quarta-feira, 8 de novembro de 2017

DESPEDIDAS EM INTERLAGOS

Foto: O Dia
Desde 2004 que o Grande Prêmio do Brasil passou a ser disputado no final da temporada, sendo muitas vezes a última etapa. Pegando como mote a segunda despedida de Felipe Massa (ressaltando que a despedida, nesse caso, é do circuito; a oficial será em Abu Dhabi), listamos alguns pilotos que fizeram sua última corrida por aqui. Alguns realmente se despedindo e outros forçados a saírem. Bom, vamos lá:

2008 - DAVID COULTHARD


Na F1 desde 1994 e com passagens por Williams e McLaren, David Coulthard encerrava sua carreira no Brasil, onde venceu em 2001. Com uma pintura especial toda de branco, o escocês foi homenageado por todos os pilotos. Entretanto, como é de se esperar nessas ocasiões comemorativas, a última corrida de Coulthard pela F1 durou poucas curvas. Ele se envolveu em um acidente logo na primeira volta e abandonou, acompanhando de camarote a emocionante disputa de Lewis Hamilton e Felipe Massa. Acredito que até por conta disso poucas pessoas lembrem dessa ocasião.


2006 - MICHAEL SCHUMACHER (1a DESPEDIDA)

Foto: Wikipédia Commons
O maior piloto da história da categoria queria se despedir da F1 com o octacampeonato. Entretanto, a situação ficou quase impossível depois do motor Ferrari ter estourado em Suzuka e a vitória ter caído nas mãos de Alonso, que abriu 10 pontos de vantagem e precisava de apenas um para ser bicampeão. Schumacher precisava desafiar o impossível: vencer e torcer para que o espanhol não pontuasse. Não aconteceu, mas Schummi deu um show. Com o pneu traseiro esquerdo furado logo no início da corrida, o alemão caiu para as últimas posições, o que proporcionou seus então últimos pegas na carreira, chegando em quarto lugar. O Brasil teve a honra de ser o palco da última corrida de um gênio da esporte, mas isso virou fato secundário diante do êxtase da torcida com a vitória de Felipe Massa, que quebrava um jejum de 13 anos sem vitórias de um brasileiro em Interlagos.




2011 - RUBENS BARRICHELLO

Foto: F1Fanatic
A despedida que não teve cara de... despedida. Rubens Barrichello até colocou o verde e amarelo no capacete, mas ainda acreditava que continuaria mais uma temporada na F1. O piloto com mais corridas na história da categoria brigava com o compatriota Bruno Senna pela vaga da Williams, e até então o panorama estava indefinido. No palco onde conquistou três poles e teve a vitória tirada em 2003 por um erro incrível da Ferrari (pane seca), Rubinho não tinha muito o que fazer com aquela Williams. Com o bicampeonato de Sebastian Vettel definido desde o Japão, a F1 encerrou a temporada de 2011 com Vettel na pole e Rubinho em 12°. Entretanto, o brasileiro terminou a sua última corrida na F1 em 14° e apenas em 2012 foi anunciada a contratação de Bruno Senna, o que encerrou uma era significativa na F1. Uma pena que Rubinho não teve a despedida que merecia, enquanto Massa terá duas.


2012 - MICHAEL SCHUMACHER (2a DESPEDIDA)

Foto: SkySports
O retorno em 2010 obviamente fez com que Schumacher tivesse que aposentar outra vez. Isso foi em 2012, de novo em solo brasileiro. Não foi igual a primeira. Schummi manteve seu status de lenda, mas sua segunda passagem pela categoria decepcionou aqueles que esperavam algo parecido de seus tempos na Ferrari. Apenas um pódio e muitos acidentes. Enfim, a questão não é essa. Agora pela Mercedes, Schummi fez uma boa corrida. Largando em 13°, resistiu aos eventos caóticos da corrida e terminou em sétimo, atrás de Sebastian Vettel, tricampeão mundial em uma disputa emocionante com Fernando Alonso. O fim definitivo de Schumacher na F1.



