quarta-feira, 11 de abril de 2018

GP DA CHINA - Programação

O Circuito Internacional de Shanghai teve sua primeira corrida em 2004, vencida por Rubens Barrichello. É o autódromo mais caro da história. A sua construção custou cerca de 240 milhões de dólares.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:32.238 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:31.678 (Mercedes, 2017)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 5x (2008, 2011, 2014, 2015 e 2017)

SIROTKIN DIZ NÃO ENTENDER DESEMPENHO RUIM DA WILLIAMS: "CARA DE IDIOTA"

Foto: LAT Images
O começo de temporada da tradicional equipe de Frank Williams até aqui é desastrosa. Com seus dois pilotos jovens muito longe da zona de pontuação e sem saber se o FW41, um novo conceito aerodinâmico de carro em comparação com os bólidos dos anos anteriores é confiável, a Williams está perdida.

Após a corrida do Bahrein, o russo disse que agora é o momento de descobrir o que está errado na equipe de Grove. Um sentimento duro depois de um fim de semana difícil. Eu sei que ficamos com cara idiotas [para quem olhou] do lado de fora", disparou. "Isso é bem óbvio para mim - e provavelmente o fato de eu ter tentado encontrar coisas positivas na corrida me fizeram soar estranho, mas eu vejo coisas positivas", disse.

O #35 também admitiu que é surpreendente o desempenho ruim da Williams nesse início de ano e que a equipe não sabe o que está acontecendo, fato corrobado pelo diretor-técnico Paddy Lowe."Há muito a entender. Temos que nos afastar e trabalhar muito duro nisso. Pelo menos temos mais informação agora. Algo deu errado desde Melbourne", garantiu à revista inglesa 'Autosport'. Um dos motivos parece ser bem simples: um carro diferente dos últimos com um piloto novato e outro jovem e claramente insuficiente, que está lá apenas pelo capricho do pai, já é mais do que suficiente para saber que a Williams não está entregando o que pode.

O problema do fraco desempenho dos dois é que jamais saberemos qual é o potencial desse carro. Se Massa, praticamente aposentado, já era quase um segundo mais rápido que o canadense no ano passado, um piloto minimamente experiente e estimulado poderia ser capaz de tirar muito mais do que está sendo tirado. De novo, isso estará apenas no campo da especulação. Até Kubica, que hoje é um piloto diferente dos tempos de outrora, seria capaz de entregar resultados melhores, mesmo diante de todas as suas conhecidas limitações.


Como venho sempre escrevendo, Claire Williams e companhia fizeram sua escolha e estão pagando com isso, manchando a história da terceira equipe mais vencedora da F1.

ALONSO ELOGIA TORO ROSSO, MAS RESPONDE: "NÃO ME PERGUNTARAM NADA NA AUSTRÁLIA"

Foto: Reprodução
O grande fato do final de semana foi o sólido quarto lugar de Pierre Gasly com a Toro Rosso Honda, o melhor resultado dos japoneses nesse retorno na F1. A comemoração dos mecânicos e do jovem piloto francês foram lindas. Inegavelmente, a McLaren foi lembrada, afinal o feito acontece justamente depois do final da relação conturbada entre as duas partes. 

Quando um repórter da BBC perguntou para Alonso suas impressões sobre a equipe de Faenza, a Fênix: "Eles foram ótimos, mas ninguém me perguntou sobre a Toro Rosso no GP da Austrália”, brincou.Se as perguntas sobre a Toro Rosso virarem a normalidade, espero que seja uma normalidade em todas as 21 corridas, porque o campeonato tem 21 corridas”, seguiu.

Apesar disso, a McLaren teve um final de semana positivo: seus dois pilotos ficaram na zona de pontuação e somaram mais 10 pontos, já totalizando 22 em apenas duas corridas. Lembrem-se: em todo 2017, a McLaren Honda marcou 27 pontos. É inegável que o bom desempenho da Toro Rosso é pontual. Gasly usou seu segundo motor, novinho em folha, enquanto os outros estão poupando seus equipamentos. A confiabilidade japonesa ainda é uma incógnita. 

