segunda-feira, 7 de novembro de 2016

ESPECIAL MASSA EM INTERLAGOS - Sauber

Foto: Getty Images
Fala, galera! Semana de Grande Prêmio do Brasil sempre é importante, e hoje vamos começar a relembrar a trajetória de Felipe Massa no circuito brasileiro, afinal como vocês sabem, essa será a última vez que ele correrá em Interlagos pela F1. Hoje, vamos destacar suas três participações pela Sauber:

2002 - Após marcar o primeiro ponto da carreira na Malásia, na segunda etapa do campeonato, o jovem Felipe vinha empolgado para sua primeira corrida de F1 em terra natal. Entretanto, o resultado não foi o esperado: O brasileiro abandonou na 41a volta após uma colisão (não encontrei nada na internet como registro). O GP é lembrado como aquele que Pelé deu a bandeirada para Takuma Sato (retardatário) ao invés do vencedor, Michael Schumacher, quando já estava de costas.


2004 - Após não ter participado da temporada 2003, Massa retornou a Sauber. Dessa vez, o Brasil encerrava a temporada, já ganha por Schumacher ainda na Bélgica. Após a pole de Barrichello, Massa conquistou um ótimo quarto lugar. O dia parecia promissor para os brasileiros. Entretanto, Rubinho "frustrou" a torcida ao chegar em terceiro e Massa foi oitavo, garantindo um pontinho na etapa final da temporada. Confira a pole de Rubinho:




2005 - Antepenúltima etapa do Mundial tinha a disputa entre Raikkonen e Alonso. Massa largou em 9°, na frente de Rubinho (10°). Entretanto, dessa vez Massa não conseguiu pontuar. Montoya venceu, com Raikkonen em segundo e Alonso em terceiro, o que bastava para o espanhol sagrar-se o campeão mais jovem da história naquele momento, com 24 anos e 59 dias.


Por enquanto é só, em breve voltaremos com o ápice de Massa no Brasil: As vitórias e o quase título, Até mais!



sexta-feira, 4 de novembro de 2016

LANCE STROLL E A COMPRA DE TALENTO

Foto: Getty Images
A Williams anunciou hoje o que todo mundo já sabia há pelo menos dois meses: o anúncio do canadense Lance Stroll, de 18 anos, como substituto de Felipe Massa para 2017. A equipe de Glove também anunciou a renovação de Valtteri Bottas por mais uma temporada. Especula-se que o finlandês deseja ir para a Renault em 2018, mas isso é papo para outros posts. Agora, vamos conhecer mais quem é o novo canadense da F1. O último representante do país na categoria foi Jacques Villeneuve na Sauber BMW, em 2006, quando foi demitido após o GP da Alemanha, substituído pelo polonês Robert Kubica.

Lance é filho de Lawrence Stroll, investidor bilionário que trouxe as marcas Pierre Cardin e Ralph Lauren para o Canadá. Apaixonado por automobilismo, ele é dono de uma vasta coleção de Ferraris e também do circuito de Mont Tremblant, onde o filho a utiliza para treinamento . Segundo a Forbes, sua fortuna é estimada em US$ 2,5 bilhões. Com essa grana, começou a investir pesado na carreira do filho.

Lance é o primeiro caso gritante da história do automobilismo de alguém que quase literalmente comprou talento para estar na Fórmula 1. Ele ingressou na Academia de Pilotos da Ferrari quando ainda estava no KART, com 12 anos. Como uma equipe do naipe da Ferrari, como todo nome e pompa, aceita abrigar uma criança só por que o pai é muito rico?

Foto: Getty Images
Dois anos atrás, Lawrence comprou a PREMA e a transformou em uma das grandes equipes de categoria de base do automobilismo europeu, correndo na F4 italiana em 2014 e na F3 europeia esse ano. Foi campeão das duas, além de levar a Toyota Racing Series no ano passado. Ainda na Ferrari, andou muito em simuladores, foi treinado por vários especialistas de primeira linha (entre eles Luca Baldisserri, da Ferrari) e teve acesso a recursos técnicos que vários pilotos atuais da F1 não tiveram. 