2013 - MARK WEBBER

Foto: Red Bull
Vencedor em 2009 e em 2011, Mark Webber vinha de quatro anos belicosos na Red Bull e com Sebastian Vettel. O australiano viu o alemão o vencer com extrema facilidade (principalmente em 2011 e 2013). A corrida derradeira de Mark até que terminou bem: segundo lugar na dobradinha da Red Bull e a nona vitória seguida de Vettel. O que mais chamou a atenção foi que Webber fez a volta de desaceleração até os boxes sem o capacete, desfrutando de seu último momento na F1 com o vento batendo no rosto.



Bônus: na mesma corrida, Felipe Massa se despediu da Ferrari depois de sete anos. O brasileiro seguiu para a Williams, sua última equipe. Como o Felipe se despede em Interlagos, hein?

Foto: F1Fanatic


Essa foi a minha lista. Faltou alguém? Comente!

Até mais!

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

O SEGUNDO ADEUS

Foto: Globoesporte.com
Não era novidade. Pelo contrário. É oficial: Felipe Massa irá se aposentar pela segunda vez da F1 no final da atual temporada. O brasileiro se antecipou a Williams e, através de suas redes sociais, fez o derradeiro anúncio.

A situação já era esperada, diante do interesse da equipe de Grove em fazer uma espécie de vestibular pela vaga com Robert Kubica, Paul di Resta, Pascal Wehrlein e agora até Daniil Kvyat como um dos postulantes, com os 15 milhões de euros que possuem de seus apoiadores russos.

Sobre a despedida de Massa e outras sensações pessoais, já escrevi nesse espaço no ano passado. Elas continuam atuais. O que dá para acrescentar nesse post é que vai pegar mal para Massa perder de Lance Stroll. Ademais, creio que no futuro apenas fãs hardcores como nós é que lembrarão desses detalhes. Pode ser até que a sua despedida verdadeira tenha sido em 2016. Talvez fosse melhor para a imagem do brasileiro afirmar desde o início do ano que essa seria a sua temporada derradeira, que retornou como um "favor" para Williams e nada mais. Ao menos não daria a impressão de estar sendo chutado e substituído como está sendo hoje. Repito: nada muda a sua brilhante história na F1. E, além do mais, não são poucos que têm uma segunda despedida da F1. Ele iguala seu mentor, Michael Schumacher, no mesmo palco. Lembro de Niki Lauda também, o resto precisaria pesquisar.

E quem será o substituto do brasileiro? Torcendo para que seja Pascal Wehrlein. Ele é, de longe, o melhor piloto disponível para a Williams no momento. Kubica com um braço é uma aposta arriscada. Di Resta e Kvyat nem considero, é um absurdo que ambos sejam realmente candidatos a substituto de Massa.

Ademais, você pode conferir (ou reler) outros textos relacionados a Massa que fiz no ano passado e o fim de uma era, pessoalmente falando:

O PRIMEIRO ANÚNCIO DE APOSENTADORIA DE MASSA

RITO DE PASSAGEM - PARTE 1 (aqui, em uma visão pessimista, achei que Raikkonen e Alonso iriam se aposentar no final desse ano; errei, mas a ideia segue a mesma)

RITO DE PASSAGEM - PARTE 2 (A então provável e depois confirmada saída de Bernie Ecclestone do comando da F1)


Até!

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

A NOVA F1

Foto: Divulgação
Essa é uma expressão clássica, utilizada de meses em meses, de anos em anos. Afinal, qual o seu significado? Bem, é aquela coisa: "tem que tornar a F1 mais humana, dificultar a vida dos pilotos, fazer eles ganharem no braço igual nos anos 1980 e 1990" e blá blá blá.