Assim como a Red Bull, a McLaren parece ter um ritmo de corrida superior a marcar uma volta rápida. Se melhorar nesses dois quesitos, como Alonso já disse de forma otimista e sonhando até com pódio, a tendência é que sejam feitas pouquíssimas perguntas irônicas e debochadas para Alonso sobre o eventual bom desempenho dos novos clientes da Honda.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 50 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 33 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 22 pontos
4 - Fernando Alonso (McLaren) - 16 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 15 pontos
6 - Nico Hulkenberg (Renault) - 14 pontos
7 - Pierre Gasly (Toro Rosso) - 12 pontos
8 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 12 pontos
9 - Kevin Magnussen (Haas) - 10 pontos
10- Max Verstappen (Red Bull) - 8 pontos
11- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 6 pontos
12- Marcus Ericsson (Sauber) - 2 pontos
13- Carlos Sainz Jr (Renault) - 1 ponto
14- Esteban Ocon (Force India) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Ferrari - 65 pontos
2 - Mercedes - 55 pontos
3 - McLaren Renault - 22 pontos
4 - Red Bull TAG Heuer - 20 pontos
5 - Renault - 15 pontos
6 - Toro Rosso Honda - 12 pontos
7 - Haas Ferrari - 10 pontos
8 - Sauber Ferrari - 2 pontos
9 - Force India Mercedes - 1 ponto

TRANSMISSÃO:


P.S: Estarei em viagem e não poderei comentar sobre os treinos livres. Na semana que vem, tentarei escrever uma opinião sobre a corrida (quando conseguir assistir). Abraços!


PIT STOPS BISONHOS

Foto: Pinterest
Em duas etapas, tivemos três casos de pit stops errados que chamaram a atenção, seja pelo erro e pela consequência dentro e fora da pista. Na Austrália, a Haas errou nas duas paradas e jogou fora um quarto e um quinto lugar incríveis que Grosjean e Magnussen estavam conquistando. No domingo, o dispositivo acionado erradamente fez com que Raikkonen saísse antes do pneu traseiro esquerdo ser trocado, quebrando a fíbula e a tíbula do mecânico da Ferrari. Ele passa bem.

Pois bem, aqui vai ser apenas um espaço para relembrar pit stops que deram errado e/ou foram perigosos.

Não tem como fugir do usual. Fui pelo que me lembrei de cabeça: Jos Verstappen e a Benetton quase virando churrasco em 1994, Schumacher atropelando Nigel Stepney em 2000 (o próprio Nigel morreu assim, ano passado ou retrasado), a Ferrari do Schumi também pegando fogo na Áustria em 2003, a famosa bomba de gasolina no carro do Massa em 2008... Enfim, como deu para ver, a Ferrari tem amplo envolvimento nesses casos. Sem contar quando Hamilton, na segunda corrida pela Mercedes, deu uma passadinha no lugar da McLaren, sua antiga casa.











Bonus track: Albers e a bomba de gasolina no GP da França de 2007



Até!

terça-feira, 10 de abril de 2018

MAX PRECISA MUDAR

Foto: Getty Images
O talento de Max não se discute. Mais jovem vencedor da história logo em sua estreia em uma equipe de ponta. Arrojo, coragem, ultrapassagens e grandes pegas. Tão jovem e com comportamento tão polêmico, de gente grande, de quem quer ser campeão e não se importa com o que os outros falam. Um autoconfiante, um convicto nas suas intuições, capacidades e talento.

Todas essas características resultaram na criação de um "show man", que conquistava não só um "novo" público (os holandeses), mas também cativava a jovem geração, inspirada por alguém igualmente jovem e ousado nas disputas e declarações. Um novo ídolo, um futuro multicampeão, polêmico, ame ou odeie.

Se esse estilo "win or wall" no início da carreira era interessante e fascinante e a idade era (ou ainda é) um fator para justificar seus erros, a verdade é que Max vem errando demais para um piloto de ponta em uma equipe grande. Tudo bem que ele "visa" o entretenimento do público, sempre buscando ultrapassagens e nunca se omitindo. Quando divide uma curva assim com carros piores ou com candidatos a título que irão pensar duas vezes antes de agir, é fácil. Quando ele enfrenta outro que não está disposto a voltar atrás, se deu mal. É o que aconteceu ontem na disputa com Hamilton.

