quinta-feira, 19 de julho de 2018

O ÚLTIMO CONTRATO?

Foto: Daily Express
A formalidade já acabou. O que todo mundo sabia se confirmou. Lewis Hamilton renovou o contrato com a Mercedes por mais duas temporadas (até 2020). Segundo a imprensa britânica, vai receber cerca de R$ 200 milhões por ano, o que daria a Lewis o status de atleta mais bem pago do mundo.

Diante de valores tão altos em uma negociação arrastada, a dúvida que fica é: Hamilton parte para seus últimos dois anos de F1? Segundo o inglês, não é bem assim. O tempo de contrato foi em virtude da incerteza do que irá acontecer a partir de 2021. Quando as coisas ficarem mais claras, aí sim o inglês pode tomar a decisão de sair da categoria ou permanecer na Mercedes.

Apesar de ter sido sondado pela Ferrari, Hamilton vai cumprir a sua jornada com a Mercedes do início ao fim, desde os 13 anos, quando começou a parceria com a McLaren e a Mercedes, até se transferir para a escuderia alemã em 2013. Por mais que não admita, vai perseguir os recordes de vitórias e de títulos de Schumacher até a Mercedes não ter mais condições, se cansar ou as duas coisas.

De qualquer forma, é ótimo que ainda tenhamos por no mínimo mais duas temporadas um dos maiores pilotos de todos os tempos.

Até!

GP DA ALEMANHA - Programação

O Grande Prêmio da Alemanha (Grosser Preis Von Deutschland) é uma corrida que entrou no calendário da F1 na segunda temporada, em 1951, e ficou de fora do circo apenas cinco vezes: 1955, 1960, 2007, 2015 e 2017.

Foram utilizados os circuitos de AVUS, Nurburgring (Anel Norte), Nurburgring, Hockenheim antigo e Hockenheim atual. Nesse ano, a corrida será realizada no circuito de Hockenheim.


Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:13.780 (McLaren, 2004)
Pole Position: Michael Schumacher - 1:13.306 (Ferrari, 2004)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 4x (1995, 2002, 2004 e 2006)

CHEFÕES QUEREM REDUÇÃO DO CALENDÁRIO

Foto: Getty Images
Atualmente o Mundial de F1 tem 21 etapas. Pela primeira vez na história, tivemos três corridas em três semanas consecutivas. Para nós, fãs, isso é ótimo. Afinal, quanto mais é melhor. Diga isso para quem está no circo...

A Liberty Media deseja aumentar para 23 etapas o calendário já no ano que vem. Convenhamos, é improvável. Apesar de esperar o imbróglio da tal corrida em Miami e algumas sondagens para sediar uma corrida nas ruas da Dinamarca ou o retorno para a Holanda (embalados pelo efeito Max Verstappen). Diante de tal propostas, alguns dirigentes são completamente contrários a causa. Um deles é Cyril Abiteboul, chefão da Renault. Além disso, ele deseja a redução do número de etapas, voltando ao que era antigamente, até o início do século: entre 15 e 18 etapas.

"Precisamos ser capazes de nos envolver com os fãs, mas isso precisa ser especial. Já estamos bem acima do que deveria ser algo especial. Precisamos transmitir uma mensagem de orgulho, de motivação, de energia. Com o calendário que temos agora, o entusiasmo não é o mesmo de quando viajávamos apenas 15 vezes por ano. Se não tivermos essa energia, será muito difícil transmitir isso externamente. Está quase se tornando rotina. Não deve ser um trabalho do dia-a-dia. Nós inclinamos esse equilíbrio, então precisamos ser extremamente cuidadosos", disse Abiteboul à "Autosport".

Gunther Steiner, chefe da Haas, concorda com o francês. "Ir às corridas custa um monte de dinheiro a nós e à Fórmula 1 , então eles precisam ter certeza de que também temos lucro, não apenas gastos. Apenas crescendo por crescer, não faz sentido. O saldo está entre 20 e 22 corridas no máximo. Aumentando, não há retorno", disse.

