quinta-feira, 9 de junho de 2016

CANADÁ, A PRIMEIRA VEZ

Foto: Sauber
Historicamente, o GP do Canadá é o palco da primeira vitória de alguns pilotos - Desde as lendas até os apenas "bons".

Sendo sucinto, temos uma rápida lista de pilotos que venceram pela primeira vez em palco canadense:
Gilles Villeneuve (1978)
Thierry Boutsen (1989)
Jean Alesi (1995)
Lewis Hamilton (2007)
Robert Kubica (2008)
Daniel Ricciardo (2014)

Você pode conferir esses momentos nos vídeos abaixo:

GILLES VILLENEUVE (1978) = A primeira vitória na carreira justo em seu país torna a conquista muito mais especial. Ainda mais com a Ferrari. O mítico Gilles (que depois teve a pista rebatizada com seu nome) levou a torcida canadense a loucura!


THIERRY BOUTSEN (1989) = A primeira vez do belga veio em muita chuva, após se aproveitar de abandonos (principalmente de Senna). Confira o compacto da prova, com narração de Galvão Bueno!



JEAN ALESI (1995) = A única vitória na carreira do talentoso e injustiçado francês. Depois de muito tentar, finalmente Alesi foi agraciado com o triunfo. Detalhe: Pouco depois da bandeirada, acabou a gasolina de sua Ferrari. Rubens Barrichello chegou em segundo.


LEWIS HAMILTON (2007) = A primeira vez do tricampeão aconteceu logo no ano de estreia. Entretanto, o destaque da corrida foi o grave acidente de Robert Kubica, pela BMW Sauber e a ultrapassagem de Takuma Sato, da Super Aguri, no então atual bicampeão Fernando Alonso, da McLaren.

ROBERT KUBICA (2008) = Um ano depois de quebrar o tornozelo em uma sequência assustadora de capotagens, o destino quis que o polonês vencesse pela única vez na F1 justamente no palco onde sofreu (até então) o seu pior acidente (que depois virou rotina no rally), com direito a dobradinha da BMW Sauber, a também única vitória dos suíços na F1 (A partir de 13:38)



DANIEL RICCIARDO (2014) = Graças a problemas nas Mercedes, a corrida foi emocionante. Destaque para o acidente de Pérez e Massa na última volta, que permitiu a primeira vitória do sorridente australiano na F1.






Por enquanto é isso, até!

quarta-feira, 8 de junho de 2016

JEJUNS

Foto: F1Fanatic
13 de setembro de 2009. 2460 dias atrás. Essa foi a última vez que o Brasil venceu uma corrida de F1. Detalhe: Button e Raikkonen seguem na F1, e o vencedor foi Rubens Barrichello, que saiu da categoria já faz cinco anos. Vitória com a Brawn GP, que virou Mercedes...

Essa marca negativa superou o hiato brasileiro entre 7 de novembro de 1993 (vitória de Senna em Adelaide, Austrália) e 30 de julho de 2000 (vitória de Rubinho em Hockenheim, Alemanha). O país é o terceiro mais vencedor da história da categoria (101 triunfos), atrás do Reino Unido (248 vitórias) e Alemanha (163 vitórias). A perspectiva não é nada animadora.

Massa e Nasr não estão garantidos na F1 em 2017. Mesmo se permanecerem, dificilmente vencerão, pois suas equipes (ou possíveis escuderias) não oferecem carro para a vitória (salvo raras corridas malucas). O Felipe mais velho está nos seus últimos anos de F1 e dentro de alguns anos deve sair do circo. O caso do "Senna ao contrário" (rsrsrsrs) também é complexo. Sem equipamento, precisa impressionar os chefes de equipes como Renault e Williams para seguir na F1, por exemplo. Não é nada fácil. E o futuro?

Sem representantes na GP2 e na GP3, os jovens brasileiros poderão demorar alguns anos para ingressar na F1, isso se conseguirem. Teoricamente, o "ficha 1" é o jovem Sérgio Sette Câmara, que disputa a F3 europeia e é piloto da academia da Red Bull. Além dele, Pedro Piquet também disputa pela primeira vez a categoria depois do bicampeonato da F3 Brasil. Os outros dois jovens são Pietro Fittipaldi e Vitor Baptista (Fórmula V8 - Antiga Renault 3.5). Para impressionar empresários e equipes em geral, é preciso mostrar resultado desde o kart. Para mostrar o resultado, além de possuir bom capital familiar, é preciso o apoio de empresários e patrocinadores. Bem, aí está o problema.

