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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O INESQUECÍVEL NURBURGRING

Foto: Getty Images
Há 20 anos, a F1 vivia um enredo diferente na briga pelo título e o surgimento de forças surpreendentes. Na ocasião, há exatas duas décadas a Alemanha recebia o Grande Prêmio da Europa, em Nurburgring, a antepenúltima etapa da temporada.

Com Schumacher ausente da disputa em virtude do acidente em Silverstone que quebrou uma das pernas, a Ferrari recorreu a Mika Salo e fez o segundão Eddie Irvine ser alçado a esperança italiana para quebrar o jejum de 20 anos sem taças. Na McLaren, Hakkinen buscava o bicampeonato. Os dois brigavam com muita irregularidade e erros individuais e da equipe. Em Monza, Frentzen, com a Jordan, venceu e se aproximava como uma terceira força, com duas vitórias na temporada. Lembra muito 2008: Hamilton e Massa irregulares e Kubica uma alternativa por algum tempo.

Em Nurburgring, Hakkinen e Irvine estavam empatados, com Frentzen 10 pontos atrás e Coulthard 12. Estava tudo em aberto. O alemão conquistou a segunda pole da história da equipe de Eddie Jordan, seguido por Coulthard, Hakkinen, Panis (Prost), Fisichella (Benetton), Hill (Jordan), Villeneuve (BAR) e Irvine apenas em nono.

Na largada, um problema com as luzes vermelhas forçou uma nova volta de apresentação. Na sequência, após a primeira curva, a Jordan de Hill ficou muito lenta. A Benetton de Wurz desviou dele mas não do brasileiro Pedro Paulo Diniz, que capotou e chegou a perder o aparato do santantônio. Ele foi para o hospital realizar exames de rotina mas não passou de um susto.

Foto: Divulgação
Frentzen, Hakkinen, Coulthard e Ralf Schumacher seguiam no primeiro pelotão, enquanto Irvine demorou para se desvencilhar da Benetton de Fisichella. Começou a chover, mas não em todos os setores da pista. Apresentando a habitual dificuldade, Hakkinen foi perdendo rendimento e foi para os boxes. Irvine e Salo também. A Ferrari queria botar pneus de chuva, mas Irvine não quis. Resultado: o irlandês perdeu muito tempo e estava praticamente alijado da prova. A impressão é que a Ferrari não queria que ele fosse campeão. Imagina todo o investimento para o Schumacher fazer história e a taça parar no Irvine, que sequer continuaria na equipe em 2000?

A chuva parou e Hakkinen se deu mal, precisando parar novamente. Com o tempo seco, Frentzen e Ralf foram aos boxes para reabastecer. Logo ao sair do pit, um problema elétrico sepultou as chances do alemão da Jordan em ser campeão.

Com a pista ainda escorregadia, Coulthard perdeu o controle e bateu. A chuva voltou forte e Ralf liderava. Enquanto isso, Hakkinen e Irvine se engalfinhavam lá atrás, prejudicados pela estratégia e pela má pilotagem. Enquanto isso, Trulli, Herbert, Barrichello, Villeneuve e a dupla da Minardi (Badoer e Gené) escalavam as primeiras posições.

Foto: Sutton Images
A liderança virou uma batata quente. A chuva voltou com tudo e Coulthard bateu. Pouco depois, a pista secou e Ralf parou para trocar de pneus. Fisichella assumiu a liderança, mas na quarta escapada de pista bateu e ficou fora. Na sequência, o líder Ralf teve o pneu traseiro direito estourado e precisou ir para os boxes. Herbert, com a Stewart, assumia a liderança, seguido por Trulli (Prost) e Barrichello (Stewart). Irvine e Hakkinen tentavam de tudo para somar algum ponto. Luca Badoer, com a Minardi, alcançava uma histórica quarta posição.

Até que o motor explodiu e a maior chance do italiano pontuar na carreira também. Ao sair do carro, irritado, começou a chorar copiosamente. Uma das cenas mais tristes da história. Uma crueldade com a Minardi e com Luca.