Pegando o mesmo raciocínio, o polêmico Vijay Mallya da Force India disse que concordaria com o aumento de etapas no Mundial desde que entre também mais dinheiro no orçamento das equipes, principalmente as mais necessitadas, que é o caso da própria escuderia indiana. "Mais corridas significam mais receita e se eu puder ter uma e meia ou duas equipes de corrida e ser pago pela Fórmula 1, eu certamente consideraria isso. Mas se as coisas continuarem as mesmas, então acho que mais de 21 corridas e esses três fins de semana seguidos serão muito desgastantes para nossos engenheiros e mecânicos e todos os envolvidos na equipe de corrida", afirmou.

De fato, para o outro lado é pesado. Três semanas consecutivas de trabalho intenso, montando e desmontando equipamentos e circulando de motorhome pela Europa. Provavelmente isso não deverá mais acontecer. De certa forma, o raciocínio de Abiteboul faz sentido. Menos corridas traz um aspecto mais especial e uma expectativa maior para o evento.

 A exemplo de uma Copa do Mundo (sdds :/), se diminuir a distância entre uma e outra, certamente o impacto será o menor, infelizmente. Na F1, mais de 20 corridas talvez seja um exagero, mas 16 também é um exagero. Provavelmente tirariam as melhores corridas para deixar aberrações como Cingapura, Abu Dhabi e semelhantes. Melhor deixar como está, sem desgastar muito os profissionais e o público.

RENAULT SEGUE EM ALERTA DURANTE INDEFINIÇÃO DE RICCIARDO

Foto: LAT Images

A situação é simples: sem espaço na Red Bull, Carlos Sainz foi emprestado para a Renault. No entanto, diante de Daniel Ricciardo ainda não ter decidido se fica ou não na equipe dos energéticos, os franceses precisam estar preparados para caso o espanhol seja chamado para substituir o australiano na Red Bull. 

Segundo Cyril Abiteboul, a Renault vai estar preparada para caso precise ir ao mercado de pilotos. Minha responsabilidade é garantir que tenhamos alternativas caso o Carlos não esteja disponível dentro de uma janela de tempo adequada para a definição da dupla do ano que vem”, disse.

“Algo que eu realmente quero é antecipar a definição da dupla para o ano que vem, o mais cedo possível. Precisamos ficar de olho em alternativas, já que sabemos que não tem controle completo do futuro do Carlos na Renault. Não controlamos o futuro entre Red Bull e Carlos”, seguiu.

Sempre surge especulações de um retorno de Alonso na equipe. Entretanto, não há ainda uma ideia de qual seria o possível substituto de Sainz na Renault. Até o próprio Ricciardo foi contatado diante das negociações alongadas com a Red Bull. A grande questão da Renault é decidir se querem manter dois pilotos regulares mas aparentemente sem o "algo a mais" para brilhar, ou deixar um bom acumulador de pontos e aquele capaz de fazer o diferente. Quem seria esse cara hoje? Ele estaria disponível? Questões para Abiteboul.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 171 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 163 pontos
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 116 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 106 pontos
5 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 104 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 93 pontos
7 - Nico Hulkenberg (Renault) - 42 pontos
8 - Fernando Alonso (McLaren) - 40 pontos
9 - Kevin Magnussen (Haas) - 39 pontos
10- Carlos Sainz Jr (Renault) - 28 pontos
11- Esteban Ocon (Force India) - 25 pontos
12- Sérgio Pérez (Force India) - 23 pontos
13- Pierre Gasly (Toro Rosso) - 19 pontos
14- Charles Leclerc (Sauber) - 13 pontos
15- Romain Grosjean (Haas) - 12 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 8 pontos
17- Lance Stroll (Williams) - 4 pontos
18- Marcus Ericsson (Sauber) - 3 pontos
19- Brendon Hartley (Toro Rosso) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Ferrari - 287 pontos
2 - Mercedes - 267 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 199 pontos
4 - Renault - 70 pontos
5 - Haas Ferrari - 51 pontos
6 - Force India Mercedes - 48 pontos
7 - McLaren Renault - 48 pontos
8 - Toro Rosso Honda - 20 pontos
9 - Sauber Ferrari - 16 pontos
10- Williams Mercedes - 4 pontos

