segunda-feira, 14 de novembro de 2016

EMOÇÃO PARA A ETERNIDADE

Foto: Getty Images
O Grande Prêmio do Brasil desse ano cumpriu com todas as expectativas que tínhamos criado durante a semana. Diria mais: foi um mix de Spa 1998, Interlagos 2003, Malásia 2009, Canadá 2011 e Interlagos 2012. A segunda mais longa da história da categoria, perdendo apenas para o GP de Montreal de cinco anos atrás. Emoção à flor da pele, dentro e principalmente fora das pistas.

Vou começar pelo que é emblemático para todos nós. Na volta 48, Massa encerrou sua participação no Grande Prêmio do Brasil. Desde a classificação que as coisas não saíam do jeito que ele gostaria. Na tentativa de arriscar, após ser punido por ultrapassar antes da linha depois da saída do Safety Car, Massa arriscou com os pneus intermediários e bateu na subida da reta principal. 13 anos de F1 praticamente encerrados naquele instante.

Não era o que ninguém gostaria. Entretanto, é interessante notar que se não fosse o acidente, Massa jamais seria reverenciado por TODO MUNDO, inclusive os mecânicos das outras equipes. O choro e a caminhada, enrolado na bandeira brasileira e o carinho do público e da família é uma das imagens mais emocionantes que eu pude acompanhar na F1. Quase chorei, mas os olhos ficaram marejados. Muita gente não escondeu a emoção. Normal. Um momento lindo. Moralmente, Massa se despediu hoje da F1, mostrando como era querido por todo o paddock em um ambiente tão egoísta, traíra e competitivo. Conseguiu a proeza de, ao longo do tempo, receber efusivas homenagens de grandes equipes como Williams e Ferrari. Que curta a folga e apareça em breve em uma nova categoria. Ah, Abu Dhabi, como é anticlímax saber que essa corrida será a derradeira do ano outra vez. Bate até um desânimo.

Foto: Reprodução Sauber
Felipe Nasr brilhou. Sim, brilhou. Na única chance que poderia aproveitar, ele foi certeiro. Diante de condições caóticas, soube manter a estratégia correta e praticamente garante 40 milhões de euros para a Sauber no ano que vem. Sabemos que o mundo da F1 é ingrato e talvez nem assim ele consiga permanecer na F1, mas seria uma puta injustiça. Ericsson, com toda a prioridade da equipe, aquaplanou e bateu. Não aproveitou a chance. É um piloto mediano. O nono lugar de Nasr garante a Sauber na décima posição do Mundial de Construtores. O brasileiro conseguiu se sustentar na zona de pontuação mesmo diante da pressão de Alonso, Kvyat, Ricciardo e tantos outros. Embora sua temporada tenha sido bem ruim, espero que esses dois pontos tragam o alento e sejam suficientes para que renove e permaneça mais um ano nesse péssimo carro azul, que continuará péssimo (afinal, irão correr com o motor da Ferrari desse ano ainda em 2017). Melhor do que nada ou ir para outra categoria é a solução?

O duro é ver Palmer, que bateu pateticamente em Kvyat durante a Safety Car, estar na F1 e na Renault ainda por cima. Ainda bem que Gutiérrez, que estava bem nervosinho, está de malas prontas para nunca mais voltar a F1. "Desapareça!"

Foto: Getty Images
Max Verstappen foi o dono da corrida. O dono incontestável. Se não fosse o erro do estrategista da Red Bull, era para o holandês ter roubado o segundo lugar de Rosberg. O "se", como todos sabem, não existe. Ainda assim, Max deu show desde o início: passou Nico por fora na "primeira largada" e seguia em ritmo alucinante, só perdendo para Hamilton. O erro de estratégia o fez cair para 14a posição, faltando 16 voltas para o fim. Nesse período de tempo, ele fez simplesmente 11 ultrapassagens que pareciam ser muito fáceis. Tudo bem que seus pneus estavam mais novos, mas ele sobrava de uma maneira que há muito não se via. É uma corrida pontual, é uma geração. Goste ou não, Verstappen fez uma atuação digna de Schumacher, Hamilton, Alonso e Vettel e tem potencial de sobra para superar com sobras os três últimos. É assustador o talento desse holandês indomável, desde já um dos candidatos a título do ano que vem.