Foto: Reprodução

Foto: Getty Images
Villeneuve, com problemas eletrônicos, também abandonou. Hakkinen pressionou tanto Irvine que fez o irlandês escapar da pista para fazer a ultrapassagem. No final, sem mais surpresas, Johnny Herbert guiou para a terceira vitória na carreira e a primeira e única da Stewart, já vendida para a Ford, que virou Jaguar em 2000. Trulli resistiu a pressão de Rubinho e chegou em segundo, com o brasileiro atrás. Ralf foi o quarto e Hakkinen conseguiu um ótimo quinto lugar numa péssima corrida. Se Badoer ficou fora, coube a Marc Gené voltar a fazer a Minardi pontuar depois de quatro anos, com Irvine em sétimo.

Foto: Getty Images
Jackie Stewart fazia história ao ser mais um a vencer como piloto e dono de uma equipe própria. Hakkinen abriu dois pontos de vantagem para Irvine faltando duas etapas: a estreia da Malásia e o tradicional Japão. Nada melhor do que falar desta grande corrida em momentos onde se questiona se a vitória de Vettel foi merecida. Herbert mereceu vencer? Ou seria Frentzen, Coulthard, Ralf ou Fisichella? O que vale é que é isso que entra para a história: a disputa, o imponderável e a emoção da incerteza.

Até!

quarta-feira, 10 de abril de 2019

A CORRIDA 1000

Foto: F1i
Ah, a China. Diferente de alguns que acham ruim o palco da milésima corrida ser em um país sem tradição, não se pode mudar o calendário. Diversidade é tudo. Lógico que Silverstone seria histórico, mas o mundo precisa girar. A China também é um palco histórico onde Schumacher venceu pela última vez e está no calendário desde 2004, onde Rubinho foi o responsável pela primeira vitória.

Bom, o intuito do post é relembrar outras corridas com números marcantes. Vamos lá:

CORRIDA N° 100: GP DA ALEMANHA DE 1961


Foto: Reprodução
A primeira corrida da F1 foi em 1950. Portanto, a centésima edição foi realizada 11 anos depois, no antigo traçado de Nurburgring, na Alemanha. Os carros já estavam no famoso formato das "baratinhas" e o bico tubarão da Ferrari. Phil Hill, da equipe italiana, saiu na pole. No entanto, a vitória ficou com Stirling Moss, da Lotus. Wolfgang Von Trips foi o segundo e estava muito perto de ser o primeiro alemão campeão, mas acabou falecendo semanas depois, no GP da Itália, em um acidente que também vitimou 14 espectadores. O título ficou com Hill e a Alemanha finalmente conheceu seu primeiro campeão apenas 33 anos depois.


CORRIDA N° 200: GP DE MÔNACO DE 1971

Foto: Reprodução YouTube
Mais dez anos se passaram e a F1 já era outra, bem mais moderna, se aproximando dos conceitos da indústria aeronáutica. O palco era luxuoso. Na pista, ficou evidenciado o domínio da Tyrell de Jackie Stewart, que fez a pole e venceu com grande autoridade a segunda das seis etapas conquistadas na temporada que lhe deu o segundo título mundial.


CORRIDA N° 300: GP DA ÁFRICA DO SUL DE 1978

Foto: Reprodução
Na terceira etapa da temporada, Niki Lauda (que deixou a Ferrari após o bicampeonato em 1977) fez a pole com a Brabham. No entanto, a corrida foi marcada por muitas quebras nos ponteiros, começando pelo próprio austríaco. Na sequência, Mario Andretti, Riccardo Patrese e Patrick Depailler sentiram o cheiro da vitória, mas diferentes infortúnios os impediram. No final, sobrou para o sueco Ronnie Peterson vencer na última vitória, ultrapassando o francês. Meses depois, a favoritíssima Lotus de Andretti seria campeã, enquanto que o companheiro sueco faleceria no GP da Itália.



CORRIDA N° 400: GP DA ÁUSTRIA DE 1984

Foto: Reprodução


Em 1984, Brabham, Ferrari e McLaren disputavam o título. O brasileiro Nelson Piquet foi o pole, mas a equipe de Woking formada por Niki Lauda e Alain Prost era superior na corrida. Dito e feito. Em Spielberg, o piloto da casa não tomou conhecimento e escalou o pelotão para vencer tranquilamente pela única vez em casa no ano em que conquistou o tricampeonato por meio ponto de vantagem diante de Prost.