TRANSMISSÃO:











terça-feira, 17 de julho de 2018

HISTÓRIAS DE HOCKENHEIM

Foto: Instituto Ayrton Senna
No post de hoje, quatro histórias de corridas disputadas em Hockenheim. O Grande Prêmio da Alemanha volta ao calendário depois de dois anos fora, envolto em diversos problemas financeiros entre o circuito de Nurburgring. Diante da nova política da Liberty Media em valorizar os palcos históricos da Europa, a tendência é que os alemães não irão ficar de fora tão cedo do circo, justamente de onde são a atual tetracampeã do mundo de construtores e o piloto que busca o penta. Vamos lá:

Na temporada onde a McLaren destroçou as rivais (saudades, né?), Hockenheim mais uma vez foi palco da disputa Senna x Prost. Por falar nisso, duas semanas antes, o circuito teve o show de Michael Jackson em sua Bad Tour.

Na pista, o mesmo de sempre: o MP4/4 passando por cima de todos. Senna na pole e Prost em segundo. O francês tinha seis pontos de vantagem no campeonato (54 a 48), com quatro vitórias de cada um em oito etapas no ano. Na largada, o brasileiro se manteve na frente, enquanto o francês foi superado pela Ferrari de Gerhard Berger e a Benetton de Alessandro Nannini. Nelson Piquet, com a Lotus, acabou acertando a barreira de pneus logo na largada e abandonou.

Depois de doze voltas, Prost voltou a segunda posição e assim ficou definido: vitória tranquila de Senna, a quinta no ano e a décima primeira na carreira, diminuindo para apenas três pontos a desvantagem para o francês. Berger e Alboreto chegaram em terceiro e quarto para a Ferrari, Ivan Capelli com a March e Thierry Boutsen com a Benetton fecharam o top 6. Maurício Gugelmin foi o oitavo.


Pulamos dez anos. A McLaren seguia com o melhor carro, mas dessa vez tinha a ameaça de Schumacher com a Ferrari. Bem, na Alemanha isso não foi o caso. Hakkinen e Coulthard fizeram a dobradinha tanto no treino quanto na corrida, assim como Villeneuve pela Williams fechando o pódio. Damon Hill marcou seus primeiros três pontos com a Jordan em quarto, seguido pelos irmãos Michael e Ralf Schumacher fechando o top 6. Mika abriu 16 pontos de vantagem para Schumacher, consolidando a liderança da McLaren nos construtores. Rubinho, na Stewart, e Pedro Paulo Diniz, na Arrows, abandonaram logo no início da prova.


Cinco anos depois, uma nova disputa acirrada pelo título. Schumacher se recuperava de um início ruim, enquanto Raikkonen mantinha regularidade com a McLaren. No meio da temporada europeia, surgiu uma nova força: Juan Pablo Montoya e sua Williams. Ele fez a pole e venceu com mais de um minuto de vantagem em relação ao segundo colocado David Coulthard, com Jarno Trulli completando o pódio. Com pneu traseiro esquerdo furado faltando três voltas, Schumacher foi só o sétimo, chegando atrás de Cristiano da Matta. Raikkonen e Barrichello bateram na largada. Com o resultado, o colombiano assumiu a segunda posição do campeonato, seis pontos atrás do alemão.



Dez anos atrás. Outra disputa acirradíssima entre Ferrari e McLaren. Lewis Hamilton e Felipe Massa, ponto a ponto. Na Alemanha, Hamilton não teve dificuldades para fazer a pole e vencer. Nelsinho Piquet, que largou em 17°, aproveitou um Safety Car na pista para fazer uma parada a menos e chegar num surpreendente segundo lugar com a Renault, levando Felipe Massa com ele para o pódio. Foi a última vez que dois brasileiros estiveram no pódio. Isso não acontecia desde 1991, na Bélgica, quando Senna venceu e Piquet ficou em terceiro. Barrichello, na Honda, bateu e abandonou.

Com o resultado, Hamilton assumia a liderança do campeonato com 58 pontos, deixando Massa com 54, Raikkonen 51 e Kubica 48. Foi o único pódio de Nelsinho na F1, que no ano seguinte acabou demitido depois do escândalo do Cingapuragate.

Foto: Getty Images


Conclusão: saudades quando os brasileiros, a McLaren e a Williams brigavam lá na frente.

