segunda-feira, 22 de maio de 2017

NÃO É SORTE DE INICIANTE

Foto: Chris Owens
A relação Alonso-Indy-Oval começou em menos de um mês. Com muitos ajustes e adaptação (ainda não plena por necessidades óbvias de tempo), o rookie de 35 anos foi evoluindo aos poucos nos testes que participava. A expectativa geral (ou a impressão particular do autor do post) foi a de que o espanhol conseguiria largar, no máximo, na metade do grid, o que já seria um resultado satisfatório.

Nesse momento, a Fênix mostra porque é diferenciada e leva ao delírio os milhares de aficionados pela Alonsomania e pelo automobilismo. Com muito trabalho e talento, o bicampeão conseguiu avançar para o Fast Nine (os nove que disputam a pole das 500 Milhas) com o sétimo tempo.

Ontem, fez melhor e irá largar na segunda fila, em quinto, na estreia e em um dos palcos mais importantes do automobilismo mundial. Deixou o filho do dono da equipe para trás. De tirar o chapéu. Tudo isso não é sorte de iniciante. Tudo o que ele quer é repetir o feito de Rossi, vencedor no ano passado e que irá largar em terceiro. Tudo para se eternizar mais ainda na história.

Foto: Reprodução
O pole, pela terceira vez, será Scott Dixon, com Ed Carpenter em segundo. Sato, outro ex-F1, é o quarto. Tony Kanaan larga em sétimo. Hélio Castroneves, buscando o tetracampeonato da Indy 500 para se igualar a nomes como A.J. Foyt, Al Unser e Rick Mears e se tornar o maior vencedor da prova, é o 19°. Os 33 carros que irão disputar a prova terão a semana livre para fazer os testes e ajustes necessários para a corrida.

O quinto lugar de Alonso ficou de bom tamanho. O resultado valoriza e ratifica seu imenso talento sem desmerecer os pilotos da Indy, como certamente seria injustamente feito por fãs da F1 que não acompanham muito a outra categoria. Assim sendo, há de se exaltar Alonso e Dixon, os grandes nomes do final de semana da Indy. A próxima semana será espetacular para quem gosta de automobilismo!

Confira o grid de largada da 101a edição das 500 Milhas de Indianápolis:

Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter
No sábado, Sebastian Bourdais (ex-Toro Rosso) sofreu um forte acidente e acabou quebrando a bacia e o quadril. O francês já foi operado e passa bem, mas irá perder todo o restante da temporada. Nesse momento, isso é o que menos importa. É uma pena, pois fazia uma bela temporada na nanica Dale Coyne e certamente seria um dos candidatos a vitória porque era um dos mais rápidos nos treinos livres. Que tenha uma ótima recuperação:

Para quem não viu o acidente:



Aguardem que durante a semana teremos material especial sobre a Indy... Até!

terça-feira, 16 de maio de 2017

DO INFERNO AO CÉU

Foto: Reprodução/Twitter
Quase três meses atrás, retratei o drama de Pascal Wehrlein e todos os acontecimentos que lhe culminaram no chamado "inferno astral" (Relembre o post AQUI), desde a recusa da Mercedes em lhe efetivar na vaga deixada por Rosberg e na preferência por Ocon na Force India até o grave acidente na Corrida dos Campeões, em janeiro, que culminou na ausência da pré-temporada e das duas primeiras corridas do ano, na Austrália e na China.

Diante desse cenário de desesperança e desconfiança, Wehrlein chegou no Bahrein e, distante das melhores condições, conseguiu levar o pior carro do grid para o Q2. Um feito considerável que ele já havia alcançado algumas vezes com a Manor no ano passado. Entretanto, nada se compara com o feito de ontem.

Administrando os pneus e contando com uma estratégia certeira, facilitada pelo Safety Car do incidente entre Vandoorne e Massa, o alemão foi para os boxes e voltou em sétimo, onde chegou a ocupar a quinta posição. Pressionado a corrida toda por Sainz, Kvyat, Grosjean e Magnussen, nem mesmo a punição de 5 segundos acrescidas ao tempo final tirou o #94 dos pontos. Pelo segundo ano seguido, Wehrlein conquista a zona de pontuação com o pior carro, dessa vez em circunstâncias épicas: ausente de duas corridas depois de um grave acidente.