Foto: Getty Images
Finalmente irei escrever sobre os postulantes ao título. A corrida teve tantos elementos que justamente eles, os protagonistas, viraram figurantes. Incrível pensar que finalmente Lewis Hamilton venceu no Brasil, terra que tanto ama e idolatra por conta de seu ídolo Senna. Também é incrível pensar que Rosberg está com uma mão na taça. Uma corrida com muita chuva e confusão, como a que foi hoje, era o que Lewis precisava para Nico se enrolar e poder ser surpreendido. Entretanto, tudo deu certo para o alemão. Verstappen, que era o único que iria ultrapassá-lo, ficou para trás em um erro de estratégia da Red Bull. Hamilton passeou na chuva, uma vida "tranquila", segundo ele. Rosberg está apenas administrando a longa vantagem que possui, é o seu direito, mas ganhar um título assim é meio "sem graça". Quem se importa? Basta Nico chegar no pódio em Abu Dhabi para ser campeão mundial. Hamilton corre o risco de ser o piloto com mais vitórias (10) e pódios sem ser campeão em uma temporada. A cada corrida que passa, a quebra da Malásia torna-se mais ainda o diferencial para o campeonato. Vai que Nico enfrente problemas igual em 2014... essa é a esperança de Hamilton. Em condições normais como Abu Dhabi, sem chuva e uma chatice de dar sono, Nico já está com cinco dedos na taça. Falta confirmar.

Algumas outras linhas: crueldade com a Manor. Ocon mostrou porque foi o escolhido de Toto Wolff para ocupar a vaga na Force India. Muito combativo e andando bem na chuva, o francês de 19 anos mostrou seus predicados. Em um carro melhor, tem tudo para se desenvolver ainda mais. Merecia um pontinho.

Checo Pérez = Que piloto! Sempre aproveitando as oportunidades que aparecem! Inacreditável não estar em um carro que permita vitórias. Se não fosse um Max Verstappen fora de série, ele iria conseguir outro pódio. Tomara que vá para a Ferrari em 2018!

Carlos Sainz = Mais um ótimo resultado com a Toro Rosso de motor Ferrari do ano passado. Depois da saída de Max, cresceu muito de desempenho (ou Max que atraía as atenções, ou Kvyat que está abaixo da crítica, ou os dois?). Provavelmente ele não será promovido pela Red Bull em um futuro próximo, então é preciso se desvencilhar dos taurinos para ir para uma equipe de ponta. Talento ele está demonstrando.

Daniel Ricciardo = Corrida muito abaixo de seu potencial. Ele mesmo declarou que não gosta muito de correr em Interlagos, mas ser ultrapassado por fora pelo companheiro no S do Senna é meio constrangedor. Enfim, acontece. Daniel é um dos grandes pilotos da temporada.

Foto: Getty Images
Para finalizar: tudo bem que hoje a chuva foi muito forte em São Paulo, mas começar corrida com Safety Car é ridículo e sempre será. O álibi da batida de Grosjean era o que os diretores de prova precisavam para tomar essa decisão. O público brasileiro vaiou corretamente. Pagar uma barbaridade para ver Safety Car e corrida parada por conta da chuva? Não! Evidente que a segurança dos pilotos vem em primeiro lugar, mas a paranoia com a pista molhada está acabando com a F1. Depois da morte de Bianchi, a chuva foi a culpada e esquecem que se um trator não estivesse na pista nada daquilo teria acontecido... Os pilotos são muito bem pagos para mostrarem suas habilidades nas condições mais extremas possíveis, e havia segurança na maioria dos momentos em que a corrida esteve paralisada. Como sempre escrevo, é por essas e outras que a F1 não atrai mais público e audiência. Isso precisa ser revisto urgentemente.

Depois de tudo isso, confira a classificação final do Grande Prêmio do Brasil:


A decisão do campeonato será daqui duas semanas no Grande Prêmio de Abu Dhabi, nos dias 25, 26 e 27 de novembro! Até!