Até!

quinta-feira, 12 de julho de 2018

A F1 VAI VIRAR UMA DTM?

Foto: Daily Express
Desde o ano passado, a Liberty Media começou a falar do desejo em transformar a F1 nos próximos anos de sua gestão, não só na questão comercial mas também na parte técnica. Logo, layouts de transmissão, grid girls, marketing... tudo isso está sendo feito com resultados louváveis. Entretanto, a messiânica expressão da "F1 a partir de 2021" pode não ter passado apenas de um delírio otimista.

Por que tanto fetiche com 2021? É que seria o primeiro ano de um novo Pacto Concórdia que seria definido pelas equipes, dividindo o dinheiro entre eles e podendo chamar possíveis interessados para a categoria, entre outros. Com o acordo atual assinado desde 2013 e em vigor até 2020, não é possível fazer nada nesses dois anos. É manter as regras atuais do motor turbo e, aí sim, buscar mudanças para uma "nova era da F1".

A ideia de uma categoria mais justa e equilibrada, com as equipes recebendo valores não tão discrepantes e com disputas emocionantes na pista pode não existir. Apesar de receber Jaguar, Aston Martin e Porsche em reuniões sinalizando interesse em participar de uma nova F1 com motores mais simples e baratos, o fato é que não houve interessados de verdade, ainda. É claro que há tempo para se manifestar, mas quanto mais se demora, menor o tempo para a realização de um grande trabalho, principalmente para quem deseja adentrar a categoria.

Cada vez será mais impossível as empreitadas de Richard Bronson, Tony Fernandes e Gene Haas na categoria. Está tudo cada vez mais caro, e isso só para se manter funcionando, no máximo pontuando em algumas corridas e na sorte, como está sendo visto. Desde o início, Ferrari, McLaren e Red Bull se mostraram contrárias a essas mudanças. Afinal, elas que mandam e possuem boa fatia do dinheiro e é óbvio que não estão dispostas a ceder para as equipes pobres. Como sempre, houveram as ameaças de que se algo não ficar favorável aos seus interesses, são capazes de sair da categoria (principalmente a Ferrari) o que é improvável, convenhamos.

Status Quo da F1 não quer mudanças. Foto: F1i
Na própria questão das unidades motrizes, as atuais montadoras são contra as mudanças. Se o modelo atual é caro, um novo formato seria mais caro ainda, por todos os testes e estudos que deveriam começar a ser feitos nesse ano ou no próximo para que as unidades motrizes chegassem devidamente testadas e com bom potencial para ser explorados em 2021.

Mantendo-se tudo do jeito que está, a tendência é que a F1 vire uma DTM: equipes grandes e suas satélites. Ferrari, Red Bull e Mercedes na hegemonia, a McLaren e a Renault como segundo escalão e o resto sendo obrigado a ser equipe satélite das grandes para continuar existindo. A Sauber e a Haas fizeram bons acordos com a Ferrari. A Force India já é, de certa forma, um laboratório da Mercedes. A Williams vai precisar dar um jeito para sobreviver. Nem com Stroll a coisa vai bem (e não estou falando do mérito esportivo). Claire Williams já sinalizou que em 2021 o time de Grove pode acabar se as regras não mudarem.

Uma pena que, no momento, a Liberty parece não ter condições de enfrentar as poderosas e seus blefes. Quem perde é a categoria, cada vez mais cara, com menos audiência e certamente menos dinheiro no bolso de todos os envolvidos. Esperamos que tudo isso não vire uma utopia.

Até!

segunda-feira, 9 de julho de 2018

JOGAR (E NÃO JOGAR) PARA A TORCIDA

Foto: Getty Images
Depois de uma corrida disputadíssima e repleta de emoção até o final, Hamilton conseguiu salvar o acidente da primeira curva com Raikkonen e saiu de 17° até chegar em segundo, pressionando Vettel. Com pitada de sorte (Dois Safety Cars consecutivos), a estratégia permitiu que pudesse trocar de pneus e recuperar posições distantes - o pódio estava fora de cogitação. Uma grande atuação, um dos destaques da corrida.