Rubinho, vencendo pela primeira vez, em Hockeinheim, 2000. Foto: Flatout
Evidente que boa parte do público brasileiro deixou de assistir a F1 após a morte de Senna e a Era Schumacher. O velho saudosismo de sempre: "Era bom naquele tempo que os carros não faziam tanta diferença, tinha mais ultrapassagem, emoção, blá blá blá". Bobagem. Deixaram de ver porque o Brasil deixou de ganhar. Barrichello era um jovem piloto que foi alçado pela mídia leiga como a salvação da pátria. Com menos audiência e interesse, menos investimentos. Menos resultados. Menos pilotos ingressando nas categorias europeias. Menos pilotos chegavam as principais categorias do automobilismo europeu e mundial. E o resultado é esse, de forma geral e simples. Claro que a economia mudou e os custos e gastos são outros, mas também não houve nenhum esforço, tanto da iniciativa privada quanto da iniciativa pública (a última tentativa foi do próprio Massa, com a Fórmula Futuro em 2011 e 2012).

A única categoria de monoposto brasileira é a F3 Brasil, que é inferior aos certames europeus, mais estruturados e endinheirados. Com menos rodagem, os brasileiros sofrem para alcançar o ritmo competitivo inicial de outros certames da Europa. A pressão pelo resultado imediato afeta o desempenho, e muitos patrocinadores não seguem adiante. Tanto é que apenas o peso de alguns sobrenomes acabam convencendo as marcas a continuarem acreditando. O principal causa disso tudo é a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), onde o Lívio Oricchio escreveu um artigo brilhante e completo, explicando tudo o que eu jamais poderia escrever (LEIA AQUI).

Conclusão: O problema é estrutural. Enquanto o Brasil não oferecer mínimas condições de desenvolvimento do esporte a motor no país, será cada vez escasso o número de pilotos nas competições mundiais. Sem ingressar na F1, o jejum vai só aumentar... Hoje, são 2460 dias. Amanhã, 2461, e contando, contando...

OUTROS JEJUNS:

Foto: Bandeira Verde
Outros países tradicionais na F1 passam por uma seca até pior que a do Brasil. É o caso da França. A última vitória foi há 20 anos, no caótico e histórico GP de Mônaco de 1996. Olivier Panis, pilotando a francesa Ligier, venceu uma prova que apenas quatro carros completaram (além dele, Coulthard, Herbert e Frentzen). Apesar de ter Grosjean, os franceses perderam seu melhor talento, Jules Bianchi, que praticamente iria para a Ferrari no futuro não tão distante. Sobrou Grosjean na Haas, embora também não se descarte uma possível ida para a equipe do cavalinho rampante. Ah, e tem Vergne, sem equipe desde 2014. Relembre:



Foto: GP Expert
Embora os Italianos praticamente só deem atenção para a Ferrari, a última vez que um piloto italiano venceu foi na Malásia, dia 19 de março de 2006. Desde então ele e Trulli se aposentaram e nenhum piloto do país ingressou na F1 (a não ser Badoer como tampão da Ferrari em 2009 após o acidente de Massa). A grande esperança é Rafaelle Marciello, que está na GP2. Relembre a comemoração do Fisico:



Por enquanto é isso, até!

terça-feira, 31 de maio de 2016

VÍDEOS E CURTINHAS #23

Foto: XPB Images
Fala galera, semana começando e algumas informações da F1 estão surgindo! Vamos lá!