Desde então, a Fórmula 1 segue essa empreitada em busca de dificultar a vida dos pilotos, o que vai na contramão da essência da categoria, que é ser vanguarda tecnológica, onde muitas coisas desenvolvidas vão para os carros de rua.

Agora, só se fala em uma coisa: como será a F1 a partir de 2021? Por que esse ano? Bem, a Liberty Media ainda tem que honrar os compromissos firmados por Bernie Ecclestone até 2020, e isso inclui o Pacto de Concórdia (distribuição da quantia para as equipes) e o regulamento técnico das próximas três temporadas. A partir daí, os americanos poderão tentar alterar as estruturas da F1 que lhe acharem melhor.

A primeira delas já está sendo feita, e era necessário urgência. Uma categoria mais ativa com os fãs nas redes sociais, com vídeos, interatividade e tudo mais, uma obrigação para qualquer empresa bem sucedida na busca. A segunda parte do plano começa só daqui a três anos e ontem, em uma reunião em Paris, foi dado o primeiro passo. Em uma reunião com representantes das equipes e dos fabricantes de motores ficou definido que a unidade motriz será mais simples e barata, mas ainda manter a tecnologia híbrida para servir de desenvolvimento dos carros de rua e, como sempre, tentar aumentar o som emitido pelos carros (sdds, V12). As primeiras propostas, que precisam ser ratificadas, foram as seguintes:

- Motor de 1.6 litros V6 turbo com sistema de recuperação de energia
- Aumento de 3000 rpm (rotações por minuto) no motor para aumentar o som
- Parâmetros internos de projeto prescritos para restringir custos de desenvolvimento e desencorajar projetos mais agressivos
 - O fim do MGU-H (antigo KERS, que recuperava energia através do calor dispersado pelo turbo)
- MGU-K (que recupera energia das frenagens) mais potente e com possibilidade de ativação manual na corrida junto com a opção de economizar energia ao longo de várias voltas para dar ao piloto um elemento tático
- Turbo simples com restrições de dimensão de peso
- Armazenamento de energia e controle eletrônico padrões

O desenvolvimento desse projeto todo será feito durante o próximo ano. O ínicio do projeto e construção da unidade de potência só começará quando todas as informações a respeito da unidade de potência foram liberadas pela FIA ao fim de 2018. A intenção de não liberar logo as informações é para garantir que as atuais fabricantes envolvidas com a F1 (Mercedes, Ferrari, Renault e Honda) permaneçam focadas no desenvolvimento da especificação atual de motores.

Os novos mandachuvas da F1. Foto: Divulgação
Repitindo, essa parte é a mais simples de mudar. Quer dizer, não vai mudar muita coisa, a não ser atrair outras equipes e fornecedoras de motores como Porsche, Aston Martin e Lamborghini, que declararam interesse em participar da F1 nesses termos. Os próximos passos do grupo é que deverão ser mais complicados.

A filosofia americana não quer saber de tecnologia, e sim de emoção e competitividade. É melhor ter 7 ou 8 equipes teoricamente capazes de ganhar uma corrida do que ser símbolo de modernidade. E como fazer com que uma Haas, Force India ou Sauber tenha condições de brigar com Ferrari, Mercedes e Red Bull? "Simples": o famigerado teto orçamentário (tentado por Max Mosley e devidamente rejeitado, na época). Bom, as últimas três equipes citadas mandam na F1. Como qualquer empresa, ninguém seria louco de abrir mais de ganhar mais dinheiro e entregar para os times "pobrinhos" em prol da competitividade. Além do mais, muitas equipes recebem um bônus por estarem na categoria desde o início (Ferrari, McLaren e Williams). A Liberty também deseja cortar essas regalias.