Foto: Motorsport
Os desempenhos de Ocon e Wehrlein explicam cada vez menos a escolha conservadora da Mercedes por Bottas. Não confiar na capacidade de seus jovens pilotos invalida o sentido de existir uma academia de pilotos. Nada contra o finlandês, que é um bom piloto, mas acredito que o francês ou o alemão mereciam mais. Embora Verstappen seja de um nível muito superior, a Red Bull não exitou em colocá-lo rapidamente no topo, mesmo que tenha sido através de uma manobra criticável mas que deu o resultado esperado para os taurinos.

Os pontos e a atuação soberba não são apenas importante para a Sauber na briga pelos construtores, mas sim para a retomada de confiança do #94. Se, após passar pelo pior momento da carreira ele consegue reverter uma situação difícílima com relativa rapidez, essa confiança pode lhe ajudar a dar passos maiores na carreira. Para isso, basta que a Mercedes confie em seu trabalho. Se um piloto que pontua com os piores carros da categoria não serve para a equipe, qual jovem talento irá corresponder?

O pior já passou. Que Wehrlein consiga se estabelecer na carreira. Talento ele tem, de sobra. Os resultados na DTM e agora na F1 ratificam isso.

Foto: Motorsport

segunda-feira, 15 de maio de 2017

CHATO E EMPOLGANTE

Foto: Reprodução
"A nova F1" teve uma surpreendente boa e movimentada corrida na Espanha, sempre candidata a ser uma das piores provas da temporada. O que antes era provável agora ficou óbvio: É Vettel contra Hamilton e nada mais. Que disputa maravilhosa a dos dois. Limpa, arrojada e agressiva, do jeito que os fãs desejam ver. A Mercedes foi mais esperta na estratégia e levou a melhor, no vacilo dos italianos. Entretanto, a regularidade do tetracampeão, que só chegou em primeiro ou em segundo nesse ano, está sendo fundamental para ainda liderar o campeonato: 104 a 98, dois a dois.

Mais uma vez o tricampeão fez uma péssima largada, perdendo a liderança logo nos primeiros metros. Na primeira curva, Bottas, Raikkonen e Verstappen dividiram o mesmo espaço, causando um 'efeito dominó': O finlandês da Mercedes bateu no da Ferrari, que se tocou com a Red Bull e os dois últimos acabaram abandonando a prova com a suspensão dianteira danificada. Incidente de corrida. Foi muito bom ver os comissários liberando (quase) tudo, sem punições injustas. Isso é que é uma corrida de verdade. Também na primeira curva, Massa jogou Alonso para fora da pista, reeditando 2007. O brasileiro teve o pneu furado e comprometeu toda a corrida, caindo para último e terminando em 13°, enquanto o espanhol foi 12°. Poderia ter pontuado se não fosse o incidente, mas como o "se" não existe...

Foto: Reprodução
Após Vettel parar pela primeira vez e voltar atrás de Bottas, o finlandês fez o legítimo papel de "escudeiro", segurando o alemão enquanto Hamilton tentava se aproximar. Os segundos de vantagem recuperados por Lewis foram cruciais para a vitória. Mais lento desde o início, Bottas ficou para trás. Utilizando o motor antigo, acabou abandonando. Sem Raikkonen, Verstappen e o finlandês da Mercedes, o caminho ficou livre para Ricciardo conquistar o primeiro pódio do ano, talvez o mais fácil de sua carreira.

Bom, aí que está o chato. Se as disputas na pista estão menos artificiais e com pegas mais bonitos de ver, embora não tenha a quantidade artificial dos últimos anos, as forças parecem bem definidas na parte da frente e a aerodinâmica também dificulta no processo de ganho de posições. A corrida teve poucas alterações, embora tenha sido bastante disputada, o que também torna o espetáculo mais agradável, entendem o que eu quero escrever?

