Foto: Daily Express |
Por que tanto fetiche com 2021? É que seria o primeiro ano de um novo Pacto Concórdia que seria definido pelas equipes, dividindo o dinheiro entre eles e podendo chamar possíveis interessados para a categoria, entre outros. Com o acordo atual assinado desde 2013 e em vigor até 2020, não é possível fazer nada nesses dois anos. É manter as regras atuais do motor turbo e, aí sim, buscar mudanças para uma "nova era da F1".
A ideia de uma categoria mais justa e equilibrada, com as equipes recebendo valores não tão discrepantes e com disputas emocionantes na pista pode não existir. Apesar de receber Jaguar, Aston Martin e Porsche em reuniões sinalizando interesse em participar de uma nova F1 com motores mais simples e baratos, o fato é que não houve interessados de verdade, ainda. É claro que há tempo para se manifestar, mas quanto mais se demora, menor o tempo para a realização de um grande trabalho, principalmente para quem deseja adentrar a categoria.
Cada vez será mais impossível as empreitadas de Richard Bronson, Tony Fernandes e Gene Haas na categoria. Está tudo cada vez mais caro, e isso só para se manter funcionando, no máximo pontuando em algumas corridas e na sorte, como está sendo visto. Desde o início, Ferrari, McLaren e Red Bull se mostraram contrárias a essas mudanças. Afinal, elas que mandam e possuem boa fatia do dinheiro e é óbvio que não estão dispostas a ceder para as equipes pobres. Como sempre, houveram as ameaças de que se algo não ficar favorável aos seus interesses, são capazes de sair da categoria (principalmente a Ferrari) o que é improvável, convenhamos.
Status Quo da F1 não quer mudanças. Foto: F1i |
Mantendo-se tudo do jeito que está, a tendência é que a F1 vire uma DTM: equipes grandes e suas satélites. Ferrari, Red Bull e Mercedes na hegemonia, a McLaren e a Renault como segundo escalão e o resto sendo obrigado a ser equipe satélite das grandes para continuar existindo. A Sauber e a Haas fizeram bons acordos com a Ferrari. A Force India já é, de certa forma, um laboratório da Mercedes. A Williams vai precisar dar um jeito para sobreviver. Nem com Stroll a coisa vai bem (e não estou falando do mérito esportivo). Claire Williams já sinalizou que em 2021 o time de Grove pode acabar se as regras não mudarem.
Uma pena que, no momento, a Liberty parece não ter condições de enfrentar as poderosas e seus blefes. Quem perde é a categoria, cada vez mais cara, com menos audiência e certamente menos dinheiro no bolso de todos os envolvidos. Esperamos que tudo isso não vire uma utopia.
Até!
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