Chase Carey e Sérgio Marchionne: guerra à vista? Foto: SoyMotor
O embate entre Liberty e equipes mais pobres versus o status quo promete muitas emoções e ameaças. O sempre corriqueiro "se fizerem isso eu vou abandonar a F1" e tudo mais. Sinceramente, a Liberty irá precisar de um bom tempo para mexer nessas estruturas definidas há décadas entre as equipes e Bernie Ecclestone. Melhor não ir com sede ao pote para não se frustrar. Outras medidas da Liberty para os próximos anos são aumentar o calendário de provas (de 21 para 25), com a entrada de outra corrida nos Estados Unidos (uma corrida de rua em Nova York, por exemplo) e o retorno de tradicionais corridas europeias no lugar dos insossos circuitos do Oriente Médio turbinados por quantias que somente eles são capazes de pagar em acordos prévios feitos com Bernie. Por exemplo, não duvido que em um futuro próximo a Holanda retorne a F1, pegando carona no sucesso de Verstapppen.

Enfim, essa coisa de projetar a F1 do futuro é sempre uma tarefa feita corriqueiramente e que na maioria das vezes não sai como nós imaginamos. No fundo, é aquele tipo de texto e de pauta ideais para períodos como esse: final de temporada, semana sem corrida, campeonato decidido...

Certamente iremos retomar esse assunto nessas condições já citadas e sem lembrar de quase nada escrito, dito e debatido até aqui.

Meus dois centavos? Acho legal a aproximação da F1 com a tentativa de uma categoria mais humana e competitiva, mas ela não pode perder sua essência, que é a tecnologia e a competência das equipes. Não gostaria de ver uma falsa emoção nas disputas. Ainda tenho um pé atrás com Chase Carey. Não posso confiar em alguém que ostenta um bigode desses e tem o poder que possui. São boas as chances das coisas ficarem piores. Nunca se sabe. Puro preconceito meu, mas é o que sinto.

Até mais.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O QUINTO TETRA

Foto: Getty Images
Finalmente ele chegou lá. Com um ano de atraso, diga-se. O importante é que chegou. Lewis Hamilton confirmou as expectativas e sagrou-se tetracampeão mundial no México. A decisão não acontecia no país desde 1968, quando Graham Hill conquistou o bicampeonato. Aliás, Hamilton desempatou com Jackie Stewart e é agora o britânico com mais títulos na F1. Muito merecido.

A única coisa que Lewis não gostou foi ter chegado apenas em nono. Bom, no Brasil ele foi quinto. Natural de Hamilton ter dificuldades nas corridas decisivas para o título. Sua sorte é que, dessa vez, a vantagem era gigante. O incidente na largada com Vettel acabou selando o campeonato, com os dois indo para os boxes com os pneus furados. Muitos acusaram Seb de bater propositalmente no #44, mas sinceramente duvido, até porque se as coisas continuassem do jeito que estavam a vantagem era do inglês. Acredito que a FIA também pensou dessa forma e acabou não investigando os incidentes.

Foi a vitória mais fácil de Verstappen, de novo após uma demissão (agora definitiva) de Kvyat. É impressionante como Vettel acaba sentindo a pressão do holandês. Bastaram três curvas para assumir ponta em uma largada muito boa. Max enfileirou várias voltas mais rápidas e terminou com incríveis vinte segundos de vantagem para Bottas e mais tempo ainda para Raikkonen. Os finlandeses submissos fecharam o pódio com Vettel, o piloto do dia e com uma corrida de recuperação em quarto. E agora, sem as demissões de Kvyat, como Max irá proceder para vencer na F1?

Foto: Getty Images
Esteban Ocon foi o melhor do resto e conquistou um ótimo quinto lugar. Superou Pérez no fim de semana. Faz tempo que esse rapaz está flertando com o pódio, uma hora vai ter que acontecer, hein... Stroll se beneficiou do início caótico e de uma estratégia acertada da Williams para chegar em sexto. Não ultrapassou ninguém e nem foi combativo. Sem bater o carro, acaba conquistando bons pontos quando as oportunidades surgem. Resultados forjados e 40 pontos na tabela, superando o "mentor" Massa. Bom para o hype do rapaz, não é mesmo?