Primeiro erro foi na Austrália, ao rodar enquanto perseguia Magnussen. Foto: Planet F1
Já é a terceira temporada de Max em um grande carro. A repetição de alguns erros não podem mais ser toleradas. Se é natural da sua pilotagem ser agressivo e buscar a ultrapassagem na primeira oportunidade que aparecer, é necessário pensar bastante antes de agir, principalmente quando ele tiver, de fato, a responsabilidade para ser campeão mundial. Agora, seus erros não tem grandes consequências. A Red Bull está atrás de Mercedes e Ferrrari. O holandês lembra Mansell e Hamilton em um período da carreira: dois idiotas rápidos.

Evidente que para os fãs uma mudança na pilotagem de Max, uma coisa mais prudente e cerebral, não seria interessante. Entretanto, é o que precisa ser feito para que Verstappen passe de um jovem rápido, com potencial para ser um multicampeão e inteligente nas suas escolhas durante a pista. Do contrário, será apenas mais um idiota rápido, com muitos highlights, algumas vitórias e muitos abandonos. Um "win or wall", um Montoya dos anos 2010, um idiota rápido.

Max é tão jovem que pode ter tranquilamente mais duas décadas na categoria. É necessário ver quando ele irá amadurecer sua pilotagem e sua forma de lidar com os eventos no final de semana. É isso que o difere de Ricciardo, que aproveita todas as oportunidades que aparecem e possui um ritmo de corrida insano, bem como Alonso nos tempos em que disputava o título contra Vettel com uma Ferrari infeiorizada.

É esse o clique que o holandês precisa fazer nos próximos anos, na hora certa, quando a Red Bull ou outra equipe em que ele estiver irá lhe proporcionar todas as condições para buscar os títulos mundiais. Só depende dele para mudar, mesmo que isso não agrade aos fãs e ao entretenimento durante a corrida.

Até!

segunda-feira, 9 de abril de 2018

VETTEL 200, 100%

Foto: Getty Images
Um final de semana quase perfeito para a Ferrari. Pela primeira vez desde 2004, os italianos começam uma temporada com duas vitórias nas duas primeiras corridas. Pela primeira vez desde 2011, Vettel começa o ano com duas vitórias. Ao contrário de duas semanas atrás, a vitória no Bahrein foi categórica, o que não quer dizer que foi tranquila. Muito pelo contrário. Tudo isso na corrida número 200 do tetracampeão mundial.

Me parece que a Mercedes está tão habituada a controlar tranquilamente as corridas que nessa prova, ao perceber o domínio da Ferrari, tentou ser mais esperta nas estratégias, fazendo com que Hamilton e Bottas parassem apenas uma vez. Os italianos haviam inicialmente programado duas paradas. Entretanto, ao perceberam a tentativa dos alemães, trataram de parar com Kimi e deixaram Vettel até o final, vendo que o pneu macio poderia durar, com dificuldade sim, até o fim. Hamilton fez seu papel de corrida de recuperação. Em nenhum momento teve chances de vencer, mas conseguiu um terceiro lugar para conter os danos. Bottas, ao perceber que era mais rápido com os médios, até diminui o ritmo para poupar pneu, contando com a parada de Vettel. A Ferrari arriscou e se deu bem. A Mercedes subestimou e perdeu outra corrida. Bottas sequer esboçou um ataque no tetra. Para quem está pressionado por resultados para se manter na equipe, a amostragem inicial não é boa.

O cara do final de semana é Pierre Gasly, sem dúvidas. Logo na segunda etapa da parceria Toro Rosso-Honda, o melhor resultado dos japoneses no retorno para a F1. Evidente que isso só foi conquistado diante dos abandonos de Raikkonen e das Red Bull, além da Honda ter trocado de motor logo na segunda etapa. Se confiabilidade e durabilidade não parecem ser grandes coisas agora, ao menos no Bahrein o francês conseguiu fazer uma prova de autoridade, com uma bela defesa de posição diante de Magnussen logo após o final do Virtual Safety Car. Talvez seja uma brecha interessante testar a potência do motor sem se importar com o regulamento para ver se vale a pena para a Red Bull trocar de fornecedora, assim como a Ferrari poderia fazer isso com a Haas ou a Sauber e a Mercedes com a Williams...