A disparidade é tamanha entre Mercedes e Ferrari para o resto que somente os três que foram para o pódio terminaram a corrida na mesma volta, o que não acontecia há quase dez anos, no atípico Gp da Inglaterra de 2008, também vencido por Hamilton. Aproveitando os abandonos, a Force India mostra que é a equipe mais regular e eficiente da "F1 B". Os indianos foram os únicos que pontuaram em todas as corridas com os dois pilotos, Pérez em quarto (na zona de pontuação pela 16a vez seguida) e Ocon em quinto, melhor resultado na carreira, se aproximando do mexicano em termos de desempenho e garantindo o time do detento Vijay como quarta força (alô, Corinthians) da F1.

Foto: Getty Images
A Renault vem evoluindo. Digo, Hulkenberg. Sexto lugar, o melhor desempenho do ano. Enquanto isso, Palmer briga com Stroll pelo posto de pior piloto da F1. Quando um parece estar na frente, o outro se supera. É inacreditável que o inglês tenha renovado na F1. Conseguiu ser o penúltimo. A Williams abriu mão dos construtores para ganhar dinheiro às custas do canadense. Adeus competitividade. O FW40 é um desperdício de carro, que conta com os pontos de um piloto ex-aposentado irregular que, mesmo perdendo quase um minuto entre entrar nos boxes com o pneu furado e voltar a pista, conseguiu ultrapassar Stroll, sem a presença do Safety Car para reaproximar todo mundo. Se a Renault não se equivalesse a Williams no sentido de existir apenas um piloto, era capaz do time de Glove perder o quinto lugar nos construtores.

A corrida de Pascal Wehrlein foi soberba. Todo o sofrimento que o alemão passa desde o ano passado foi pulverizado com maestria nesse fim de semana. Se antes ele já havia conseguido passar para o Q2, ontem o feito foi enorme: um oitavo lugar (que poderia ser sétimo senão fosse a punição de cinco segundos da direção de prova). Uma estratégia arriscada que deu muito certo. Pelo segundo ano seguido, Pascal faz milagre com o pior carro do grid. Hoje, ele segurou a Toro Rosso e a Haas. Mais uma vez, Ericsson será dominado por um companheiro de equipe, mas isso não faz diferença pois é o dono da Sauber. Menção honrosa para Kvyat, que largou em penúltimo e conseguiu um nono tempo, assim como Sainz, o sétimo na corrida caseira.

Foto: Beto Issa


Alonso fez mágica no sábado, mas o toque com Massa tirou suas possibilidades de pontuação. A velha rotina de ser ultrapassado na reta foi retomada. A grande surpresa foi o MCL32 ter resistido a corrida toda. Estão começando a cobrar Vandoorne de forma injusta ao meu ver. Com equipamento horrível, é difícil do belga mostrar alguma coisa, ainda mais com Alonso como companheiro de equipe, que atrai todos os holofotes, e por ser sua primeira temporada. Entretanto, hoje errou ao colidir com Massa na primeira curva, o que custou o abandono na prova e três posições de punição em Mônaco, próxima etapa do Mundial de F1, nos dias 25, 27 e 28 de maio, sem Alonso mas com Jenson Button.

Confira a classificação final do GP da Espanha:


Até!



sábado, 13 de maio de 2017

VOLTANDO A NORMALIDADE

Foto: Getty Images
O Grande Prêmio da Espanha não reserva nenhuma emoção e novidade. Palco dos testes de pré-temporada, todo mundo sabe de cor e salteado o que fazer e como fazer. O que muda, porém, são as novas peças que são acrescentadas, aos poucos, nos bólidos. Isso pode mudar a ordem de algumas forças na F1.

Por exemplo, a Mercedes retorna a uma tranquila liderança dos treinos, duas vezes com Hamilton. Os alemães chegaram a colocar quase um segundo de vantagem nas Ferraris, que tiveram um dia difícil. O bólido do tetracampeão (agora com os carros com maior e melhor identificação dos nomes e números) teve problema de câmbio no TL1 e andou atrás de Raikkonen nas duas sessões.

Fechando o top 6, as Red Bull de Verstappen e Ricciardo, seguidos da Haas de Magnussen e Grosjean (no TL2, a quarta fila ficou com Hulkenberg e Palmer). Massa foi o nono no TL2 e 14° no TL1. Stroll ficou nas últimas posições nos dois treinos.