CORRIDA N° 500: GP DA AUSTRÁLIA DE 1990

Foto: Reprodução
A corrida 499 foi marcada pelo bicampeonato de Ayrton Senna no famoso "acidente da vingança" com Alain Prost na primeira curva de Suzuka. O brasileiro largou na pole, mas abandonou no final da prova com problemas no câmbio. Piquet, na Benetton, herdou a liderança. Nas voltas finais, foi atacado pela Ferrari de Nigel Mansell, mas o brasileiro deu uma fechada para garantir a vitória que encerrava aquela temporada.


CORRIDA N° 600: GP DA ARGENTINA DE 1997

Foto: Reprodução
Uma das temporadas mais disputadas da história teve como confronto a Williams de Villeneuve contra a Ferrari de Schumacher. Dominando o início de temporada, o canadense foi o pole, enquanto o alemão saiu em terceiro e abandonou na primeira curva em um acidente com Barrichello, ainda na Stewart. Apesar de controlar a prova toda, Villeneuve teve que superar uma pressão da outra Ferrari, de Eddie Irvine, para vencer. Ele seria o campeão no final do ano depois daquela famosa disputa com o alemão.



CORRIDA N° 700: GP DO BRASIL DE 2003

Foto: Getty Images


Uma das maiores corridas da história da Fórmula 1 também em um número emblemático. Essa você já conhece: início da temporada de 2003 com muito equilíbrio entre Ferrari, McLaren e Williams. Rubinho foi pole e largou com pneu de chuva, apesar de estar nublado. Foi perdendo posições na largada mas depois com o retorno da chuva acabou assumindo a ponta. Enquanto isso, na curva seguinte ao S do Senna, muitos carros batiam forte por ali, incluindo Schumacher, Montoya, Button, Wilson... Rubinho vinha para vencer até que uma pane seca pôs fim ao seu sonho de ganhar em casa. Depois, com a dupla da McLaren na frente, Raikkonen errou, Coulthard parou e de mansinho Fisichella assumiu a liderança com a Jordan. Webber e Alonso bateram forte na subida do Café, o que interrompeu definitivamente a corrida. Um erro foi feito e a vitória foi dada para Raikkonen, o que só foi desfeito de fato na corrida seguinte, em Ímola. A última vitória da Jordan.




CORRIDA N° 800: GP DE CINGAPURA DE 2008

Foto: Divulgação
Outra corrida histórica e que vocês já sabem a história. Primeira corrida em Cingapura, primeira corrida noturna e a disputa entre Massa e Hamilton. O brasileiro largou na frente e liderava tranquilo até que Nelsinho Piquet bateu de propósito e provocou um Safety Car para beneficiar Alonso. Na parada, a mangueira de combustível ficou e o brasileiro se ferrou. Alonso venceu pela primeira vez no retorno a Renault e no ano seguinte ficou comprovada a farsa.




CORRIDA N° 900: GP DO BAHREIN DE 2014

Foto: AUSmotive.com
Esse eu também já falei e não faz muito tempo. No início da era híbrida, Rosberg e Hamilton duelavam pelo topo. A corrida ficou marcada pela disputa dos dois, onde o inglês segurou até o fim para vencer, com Sérgio Pérez surpreendendo com a Force India e fechando em terceiro.



Bem, essas foram as corridas do 100 até o 900. Vejamos como será a milésima e espero estar por aí na 1100, 1200... até!




terça-feira, 13 de novembro de 2018

HEINEKEN F1 EXPERIENCE


Fala, gurizada!

Sábado teve a segunda edição da Heineken F1 Experience. A primeira foi no RJ e teve Felipe Massa dirigindo a Williams. Aqui em Porto Alegre foi a vez de Rubens Barrichello.

Cheguei quase 12h e perdi a primeira arrancada do Rubens. Um calor escaldante e mesmo assim consegui um lugar na grade. Foi bem legal. Teve espetáculos de motos e drift, coisa bacana para o público em geral, além de muita música. A nota ruim foi o calor que vitimou umas queimaduras no meu pescoço hehehe

Destaque negativo foi pro locutor do evento que teve a proeza de chamar Sir Jackie Stewart de JACK SMITH. Meu Deus, o sangue subiu na hora! O momento era de tanta emoção e perplexidade que só me dei conta que JACKIE STEWART ESTEVE EM PORTO ALEGRE! INACREDITÁVEL!