Stroll, por motivos óbvios, manda na equipe. A claúsula contratual de seus companheiros de equipe obrigavam a dar passagem para o canadense, que venceu a F3 com um pé nas costas. Só nessa temporada, isso aconteceu três vezes para que Stroll ganhasse corridas. Se isso já é absurdo na F1, imagina na categoria de base? Nem Schumacher ou Alonso foram tão beneficiados assim. No fim do ano passado, Stroll deixou a Academia da Ferrari e assinou com a Williams, virando piloto reserva.

Especula-se que Lawrence tenha colocado 35 milhões de dólares anuais na Williams para garantir a vaga do filho, um valor fora de cogitação até para um mundo paralelo da F1, repleto de quantias de patrocinadores e dinheiro público de governos por trás. Ele também comprou o carro de 2014 da equipe para realizar testes ao redor do mundo em pistas como Austin, Sochi e Sepang. Em uma época onde as equipes mal conseguem testar durante o ano, Lance Stroll será o estreante com mais quilometragem prévia de Fórmula 1 desde Jacques Villeneuve, quando estreou pela própria Williams em 1996. Lewis Hamilton antes de estrear pela McLaren em 2007, por exemplo, testou durante 7 meses seguidos em cinco circuitos diferentes, totalizando 1700 voltas. 

Foto: Divulgação

Lawrence também financiou um simulador para Stroll andar na F3. O equipamento é tão bom que a Williams o adotará ano que vem. Foi especulado que ele tenha comprado uma parte da equipe de Grove, virando um acionista. Ele quase comprou a Sauber anos atrás, mas o acordo não seguiu adiante.

Para não falir, a Williams "vendeu a alma" para garantir a estabilidade financeira da equipe nos próximos anos. Entretanto, é uma pena que tenha sido dessa forma. O tão tradicional time de Glove, que sempre foi tão duro nos valores das negociações com os pilotos, novamente se sujeita a rios de dinheiro para sobreviver, a exemplo do que foi com Pastor Maldonado durante três temporadas. Depois de dois anos voltando a andar na frente, a Williams reassume o papel de equipe de tradição mas atualmente mediana. Uma pena. Agora é aguardar para ver se Stroll justifica o alto investimento paternal que recebeu a vida inteira o que, convenhamos, é improvável.

Também é preciso observar se o canadense não terá regalias em relação a Bottas. Não é de se duvidar que algo tenha sido armado debaixo dos panos.

Se o "case Lance Stroll" dar certo, isso vai abrir um precedente perigoso para que bilionários sigam a receita e comecem a gastar quantias indecentes para transformar uma criança em piloto de F1: karts de ponta, aquisição de equipes na base, coachs e conselheiros, milhares de horas em treinos por monopostos e por aí vai. Será necessário um teto orçamentário até nas categorias de base do automobilismo?

E pensar que um cara como Stoffel Vandoorne entrou na F1 à forceps e com 26 anos e Giovinazzi, que pode ser o primeiro estreante campeão da GP2, provavelmente fique sem opções para o ano que vem como "recompensa" de sua conquista, pois o campeão da categoria não pode disputá-la no ano seguinte.

Por enquanto é isso, até!


terça-feira, 1 de novembro de 2016

VÍDEOS E CURTINHAS #26

Foto: Getty Images
Vettel foi o grande perdedor de ontem. Além de Verstappen não ter lhe dado passagem, o alemão perdeu o terceiro lugar e caiu para quinto, ficando atrás das duas Red Bull. Mais: tudo que está ruim pode piorar. De acordo com o regulamento da FIA, o tetracampeão pode ser multado e até mesmo suspenso do GP do Brasil depois da série de xingamentos a Charlie Whiting. Para isso, o diretor teria que apresentar uma denúncia ao Conselho Mundial, o que ainda não aconteceu. Vettel já pediu desculpas. A pressão de não conseguir vencer pela Ferrari deixou Vettel amargo. Ontem foi o ápice de todo seu mal humor durante o ano. Deu até para esquecer que ele chamou Massa de ridículo durante a disputa de posição dos dois na primeira parte da prova. Suspender seria mais uma atitude ditatorial da FIA, que não tem critérios nas punições há quase uma década. O xingamento de Vettel é um desabafo contra aqueles que estão matando a F1 e transformando esse esporte a motor em uma chatice sem fim. O alemão tem meu apoio.