Parece claro que a Mercedes será pole com dobradinha com alguns décimos de vantagem sobre a Ferrari, no máximo uns três ou quatro décimos.

Foto: GP Update/Sutton Images
Na primeira volta da sessão, o motor de Alonso morreu. Não só, jorrou óleo, como se o carro estivesse vomitando. Mais um capítulo vexatório para a relação McLaren-Honda. E tem gente que ficou indignada com o fato do bicampeão ir correr em Indianapólis... ele não consegue fazer nada na F1, não tem equipamento! Para não perder tempo, o asturiano foi para o hotel jogar pádel (espécie de tênis espanhol) com seu preparador físico para manter a forma, pois justamente não consegue exercer sua profissão. Isso é frustante ao mesmo tempo em que Alonso é muito bem pago para não fazer nada, e isso obviamente não é sua culpa. Talvez seja sim sua responsabilidade as escolhas equivocadas na carreira. Alonso quer um carro vencedor para 2018. Será que existe vaga para ele nesse perfil? Eu não duvidaria de nada de uma terceira passagem na Renault...

Foto: Twitter

Confira a classificação dos dois primeiros treinos livres do GP da Espanha:



Até!


sexta-feira, 12 de maio de 2017

GP DA ESPANHA - Programação

O Grande Prêmio da Espanha entrou definitivamente no calendário da Fórmula 1 em 1968. Desde então, já foi disputada em 4 pistas: Jarama, Montjuic, Jerez e Catalunha (desde 1991).

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:21.670 (Ferrari, 2008)
Pole Position: Mark Webber - 1:19.995 (Red Bull, 2010)
Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1995, 1996, 2001, 2002, 2003 e 2004)

CRIADOR E CRIATURA

Foto: Grand Prix

Felipe Massa vive duas situações inusitadas na carreira. A primeira foi seu retorno relâmpago a categoria após anunciar sua aposentadoria no ano passado, substituindo Bottas, que foi para a Mercedes. Com isso, o brasileiro passou a ocupar o importante papel de "tutor" de Lance Stroll, jovem estreante na categoria justamente no momento onde os bólidos ficaram mais pesados e difíceis de serem guiados.

O brasileiro se lembrou dos tempos em que era aprendiz de Schumacher e comparou as duas experiências com diferentes atuações e perspectivas: "Eu acho que estou passando informação mais fácil para o Lance do que recebia do Michael. Eu perguntava mais do que ele dava por iniciativa própria, mas ainda assim ele me passava muita coisa. Mas quando eu ficava na frente ele não ficava 100% feliz. Mas eu sempre perguntei muito, porque eu sempre vi ele como um professor, um mestre, e eu não tinha medo de perguntar “o que vocês está fazendo aí, o que você fez ali?”, eu sempre perguntei tudo que pude a ele. E ele sempre falava, mas às vezes tinha que perguntar, ele não falava de graça", revelou.

Massa também disse que ajuda o canadense em tudo que pode, desde acerto de carro e como ganhar milésimos de segundos em uma ou outra curva. Entretanto, as dicas de Felipe parecem não ter surtido efeito, pois Stroll ainda está zerado na temporada e completou apenas a última etapa, na Rússia. "É claro que é melhor ter seus dois pilotos marcando pontos para o time, porque é isso que todos os times precisam. Mas não tem como esquecer que ele está começando e aprendendo. Ele está realmente aprendendo, mas, como disse, precisamos dar tempo a ele", completou.

Não cabe comparação entre a relação Schumacher-Massa e Massa-Stroll. Mesmo com todas as dicas e informações, o canadense é fraco e está se queimando ao pular etapas para chegar direto à F1. Óbvio que o canadense irá evoluir e pontuar uma hora ou outra, mas a Williams trocou o dinheiro dos construtores pela granda do sr. Lawrence. Esportivamente, não foi a mesma escolha. 

E para o ano que vem, quem será o "professor" de Stroll, pensando na possibilidade de Massa anunciar a segunda aposentadoria da carreira? Stroll terá tempo demais para mostrar do que é (in)capaz.