No entanto, ao sair do carro, a expressão de Hamilton era a irritação, a impaciência. Estava prestes a explodir com algo. Saiu do carro e foi direto para o pódio, sem participar da entrevista com Martin Brundle como os demais, tampouco saldou seu torcedor, que sempre lota Silverstone para acompanhar o ídolo, que por pouco não venceu pela sexta vez (a quinta consecutiva) no autódromo.

No pódio, a cara fechada, sem sorrisos e com poucas palavras contrastou com a alegria da Ferrari - principalmente Vettel - líder com nove pontos de vantagem. Algo estava por vir. Na coletiva e na zona mista saíram as bombas: a acusação de que a Ferrari mandou Raikkonen bater nele de propósito. Tese essa que foi endossada pelo chefe Toto Wolff, logo na sequência.

É perfeitamente compreensível não estar satisfeito com o resultado. Afinal, o incidente da largada foi sim preponderante para o resultado final da prova. Ainda assim, é muita irresponsabilidade fazer esse tipo de acusação grave de forma pública. Hamilton e Wolff, representando a Mercedes, são duas instituições muito pesadas e com muitos fãs. Qualquer declaração deve ser feita com cautela. A partir do momento em que você joga para a torcida, os fãs mais radicais sentem-se no direito de fazer ataques virtuais e ofensas a Ferrari e seus pilotos. Afinal, se Hamilton e Wolff, que são lideranças do time acabaram de fazer isso, por que eu não poderia?

Hamilton poderia ter, no mínimo, ter um pouco mais de afeto pela sua torcida local depois da bandeirada. Mesmo que o resultado não tenha sido o esperado, foi uma grande corrida que deixou todos seus fãs orgulhosos. Valorizar o apoio e seus esforços para estar em um fim de semana onde a seleção inglesa estava fazendo história na Copa, ao invés de ser deselegante nas declarações e distante de quem o apoia.

No entanto, ainda bem que ele e Wolff viram que estavam equivocados e deram vários passos atrás. Hamilton disse que Raikkonen se desculpou pelo incidente e o conflito acabou ali, sem mais ressentimentos. Ambos justificaram o "calor do momento" como justificativa para tais acusações. De novo, é compreensível o sangue quente. Que bom que ambos se retrataram. Fim da história. Fim da polêmica.

Sobre ter ignorado a entrevista, o inglês disse que estava muito exausto depois da corrida por ter perdido muitos quilos. Lá é verão, Hamilton disse ter perdido três quilos porque teve que andar no limite o tempo todo. Sem margem para administrar como está acostumado, parece ter sentido o desgaste físico que o restante do grid tem nos finais de semana.

Foi feito a tempestade no copo d'água. As coisas se resolveram. Vida que segue, com aprendizados. Por mais que a raiva e a frustração possam estar presentes, pilotos e dirigentes precisam refletir sobre quem são, quem eles representavam e o peso que possuem antes de qualquer declaração forte. Qualquer coisa fora do tom pode inflamar tanto o paddock quanto os fãs, e isso é muito perigoso.

Até!

domingo, 8 de julho de 2018

SEM HEXA

Foto: Getty Images
Mais uma vez largando na pole em casa, com a torcida empolgada pela grande campanha da Inglaterra na Copa do Mundo (de volta a semifinal após 28 anos) e com quatro vitórias seguidas nos últimos quatro anos, parecia tudo perfeito para Hamilton e os ingleses fazerem a festa. Não deu. A exemplo do Brasil na Copa, Hamilton vai ter que esperar para buscar a sexta vitória em Silverstone e se tornar o maior vencedor do GP da Inglaterra de forma isolada. A vantagem é que o inglês corre lá com o melhor carro todos os anos, então provavelmente é questão de (pouco) tempo para que isso seja alcançado.

Largando mal, caindo para terceiro e depois sendo atingido por Raikkonen, Hamilton caiu para a última posição. Teve que remar todo o pelotão para recuperar o que parecia um grande estrago para chegar em segundo. Controle de danos. Poderiam ser 26, mas agora são "apenas" oito pontos de desvantagem para o alemão da Ferrari, que segue líder do Mundial, assim como sua equipe nos construtores.