* ROSS BRAWN - A informação do conceituado jornal alemão Auto Bild dá conta de que o ex-chefão da Ferrari, Benetton e Mercedes teria aceitado substituir o eterno Bernie Ecclestone no comando da categoria. Ele teria o apoio do grupo Liberty Media (novo acionista majoritário da F1) e do seu ex-colega de equipe italiana e presidente da FIA Jean Todt. O anúncio é questão de tempo. Em entrevistas recentes, Brawn estava reticente em retornar como chefe de equipe novamente, afirmando que "já tinha feito de tudo nessa função". A grande dúvida é saber qual seria a nova função de Bernie. A F1 deseja se tornar mais atrativa para os jovens, com a utilização das redes sociais como forma de interação e engajamento. Brawn no comando seria uma F1 cada vez mais a favor das gigantes e contra as pequenas, e isso não é bom. Enfim, o que resta é aguardar para ver se estou apenas chutando, baseado em seu histórico como dirigente ferrarista na metade dos anos 1990 e 2000.

* ESPECULAÇÕES - A Haas começou negociações com Magnussen. Gutiérrez não fica.
Queda de braço - O paddock tem certeza que Ocon será o parceiro de Pérez na Force India. A Globo insiste que detalhes separam o anúncio de Nasr no time de Vijay Mallya. É aguardar para ver quem tem razão. A vaga da Renault? Ninguém sabe, ninguém viu. O francês da Manor tem prioridade para assinar com o time também. Com isso, Wehrlein entraria na parada da Force India. Ilações confusas.
Stroll pode ser anunciado oficialmente ainda nessa semana. A Williams prepara um evento de apresentação, pois agora o canadense é maior de idade.

Foto: Tumblr
HAKKINEN - Ontem fez 17 anos (!!!) da conquista do bicampeonato, em Suzuka. Hoje, completam-se 18 anos do seu primeiro título, também em terras nipônicas. Confira!









Até!

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A CORRIDA QUE NÃO ACABOU

Foto: Getty Images
Hamilton igualou o número de vitórias de Prost e diminuiu a vantagem de Rosberg para 19 pontos. Ainda assim, o inglês depende de fatores "externos" para sair com o tetra. Para Nico, basta vencer no Brasil para conquistar o título inédito (ele venceu as últimas duas provas em São Paulo; Lewis nunca venceu em terra brasilis).

Tudo isso é secundário. Vamos falar sobre as voltas finais e a definição (??) do terceiro colocado da prova.

Verstappen repetiu o que Lewis fez na largada: escapou na curva 1 pela grama e voltou para a pista com mais vantagem. A equipe e a direção de prova mandaram o adolescente holandês devolver a posição, mas ele recusou. Vettel, irado no rádio, xingava Max, FIA e até Charlie Whiting durante voltas em um ataque de fúria "normal", tratando-se do histórico recente dele na temporada. Realmente, pilotar na Ferrari transforma as pessoas. É muita pressão.

Enquanto Vettel tentava perseguir Verstappen, Ricciardo se aproximava. Max, na penúltima volta, reduziu o ritmo para o australiano se aproximar. Ric aproveitou a disputa e tentou passar a Ferrari, que bloqueou a manobra mudando de direção na zona de frenagem. Se não fosse a extrema habilidade de Ricciardo, certamente teria havido um acidente entre os dois. Tudo isso só aconteceu porque Verstappen não devolveu a posição e a FIA foi omissa, afirmando que ia tomar uma atitude apenas depois da prova. Ricciardo é, sem dúvida alguma, o melhor piloto da temporada.