NASR: RETORNO À F1 É "QUESTÃO DE TEMPO"

Foto: Divulgação

Fora da Fórmula 1 nessa temporada, Felipe Nasr concedeu entrevista ao site Autosport nesse fim de semana. Abordando esse período longe das competições no automobilismo, ele afirmou que seu empresário, Steve Robertson, está cuidando de tudo e que o Brasil não pode ficar sem um piloto na categoria. Se não fosse o retorno de Massa, essa possibilidade já estaria concretizada hoje. Também vale lembrar que não existe nenhum outro brasileiro sequer próximo de ingressar na categoria.

"Há muito interesse comercial por trás disso e você tem que juntar as coisas", afirmou, referindo-se ao apelo comercial do Brasil na categoria e no que acarretaria a ausência de representantes nacionais na categoria. Apesar de ter superado Ericsson nos pontos nas duas temporadas, Felipe teve dificuldades ano passado, sendo superado constantemente nos treinos por um piloto mediano.

Nasr não mostrou nada de espetacular para conseguir algo além de uma Haas, por exemplo. Ele diz que já existem sondagens para o ano que vem e que Steve está "monitorando tudo". Mesmo que esteja fora de ação, o ex-Sauber mantém a forma pilotando kart em Brasília e garante não se preocupar em lidar com os novos bólidos: "Eu ganhei quase três quilos de massa magra, como estava planejando fazer", finalizou.

Masr não poderia ter saído da F1. A ausência do apoio do Banco do Brasil pode ser determinante para a abreviação da sua carreira na principal categoria do automobilismo. Ou ele consegue nem que seja uma vaga como terceiro piloto mesmo sem aporte financeiro, ou é melhor pensar outras alternativas, como Indy e Endurance. O tempo está passando.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 86 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 73 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 63 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 49 pontos
5 - Max Verstappen (Red Bull) - 35 pontos
6 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 22 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 22 pontos
8 - Felipe Massa (Williams) - 18 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 11 pontos
10- Esteban Ocon (Force India) - 9 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 6 pontos
12- Romain Grosjean (Haas) - 4 pontos
13- Kevin Magnussen (Haas) - 4 pontos
14- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 136 pontos
2 - Ferrari - 135 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 57 pontos
4 - Force India Mercedes - 31 pontos
5 - Williams Mercedes - 18 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 13 pontos
7 - Haas Ferrari - 8 pontos
8 - Renault - 6 pontos

TRANSMISSÃO


terça-feira, 9 de maio de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #29 - Lembranças

Foto: Alchetron
Semana de Grande Prêmio da Espanha, mais uma vez no dia das mães. Hora de relembrar alguns acontecimentos importantes dessa semana no mundo da F1.

Começando pela lembrança dos 35 anos sem Gilles Villeneuve. Para muitos, um gênio. Para outros, um porra louca superestimado por suas ousadias e barbeiragens na pista. Para fugir do clichê de postar a disputa do canadense com o Rene Arnoux no GP da França, aqui fica um tributo do excelente Antti Kalhola:


Outro aniversário importante é o da Williams na F1. A equipe de Sir Frank completou 40 anos na categoria com números impressionantes: 114 vitórias com 16 pilotos diferentes, com 7 títulos de pilotos e 9 de construtores (os últimos em 1997). O maior vencedor com a equipe é Nigel Mansell, com 28 triunfos. Abaixo, todos os vencedores pela Williams:

Damon Hill (21), Alan Jones e Jacques Villeneuve (11), Nelson Piquet e Alain Prost (7), Ralf Schumacher (6), Keke Rosberg (5), Riccardo Patrese e Juan Pablo Montoya (4), Carlos Reutemann e Thierry Boutsen (3), Clay Regazzoni, David Coulthard e Heinz Harald Frentzen (1).