Diante do contexto, poderia se considerar uma atuação e situação satisfatória. Dos males o menor. O inglês conseguiu proporcionar um grande show para a torcida. Faltou a vitória. "Culpa" de Raikkonen, punido com dez segundos nos pits. Ao invés disso, Lewis e Toto Wolff preferiram partir para outro viés: a ira, a raiva e acusações. Os dois falaram que a Ferrari do finlandês bateu de propósito no #44, lembrando do ocorrido de duas semanas atrás entre Vettel e Bottas, na França. É compreensível esse sentimento, mas externar de forma pública é muito grave sem provas concretas. Com certeza é algo que vai perdurar nessa temporada, com diversos capítulos até o fim do ano.

Foto: Getty Images
Ao invés disso, poderiam ter respondido o porquê de, mais uma vez, a Mercedes se mostrar perdida com um Safety Car na pista (ou dois seguidos, no caso: acidentes de Ericsson e depois Sainz com Grosjean). Hamilton fez o pit stop, assim como Ferrari e Red Bull. Com pneus novos, teve condições de atacar a Ferrari e conseguiu ganhar a segunda posição de um Bottas que foi sacrificado pela equipe ao permanecer na pista com pneus duros desgastados. Perdeu a chance da vitória e ficou fora do pódio, tomando sufoco no final de um apagadíssimo Ricciardo, que chegou em quinto só porque Verstappen abandonou, com problemas no freio.

Bottas, aliás, simplesmente não conseguiu defender os ataques de Vettel. Mesmo com mais desgaste, um piloto da Mercedes não pode ser passado tão passivamente (ou surpreendido) pela Ferrari que só tinha ali o ponto de ultrapassagem para a vitória. Méritos de Vettel, evidentemente. Ultrapassagem de quem busca o penta e igualou o número de vitórias de Alain Prost (51). Raikkonen vem fazendo boas corridas. Se a Ferrari for lógica, vai renovar com o finlandês pelo simples fato de ter renovado quando ele realizava trabalhos pavorosos, apesar de ter, dessa vez, o fantasma Leclerc por perto.

Hulkenberg foi o melhor do resto, em sexto, seguido de Ocon. O francês cresceu demais nas últimas provas, superando o companheiro de equipe Pérez, que ficou em décimo após Gasly ser punido com acréscimo de cinco segundos no tempo final de prova por jogar o carro do mexicano fora da pista durante disputa nas últimas voltas. Alonso, a fênix que sempre aparece em lugares inóspitos sem nenhum explicação aparente. Com o errático Grosjean voltando a programação, Magnussen teve uma largada ruim e não conseguiu um grande resultado, apesar de manter a regularidade nos pontos.

Vandoorne só está conseguindo ficar a frente das Williams. Isso diz tudo. O carro é ruim, evidentemente, mas é preocupante como a cada corrida o belga, ao contrário de sua geração no futebol, não consegue dar respostas. Talvez nem para permanecer na McLaren, pois isso depende mais de Norris na F2 do que ele, mas em ir para uma outra equipe, a exemplo do que outros chutados pela equipe inglesa fizeram nos últimos anos (Pérez e Magnussen).

Confira a classificação final do Grande Prêmio da Inglaterra:


Até!

sexta-feira, 6 de julho de 2018

GP DA INGLATERRA - Programação

O Grande Prêmio da Inglaterra foi disputado pela primeira vez em 1948. Atualmente é disputado em Silverstone, perto da cidade de mesmo nome, em Northamptonshire. Juntamente com o GP Italiano, são as duas únicas corridas que figuram no calendário de todas as temporadas da Fórmula 1, desde 1950.

Já foi disputado em Aintree (1955, 1957, 1959, 1961 e 1962), Brands Hatch (1964, 1966, 1968, 1970, 1972, 1974, 1976, 1978, 1980, 1982, 1984 e 1986) e Silverstone (1950 até 1954, 1956, 1958, 1960, 1963, 1965, 1967, 1969, 1971 1973, 1975, 1977, 1979, 1981, 1983, 1985, 1987 - presente), que teve seu traçado reformado em 2010.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Lewis Hamilton - 1:30.621 (Mercedes, 2017)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:26.600 (Mercedes, 2017)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Jim Clark (1962, 1963, 1964, 1965, 1967), Alain Prost (1983, 1985, 1989, 1990 e 1993) e Lewis Hamilton (2008, 2014, 2015, 2016 e 2017) - 5x