Foto: Reuters
A fratura da fíbula e tíbia do mecânico da Ferrari foi uma imagem feia de se ver e custou o pódio de Raikkonen. Uma frustração e raiva tremenda, sem dúvida. O Iceman as vezes se perde no personagem. Mesmo indignado com o erro, poderia ao menos dar apoio para um colega de equipe que agonizava no chão e com uma grave lesão (rimou). O mecânico está bem. A questão da tecnologia com o acionamento humano é sempre uma questão complicada. Um erro causou o outro, que culminou nessa situação. A Ferrari perdeu bons pontos nos construtores. Incrível como os pit stops nesse início de ano estão sendo perigosos.

Mais uma vez a confiabilidade vai minando um trabalho de Adrian Newey. Ricciardo, que vinha em quarto e tem um bom ritmo de corrida para incomodar alemães e italianos, ficou pelo caminho logo na terceira volta. Verstappen, por sua vez, precisa de uma conversa ou de uma reavaliação de seus atos. Uma coisa é ser agressivo com Hamilton ou outro piloto de alguma equipe menor no fim da temporada ou quando alguém irá recolher o carro pois tem algo a perder. Hoje, com Lewis, não foi o caso. O tetracampeão engrossou o caldo e jogou duro com o holandês, que pagou com o abandono da prova. Já é o terceiro ano de Max na Red Bull, e parece estar repetindo os mesmos erros. Escreverei sobre isso com mais detalhes durante a semana...

Hulkenberg conseguiu um bom sexto lugar para a Renault. Sainz fez uma corrida ruim e sequer pontuou. A McLaren padece do mesmo mal que a Red Bull: ruim em volta lançada, mas na corrida a história é outra. Alonso e Vandoorne sólidos na zona de pontuação. Entretanto, a distância para as outras três equipes é abissal, até para a Haas se bobear. Magnussen cumpriu seu papel e trouxe os primeiros pontos dos americanos, que poderiam estar em terceiro nos construtores agora.

Outro destaque da corrida foi Marcus Ericsson e a Sauber, que conquistaram um surpreendente nono lugar, sem sustos, graças a estratégia acertada de uma parada. Tudo bem que o sueco nem deveria estar na F1 por ter perdido para todos seus companheiros de equipe, mas hoje ele mandou bem. A Force India conseguiu seu primeiro pontinho graças a uma ultrapassagem de Ocon no final da corrida. Com isso, apenas a Williams está zerada no campeonato. Eles fizeram a escolha deles: fechar o grid não é problema nenhum, desde que o dinheiro entre. Agora, que se explodam.

Confira a classificação final do GP do Bahrein:




sexta-feira, 6 de abril de 2018

CONTRATEMPOS

Foto: Getty Images
Em um circuito que tem duas sessões, uma de dia e outra que vai escurecendo ao passar do tempo, me parece mais adequado escrever que o segundo treino é o maior importante, por simular a condição de corrida. Sendo assim, é importante salientar a dobradinha da Ferrari no TL2, com Raikkonen 11 milésimos a frente de Vettel. Como o próprio finlandês disse depois dos treinos, "hoje é apenas sexta".

Entretanto, o que chamou a atenção foi um erro bobo da Ferrari, repetindo as presepadas da Haas duas semanas atrás. Uma roda mal fixada fez o #7 parar na pista e custou uma multa aos italianos. Tem certas coisas que só acontecem com o Raikkonen, quando finalmente parece ser competitivo nas pistas novamente. Na Austrália, estava na frente de Vettel e só não brigou pela vitória pelo casual Virtual Safety Car. Dizem que o carro escorrega mais de traseira, o que beneficia o estilo de pilotagem do IceMan e não é como Vettel gosta de guiar suas indomáveis máquinas com nomes femininos.

Foto: Reprodução
A Red Bull andou muito pouco pela manhã. Verstappen relatou problemas de tração e sequer deu uma volta rápida. Ricciardo foi para a pista apenas nos 15 minutos finais e cravou o primeiro tempo, um pouco a frente de Bottas. No TL2, ocuparam a terceira fila, como de sempre. Verstappen foi o mais veloz. A Mercedes foi tímida. Andando com compostos mais duros, ficaram longe dos ponteiros, em relação a diferença de tempos (sobretudo Hamilton). No entanto, como sabemos, é apenas jogo de cena. O modo festa só começa no Q3 e aí a brincadeira acaba.