Foto: James Allen
As posições de pista foram mantidas. Verstappen cruzou a linha de chegada em terceiro, Vettel em quarto e Ricciardo em quinto. Enquanto isso, o alemão seguia xingando todo mundo no rádio. Arrivabene, irado, tentava conter os ânimos de Seb.

Vettel: "Sai, Sai (omitido), por favor. Ele é um (Omitido). Isso que ele é. Quer dizer, eu sou o único ou você está vendo o que eu estou vendo?"

Adami: "Charlie disse.."

Vettel: "Ah sim, quer saber, aqui vai mensagem para Charlie... Honestamente, vai se (omitido)"

Metros depois de concluir a prova, Vettel colocou o carro do lado da Red Bull do holandês e sinalizou com o dedo um sinal de "não, você não vai para o pódio. Aqui não, queridinha!". Max respondeu algo do tipo "Vá vá vá vá, sai pra lá e me deixa em paz!"

Foto: AutoSport
Como a FIA ainda não tinha se manifestado, Verstappen parou o carro no local destinado para o terceiro lugar e estava se preparando para o pódio. Mas.. A FIA tomou uma atitude rápida e puniu Verstappen com acréscimo de cinco segundos no tempo final de pódio. Com isso, Vettel era o terceiro e Ricciardo o quarto, com Max em quinto.

Foto: Reprodução
Vettel saiu correndo para o pódio e recebeu o troféu de terceiro colocado. Masss.... horas depois da corrida, uma bomba: a direção de prova puniu a "mudança de direção" de Vettel sobre Ricciardo, justificando a nova regra da FIA que entrou em vigor na corrida passada, que não permitiu mudanças de direção na hora da frenagem, justamente para frear o ímpeto de Max... A lei anti-Verstappen puniu Vettel com dez segundos no tempo final da prova. Resumo: Ricciardo ficou em terceiro, Verstappen em quarto e Vettel em quinto. O australiano sorridente riu por último e a Ferrari, que saia do jejum de estar fora do pódio desde Cingapura, saiu por baixo. Pobre Arrivabene.

Essa punição foi ridícula. Vettel e Ricciardo travaram uma linda disputa. Isso é F1! Explorar o limite sem manobras ilegais! Por frescuras como essas que ninguém mais assiste a categoria. Só é permitido passar via DRS e por dentro agora? "Absolutely ridiculous, honestly!" (reclamaria assim Vettel). Olhando de fora, claramente é uma represália pelo fato do alemão ter xingado Charlie Whiting, ainda mais se tratando do ambiente da F1. Sobre Verstappen: Hamilton fez o mesmo na largada e não foi investigado. Estranho, não? Dois pesos duas medidas. A FIA deixou o monstro holandês crescer e precisou a forceps domar a criatura que tanto fortaleceu. Vamos ver se Max vai aprender com a lição ou continuará arrogante e inconsequente.

Falando do resto: Hulk coroou um grande fim de semana chegando em sétimo, dominando o dono da casa Sérgio Pérez, que ficou a corrida inteira sem conseguir passar Felipe Massa, restando apenas o décimo lugar. Massa também já havia segurado Vettel no primeiro stint e apenas foi ultrapassado por Bottas, o oitavo. Boa corrida do brasileiro, dentro de suas possibilidades.

Ericsson quase conseguiu pontuar pela Sauber, sendo o 11°. Incrível que ele teve que passar por um pit extra após ser tocado por Wehrlein e mesmo assim fez uma boa prova. Nasr apostou (ou teriam apostado por ele) em uma parada só, mas foi apenas o décimo sexto. Sabotado ou não, seu 2016 não é bom. Também é injusto esperar algo melhor, mas também é estranho ser dominado por alguém que foi derrotado tão facilmente no ano passado. Teorias da conspiração?