P.S: Interlagos não pode sair do calendário de jeito nenhum! Que os promotores e o governo de São Paulo e federal deem um jeito, e o Bernie pare de fazer ameaças! Imagina Interlagos fora da F1? Imagina o risco de perder corridas épicas como essa? Isso é muito melhor que o dinheiro e a artificialidade das corridas do Oriente Médio, sem dúvida alguma.

Obrigado, Massa!

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

ELE É O CARA!

Foto: Reprodução
A cena que todo mundo queria se repetiu. Ano passado, depois de quebrar no treino de classificação, Alonso virou meme ao tomar um banho de sol durante o qualyfing e depois ter subido no pódio em brincadeira com Jenson Button. Um ano depois, o espírito zoeiro tomou conta da fênix novamente.

Mais um problema em sua McLaren o obrigou a parar o carro no segundo treino livre de hoje. O mundo estava preparado para mais um momento épico. Alonso ficou procurando sua cadeira. Todo mundo esperava a aparição da cadeira. Enquanto isso...

Foto: Reprodução
Alonso chutava e fazia embaixadinhas com pedras para passar o tempo. E nada da cadeira...


Alonso ficou sentado em uma cadeira e operou uma câmera de transmissão, como dá para ver no gif acima. Sabendo que estava sendo filmado, acenava e se divertia, para delírio dos bons e para deixar em êxtase aqueles que acompanhavam o treino livre. Como cameramen, Alonso é um excelente piloto.

Sempre um personagem duro e polêmico, Alonso se deixou levar pelo bom humor. Só assim para lidar com os inúmeros infortúnios da McLaren nesses dois anos. Sorte de nós, fãs. Precisamos dessa interatividade na transmissão, de alguém que quebre o protocolo e nos proporcione diversão também fora da pista. Alonso é o cara, dentro e fora das pistas. Um meme cada vez mais engraçado. O que será que ele ainda vai aprontar?

Foto: Getty Images
Contrariando os prognósticos dos anos anteriores, Hamilton dominou os dois treinos livres. No primeiro, Verstappen se intrometeu entre as Mercedes para ficar em segundo e deixar Nico em terceiro. Ricciardo e Bottas fecharam o top 5, seguidos de Pérez, Hulkenberg e Massa. A Ferrari ficou apenas em nono e décimo (Vettel e Kimi, respectivamente). Nasr foi o décimo sexto.

No TL2, a Williams surpreendeu e conseguiu ficar em terceiro e quarto, com Bottas e Massa. O brasileiro, no entanto, não se iludiu e afirmou que a briga é contra a Force India pelo sétimo lugar, mas disse acreditar em pódio em uma "corrida maluca". Mais do que nunca, chover é preciso para tornar a prova emocionante. Red Bull ficou em quinto e sexto (Ricciardo e Verstappen) e Ferrari em sétimo e oitavo (Vettel e Kimi). Nasr foi o 17°, quatro posições a frente de Ericsson.

Rosberg está extremamente cauteloso e apenas administrando a vantagem que possui. Talvez seja o mais correto, embora uma vitória domingo defina tudo. Entretanto, se chover, a situação pode inverter... O alemão não pode correr riscos. Vamos aguardar o que vem por aí. Estou muito ansioso!

Uma última informação: Magnussen foi oficializado pela Haas, como escrito ontem. Nasr não é prioridade na Sauber e pode trocar de lugar com Wehrlein, alemão preterido por Ocon na disputa do assento da Force India. Por enquanto, é isso.

Confira a classificação do primeiro treino livre do Grande Prêmio do Brasil:



Até!

GP DO BRASIL - Programação

O Grande Prêmio do Brasil é disputado desde 1972 (1973 na F1), sendo realizado em Interlagos (1972-1977, 1979, 1980, 1990-atualmente) e já foi sediado em Jacarepaguá (1978, 1981-1989).

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Juan Pablo Montoya - 1:11.473 (Williams, 2004)
Pole Position: Rubens Barrichello - 1:10.646 (Ferrari, 2004)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Alain Prost - 6x ( 1982, 1984, 1985, 1987, 1988 e 1990)

OCON NA FORCE INDIA

Foto: Motorsport
A notícia foi confirmada ontem à tarde pela equipe. Apresentação oficial será hoje após o primeiro treino livre. O maior injustiçado é Pascal Wehrlein: ele conseguiu a façanha de pontuar pela Manor e será preterido pelo companheiro que sequer completará meia temporada na F1. Mesmo que esteja supostamente sendo preparado para a Mercedes nos próximos anos, assumir um carro bom o tornaria mais apto para pilotar as flechas de prata do que permanecer outro ano no fundo do grid.