No pelotão intermediário, a Haas parece manter o destaque. Outra pista veloz e quente, o que vai de acordo com as suas características. Todas esperam (menos os concorrentes, é claro) que dessa vez dê tudo certo nos pit stops. Renault e McLaren seguem com altos e baixos. Alonso disse que a tendência é a equipe de Woking avançar nas próximas etapas. Melhor ter calma. O quinto lugar foi mais fruto do acaso e do talento do espanhol do que méritos do carro. A realidade é brigar no tapa por alguns pontos e uma vaga no Q3.

Foto: Getty Images
Gasly, que já trocou de motor Honda, andou lá na frente, mas não sabemos se é mais uma armadilha dos japoneses. Sauber, Force India e Williams, além da Toro Rosso, brigando fortemente pelas últimas posições. Uma pena para os indianos, vítimas da falta de dinheiro. Pérez e Ocon não merecem passar sufoco contra Strolls e Ericssons da vida, mas antes isso do que a iminente falência do time de Vijay Mallya.

Confira a classificação dos treinos livres para o GP do Bahrein:



Até!


GP DO BAHREIN - Programação

Um dos mais recentes GPs da Fórmula 1 (começou a ser construído em 2002) o Grande Prêmio do Bahrein começou ser disputado em 2004. Desde 2014, a corrida é realizada de noite, "imitando" Cingapura.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Pole Position: Valtteri Bottas - 1:28.769 (Mercedes, 2017)
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:30.252 (Ferrari, 2004)
Último vencedor: Sebastian Vettel (Ferrari)
Maior vencedor: Fernando Alonso (2005, 2006 e 2010) e Sebastian Vettel (2012, 2013 e 2017) - 3x

LIBERTY PRETENDE FAZER MAIS MUDANÇAS NO FORMATO DA F1

Foto: Divulgação
Segundo o jornal alemão "Auto Motor und Sport", a Liberty Media está disposta a fazer mais alterações na estrutura da F1. Depois de mudar o logo e a transmissão, o foco agora é fazer eventos mais curtos, tornando a categoria mais dinâmica e atrativa para buscar mais audiência, sobretudo os jovens.

A ideia seria repetir a Nascar, com a criação de uma "Sprint Race", logo após uma sessão de classificação para definir o grid de largada do dia seguinte. Os treinos livres seriam organizados apenas na sexta-feira, com duração de uma hora. Além disso, a intenção é também introduzir uma inspecção técnica pública, aberta aos fãs, em outra ideia inspirada na Nascar.

Bom, não acho uma boa ideia, a princípio. Se hoje, com a limitação de motores, os carros já andam se poupando e mal conseguem uma ultrapassagem, imagina arriscar ainda mais o equipamento em uma outra corrida, mesmo que curta? E outra: qual seria a diferença das corridas? Os mesmos carros andariam na frente... no que nisso chamaria a atenção do público? Assistir uma corrida que na prática é inútil?


O grande problema da F1 há anos nunca é solucionado: a aerodinâmica e os altos custos, que minam a grande maioria das equipes e tornam o certame cada vez menos competitivo. Se isso não for modificado, não adianta mudar layout, treinos ou até inverter ou sortear o grid. Nada vai dar certo e estarão apenas maquiando a F1, tornando-a mais artificial do que já é.

RICCIARDO NÃO QUER MAGOAR RED BULL

Foto: Divulgação

Nas três principais equipes, ao menos um piloto tem o contrato se encerrando no fim do ano (Bottas, Raikkonen e Ricciardo). O desempenho deles (e dos outros também) irão condicionar as negociações que serão feitas a partir da metade do ano. Apesar de Ricciardo querer definir o seu futuro até o fim do mês, o australiano não quer magoar a equipe onde está há mais de dez anos, quando entrou no programa de pilotos.

- Eu posso até ter mais de uma opção pela primeira vez, o que é incrível, mas quero fazer tudo da maneira correta. Não quero desrespeitar ou deixar alguém de lado. Talvez eu siga meu caminho, mas o que quer que faça, a RBR fez muito pela minha carreira, então seria errado sair e falar mal deles em qualquer que seja o cenário. Acho que é uma coisa minha, não sou esse tipo de pessoa. Eu falo o que penso, mas sempre com respeito - afirmou ao "Motorsport.com.