Correndo em casa, Pérez foi o sétimo. Magnussen também foi outro que se aproveitou dos diversos incidentes da corrida para conquistar bons pontos para a Haas, que claramente não está no nível de pontuação em condições normais. Hamilton teve dificuldades no início da corrida e ficou metade do tempo preso a Sainz, na última posição e levando bandeira azul de Max e Bottas. Depois, as coisas melhoras e o inglês deu o show do tetra. A ultrapassagem que carimbou o título foi em uma linda e dura disputa com Alonso, o décimo colocado. Ah se a Renault der um motor para o espanhol ano que vem...

Por falar nos franceses, tanto a equipe quanto os motores foram um desastre. Outra vez, Ricciardo abandonou logo no início, com problemas. Eles se sucederam nos carros de Sainz e Hulkenberg e na Toro Rosso de Brendon Hartley. Confiabilidade preocupante. Não gosto dessas teorias da conspiração, mas acredito que Massa foi vítima de uma tremenda sacanagem da Williams hoje. Parou logo no início da corrida por uma perda de pressão no pneu. Entretanto, segundo informação do repórter Guilherme Pereira, Massa relatou não ter sentido nada, mas mesmo assim os ingleses o chamaram para os pits. Ali acabou a corrida do brasileiro, que chegou a ficar em décimo mas perdeu a posição para Hamilton, terminando em 11° e agora atrás de Stroll no campeonato. Uma vergonha. Certamente não o ajuda na briga para continuar na categoria ano que vem.

Foto: Getty Images
Mensagem do Neymar, Hardwell fritando no pódio, Hamilton com a bandeira e depois correndo circuito adentro com um público ensandecido atrás caindo... é disso que a F1 precisa para ser popular e ganhar mais público, por mais que os fãs hardcore não gostem. Eventos assim é que são lembrados pelas pessoas e tornam tudo grandioso. Isso que essa foi apenas a primeira temporada da Liberty no comando, que promete muitas novas ideias para o futuro... o que eles vão aprontar para nós no Brasil?

Hamilton entra de vez no panteão de grandes pilotos da história da F1, com quatro títulos mais do que legitimados. Seria lindo ver ele e Vettel brigando pelo penta, com Max e Ricciardo com a Red Bull e quem sabe o ressurgimento da fênix Alonso... deixem eu sonhar, vai.

Confira a classificação final do Grande Prêmio do México:


A próxima etapa será daqui duas semanas no Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos, nos dias 10, 11 e 12 de novembro. Até mais!

sábado, 28 de outubro de 2017

MERA FORMALIDADE

Foto: Getty Images
Amigos, falta muito pouco para Lewis Hamilton ser o quinto tetracampeão mundial de F1 e se juntar ao panteão composto por Michael Schumacher, Juan Manuel Fangio, Alain Prost e Sebastian Vettel. A F1 vive a ansiedade da confirmação matemática e da celebração do inglês no México, local com alto número de amantes do automobilismo (e de Checo Pérez, claro). Vai ser bonito, caso uma hecatombe não aconteça. Se acontecer, melhor para nós: tudo pode se decidir em terras brasilis, daqui duas semanas.

Por falar nos mexicanos, dizem que alguns deles ameaçaram Ocon durante toda a temporada, depois de inúmeros entreveros dos dois. O francês está sendo escoltado por toda a parte. Um exagero dos dois lados, mas compreensível. Há malucos por toda a parte, mas o próprio Pérez disse que nada vai acontecer. Ele deveria se pronunciar nas redes, pois pode se tornar algo mais sério. Tomara que não.

Voltando para os treinos, a pista estava sem aderência e bastante empoeirada, proporcionando rodadas e batidas como a de Alfonso Celis Jr, com a Force India, no TL2 e erros de Hamilton, Vettel, Grosjean, entre outros. Bottas foi o mais veloz na primeira parte, Ricciardo na segunda. Sabemos que o favoritismo é todo das flechas de prata no qualyfing. Alonso, que larga na última fila, consegue tirar leite de pedra ao colocar a McLaren Honda em sétimo. Depois, Renault e Force India se digladiam e, por fim, a Williams, cada vez mais para trás.