E claro, para completar, Pastor Maldonado. Sua única vitória na carreira (e a última da Williams até aqui) vai completar MEIA DÉCADA. Sem dúvida alguma um dos acontecimentos mais improváveis desse esporte em toda a história. Uma atuação impecável do venezuelano, que liderou do início ao fim e segurou o ímpeto de gente como Alonso e Raikkonen. Memorável. Relembrem (como o tempo passa...):

Foto: Getty Images

Sobre o boato da Brabham: ele apareceu algum tempo atrás, sem força, e continuo duvidando da sua possibilidade. Óbvio que seria espetacular que uma escuderia histórica retornasse para a categoria (importante: os donos da marca realmente são os Brabham, diferente do caso da "Lotus" recente), mas não comprando a Force India. Mesmo que os indianos estejam com dificuldades econômicas, eles foram os únicos que não só conseguiram se manter mas também crescer na categoria. 

Que os Brabham comprem o espólio de uma Manor ou Caterham da vida e recomecem sua história do zero, aumentando o grid ao invés de matar com um time tão simpático como o liderado pelo picareta Vijay Mallya.

Foto: Reprodução

Por enquanto, isso é tudo pessoal! Até mais!

quinta-feira, 4 de maio de 2017

ALONSOMANIA, O RETORNO

Foto: Reprodução
Um momento histórico para o automobilismo foi realizado ontem, em Indianápolis. Fernando Alonso finalmente deu suas primeiras voltas no circuito, cumprindo o Programa de Orientação de Novatos (ROP, em inglês). Na Indy, os pilotos precisam atingir gradativamente determinadas médias de velocidade para poder passar de fase e ficar apto a disputar a classificação para a prova.

O efeito Alonso justifica-se: um batalhão de repórteres acompanharam in loco o espanhol, sem contar o sucesso nas redes sociais: cerca de 80 mil pessoas assistiram o treino, audiência maior do que as corridas e qualyfings da categoria. Todo mundo estava curioso para saber as primeiras impressões do bicampeão.

Foto: Reprodução
Com o número 29 no DW12 (que carro lindo aliás, por que a McLaren não utiliza essa cor na F1?) e um lindo capacete retrô, Alonso completou 51 voltas na primeira etapa, com média de 353, 498 km/h. Ele disse que sentiu dificuldades no começo, mas que gradativamente começou a ficar mais a vontade no bólido. O real é diferente do simulador. "O carro se guiava sozinho", completou o espanhol. Alonso já enxerga dificuldades, naturais de quem fez apenas um treino na categoria e justamente em Indianapólis. O mais difícil está por vir: a classificação e a competição com 31 carros no oval.

Na segunda fase, Alonso andou mais 37 voltas no oval e alcançou a marca de 358,15 km/h. A ameaça de chuva fez com que sua participação terminasse mais cedo, até porque seus pneus também se esgotaram. Na terceira e última parte, ele deu mais 22 voltas, totalizando 110 no total. Só no treino de hoje, Alonso andou mais que em toda a temporada na F1, somando as quatro primeiras etapas. Sua média de velocidade lhe permitia largar entre os 33 pilotos da corrida. Entretanto, a marca está distante dos ponteiros. No ano passado, em primeiro ficou James Hinchcliffe, com 371,37 km/h, seguido de Josef Newgarden (371,27), Ryan Hunter-Reay (371,19), Townsend Bell (370,92) e Carlos Muñoz (370,71).

Zak Brown, diretor da McLaren que estava acompanhando o treino, disse que fazia tempo que não via seu piloto tão feliz. Alonso até brincou: "podemos levar esse motor para Monza?". A fuga do ambiente tenso e pesado da F1 em busca de um novo desafio com certeza é um motivo para Alonso acreditar na possibilidade de fazer história, embora ele e todos nós saibamos que é muito difícil que ele consiga vencer ou até mesmo chegar ao pódio, não por falta de talento (muito longe disso), mas por conta da inexperiência em ovais.

Foto: Reprodução
 Se no início da década Alonso "levava" seus tietes com as indefectíveis camisetas azuis das Astúrias para o mundo inteiro, dessa vez a Alonsomania terá uma peregrinação inédita para os Estados Unidos. Seja física ou virtualmente, o mundo do automobilismo está aguardando ansiosamente pelo desfecho dessa aventura. A repercussão é monstruosa. A Indy agradece.

Ah, o espanhol cometeu um delito imperdoável: acabou atropelando dois pássaros!



O próximo compromisso do bicampeão com a Indy será no dia 15 de maio, após a participação no GP de "casa", na Espanha.

Até!

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução