quarta-feira, 28 de junho de 2017

RUMORES

Foto: Getty Images
Otmar Szafnauer, diretor-executivo da Force India, confirmou a revista alemã "Auto Motor und Sport" que a equipe indiana ingressou na FIA pedindo a mudança do nome da equipe para Force 1 no ano que vem. A justificativa de Vijay Mallya é tornar a equipe "mais internacional" para os investidores. O viés inicial nacionalista já teria sido superado. Ele nega que essa internacionalização da equipe se deva ao fato de estar enfrentando problemas com o governo do país, fruto de uma dívida referente a falência da empresa aérea Kingfisher. Convém destacar que esse ano o carro já é rosa (em virtude da empresa BWT), sem os detalhes das cores da bandeira da Índia, e nos últimos o bólido chegou a ser preto e prateado.

Olha, Force India é um nome estranho mas que todos estamos já acostumados. Se for trocar, que seja um nome decente ao invés de Force 1. Parece nome de nave espacial de filme de ficção científica. Cruzes.

Foto: Motorsport
Alonso empurrou, nas entrelinhas, seu compatriota Carlos Sainz Jr para a McLaren a partir do ano que vem. "Neste momento nós não somos competitivos, mas a McLaren vai ser sempre a McLaren. Em algum momento vai estar novamente no pódio, entre os cinco primeiros. Sempre vai estar ali. Depois de três anos difíceis, os bons tempos virão. Não sei se a McLaren vai ser campeã em cinco ou dez anos, mas há muito mais oportunidades do que na STR. De modo que, se Carlos tiver a chance, sempre vou apoiá-lo", disse.

O bicampeão está de saída da equipe inglesa e busca negociações com outras equipes para 2018. Flavio Briatore tenta convencer Toto Wolff de que seria uma boa a reedição da "parceria" com Hamilton, enquanto o empresário Luís García Abad foi visto conversando com a cúpula da Renault para formar dupla com Hulkenberg.

Voltando a Sainz, o espanhol já foi especulado por diversas equipes nesses anos, como Ferrari e Renault, menos na equipe-mãe Red Bull. É o seu último ano de contrato com os taurinos e fica claro para as duas partes o desejo de Sainz de subir a equipe principal, mas também o desinteresse de Marko em efetivá-lo, até porque Verstappen e Ricciardo não sairão da equipe no próximo ano. O que resta? Outra temporada na insossa Toro Rosso? O filho de Carlos Sainz deveria tentar cortar as asas da Red Bull e tentar trilhar um novo caminho na categoria. Se conseguir se manter, estará no lucro, mas também existe o risco muito grande de ser mais um Vergne, Buemi ou Alguersuari da vez.

Foto: LAT Images
Já havia caído como uma bomba a especulação de que a Mercedes estaria de saída da F1 no final de 2018. Pois bem, Eddie Jordan tratou de colocar mais gasolina no fogo. O conceituado ex-dono da equipe que leva seu sobrenome informou, durante o GP do Azerbaijão, que os alemães tentam dar um jeito de burlar o Pacto de Concórdia (válido até 2020) e buscam um comprador para a equipe. Além disso, dois grandes patrocinadores da equipe como a UBS e a Petronas já estariam de saída do time ao final do ano.

Toto Wolff ironizou e chamou tudo isso de mentiras e fake news. O que todos sabemos é que a F1 é um esporte muito caro. A grande prioridade da Liberty será baixar os custos e tentar seduzir outras equipes e montadoras de volta para a categoria. Existe um gasto muito grande para as equipes médias apenas se manterem na F1, sem perspectiva de pódio, tampouco vitória. O modelo precisa ser revisto.

Só o futuro dará razão a alguém nessa até então fofoca, mas considerando que a Mercedes mesmo tricampeã de pilotos e construtores teve prejuízo financeiro nesses anos, a ausência de importantes patrocinadores e o dinheiro de campeão poderiam colocar em risco os investimentos do conglomerado alemão. A partir disso, não vejo nenhum absurdo em uma retirada do circo, já com o objetivo bem sucedido de títulos nessa passagem como uma equipe própria pela F1.

A silly season irá esquentar ainda mais quando a F1 entrar em férias. Seguiremos aguardando e comentando por aqui o que achar pertinente.

Até mais!

terça-feira, 27 de junho de 2017

O TEMPERO QUE FALTAVA

Foto: CNN
A relação era cordial demais para dois pilotos que somam sete títulos mundiais. Um busca o penta, o primeiro pela Ferrari, tentando repetir o feito de Schumacher. O outro busca o tetra que, em tese, deveria ter vindo no ano passado, mas surgiu um Nico Rosberg no meio do caminho. Era interessante o fair play entre Lewis e Seb no final de cada corrida. Os dois se cumprimentando e se parabenizando a cada vitória do adversário nessa dura disputa de 2017. Tudo isso até domingo.

Hoje, esse clima não existe mais.

A tensão e a rivalidade, que iriam crescer naturalmente com o desenrolar do campeonato, toma proporções muito maiores depois dos incidentes de dois dias atrás. A cordialidade irá aparecer pouco. Evidente que o respeito nos cumprimentos públicos irão aparecer, mais tímidos. Mas o clima azedou. A disputa dentro e fora da pista de Hamilton e Vettel e Mercedes e Ferrari será cada vez mais intensa. Os bastidores irão pegar fogo. Não existem mocinhos nesse enredo.

O brake test e a reação desproporcional de Vettel era o tempero que faltava para esse campeonato ficar cada vez mais saboroso para a imprensa e os fãs. Evidentemente que, no final das contas, para um deles irá ficar uma sensação indigesta, mas isso é o esporte.

Em outras equipes, o bicho está pegando também: Force India, Toro Rosso (como sempre) e Sauber estão longe de ter um relacionamento saudável entre seus integrantes. Raikkonen e Bottas devem ser os compatriotas que possuem o pior relacionamento em toda a história da F1. Quando a Red Bull voltar a brigar por títulos, Verstappen e Ricciardo deverão polemizar ainda mais. O holandês, com DNA de campeão, obviamente não está satisfeito com a sequência de quebras, mas Ricciardo já provou contra Vettel que também é um campeão do mundo em potencial.

Em suma: salve-se quem puder! Enquanto isso, assistiremos a tudo de camarote, querendo mais entretenimento e emoção para a F1.

Esse é um momento que dificilmente se repetirá nos próximos meses.

Foto: CNN
Até!

segunda-feira, 26 de junho de 2017

VIROU BADERNA

Foto: Getty Images
"Mas o que é isso?" O gesto de Ricciardo diz tudo. Vou tentar explicar o que aconteceu na corrida de hoje baseado nos fatos da prova: aleatoriedade total. Posso afirmar que: Ricciardo, azarado na Espanha e em Mônaco ano passado, vê a sorte sorrir na Malásia 2016 e hoje. Enquanto isso, Max Verstappen abandonou pela quarta vez em seis corridas. O mais desavisado, o "analista de resultado", pode achar que o australiano está dando um banho no holandês (afinal, está 92 a 45 na classificação), mas não. Parece que todo o "azar" de Ricciardo passou para Verstappen, que não tem resultados que corroborem com seu desempenho em 2017. Até quando?

A corrida de hoje foi uma fiel reprodução do automobilismo norte-americano. Inúmeros acidentes, bandeiras amarelas, Safety Cars e até bandeira vermelha. Essa sequência de acontecimentos caóticos beneficiou Valtteri Bottas. De praticamente fora da corrida, mais de um minuto e meio atrás do primeiro carro a frente no início da prova, vítima de uma batida em Raikkonen na segunda curva, o Safety Car permitiu ao finlandês tirar a volta de atraso e voltar colado no pelotão, ultrapassando quase todo mundo (e contando com a "sorte", é claro) para chegar na segunda posição. Apesar do erro inicial, na minha opinião ele foi o piloto do dia.

Foto: Getty Images
É, temos que engolir Lance Stroll como o piloto mais jovem a conseguir o pódio no ano de estreia na F1. Não, ele não é o mais jovem a estar no pódio, esse é Verstappen, que atingiu o feito em seu segundo ano de categoria. Desde Alemanha 2001 que um canadense não subia ao pódio, com Jacques Villeneuve a bordo de sua BAR Honda. Deixando o momento PVC de lado, concluo que: pela primeira vez, Stroll apresentou um ritmo de razoável para bom em um final de semana. Superar Massa no treino livre e na classificação é um claro indicativo disso. Dizem que ele copia os setups do brasileiro desde o Canadá, o que pode fazer sentido. Enfim, méritos para o canadense que conseguiu quebrar a banca ao não bater na curva do castelo e sobreviver aos incidentes da corrida, sempre imprimindo um bom ritmo para conquistar o terceiro lugar. Poderia ter sido segundo, mas tirou o pé antes da linha de chegada e foi passado por Bottas. Ao menos um errinho tinha que ter, né? Senão não seria Stroll, hehehe. Parabéns ao garoto.

Foto: Getty Images
É quase unânime que "Massa iria vencer se não tivesse abandonado". Um abandono estranho, aliás. Um problema na suspensão logo depois da bandeira vermelha. Voltando ao assunto, acho um raciocínio muito simplista. É óbvio que ele fazia a sua melhor corrida no ano e tinha reais chances de pódio. Entretanto, vale lembrar que Bottas já estava escalando o pelotão e é muito fácil fazer esse tipo de previsão após o ocorrido com Hamilton e Vettel. Se for assim, os dois citados poderiam ter vencido "se", assim como a dupla da Force India, Raikkonen e Verstappen. Não existe. Azar para o brasileiro, que poderia ter, sim, conquistado um grande resultado. Não sei se a vitória, mas certamente o pódio no lugar de Stroll. Apesar disso, Massa segue a frente do jovem canadense no campeonato: 20 a 17.

A Force India não apaziguou os ânimos e perderam, outra vez, boa chance de conquistar um resultado espetacular. No início, achei que Pérez teve responsabilidade, mas depois me dei conta de que ele já estava quase no muro quando foi acertado por Ocon. Represália pelo jogo duro no Canadá? Bom, pior para o mexicano que abandonou e o francês, que poderia ter conquistado um pódio inédito, conseguiu se recuperar e chegar em sexto. O clima está fervendo entre os dois. Se não existir pulso firme, a equipe pode perder mais oportunidades de progressão, e a carreira dos dois pode ter a reputação abalada. Hora do puxão de orelha e evitar a auto-destruição de seus carros.

Foto: Getty Images
Juro que estava esquecendo. Aconteceu tanta coisa que acabei deixando o principal para o quase fim. A FIA concluiu que Hamilton não fez o que o estavam acusando, de break test intencional. Nas outras relargadas o inglês fez o mesmo. A questão é que Vettel, para não ser atacado, ficou colado, até demais. Espera. Hamilton foi irresponsável ao ficar a 40 km/h na saída de uma curva e início de uma reta. Já foi advertido várias vezes sobre isso. Vettel, por mais irritado que estivesse, não poderia ter feito o que fez, mesmo que a 40 km/h. É anti-profissional. Não houve punição, mas sim um arranjo político. Hamilton, com problemas na proteção do cockpit, foi obrigado a parar. Para que a situação não soasse injusta, Vettel foi punido com 10 segundos de stop and go por "direção perigosa", coincidentemente anunciado pela FIA após a parada do inglês. Foi brando. Os dois saíram no lucro nesse caso.

Foto: Reprodução
Hamilton foi o mais prejudicado. De uma vitória quase certa e uma diminuição na distância para o líder, acabou saindo de Baku com mais dois pontos de desvantagem. Pelo que foi o final de semana, Vettel foi o "vencedor", agora com 14 pontos a frente do tricampeão (153 a 139). O que era uma rivalidade relativamente cordial acabou incinerada. Mercedes x Ferrari. Hamilton x Vettel. Não tem reuniões nem nada para esfriar os ânimos. Vai ter muito jogo político, falcatrua e outros estranhamentos na pista. Como é bom ver duas equipes brigando pelo título. Que vença!

Para finalizar, coisas importantes que parecem não ter sido diante do que aconteceu hoje: Alonso marcou os primeiros pontos da McLaren no campeonato. Inacreditável ver os dois carros da equipe terem sobrevivido a reta de Baku sem a explosão dos motores. Não só isso, como também passaram as Sauber na reta! Enfim, os ingleses seguem na lanterna dos construtores. Wehrlein conseguiu mais um pontinho para os suíços. Será que vão demitir ele por estar atrapalhando o plano de Ericsson e seus investidores? Só com uma corrida de 10 carros para ver o sueco pontuar, pelo jeito.

Magnussen conseguiu bons pontos para a Haas. Está vencendo o teoricamente líder de equipe e especulado na Ferrari Romain Grosjean. O dinamarquês, dentro do que é possível, mostra seu valor, mostrando condições de se manter no pelotão intermediário da F1. Sainz se recuperou das barbeiragens e foi o oitavo.

Bastou especularem Alonso na Renault para que os franceses fossem a única equipe zerada do final de semana. Hulk cometeu um erro bobo. Palmer, quando não é ele é o carro, mas quem se importa? Está com os dias contados. Nico tem que aguentar sete anos sem pódio, enquanto Stroll conquista seu primeiro na oitava corrida da carreira. Síndrome de Heidfeld é inevitável.

Confira a classificação final do GP do Azerbaijão. A próxima etapa será o Grande Prêmio da Áustria, nos dias 7, 8 e 9 de julho. Até lá!




sexta-feira, 23 de junho de 2017

PONTO DE INTERROGAÇÃO

Foto: Reprodução

Hoje vai ser jogo rápido. Alguns pitacos para o treino classificatório para o Grande Prêmio do Azerbaijão.

A Red Bull surpreende ao liderar as duas sessões uma pista que é travada sim, verdade, mas possui a maior reta da F1 - cerca de 2 km -. Verstappen pode surpreender. Os taurinos mostraram bom ritmo de corrida nos stints. É possível que pela primeira vez na temporada tenhamos três equipes brigando pela vitória.

Mercedes e Ferrari seguem fortes. Os alemães ainda com problemas para atingir a temperatura ideal do pneu, especialmente Hamilton, superado por Bottas. Se o tricampeão não resolver seus problemas, pode perder mais pontos importantes na briga pelo título. Vettel, quase impecável nesse ano, agradece.

Foto: Getty Images

O circuito encaixa perfeitamente com as características de Force India e Williams. Impulsionados pelos motores Mercedes, é uma grande chance de ganharem bons pontos. Massa precisa se recuperar da urucubaca de não ter completado as últimas três corridas e estou ansioso para ver como a Force India irá se comportar depois do pequeno conflito no Canadá, o duelo entre Pérez e Ocon. O mexicano foi o primeiro a bater hoje. Efeitos da acirrada briga interna? Mesmo assim, foi mais rápido que o francês.

Foto: Humberto Corradi
A McLaren segue com a saga de buscar o melhor desempenho com um novo motor. Alonso testou uma nova versão cerca de 11 km/h mais veloz que a atual, mas a unidade motriz teve problemas (pra variar) e o espanhol irá utilizar a antiga. Os dois pilotos foram punidos pela troca de peças acima do limite do regulamento e irão largar na última fila. Com essa reta e esse frágil motor, até quando a McLaren irá sobreviver na corrida?

Palmer bateu também. Crescem os boatos de Kubica testar pela Renault em um treino livre em Monza, em Setembro. Contagem regressiva para a saída da F1.

Confira os tempos do TL1 e TL2 do GP do Azerbaijão:

Até!




GP DO AZERBAIJÃO - Programação

O circuito de rua de Baku, capital do Azerbaijão, irá receber a F1 pela segunda vez na história. No ano passado, foi com a alcunha de GP da Europa. Dessa vez, será como Grande Prêmio do Azerbaijão, portanto, o primeiro da história.

Um circuito urbano tão estreito como o de Mônaco, com retas tão rápidas como em Montreal, no Canadá, e com quase tantas curvas quanto o de Singapura.

O traçado é de autoria do arquiteto Hermann Tilke, responsável pelos desenhos de diversas pistas do calendário. A prova passará por diversos pontos turísticos, mostrando a mescla entre a arquitetura medieval e os modernos arranha-céus da cidade.

O traçado tem 6km, apenas menor que uma volta ao circuito de Spa-Francorchamps. A pista terá 20 curvas, perdendo apenas para Singapura, com 23, e Abu Dhabi, com 21.

Mas a grande característica do circuito é sua largura. Ainda que o regulamento exija que as pistas devem ter no mínimo 12m de largura, em Baku isso será consideravelmente menor, com o máximo de 13m e, em determinados pontos apenas 7,6m. Os carros atualmente têm 1,8m de largura.

A partida e chegada terá lugar na praça Azadliq, um dos principais pontos turísticos de Baku. A velocidade máxima deverá rondar os 340 km/h no final da enorme reta do circuito.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Nico Rosberg - 1:46.485 (Mercedes, 2016)
Pole Position: Nico Rosberg - 1:42.758 (Mercedes, 2016)

ABITEBOUL DESCARTA, "POR ENQUANTO", KUBICA NA RENAULT

Foto: Getty Images

As redes sociais estão em polvorosa com o possível retorno de Robert Kubica para a F1, algo impensável até algumas semanas atrás, quando o polonês realizou um teste com a Lotus de 2012 em Valência. Ele andou 115 voltas e foi mais rápido que Sergey Sirotkin, piloto reserva da equipe francesa.

Entretanto, Cyril Abiteboul, chefe da Renault, freou as expectativas da mídia e dos fãs: "Neste caso precisamos ter um pouco de precaução, porque estamos falando de um indivíduo que todos amamos, com uma imagem fantástica, e que sofreu uma situação muito difícil de uma perspectiva pessoal. Então eu peço que, nesta ocasião, todos tenhamos um pouco de cautela", comentou.

Cauteloso, o chefe da Renault afirma que, no momento, Kubica não está na lista de alternativas da equipe para a temporada 2018, o que não quer dizer que ele esteja descartado. Ele sim descartou a possibilidade de troca de Jolyon Palmer, muito criticado pelo seu fraco desempenho até agora, zerado na temporada. Hulkenberg marcou os 18 pontos da Renault por enquanto."Em algum ponto teremos que rever as opções. Se até lá, Robert virar uma opção, então daremos uma olhada. No momento em que conversamos, ele não está na lista. Ele tem muitas coisas a atingir para que possa estar na lista", finalizou.

Normal a postura de Abiteboul. Nunca que ele publicamente iria admitir a contratação da polonês e, consequentemente, a incineração de Palmer, que já podemos dizer que não permanecerá para o ano que vem (aliás, sua renovação para esse ano já foi sem sentido). A questão interessante que fica é: se Kubica não foi descartado e Alonso está de saída da McLaren e com as portas fechadas nas três principais equipes da F1, a opção natural seria a terceira passagem pelos franceses, não? Estariam Kubica e Alonso brigando pela vaga de companheiro de equipe de Hulkenberg para 2018? Um dos dois (ou ambos mesmo) têm alguma carta na manga? (leia-se Williams, Sauber, Indy, etc) Saberemos em breve...

"LEICESTER DA F1"? IMPROVÁVEL

Foto: Daily Mail
É o que acredita Felipe Massa. Fã de futebol, o são-paulino mora em Mônaco e acompanha esporadicamente os jogos da equipe do Principado, que nessa temporada sagrou-se campeã francês após 17 anos de jejum e conseguiu chegar nas semi-finais da UEFA Champions League, eliminada pela vice-campeã Juventus. Tá, chega de futebol hahaha

O brasileiro da WIlliams disse ser difícil que uma equipe pequena consiga encarar as grandes fábricas numa disputa de campeonato. Para ele, a situação só poderia mudar a partir do fim do atual Pacto de Concórdia, que se encerra em 2020. É bem difícil ver no futebol um time que não tem dinheiro vencer todo mundo. É difícil, sabe? Mas talvez seja mais fácil no futebol do que na F1”, ponderou.
Massa acredita que a F1 precisa de grandes mudanças se quiser ver uma equipe média/pequena bater de frente com Mercedes, Ferrari e Red Bull, por exemplo.“Todos querem mudar, todos querem ajudar, mas a política precisa parar e vai levar um pouco mais de tempo”, opinou.

Antes que perguntem sobre a Brawn: Era o espólio da Honda com um motor Mercedes de última hora. Portanto, um grande investimento. É evidente que equipes pequenas e garagistas já surpreenderam, mas isso foi até os anos 1970 ou 1980. Hoje, em tese, quem gasta mais sempre irá estar na frente. O "em tese" é frisado pelos casos distintos de Force India e McLaren, onde um, com o orçamento limitado, consegue andar na frente e beliscar um pódio, enquanto a outra está fracassando há três anos e não vence há cinco.

É a velha história: a F1 precisa atrair os investidores. Para isso, é necessário baratear os custos que ficaram exorbitantes na última década e parar de mudar o regulamento a cada três anos, o que gera mais despesa ainda. Se a Mercedes, atual tricampeã, teve prejuízo no último ano, imagina as equipes médias? Só mudando que, quem sabe, uma Force India possa brigar pela Ferrari por um título, algo como foi a Jordan do Frentzen em 1999 contra Hakkinen e Irvine. Sabemos que isso tudo é política e as chances de ocorrer são mínimas. Espero que a Liberty Media também perceba isso e tente fazer alguma coisa nos próximos anos.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 141 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 129 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 93 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 73 pontos
5 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 67 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 45 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 44 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 27 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 25 pontos
10- Felipe Massa (Williams) - 20 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 18 pontos
12- Romain Grosjean (Haas) - 10 pontos
13- Kevin Magnussen (Haas) - 5 pontos
14- Pascal Wehlrein (Sauber) - 4 pontos
15- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos
16- Lance Stroll (Williams) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 224 pontos
2 - Ferrari - 214 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 112 pontos
4 - Force India Mercedes - 71 pontos
5 - Toro Rosso Renault - 29 pontos
6 - Williams Mercedes - 22 pontos
7 - Renault - 18 pontos
8 - Haas Ferrari - 15 pontos
9 - Sauber Ferrari - 4 pontos

TRANSMISSÃO










quinta-feira, 22 de junho de 2017

O ACERTO QUE DEMITE

Foto: Independent
Hoje a Sauber anunciou uma notícia que poderia ter sido veiculada há alguns anos. Monisha Kaltenborn foi demitida da equipe e, portanto, não é mais a chefe da escuderia suíça, cargo que ocupou durante cinco anos. A indiana entrou para a história como a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe na história da categoria. Hoje, resta Claire Williams, que assumiu o posto pouco depois de Monisha.

A indiana trabalha na Sauber desde 2000, quando advogava para o banco suíço Credit Swiss, que passou a patrocinar a equipe em 2001. Ela atuava na área legal das atividades do banco e do time. Aos poucos, foi subindo na empresa até assumir, de forma surpreendente, o comando da Sauber, substituindo o dono, Peter, que se aposentou. Ela ficou com 33,5% das ações da equipe até o ano passado, quando abriu mão após a venda da Sauber para os investidores suíços.

Sua gestão na F1 foi um desastre. Um erro atrás do erro. Equívocos de contratação e, pasmem, com sérios problemas financeiros e jurídicos, sua área de formação. O ano de 2015 foi emblemático. Ela contratou Nasr e Ericsson, assim como havia assinado com Giedo Van der Garde, Adrian Sutil e até Jules Bianchi, dizem as más línguas. Van der Garde entrou na justiça e causou embaraço para toda a organização quando ganhou o direito de correr pela equipe. Lá estava o holandês, de macacão, esperando seu carro. Monisha teve que pagar R$ 56 milhões ao piloto para resolver a situação, piorando ainda mais a caótica situação da financeira da equipe, que culminou com a venda para investidores suecos no ano passado.

Foto: Getty Images

A Sauber obviamente nega, mas o motivo da demissão de Monisha nem é sua incompetência na gestão da equipe nos últimos anos, mas sim uma desavença nos rumos que a equipe deveria tomar. Ano passado, Ericsson foi alçado a piloto número 1, uma exigência dos donos da equipe, suecos ligados a ele. O que aconteceu? Com a possibilidade financeira de apenas melhorar um carro, todas as atualizações iam para Ericsson, e Nasr ficava com a sobra. Óbvio que o mediano sueco passou a andar na frente do brasileiro, que mesmo assim, passando por cima de ordens da equipe, conseguiu pontuar e salvar os suíços da falência, mas que indiretamente decretou o fim da Manor.

Para esse ano, a estratégia é a mesma: foco para Ericsson, Wehrlein que se exploda. Acontece que, mesmo duas corridas ausente, o alemão conseguiu um heroico oitavo lugar, o que Ericsson jamais terá a capacidade de alcançar, por ser menos piloto. Monisha, dessa vez, recusou a "orientação", pois obviamente percebeu que isso seria uma burrada colossal, afinal, o futuro da equipe está em jogo.

Foto: Auto Sport

Resumo da ópera: Monisha é demitida talvez na sua única decisão acertada em cinco anos de Sauber, que seria no mínimo a igualdade de condições entre Wehrlein e Ericsson. A indiana entra na história como uma estatística interessante de quebra de barreiras e preconceitos, assim como também entra na história pelo trabalho que quase afundou a Sauber, equipe simpática do meio do grid que hoje luta para sobreviver, é o pior carro da F1 e ganha a antipatia dos fãs em virtude do protecionismo a Ericsson. E ano que vem terá a Honda como fornecedora de motores. Que dupla, hein?

Óbvio que o investimento só está sendo feito porque Ericsson está lá. Do contrário, a F1 teria hoje nove equipes. Colin Kolles, ex-Hispania, é o favorito a assumir o cargo. Para esse final de semana, o gerente do time, Beat Zehnder, e o diretor técnico Jorg Zander ficarão responsáveis pelas operações do time no GP do Azerbaijão, em Baku. Uma coisa é certa: Wehrlein vai sofrer. Será difícil fazer mais do que já fez, e não verei como um fato normal se ele passar a ser constantemente batido pelo companheiro e ter problemas no carro, bem como estratégias de boxes equivocadas.

Até!



quarta-feira, 21 de junho de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #32 - TROCA-TROCA?

Foto: Badger GP
Fala, galera! Semana do "inédito" GP do Azerbaijão chegando e vamos falar sobre um assunto que domina as especulações na Europa: Williams, McLaren, Honda e Mercedes.

A história é a seguinte: é pública e notória a insatisfação da equipe de Woking com os japoneses. Não preciso relembrar a vexatória passagem da Honda até aqui. Pois bem. Com a paciência esgotada, a McLaren estaria negociando um retorno de parceria com a Mercedes para o ano que vem e rescindir com a Honda. No início, parece difícil, afinal os japoneses injetam alta quantia na equipe e pagam o contrato de Alonso. Depois, foi especulado que o contrato com os alemães seria apenas por um ano, com a Honda retornando em 2019, com testes, experiências e knowhow adquirido durante essa "ausência" da McLaren (pois estarão com a Sauber, de toda a forma).

A curto-prazo, parece ser a decisão mais correta. Uma equipe repleta de investimentos e reputação a zelar não pode ter mais um ano pífio. A McLaren teria total razão em seu ato. Entretanto, estaria abrindo de mão de poder brigar como equipe de ponta devido ao fato de aceitar os motores atrasados dos alemães, tal qual Williams e Force India, tornando-se uma coadjuvante de luxo. Nesse contexto, é muito melhor que ficar zerada e em último na tabela, não é? Mas e o futuro, seria se contentar com o fornecimento de motores atrasados? A McLaren está em uma encruzilhada.

Foto: Pinterest
Aí que a Williams entra na jogada. De olho em um possível rompimento da McLaren com a Honda, os ingleses estariam dispostos a retomar uma parceria de sucesso nos anos 1980 com os japoneses, onde sagraram-se campeões em 1983, 1986 e 1987. Para a Williams, seria uma jogada arriscada para o longo-prazo. Claire já negou, afirmando preferir "ganhar pouco, ter um bom motor e ficar em quarto nos construtores" do que "ganhar milhões e ficar em nono".

Pois bem Claire, a Williams ganha razoavelmente bastante para ficar em sexto nos construtores por ter um novato ruim e um semi-aposentado quando poderia ser quarto, então não faria muita diferença, não? E outra: seria uma oportunidade da Williams retomar um protagonismo perdido desde o final da parceria com a BMW. Lógico que o processo poderia ser beeem lento, quase inexistente igual com a McLaren (imagina Stroll de Honda??? Desastre total, isso até anteciparia a segunda aposentadoria de Massa), mas melhor arriscar com uma garantia financeira (ou, no pior dos casos, complementar com Stroll) do que viver no vermelho sendo coadjuvante da F1 e da Mercedes, ao meu ver.

Para completar, também já se noticia uma possível parceria entre McLaren e a Alfa Romeo. Seria benéfico para os dois: os ingleses gastariam menos e os italianos teriam menos custos para o retorno da marca à F1, sem a necessidade de criar uma equipe. Entretanto, isso já é quase uma fanfic... Deixemos assim.

Resumindo: A troca seria benéfica para ambos, por motivos diferentes. No curto-prazo, melhor para a McLaren. A longo-prazo, a Williams poderia se dar bem. Aguardemos.

Foto: F1
A FIA lançou o calendário provisório da F1 em 2018. Como sempre, Austrália (25/03) abre e Abu Dhabi (25/11) fecha o ano, com o Brasil como penúltima etapa, no dia 11/11. As novidades são o fato de o calendário ter 21 corridas, o que pode significar a temporada mais extensa da história da categoria, com o retorno dos GPs da França, em Paul Ricard (ausente desde os anos 1980) e o GP da Alemanha, ausente desse ano. Por falar nisso, esse calendário já não contempla mais a Malásia, que se despede do circo após 17 anos na F1 e algumas mudanças pontuais. Outro grande destaque: três corridas consecutivas entre o fim de junho e julho, totalizando quatro provas em cinco semanas, algo absolutamente inédito na F1. Confira:


F-E EM SÃO PAULO: A Fórmula E também lançou o calendário provisório da temporada 2017/2018. A novidade seria a realização de um ePrix em São Paulo, dia 17 de março de 2018, no circuito do Anhembi, onde a Indy realizou suas edições alguns anos atrás. A etapa da Alemanha não tem local definido e uma outra data aguarda a confirmação de um outro país. Veja:


Para finalizar, tentei encontrar algum vídeo com nexo e histórico aqui, mas falhei. Para não deixar sem nada (e não mudar o título do post hehehe), aqui vai um Fast Facts rapidinho do GP do Azerbaijão para que você aprenda e conheça algumas curiosidades sobre o circuito, a cidade e o país. Até!