BREAKING NEWS: Gutiérrez anunciou que não fica na Haas para o ano que vem. O mexicano é candidato a segunda vaga da Sauber. No seu lugar, Magnussen será anunciado para um contrato de dois anos. 

DESIGNER DA AUDI DEVE IR PARA A SAUBER EM 2017

Foto: Motorsport
Depois de contratar Xevi Pujolar e Ruth Buscombe nas últimas semanas, o conceituado designer Jorg Zander também irá assinar com os suíços. Ele atualmente está na Audi para a disputa da WEC, mas precisava procurar emprego porque os alemães irão encerrar a participação no Mundial de Endurance no fim do ano.

Ele já trabalhou na F1, com passagens na Toyota (2003), BAR, Williams, BMW-Sauber e Honda/Brawn antes de deixar os monopostos. Atualmente, é o chefe de tecnologia da Audi. A Sauber busca, desesperadamente e de forma atrasada, evoluir nos próximos anos. Não sei será suficiente já para 2017 em virtude do projeto do novo carro estar atrasado, mas esperamos que a Sauber volte a ser aquela equipe simpática que pontua com frequência no circo da F1. Andar atrás da Manor não dá mais. É preciso melhorar.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 349 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 330 pontos
3 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 242 pontos
4 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 187 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 178 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 177 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 85 pontos
8 - Valtteri Bottas (Williams) - 85 pontos
9 - Nico Hulkenberg (Force India) - 60 pontos
10- Fernando Alonso (McLaren) - 52 pontos
11- Felipe Massa (Williams) - 51 pontos
12- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 38 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 29 pontos
14- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 25 pontos
15- Jenson Button (McLaren) - 21 pontos
16- Kevin Magnussen (Renault) - 7 pontos
17- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto
18- Jolyon Palmer (Renault) - 1 ponto
19- Pascal Wehrlein (Manor) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 679 pontos
2 - Red Bull TAG Heuer - 427 pontos
3 - Ferrari - 365 pontos
4 - Force India Mercedes - 145 pontos
5 - Williams Mercedes - 136 pontos
6 - McLaren Honda - 74 pontos
7 - Toro Rosso Ferrari - 55 pontos
8 - Haas Ferrari - 29 pontos
9 - Renault - 8 pontos
10- Manor Mercedes - 1 ponto


TRANSMISSÃO:




quinta-feira, 10 de novembro de 2016

E AGORA, NASR?

Foto: HTE Sports
Depois de longos meses de especulação, bastaram-se dois dias para que as duas principais vagas disponíveis fossem definidas na F1, e com um desfecho nada bom para Felipe Nasr.

Favorito para a vaga da Force India, segundo apurou Reginaldo Leme, o brasileiro foi preterido pelo francês Esteban Ocon, hoje na Manor. Ele é piloto da Mercedes, que também fornece motores para a equipe de Vijay Mallya. Certamente haverá um desconto no custo anual dos motores do ano que vem para que o acordo fosse feito. Achei injusto. Ocon, por questões óbvias, ainda não mostrou credenciais para subir de estágio, até porque não tem nem dez corridas de F1. É a sua grande chance de mostrar qualidade em uma boa equipe, que briga por pontos e pódios. Por outro lado,quem merecia a vaga era Pascal Wehrlein, também piloto Mercedes e que conseguiu pontuar no GP da Áustria. Um grande feito. Será que está sendo preparado para 2018, no lugar de Hamilton ou Rosberg? Não seria melhor ir para a Force India? Teoricamente, ele está mais preparado que o francês. Enfim, Pascal terá que amargar mais um ano na Manor.