Recentemente, Vettel disse não se importar em ser parceiro do australiano outra vez na Ferrari, onde já foi especulado. Por outro lado, o chefão Christian Horner disse que está incomodado com as especulações e deseja que quem esteja na Red Bull fique comprometido com a equipe. Uma indireta para Ricciardo, que está frequentemente falando sobre mudar de ares caso a Red Bull não se aproxime da Mercedes nessa temporada.

Ricciardo pode ser disputado para ir para a Ferrari, pois Leclerc pode não estar pronto para uma transição tão radical. Na Mercedes, acredito que Ocon pode ser o bola da vez, mas precisa bater Pérez na Force India. Na Red Bull, Ricciardo sabe que a preferência será de Verstappen. Tantas opções, tantos desafios. O australiano ao mesmo tempo que pode dar as cartas na negociação, também depende de outros interesses das equipes e da própria evolução da Red Bull. Um pilotaço, sem dúvidas, mas que precisa se concentrar na batalha interna contra Max para não ter seu passe diminuído ou posto em cheque. A conferir.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 25 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 18 pontos
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 15 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 12 pontos
5 - Fernando Alonso (McLaren) - 10 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 8 pontos
7 - Nico Hulkenberg (Renault) - 6 pontos
8 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 4 pontos
9 - Stoffel Vandoorne (McLaren) - 2 pontos
10- Carlos Sainz Jr (Renault) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Ferrari - 40 pontos
2 - Mercedes - 22 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 20 pontos
4 - McLaren Renault - 12 pontos
5 - Renault - 7 pontos

TRANSMISSÃO



terça-feira, 3 de abril de 2018

FLASHBACK BAHREIN

Foto: BMW
Como o tempo passa! O agora noturno GP do Bahrein completa 14 anos no calendário da F1 (em 2011, a edição não aconteceu em virtude dos conflitos da Primavera Árabe na região) e em duas oportunidades foi a abertura da temporada (2006 e 2010). Tradicionalmente a terceira etapa do ano, o circuito barenita é pelo segundo ano seguido a segunda etapa do ano.

O post de hoje é simples: relembrar como foi a corrida no circuito há dez anos atrás.

Depois de Lewis Hamilton vencer na Austrália e Kimi Raikkonen ganhar na Malásia, Felipe Massa chegava pressionado: 14 pontos atrás do inglês, zerado na temporada e com um abandono muito criticado em Kuala Lumpur, quando rodou sozinho enquanto era líder após ter feito uma pole fácil. Os italianos, passionais que só eles, o encheram de críticas.

No Bahrein, onde havia vencido no ano anterior, Massa era novamente favorito. Era proibido errar. Entretanto, mais um imprevisto: Robert Kubica surpreendeu e fez a primeira pole da carreira com uma BMW Sauber que estava ainda melhor do que a de 2007. Coube a Massa largar em segundo, seguido de Hamilton e Raikkonen na segunda fila, respectivamente. Barrichello, penando na Honda, era o 12°. Estreante, Nelsinho Piquet largou em 14°

Na largada, a especialidade da casa: Massa pulou para a ponta tranquilamente e liderou do início ao fim, deixando Kubica em segundo e Raikkonen em terceiro. Hamilton largou muito mal e caiu para nono. Na volta seguinte, ao tentar passar Nelsinho, bateu na traseira do brasileiro e perdeu a asa dianteira, caindo para as últimas posições. Na terceira volta, Raikkonen passou Kubica e a Ferrari assim seguiu sua primeira dobradinha da temporada até o final da corrida. Mostrando a força da BMW, Heidfeld ultrapassou Kovalainen e se posicionou em quarto.

No fim das contas, a corrida terminou assim. Hamilton foi apenas o décimo terceiro. Foi a sexta vitória da carreira de Felipe Massa, a segunda no Bahrein. Na ocasião, Raikkonen saiu do Bahrein líder do campeonato com 19 pontos, seguido de Heidfeld com 16, Kubica e Hamilton com 14 e Kovalainen 11.

Início de temporada é assim: muitas vezes, é tudo diferente do que vai acontecer lá no final. Creio que deve se repetir o que aconteceu em 2017: a consistência da Ferrari vai fazer com que a Mercedes assuma a ponta definitivamente  no final do campeonato.

Foto: Getty Images


Até!