Foto: Getty Images
A quantidade de erros cometidos por Grosjean e suas constantes reclamações com a equipe colocam um ponto de interrogação na sua permanência a longo prazo. Contratado como líder da equipe americana, vem superando Magnussen, mas se continuar essa relação explosiva com o esquentado Gunther Steiner, todo mundo sairá prejudicado.

Vamos ver se a provável corrida de título de Lewis Hamilton será uma mera formalidade ou uma corrida épica, digna de um título mundial.

Confira a classificação dos treinos livres:



Até!

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

GP DO MÉXICO - Programação

O Grande Prêmio do México foi disputado entre 1962 e 1992, com exceção de 1971 à 1985, participou do campeonato da Fórmula 1. Em 2015, o circuito voltou a fazer parte do calendário do mundial da categoria.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:16.788 (Williams, 1992)
Pole Position: Nigel Mansell - 1:16.346 (Williams, 1992)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Nigel Mansell (1987 e 1992), Alain Prost (1988 e 1990) e Jim Clark (1963 e 1967) - 2x


TOTO PRATICAMENTE DESCARTA WEHRLEIN NA F1 ANO QUE VEM

Foto: This Is F1

Agente da carreira do alemão, o chefão da Mercedes disse que a Williams é a única alternativa de Pascal para correr na F1 ano que vem. Isso porque a Sauber voltou a ser uma equipe B da Ferrari e irá com Charles Leclerc (piloto da escuderia e recém campeão da F2) e Marcus Ericsson, o sueco que manda em tudo (digo, seus patrocinadores).

Em entrevista para o jornal alemão Auto Motor und Sport, Toto disse que a alternativa Grove não é muito viável, apesar de Paddy Lowe, chefe da Williams, declarar que Pascal é um dos candidatos a ser piloto da equipe ano que vem, juntamente com Felipe Massa, Robert Kubica e Paul di Resta.
Wolff reconheceu que a influência da Mercedes na decisão não é determinante. “Não podemos fazer mais do que já estamos fazendo De qualquer forma, chega a hora em que um piloto precisa caminhar com suas próprias pernas.”

Apesar de a Martini exigir um piloto com mais de 25 anos como titular da equipe (Stroll tem 19 e Wehrlein 23), a Williams afirma que isso não é um impeditivo para a contratação do piloto pertencente a academia da Mercedes.

Wehrlein me parece injustiçado. Para ter uma avaliação melhor, seria necessário lhe entregar um equipamento menor. Correr com as piores equipes do grid por dois anos seguidos (Manor e Sauber) não é o ideal, apesar de o alemão ter conseguido a proeza de pontuar com as ambas as equipes.
Com a reaproximação surpresa de Sauber e Ferrari e a manutenção de outras vagas, é uma tremenda sacanagem Wehrlein ficar fora no ano que vem. Qual seria sua alternativa: outra categoria ou ser piloto reserva de alguma equipe? Enfim, quem disse que a vida (e a F1) é justa?

ALONSO IRÁ CORRER 24 HORAS DE DAYTONA

Foto: Motorsport
O bi-campeão mundial irá correr pela United Autosports, que pertence a Zak Brown, diretor executivo da McLaren. A ideia é a prova de Daytona servir como preparação para Alonso disputar as 24 Horas de Le Mans. O espanhol deseja conquistar as três principais provas do automobilismo: Gp de Mônaco (onde já venceu por duas oportunidades), a Indy 500 (disputou esse ano, abandonando no final com um problema no motor) e as 24 Horas de Le Mans.