Foto: Getty Images
Essa é a classificação, por ora, do Grande Prêmio do México:


A próxima corrida será o Grande Prêmio do Brasil, no autódromo de Interlagos, São Paulo, nos dias 13, 14 e 15 de novembro. Até lá!



sexta-feira, 28 de outubro de 2016

HALO E RECLAMAÇÕES

Foto: Getty Images
De maneira surpreendente, Sebastian Vettel foi o mais rápido do dia na Cidade do México. Ele superou Hamilton por apenas 4 milésimos, no TL2. Rosberg foi o terceiro, quatro décimos mais lento, e Raikkonen o quarto. Entretanto, me parece claro que a Mercedes não usou a plenitude da unidade de potência e segue muito favorita para dominar mais um final de semana. A Ferrari, por outro lado, tem boas chances de superar a Red Bull e ser a segunda força devido ao fato do traçado não exigir muito downforce. Será uma disputa interessante: Hamilton tentando diminuir a vantagem de Rosberg, que pode aumentar e até mesmo ser campeão no domingo caso outro motor do inglês estoure, por exemplo.

Em todas as provas, um rádio de Vettel xingando algum piloto ou reclamando de algo acaba saindo. Hoje não foi diferente. A vítima foi seu rival Fernando Alonso. Mais lento, o espanhol atrapalhou a volta rápida do alemão no final da reta principal. Com isso, Seb teve que espalhar na curva e desperdiçou uma volta no acerto do carro. No rádio, ele não perdoou e chamou a fênix de "idiota". Evidente que no calor do momento não dá para levar em consideração a reação do piloto, mas Vettel está insuportável e mimizento. Ele reclama de tudo, nem o reclamão de marca maior que vos escreve o está suportando. Menos azedume, Vettel. Sabemos que a fase da Ferrari é péssima, mas não é xingando todo mundo que vai resolver a situação.

Massa foi o 13°, enquanto Bottas foi o 8°. Aparentemente de saída da Sauber, Nasr ficou menos um décimo mais lento que Ericsson e ficou imediatamente atrás na classificação, em 19°. A Williams parece mais próxima dos taurinos e da Force India, mas terá que continuar batalhando para conquistar seus pontinhos.

Foto: Getty Images
No primeiro treino, Hamilton ficou em primeiro, com Vettel em segundo e Raikkonen em terceiro, com a dupla da Force India em quarto e quinto (Pérez e Hulkenberg) e Bottas em sexto. Rosberg, novamente, foi apenas o sétimo, mais comedido nessa sexta-feira, certamente optando pelo melhor acerto para a classificação de amanhã. O mais curioso dessa sessão foi o fato de quase todas as equipes terem utilizado o Halo: Sauber, Renault, Force India, Manor e Williams. Nasr estava em volta rápida com o dispositivo quando a asa dianteira de seu carro quebrou após passar por uma zebra alta do circuito. A sessão precisou ser paralisada por alguns minutos para que houvesse a limpeza do local. Ele foi o 17°, quatro posições atrás de Ericsson. Massa foi o nono.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação
Confira a classificação dos dois primeiros treinos livres do Grande Prêmio do México:



Até!



quinta-feira, 27 de outubro de 2016

GP DO MÉXICO - Programação

O Grande Prêmio do México foi disputado entre 1962 e 1992, com exceção de 1971 à 1985, participou do campeonato da Fórmula 1. No ano passado, o circuito voltou a fazer parte do calendário do mundial da categoria.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:16.788 (Williams, 1992)
Pole Position: Nigel Mansell - 1:16.346 (Williams, 1992)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Nigel Mansell (1987 e 1992), Alain Prost (1988 e 1990) e Jim Clark (1963 e 1967)

GASLY SE DIZ SURPRESO COM A RENOVAÇÃO DE KVYAT NA TORO ROSSO

Foto: Motorsport
O atual piloto reserva da Red Bull e vice-líder da GP2, o francês Pierre Gasly, de 20 anos, ficou decepcionado com a continuidade do russo para o ano que vem. O próprio francês cometeu a pataquada de afirmar que substituiria Kvyat ainda esse ano, em Cingapura. Acabou duramente criticado por Helmut Marko. 

“Claro, me surpreendeu. As coisas estão acontecendo muito rapidamente e, de repente, eles assinaram com Daniil”, afirmou um frustrado Gasly em entrevista ao site norte-americano ‘Motorsport.com’. “Fique um pouco surpreso, não entendo o motivo. Mas as coisas são assim. Sabemos que na Red Bull às vezes tudo pode acontecer muito rápido”, disse.
 
