Foto: Sky Sports |
3 de agosto de 2018. Surpreendendo o mundo, a Renault
anuncia a contratação de Daniel Ricciardo por 2 anos. O anúncio foi feito dias depois do GP da
Hungria, quando a F1 parou nas férias do verão europeu. Na ocasião, o australiano tinha duas vitórias
na temporada: na China, quando caiu do céu e em Mônaco, quando reverteu uma
injustiça histórica de dois anos atrás, mesmo com o carro repleto de problemas.
Max Verstappen tinha vencido somente na Áustria.
Ricciardo já tinha 4 abandonos na temporada, enquanto
Verstappen teve três. Na classificação: 118 a 105 para o australiano, que
sempre esteve a frente desde que os dois viraram parceiros de Red Bull.
Coincidência ou não, algo mudou depois das férias, e isso
está evidenciado nos números: em sete corridas, Max pontuou em todas, sem
problemas. Ricciardo abandonou em quatro, sendo metade logo no início da prova.
Ou seja, nem deu para o cheiro. Em dado momento do ano passado era Max quem
sofria com os problemas dos taurinos. Nesse ano, parece que a gangorra pendeu
para o ex-sorridente, ainda mais de forma tão assustadora coincidentemente após
o anúncio de mudança de equipe.
Desde então, Max somou 111 pontos e a vitória no domingo, no
México, foi a cereja do bolo. Ricciardo teve dois sextos lugares e um quarto
lugar, no Japão, como melhor resultado. Assustadores 28 pontos em 7 corridas.
Média de quatro pontos, como se o australiano chegasse em oitavo em todas elas.
No total, incríveis 70 pontos de vantagem de Max na tabela.
Por isso a irritação e frustração de Ricciardo. Não é
acusação, mas simplesmente o australiano está sendo impedido de correr. Por quê
tantos erros? Desleixo por já estar de saída ou pura e simplesmente azar? A Red
Bull não pode tratar alguém com o talento do australiano e que tanto contribuiu
nesses anos de dificuldade de forma tão desrespeitosa. Ricciardo não participa
mais das reuniões da equipe, que já pensa no ano que vem, e tampouco será
liberado para testar pela Renault no fim do ano, nos testes coletivos de Abu
Dhabi. O australiano cogita não correr mais nesse carro amaldiçoado.
Talvez tirar umas férias e sair desse clima pesado e de
urucubaca seja uma solução bem passional. Resta para Ricciardo mais duas
oportunidades de despedida digna do grupo que o formou como homem e piloto. Se
tentarem lhe ajudar a construir algo positivo, ótimo; do contrário, paciência.
Pior do que tá não fica e a Renault é logo ali, só não sei se isso é uma coisa
boa.
Até!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá, esse é o espaço em que você pode comentar, sugerir e criticar, desde que seja construtivo. O espaço é aberto, mas mensagens ofensivas para outros comentaristas ou para o autor não serão toleradas.