Na Renault, menos cotado, uma surpresa: a renovação com Jolyon Palmer. Embora tenha as credenciais de campeão da GP2, em 2014, ele estava a bordo da Carlin, o melhor carro sem sombra de dúvida. Na F1, o carro da Renault não permite muita coisa, mas Palmer também não teve desempenhos notáveis. Na comparação com o companheiro de equipe, está perdendo de 7 a 1. Certamente permanecerá pelo aporte financeiro que leva. Dá a impressão que a Renault não quer ser grande. Haviam opções melhores no mercado. Depois reclamam e querem sair da categoria, francamente... Hulkenberg terá vida fácil ano que vem.

Foto: F1 Fanatic
Na Haas, outra vaga interessante, a informação é quase concreta que Kevin Magnussen irá assinar com os estadunidenses por dois anos, com a opção de renovação por mais uma temporada. O dinamarquês, pra mim, é ainda uma incógnita. Badalado pelos resultados na categoria de base, foi queimado pela McLaren e nessa Renault não teve um desempenho tão espetacular, embora o carro não permita muita coisa. Esperava que Magnussen dominasse Palmer nos treinos, e isso não está acontecendo. Então, essa chance na Haas é um tira-teima, a última chance de demonstrar capacidade na F1. Para isso, irá contar com uma estrutura interessante e um bom companheiro de equipe para que a análise possa ser feita. A dupla da Haas será interessante de acompanhar. Convenhamos, qualquer coisa no lugar de Gutiérrez tá ótimo, não?

Nasr tem duas semanas para definir seu futuro. Só resta uma vaga na própria Sauber ou uma na Manor. Gutiérrez, Haryanto e até Giovinazzi, da GP2, foram especulados nessas vagas. Agora, quem pagar mais leva. Mais do que nunca, o Brasil corre risco de não ter representantes na categoria no ano que vem e, honestamente, seria melhor para Nasr buscar outra categoria do que correr no fundão do grid.

Foto: Williams
Para finalizar, o efeito Massa: A Petrobras anunciou que não seguirá na Williams e deixará na F1. Outra especulação é que o Banco do Brasil também deixaria de se envolver com a categoria. Isso seria um xeque-mate. Vamos aguardar.

Mais do que nunca, Nasr precisa se mexer. Ele é o único brasileiro em condições de correr na F1. Sem ele, não há ninguém pronto. Um importante mercado para F1 ficar sem representantes por alguns seria um desastre e diminuiria ainda mais o pouquíssimo interesse que existe na categoria atualmente.

Nasr está contra a parede e precisa dar um jeito de sair dessa situação.

Até!

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

ESPECIAL MASSA EM INTERLAGOS - Williams

Foto: Motorsport
Fala, galera! Agora vem a última parte do histórico de Massa em Interlagos, agora pela Williams. Logo no primeiro ano, o brasileiro conseguiu seu quinto pódio em São Paulo, com um terceiro lugar, atrás da dupla da Mercedes de Rosberg e Hamilton.


No ano passado, o brasileiro não foi tão bem: o brasileiro foi discreto durante todo o fim de semana e foi apenas o oitavo. Entretanto, foi desclassificado depois da corrida por irregularidades com a temperatura e pressão do pneu. O pneu traseiro direito do carro do brasileiro estava com 137ºC de temperatura, 27ºC acima da medida permitida de 110ºC, e com pressão 0.1psi libras por polegada quadrada absoluta, abaixo do mínimo de 20.6psi, limites estabelecidos pela Pirelli.



E esse ano, o da despedida, qual será o desempenho de Massa? Só conferindo nesse final de semana para saber, naquela que será sua última corrida no Brasil na F1.

Até mais!


terça-feira, 8 de novembro de 2016

ESPECIAL MASSA EM INTERLAGOS - Ferrari

Foto: AFP
Fala galera, hoje vai ser curto e grosso! O histórico de Felipe Massa em Interlagos, agora pela Ferrari:

2006 - Quase todo mundo lembra: macacão verde-amarelo, última corrida do ano... Massa quebrou o jejum de 13 anos sem vitórias brasileiras em Interlagos dominando o fim de semana inteiro de ponta a ponta. A corrida também ficou marcada pela primeira aposentadoria de Schumacher,que chegou em quarto, e o bicampeonato de Fernando Alonso, que ficou em segundo.