“Já vimos com as decisões que eles tomaram nos dois anos anteriores. Agora já está feito, de modo que tenho de seguir adiante”, acrescentou o piloto de 20 anos, ainda sem digerir a perda da chance de ser piloto titular da Toro Rosso no ano que vem.

O desempenho de Kvyat pós-rebaixamento a Toro Rosso é assustadoramente ruim. Apesar da equipe de Faenza não possuir um carro que permita muita coisa, muito por apenas dispor de um desatualizado motor Ferrari 2015, Sainz marcou 34 pontos desde o GP da Espanha (ponto de partida da comparação pois foi quando o russo realizou a primeira corrida na Toro Rosso esse ano) contra apenas quatro pontos do russo. Era provável que Kvyat fosse mandado no fim da temporada ou até mesmo antes.

Entretanto, Gasly não mostrou as credenciais necessárias para dar confiança ao staff da Red Bull para ser efetivado imediatamente: diante de um campeonato praticamente ganho, o francês se complicou e está quase entregando de bandeja o título ao seu companheiro de equipe PREMA (muito dominante, diga-se de passagem) Antonio Giovinazzi, que pode ser campeão da categoria em seu ano de estreia, algo inédito na GP2. O italiano é o queridinho do paddock, e seu nome já foi ligado a Haas pois Giovinazzi é piloto da Academia da Ferrari, que possui parceria com os estadunidenses. Liguem os pontos.

Agora, o que resta é Gasly tentar o título da GP2. Entretanto, isso lhe deixaria um ano parado porque não haveria onde ele correr (o campeão da GP2 não pode mais disputar a categoria no ano seguinte). Super Fórmula igual Vandoorne, nesse ano? Se perder o título, terá mais um ano para tentar e terá provado que ainda não era hora de subir para a F1 (talvez essa hora não chegue, mas...). O jeito é lidar com a decepção e seguir em frente.


MASSA CORRERÁ NA RACE OF CHAMPIONS DE 2017

Foto: Getty Images
O primeiro compromisso de Felipe Massa pós-F1 será nos dias 21 e 22 de janeiro, em Miami, no Marlin Parks (estádio de beisebol) no tradicional Race Of Champions. O evento reúne anualmente grandes nomes do automobilismo mundial. 

O evento é disputado por duplas de pilotos da mesma nacionalidade. Portanto, um confronto entre países. Seu parceiro será Tony Kanaan, com quem já correu no RoC em 2004 e 2005. No ano passado, sua dupla foi Nelsinho Piquet.

- Estou ansioso para reencontrar um velho amigo. Fizemos uma boa dupla lá atrás. Ele bateu o Sébastien Loeb e eu derrotei o Michael Schumacher. Infelizmente, fomos punidos pelo excesso de toques no guard-rail - lembrou. 

Seu futuro no automobilismo ainda não está definido. Nas últimas semanas, não surgiram novidades e especulações. Todavia, Massa deve correr ou no WEC, no DTM ou até mesmo em provas da Fórmula E. Ele descarta ser comentarista e correr na Stock Car.
 
CLASSIFICAÇÃO:

1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 331 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 305 pontos
3 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 227 pontos
4 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 177 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 170 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 165 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 84 pontos
8 - Valtteri Bottas (Williams) - 81 pontos
9 - Nico Hulkenberg (Force India) - 54 pontos
10- Fernando Alonso (McLaren) - 52 pontos
11- Felipe Massa (Williams) - 49 pontos
12- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 38 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 29 pontos
14- Danill Kvyat (Toro Rosso) - 25 pontos
15- Jenson Button (McLaren) - 21 pontos
16- Kevin Magnussen (Renault) - 7 pontos
17- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto
18- Jolyon Palmer (Renault) - 1 ponto
19- Pascal Wehrlein (Manor) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 636 pontos
2 - Red Bull TAG Heuer - 400 pontos
3 - Ferrari - 347 pontos
4 - Force India Mercedes - 138 pontos
5 - Williams Mercedes - 130 pontos
6 - McLaren Honda - 74 pontos
7 - Toro Rosso Ferrari - 55 pontos
8 - Haas Ferrari - 29 pontos
9 - Renault - 8 pontos
10- Manor Mercedes - 1 ponto