HALOPRARAM - Ficou definido que essa tira de chinelo o "Halo" foi o dispositivo que a FIA escolheu para a proteção do cockpit a partir do ano que vem. Ele foi aprovado pelos diretores técnicos durante o GP de Mônaco. A justificativa para a escolha é o fato de que esse dispositivo está sendo testado a mais tempo que o aeroscreen da Red Bull. Segundo a Autosport, serão feitos testes e modificações para torná-lo mais aerodinâmico e não atrapalhe a visão do piloto. O dispositivo da Red Bull não foi descartado. Ele continuará sendo testado paralelamente. Os testes com o Halo começam no dia 24 de junho e encerram-se no dia 6 de julho, quando será aprovado (ou não) definitivamente. Tomara que não. O aeroscreen é menos pior e conseguiram escolher a pior alternativa. Depois da largada com Safety Car na chuva, agora teremos esse troço aí nos carros. Devolvam a minha F1. Ainda há tempo.

BUTTON E MASSA  - O campeão de 2009 tem duas alternativas para permanecer na F1 em 2017: McLaren e Williams. A equipe de Grove teria oferecido um contrato de 8 milhões de euros anuais. O britânico ganha o dobro em Woking, que conta com o apoio da Honda e do Santander para permanecer mais um ano na McLaren. Pobre Vandoorne, vai ter que se mexer. Um piloto de tanto potencial ficar fora do grid ano que vem é inadmissível. O brasileiro, por sua vez, estaria recebendo sondagens para defender a Renault ano que vem. Receber oferta de uma equipe de fábrica a essa altura da carreira é um grande negócio. Com o novo regulamento, ir para uma escuderia com dinheiro e estrutura pode ser uma boa para Massa. A aguardar.

DE PROPÓSITO? - Segundo apurou o Rafael Lopes, do VOANDO BAIXO, o sueco teria batido de forma intencional em Nasr, na curva da Rascasse, após o brasileiro se recusar a ceder sua posição por ordem de equipe. Vale lembrar que o sueco foi punido com três posições no grid do Canadá. Se for verdade, tinha que ter demissão em justa causa. Como a Sauber agora é "bancada" pelos patrocinadores suecos, vai dar em pizza. Confira o vídeo:


Pouca gente viu, mas Rosberg foi ultrapassado por Hulkenberg praticamente na linha de chegada:



Últimas 3 voltas da histórica vitória de Alexander Rossi nas 500 milhas de Indianapólis:




Por enquanto é isso! Até!




segunda-feira, 30 de maio de 2016

O PULO DE HAMILTON E DO NOVATO

Foto: Reprodução
Pela primeira vez vimos Daniel Ricciardo incomodado, triste, puto da cara, sem sorrir. O rosto fechado, semblante sério, frustrado por ter chegado em segundo e desperdiçar mais uma chance de ouro para voltar a vencer. Outra vez, a culpa não foi dele. Fim de semana perfeito, pole, ritmo controlado na corrida. De novo, a Red Bull o ferrou. A equipe o chamou para trocar os pneus, a pista estava secando. A ideia era botar os ultramacios. Mudança. Enquanto Ric esperava, uma alteração súbita: Os pneus sequer estavam prontos, e a equipe foi buscá-los. Isso custou 13.6 segundos de pit stop. 47 voltas de perseguição, incluindo um ataque polêmico na volta 37, onde Hamilton espalhou e depois fechou a Red Bull no guard rail. O australiano recolheu o carro e reclamou. Pediu punição, que não veio. Não deu. Pela segunda corrida seguida, Ricciardo não conquistou a vitória que tanto merecia.

Lewis Hamilton venceu pela 44a vez na carreira, finalmente o primeiro triunfo no ano. Foi esperto na estratégia e contou com  a "sorte" (que estava sumida) de se beneficiar do erro da Red Bull. Não à toa, encheu Ric de elogios (justissímos, aliás) após a corrida. Ele sabe do que está falando: Ano passado, o tricampeão perdeu a vitória em uma bobeira parecida.  A reação que Lewis tanto precisava apareceu. De quebra, conseguiu diminuir a distância para Rosberg de 43 para 24 pontos. Afinal, o alemão foi pífio. Desde o início, estava em um ritmo muito lento. Ricciardo abriu uma vantagem de mais de 10 segundos em poucas voltas. Chegou a ponto da Mercedes pedir para que Hamilton o passasse. Como pode um cara que está brigando para ser campeão do mundo acatar uma ordem de equipe?? Inaceitável. Tente imaginar se fosse o contrário. Hamilton faria o mesmo? Tenho certeza que não. Resumindo: Rosberg perdeu muitas posições e foi incapaz de recuperá-las. O alemão não consegue andar bem na chuva. Na última volta, foi superado por Hulkenberg e terminou em sétimo. Atuação apagadíssima. Mais do que nunca, o campeonato está em aberto.