O cronograma de Alonso já está traçado. Ele irá testar o carro pela primeira vez na Europa na semana seguinte ao GP de Abu Dhabi. No entanto, um de seus parceiros na empreitada de Le Mans, o campeão da F3 Europeia e protegido da McLaren Lando Norris irá realizar um teste em Paul Ricard no dia 7 de novembro. Alonso ainda não tem contrato para participar de Le Mans no ano que vem. Entretanto, a United Autosports é da classe LMP2, enquanto a principal é a LMP1, que já teve as saídas da Audi e da Porsche (ano passado e no fim desse ano, respectivamente). Portanto, a Toyota seria a única grande marca confirmada, mas que ainda não anunciou seus planos.

A United Autosports deve alinhar dois carros em Daytona. Um deles terá Alonso, Lando Norris e Phil Hanson, enquanto o outro terá a presença de Paul di Resta e Will Owen.

Mais uma vez o espanhol será o grande chamativo de uma das provas icônicas de Endurance. Disputada em janeiro, sentiríamos o ano no esporte a motor começar de forma antecipada, isso se a notícia for confirmada para nós, fãs de F1. Se o burburinho na Indy foi enorme, imagina em Le Mans? 

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 331 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 265 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 244 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 192 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 163 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 123 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 86 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 73 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Renault) - 54 pontos
10- Felipe Massa (Williams) - 36 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 34 pontos
12- Lance Stroll (Williams) - 32 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 15 pontos
15- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 13 pontos
16- Fernando Alonso (McLaren) - 10 pontos
17- Jolyon Palmer (Renault) - 8 pontos
18- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
19- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 5 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 575 pontos
2 - Ferrari - 428 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 315 pontos
4 - Force India Mercedes - 159 pontos
5 - Williams Mercedes - 68 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 53 pontos
7 - Renault - 48 pontos
8 - Haas Ferrari - 43 pontos
9 - McLaren Honda - 23 pontos
10- Sauber Ferrari - 5 pontos

TRANSMISSÃO





quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A HIPOCRISIA DA F1

Foto: Reprodução
A ultrapassagem de Verstappen em cima de Raikkonen ainda segue dando o que falar. Nico Rosberg, Mario Andretti e até o próprio Kimi discordaram da punição. Lewis Hamilton foi a favor. Afinal, a punição para Max foi justa?

O fato é que nada vai mudar. Entretanto, durante todo o fim de semana os carros aproveitaram as largas áreas de escape para cortar caminho, seja durante as voltas rápidas dos treinos ou até na defesa das posições nas corridas.

Os comissários aplicaram a regra. A culpa não é deles, e sim da regra. O critério foi definido durante o briefing dos pilotos? Por que nenhum piloto teve o tempo de volta anulado ou foi punido ao se beneficiar do uso das áreas de escape? Repito: faltou critério.

Uma solução bem simples e eficaz: acabar com essa palhaçada de áreas de escape asfaltadas. Coloquem grama e brita de volta, como sempre foi, que nenhum piloto irá se aproveitar da situação para fazer uma ultrapassagem supostamente ilegal.


CART, 1996: Na última volta, Alex Zanardi ultrapassa Bryan Herta em Laguna Seca e vence. Se fosse nos dias atuais, não valeria. Esse é o ponto da hipocrisia da Fórmula 1: ao mesmo tempo em que a Liberty Media busca desesperadamente formas da categoria ter mais apelo nas redes sociais e entre os jovens através de ações como a da última corrida, a FIA parece estar na contra-mão disso, punindo o piloto que pensa diferente da caixa e executava um movimento "ousado".


França, 1979: René Arnoux vs Gilles Villeneuve. Uma das maiores disputas roda a roda da história da categoria certamente resultaria em punição hoje em dia.


Massa e Kubica no Japão, em 2007: disputa que nunca mais acontecerá (primeiro, não teria corrida com essa chuva e segundo, seriam punidos).


Conclusão: Voltem com as gramas e a caixa de brita no lugar dessas áreas de escape e parem de punir a ousadia dos pilotos!

Até!