2007 - Outra vez, o Brasil decidindo tudo. Dessa vez, três pilotos brigavam pelo título: Hamilton, o estreante favorito, Alonso, brigado com a McLaren e Kimi Raikkonen, o azarão. Massa de novo dominou nos treinos e se encaminhava para mais uma vitória, mas precisou fazer jogo de equipe para que o finlandês vencesse e se sagrasse campeão do mundo graças aos erros inacreditáveis de Hamilton.



2008 - A mais clássica de todas: Massa dominou Interlagos pelo terceiro ano seguido e venceu a prova. Para ser campeão, dependia de um sexto lugar de Hamilton, que acontecia até a última curva, quando passou a Toyota de Glock em um GP maluco, com chuva apertando no final e o alemão com pneu de pista seca segurando até quase o fim.



2010 - Após não disputar a edição do ano anterior em virtude do acidente na Hungria, Massa largou em nono após um treino tumultuado. Sem repetir o desempenho dos anos anteriores, foi apenas o 15°. A corrida foi vencida por Vettel, que levou a decisão para Abu Dhabi, onde sagrou-se campeão mundial pela primeira vez.


2011 - Com o bicampeonato de Vettel já decidido, a corrida do Brasil foi apenas para decidir o vice-campeonato, que ficou com Button. Massa largou em sétimo e terminou em quinto. Foi a última corrida de Rubens Barrichello na F1, terminando em 14°.


2012 - O Brasil voltou a decidir o título. O confronto? Vettel x Alonso. O alemão se envolveu em um incidente na largada e foi tocado pela Williams de Bruno Senna, precisando fazer uma épica corrida de recuperação em uma corrida maluca, com chuva, Safety Car e acidentes, coroando o tricampeonato de Sebastian Vettel. Foi também a despedida definitiva de Michael Schumacher da F1. Massa poderia ter chegado em segundo, mas abriu para Alonso, chegando em terceiro, conquistando seu quarto pódio no Brasil. A corrida acabou com o Safety Car passando após o acidente de Paul di Resta. Foi a última vitória de Button e da McLaren até então.




Foto: F1 Fanatic

2013 - A despedida de Massa da Ferrari depois de oito temporadas como titular da equipe. Com homenagem e capacete especial, Vettel engatou a nona vitória seguida em prova que foi a despedida de Webber da F1. Largou em nono e chegou em sétimo.



Por enquanto é isso, amanhã tem o histórico do brasileiro na Williams! Até mais!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

ESPECIAL MASSA EM INTERLAGOS - Sauber

Foto: Getty Images
Fala, galera! Semana de Grande Prêmio do Brasil sempre é importante, e hoje vamos começar a relembrar a trajetória de Felipe Massa no circuito brasileiro, afinal como vocês sabem, essa será a última vez que ele correrá em Interlagos pela F1. Hoje, vamos destacar suas três participações pela Sauber:

2002 - Após marcar o primeiro ponto da carreira na Malásia, na segunda etapa do campeonato, o jovem Felipe vinha empolgado para sua primeira corrida de F1 em terra natal. Entretanto, o resultado não foi o esperado: O brasileiro abandonou na 41a volta após uma colisão (não encontrei nada na internet como registro). O GP é lembrado como aquele que Pelé deu a bandeirada para Takuma Sato (retardatário) ao invés do vencedor, Michael Schumacher, quando já estava de costas.


2004 - Após não ter participado da temporada 2003, Massa retornou a Sauber. Dessa vez, o Brasil encerrava a temporada, já ganha por Schumacher ainda na Bélgica. Após a pole de Barrichello, Massa conquistou um ótimo quarto lugar. O dia parecia promissor para os brasileiros. Entretanto, Rubinho "frustrou" a torcida ao chegar em terceiro e Massa foi oitavo, garantindo um pontinho na etapa final da temporada. Confira a pole de Rubinho:




2005 - Antepenúltima etapa do Mundial tinha a disputa entre Raikkonen e Alonso. Massa largou em 9°, na frente de Rubinho (10°). Entretanto, dessa vez Massa não conseguiu pontuar. Montoya venceu, com Raikkonen em segundo e Alonso em terceiro, o que bastava para o espanhol sagrar-se o campeão mais jovem da história naquele momento, com 24 anos e 59 dias.


Por enquanto é só, em breve voltaremos com o ápice de Massa no Brasil: As vitórias e o quase título, Até mais!