Bom, pra fechar a conta, comprei dos ambulantes uma camisa da Mercedes. Estava vestindo a camisa de Johan Cruyff... sacaram a referência? Abaixo, fotos e vídeos dessa experiência única!

P.S.: Bem na hora que Rubinho veio para a segunda arrancada, saí da grade pra comprar um refri. Sacanagem. É muito rápido e impossível de gravar, mas valeu ouvir o V8. Emoção única! Imagina estar em Interlagos!

Espero voltar um dia, seja para a F1, seja para a música.

Até!











SIR JACKIE STEWART! 





quarta-feira, 22 de agosto de 2018

INSANO

Foto: Grande Prêmio
Estava ansioso para poder escrever sobre uma das corridas mais épicas dos últimos 30 anos. Teve tudo que certamente não existe mais na F1. Acidentes, drama e um desfecho surpreendente.

Pra começar, com a chuvarada que estava na hora da largada, nem teria corrida. Iam esperar o circuito secar. Bom, ainda bem que naquela época não tinha essa frescura. Em 1998, a briga pelo título tinha a McLaren de Mika Hakkinen, que tinha o melhor carro e começou aquele ano de forma dominante, contra a Ferrari de Michael Schumacher, que reagiu logo em seguida. Antes de Spa, a vantagem do finlandês era de sete pontos (77 a 70).

No sábado, com tempo bom, a lógica: dobradinha da McLaren na pole. Uma surpreendente Jordan de Damon Hill parou no terceiro lugar, deixando as Ferrari de Schumacher e Irvine em quarto e quinto.

No entanto, mesmo no seco, o treino de sábado deu uma palhinha do que viria, com os acidentes de Jacques Villeneuve, numa combalida Williams Mecachrome, e Mika Salo (Arrows).




No domingo, a largada com chuva era uma realidade. Depois de todo mundo sair da primeira curva, Coulthard foi tocado por Irvine e acabou batendo de frente, voltando para a pista. Diante da falta de visibilidade para quem vinha atrás (com a água subindo fica impossível enxergar), o que aconteceu em seguida foi um grande efeito dominó: a Ferrari de Eddie Irvine, a Benetton de Alexander Wurz, a Sauber de Johnny Herbert, as Tyrrell de Ricardo Rosset e Tora Takagi, as Stewart de Rubens Barrichello e Jos Verstappen, as Arrows de Pedro Paulo Diniz e Mika Salo e as Prost de Jarno Trulli e Olivier Panis bateram entre si, causando o maior engavetamento da história da categoria. O resultado só poderia ser um: bandeira vermelha para retirar os carros e a sujeira da pista.



Mais de uma hora depois, a corrida teve uma nova largada. Rubinho, Panis, Salo e Rosset não participaram da relargada porque não tinham um carro reserva. Nisso, Damon Hill largou melhor e pulou para a liderança. Hakkinen rodou e foi acertado pela Sauber de Herbert. Fim de prova para o líder do campeonato e caminho aberto para Schumi vencer e assumir a liderança. A outra McLaren, de Coulthard, também se envolveu em um incidente com Wurz e caiu para a última posição.


Algumas voltas depois, Schumacher finalmente ultrapassou Hill e arrancou para a vitória, o que lhe daria a liderança no campeonato. Com 40 segundos de vantagem para o rival, Schumi foi passar o retardatário Coulthard. O escocês freou demais quando o alemão estava bem perto, não conseguiu desviar e acabou batendo na traseira da McLaren. Schumacher chegou a levar o carro sem bico e com três rodas para os boxes, mas não tinha o que fazer. Fim de prova e a grande chance de virar líder ir por água abaixo (com perdão do trocadilho). Possesso, o alemão resolveu invadir os boxes da McLaren para tirar satisfações, mas acabou contido pela turma do "deixa disso".


Pouco depois, Irvine rodou sozinho e pôs fim a corrida da Ferrari justamente na etapa número 600 na categoria. Com isso, Hill pulou para a liderança e o irmão de Michael, Ralf, ficou em segundo. Uma improvável dobradinha da Jordan se formou. Pra deixar tudo mais apimentado, a Benetton de Fisichella bateu em cheio na Minardi do Shinji Nakano, fazendo com que o Safety Car entrasse de novo na pista.