SEM AJUDAS

Foto: Getty Images
Áustria, 2001 e 2002. Última volta. Rubinho na frente de Schumacher. Em nome do campeonato, o brasileiro teve que abrir pro alemão nas duas ocasiões. Dezesseis anos depois, a história se repete. Dessa vez, um alemão atrás de um finlandês. Em nome do campeonato, Vettel poderia estar agora quatro pontos a frente de Hamilton. Hoje, essa diferença pode parecer insignificante, mas no final do campeonato pode ser a diferença entre o penta e mais um vice-campeonato.

Não houve troca de posições, o que causou estranhamento para muitos, diante do histórico do modus operandi vermelho em priorizar o líder do time em detrimento do segundo. Questionado sobre isso, Vettel concordou com a decisão (ou ausência de decisão, melhor dizendo). Max venceu a corrida, pois ele merecia e ele não cometeu nenhum erro, então foi um grande desempenho dele. E Kimi fez tudo o que podia”, falou em entrevista ao canal ‘Sky Sports’.

“Eu estava tentando caçar os dois. Kimi estava acelerando o máximo que podia e eu estava acelerando o máximo que podia. Nós estávamos nos aproximando, mas não era o suficiente”, completou.

Ao invés disso, o alemão preferiu salientar que poderia ter alcançado um resultado melhor senão tivesse largado em sexto, fruto de uma punição dos comissários da FIA ao ter atrapalhado Carlos Sainz no qualyfing de sábado. “Eu consegui fazer a coisa certa, mas a corrida poderia ter sido um pouco melhor sem as posições no grid. Estou feliz com o pódio, mas havia mais para nós”, encerrou.


Fiquei surpreendido com a Ferrari não ter feito das suas, embora ache louvável. Que o resultado de pista seja mantido e respeitado. Isso pode, talvez, significar outra coisa: se Raikkonen fosse já um piloto descartado, certamente a ordem teria sido feita. Se isso não ocorreu, é possível que o finlandês ainda tenha lenha para queimar na equipe... e que Leclerc aguarde mais um ano, correndo na Haas. Será?

ELES FICAM

Foto: Getty Images
É o que Niki Lauda garante, embora ainda não haja nada oficial."Eu garanto que ano que vem Hamilton e Bottas vão pilotar pela Mercedes. Isso é certo", afirmou, durante entrevista para a 'ORF'.

Sobre Hamilton, as últimas informações saíram no mês passado. Segundo a imprensa europeia, o tetracampeão pode receber R$ 600 milhões por um acordo de dois anos. Bottas, por sua vez, já declarou meses atrás que gostaria de continuar na equipe alemã, de preferência com uma renovação maior do que apenas uma temporada.


Parece o caminho natural. Em time que está ganhando não se mexe, de maneira bem simples.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 146 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 145 pontos
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 101 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 96 pontos
5 - Max Verstappen (Red Bull) - 93 pontos
6 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 92 pontos
7 - Kevin Magnussen (Haas) - 37 pontos
8 - Fernando Alonso (McLaren) - 36 pontos
9 - Nico Hulkenberg (Renault) - 34 pontos
10- Carlos Sainz (Renault) - 28 pontos
11- Sérgio Pérez (Force India) - 23 pontos
12- Esteban Ocon (Force India) - 19 pontos
13- Pierre Gasly (Toro Rosso) - 18 pontos
14- Charles Leclerc (Sauber) - 13 pontos
15- Romain Grosjean (Haas) - 12 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 8 pontos
17- Lance Stroll (Williams) - 4 pontos
18- Marcus Ericsson (Sauber) - 3 pontos
19- Brendon Hartley (Toro Rosso) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Ferrari - 247 pontos
2 - Mercedes - 237 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 189 pontos
4 - Renault - 62 pontos
5 - Haas Ferrari - 49 pontos
6 - McLaren Renault - 44 pontos
7 - Force India Mercedes - 42 pontos
8 - Toro Rosso Honda - 19 pontos
9 - Sauber Ferrari - 16 pontos
10- Williams Mercedes - 4 pontos


TRANSMISSÃO