TRANSMISSÃO



terça-feira, 25 de outubro de 2016

REBELDE SEM CAUSA

Foto: Getty Images
Todos sabem do mito de James Hunt, muito mais por suas peripécias fora da pista do que no automobilismo. Considerado o último "playboy, badboy e piloto romântico" da era clássica da F1, mantinha uma rotina longe da ideal de um atleta de alto nível, conceito esse que começou apenas com Senna, na década seguinte em que competia. Sexo, bebidas, drogas, orgias, polêmicas: o combustível de um campeão.

Após três temporadas na Hesketh e um campeonato de destaque no ano anterior, com uma vitória no Grande Prêmio da Holanda. A inesperada saída de Emerson Fittipaldi para a sua própria equipe, a Copersucar, abriu uma vaga na McLaren, preenchida por Hunt. O destino lhe sorriu. O grande favorito ao título era Niki Lauda, que defendia o título. Nas primeiras nove etapas da temporada, cinco vitórias para o austríaco e duas para o britânico. 52 a 28 na tabela. Eis que o acidente quase fatal de Lauda muda tudo. Sem a Ferrari dominante, Hunt aproveitou para capitalizar pontos e engatar quatro vitórias em seis etapas. Com o retorno de Lauda na Itália, o campeão tinha conseguido marcar pontos e chegou a etapa final, no recém-inaugurado circuito de Fuji, com três pontos de vantagem a Hunt.

Foto: Formula One Art & Genius
Com Mario Andretti na pole, Hunt em segundo e Lauda em terceiro, caía uma chuva torrencial no Japão. Depois de mais de três horas e meia de adiamento, a corrida começou ainda com condições impraticáveis (imagina isso na F1 de hoje?). Lauda, afirmando que não havia condições de disputar a prova, abandonou logo na primeira volta em que foi dada a largada. Diferentemente do mito que foi contado durante décadas, não foi por medo de se acidentar novamente. E isso mudou tudo.

Lauda abandonando o GP do Japão de 1976. Foto: Arquivo
Hunt assumiu a ponta. Entretanto, com a pista seca, o britânico teve dificuldade de manter a ponta, sendo superado por Patrick Depailler e Mario Andretti. O quarto lugar bastava para ser campeão. Clay Regazzoni foi instruído pela Ferrari a atacar o Hunt, que foi chamado pelos boxes para trocar os pneus dianteiros. Todavia, a parada dura 31 segundos, e parecia que o título tinha ido para o espaço! Faltando apenas quatro voltas para o final e em sexto, Hunt caçou os seus adversários (entenderam? Hãn?  Hãn?). O britânico passou Jones e, no final, de forma surpreendente, Regazzoni "deixou" a McLaren passar. Era a sua última corrida na equipe italiana e muito se especula que isso tenha sido uma manobra de protesto contra o tratamento que recebeu do Cavalinho Rampante durante aquela temporada. Hunt chega milagrosamente em terceiro! Ainda alucinado,achou que tinha perdido o título e, quando saiu do carro, partiu para cima do chefão da equipe Teddy Mayer. Depois de tudo esclarecido, foi só festa (como sempre).

Foto: Arquivo


Para Hunt, um título era o suficiente. Ele correu mais três temporadas e se aposentou em 1979. Nos anos 1980, virou comentarista da F1 e era uma celebridade inglesa. Dizem que perdeu quase todo o dinheiro que conquistou na F1. No dia 15 de junho de 1993, faleceu aos 45 anos, vítima de parada cardíaca em sua residência localizada em Wimbledon, na Grande Londres.

Um personagem icônico da F1, em todos os sentidos. Espero que vocês já tenham visto "Rush", filme lançado em 2013 que conta toda a história dessa temporada, dirigida por Ron Howard. Não percam tempo!

Foto: F1
Até!