Com apenas seis carros na pista, coube ao campeão mundial de 1996 segurar a pressão do companheiro Ralf para vencer pela última vez na carreira e a primeira da equipe Jordan, logo com uma dobradinha. Também foi o último pódio da carreira de Jean Alesi, em terceiro com a Sauber. Heinz Harald Frentzen (Williams) foi o quarto, o brasileiro Pedro Paulo Diniz (Arrows) foi o quinto e Jarno Trulli (Prost) fechou aqueles que completaram a prova.

No fim das contas, pode-se dizer que os pontos que Schumacher perdeu fizeram falta na briga pelo título. Anos depois, Coulthard admitiu que fez um "brake test" na reta de Spa a pedido da equipe para beneficiar Hakkinen na disputa do título. Ralf, brigado com a Jordan rumo a Williams, também disse anos depois que, a pedido de Eddie Jordan e dos antecedentes da prova, não atacou Hill e se contentou com um segundo lugar.


Resumo da ópera: que insano! Será que Spa ainda é capaz de proporcionar essas emoções para a gente?

Até!

quarta-feira, 25 de abril de 2018

A QUARTA ETAPA, HÁ 20 ANOS

Foto: Getty Images
Bom, como o GP do Azerbaijão será realizado apenas pela segunda vez, é complicado traçar algum tipo de paralelo histórico. Tava difícil pensar em algum post que se encaixasse aqui. Mas tentei.

Bom, no post do Bahrein eu relembrei o contexto daquele início do campeonato de 2008. Pra não virar uma série sobre o campeonato de 2008 (não que não mereça um especial, foi um campeonato incrível), quis apostar em outras frentes. Poderia falar dos 15 anos que Schumacher venceu um dia depois da morte da mãe, mas isso já foi abordado em outros lugares e a ideia aqui é buscar algo mais "trash" e diferente.

No caso, diferente até mais: a quarta etapa do campeonato de 1998. Depois do (último) título da Williams no ano anterior, os ingleses ficaram para trás com o motor Mecachrome após a saída da Renault. Coube a McLaren e a Ferrari polarizarem a disputa do título. Na abertura da temporada, na Austrália, uma surpreendente ordem de equipe fez Mika Hakkinen vencer pela segunda vez consecutiva, deixando David Coulthard em segundo. Michael Schumacher abandonou e saiu atrás na disputa.

No Brasil, outra dobradinha inglesa, na mesma ordem, com Schumacher em terceiro. A superioridade da McLaren era evidente. A sequência foi quebrada com a vitória de Schumacher no último GP da Argentina realizado até então, com Hakkinen em segundo e Coulthard apenas em sexto.

San Marino era a primeira corrida europeia do ano. Com a McLaren superior, não difícil colocar os dois carros na primeira fila: Coulthard fez sua sétima pole position, com as duas Ferrari logo atrás.

Haviam três brasileiros na categoria, e os três em carros bem ruins: Barrichello, na Stewart, foi o 17°; na mesma fila estava Pedro Paulo Diniz, com a Arrows e fechando o grid, de Tyrrell (a última temporada da escuderia), Ricardo Rosset.

Foto: Getty Images
Na largada, Hakkinen pulou para a liderança. Teoricamente, a hierarquia do time de Woking estava definida. Com um circuito travadíssimo, parecia que a corrida se manteria dessa forma. Pois bem, com um problema no câmbio, o finlandês abandonou e Coulthard, 20 segundos à frente, assumiu a ponta. No final, com problemas no carro, foi administrando a vantagem para um faminto Schumacher chegar em segundo, quatro segundos e meio atrás. Irvine completou o pódio, a dupla da Williams (Villeneuve e Frentzen) e Alesi (Sauber) nos pontos.

Nenhum dos três brasileiros completou a prova. Rosset e Diniz tiveram problemas no motor, enquanto Rubinho sequer largou.

O panorama do campeonato era o seguinte: Hakkinen se manteve com 26 pontos; Coulthard chegou a 23 e Schumacher 20. A briga durou até o fim, o que garantiu o primeiro título mundial de Mika.

Baseado no relato, a corrida não foi das melhores. Comparando com o que nós estamos vendo ultimamente, não chega a ser muito distinto. Enfim, essa "série" serve para comparar as épocas e o conceito de equilíbrio e desequilíbrio dos campeonatos, a qualidade das corridas, etc.

Espero no futuro começar outra série especial. Até mais, por enquanto!