrida.
Alonso de novo fez a pole numa chuvosa Alemanha e venceu a corrida, mantendo a
liderança do Mundial.
Na Bélgica, se envolveu em um grave acidente na primeira
curva quando foi acertado pela Lotus de Romain Grosjean. No Japão, outra vez
Alonso foi atingido num acidente de primeira volta e perdeu pontos importantes
na briga pelo título.
No fim da temporada, com o crescimento da Red Bull e a queda
da Ferrari, Alonso não foi páreo e perdeu mais uma vez o sonho do tri para
Sebastian Vettel no Brasil, chegando três pontos atrás graças a um segundo
lugar em Interlagos e a quinta posição do alemão.
Alonso começou a temporada de 2013 largando em quinto na
Austrália, numa sessão que só terminou no domingo em virtude da forte chuva no
sábado. No final da primeira volta, o espanhol já era o terceiro. Depois,
parando mais cedo, passou Vettel e chegou em segundo, atrás de Kimi Raikkonen.
Na Malásia, largou em terceiro. Na segunda curva, acabou acertando a traseira
de Vettel e danificou a frente do carro. A equipe mandou Alonso seguir na pista
para ir nos boxes mais tarde e se aproveitar dos pneus mais novos, afirmando
que o bico do carro não seria problema. No entanto, logo na segunda volta, o
bico se soltou do carro e Alonso abandonou.
A Fênix finalmente venceu pela
segunda vez na Espanha largando do quinto lugar, em uma atuação espetacular.
Essa foi a última vitória da carreira.
No entanto, depois de chegar em sétimo
em Mônaco, Alonso já estava 29 pontos atrás de Vettel. Com a Ferrari sem
rendimento e a Red Bull sobrando a partir dos novos pneus Pirelli, mais duros,
terem entrado em vigor na segunda parte da temporada, foi um passeio do alemão, que virou tetra com
muitas corridas de antecipação e várias quebras de recordes. Apesar disso tudo,
Alonso foi outra vez vice de Vettel.
A nova F1 de 2014, a era híbrida, teve diversas novidades e
prometia mudar as forças da categoria, dominada pela Red Bull. A Ferrari
tentava se aproveitar e Alonso via nisso uma nova oportunidade para buscar o tricampeonato. Uma
das mudanças era que cada piloto deveria escolher um número fixo para atuar na
categoria. Alonso escolheu o #14, número com o qual foi campeão mundial de kart
e era considerado também “número da sorte”. Agora com Kimi Raikkonen como
companheiro de equipe, Alonso e Ferrari tiveram uma temporada difícil, com
diversas críticas do espanhol para a equipe, conturbando ainda mais o clima
entre as duas partes.
Alonso esteve perto de vencer na Hungria, mas foi
superado no final pela Red Bull de Daniel Ricciardo. Alonso foi só o sexto no
campeonato e outro pódio só, na China. Apesar do pior campeonato na Ferrari,
sobrou em relação a Raikkonen. Com a falta de resultados, Luca di Montezemolo foi
demitido do comando da Ferrari. No lugar entrou Marco Mattiacci, que bateu de
frente com Alonso. O resultado foi a saída de ambos da equipe. O rival Vettel
ocuparia o seu lugar.
Sem clima para ir para a Red Bull e a impossibilidade óbvia
de ser companheiro de Hamilton outra vez, Alonso novamente não tinha grandes
opções. Dessa vez, a Renault já não existia. A única opção era a McLaren, outra
ponte implodida pelo espanhol, parecia impossível. A McLaren não vinha de
temporadas competitivas e encerrou a parceria com a Mercedes, apostando no
retorno com a Honda, visando reeditar os tempos áureos de Senna e Prost. Um
campeão do mundo eles já tinham, Jenson Button. Qual o outro que estava dando
sopa no mercado?
E na útima parte, tudo sobre o improvável retorno de Alonso
para a McLaren e o convívio com Ron Dennis. Até!