O momento que decidiu a corrida. Foto: Reprodução
Outro grande destaque da corrida foi o improvável terceiro lugar de Sérgio "Checo" Pérez. É incrível como o mexicano consegue tirar pódios aleatórios da cartola. Sexta vez na carreira que ele fica no top 3. A Force India contou com a "ajudinha" de Massa: Vettel, o quarto colocado, ficou preso atrás do brasileiro por muitas voltas, o que possibilitou a Pérez abrir vantagem e ganhar as posições necessárias. No final, conseguiu suportar a pressão do tetracampeão e novamente ofuscou seu companheiro de equipe Hulkenberg. O alemão não foi mal, mas é a velha sina: Falta um resultado expressivo na F1, um pódio (já conseguiu uma pole e a vitória em Le Mans): Foi o sexto, ganhando bons pontos para a equipe indiana: 23 nesse finde. Vijay Mallya, o chefe, deve ter ficado muito satisfeito.

Segurando Vettel para conseguir mais um pódio fantástico. Foto: Reprodução
Em um "circuito" que não depende da potência do motor, o chassi da McLaren mostrou um resultado consistente para seus pilotos. Sem falhas de confiabilidade, a fênix Alonso conseguiu um grande quinto lugar, igualando sua melhor colocação no retorno a equipe de Woking (foi quinto também na Hungria, ano passado). Conseguiu segurar Rosberg a maior parte da corrida e mostra que o bicampeão está em ótima forma. Button chegou em nono, e a McLaren saiu com ótimos 12 pontos de Monte Carlo. Tem gente já empolgada e ansiosa por 2017, mas eu escrevo: calma!

Massa conseguiu um pontinho suado: Décimo. Chegou a frente de Bottas, que apostou em uma estratégia de três paradas e foi superado. O hype em cima do finlandês parece que chegou ao fim.

Mônaco não permite erros, e o que vimos hoje foi uma sessão de pataquadas. Verstappen bateu de novo (são três em duas corridas). Max foi arrojado, mas quis andar mais que o carro e pecou pela inexperiência. Acontece. Talvez isso seja bom e sirva para "baixar a bola" depois da mágica vitória em Barcelona. Kvyat parece que ligou o foda-se para tudo. Tentou passar o Magnussen e jogou o carro na Rascasse. Abandonou e foi punido com a perda de três posições no grid do Canadá. O inferno astral do russo só aumenta. Desse jeito, não vai conseguir atrair ninguém para se manter na F1 no ano que vem. Ainda assim, sinto pena.

No mesmo ponto, Ericsson tentou fazer a mesma coisa contra seu companheiro de equipe, Felipe Nasr. A briga já era grande: O sueco estava mais rápido que o brasileiro e pressionou a equipe para que pedisse passagem. Nasr bateu o pé e se recusou. Quando Ericsson tentou passar, jogou o carro em cima do brasileiro, e os dois rodaram e abandonaram. Pouco depois, os pilotos e a chefe Monisha foram para o motorhome. Houve troca de acusações públicas entre os pilotos. Parece que Nasr foi o "culpado" pela diretora indiana, o que é um absurdo. Ah, a briga valia o 14°. Isso simboliza o que é a Sauber hoje. Sem dinheiro, semi-falida, não existe um líder, todo mundo pula da barca, não há comando, não há pagamento, os companheiros de equipe se odeiam. Desse jeito, é capaz de fecharem as portas antes do fim do ano. Patético, simplesmente patético. Nasr tá certo: Jogo de equipe é o c#$#%! O brasileiro, em uma briga que não valia nada, foi enfático. Rosberg, disputando título, deixou seu inimigo passar. Diferenças...

A Sauber em uma imagem: "T" de treta. Foto: Reprodução
Raikkonen bateu sozinho no início da prova, quando tudo estava molhado, ainda no hairpin. Prejudicou Grosjean e quase levou Massa junto. Arrastou o bico por debaixo do carro pelo túnel e depois parece que estava sem vontade de continuar na prova. Abandonou. O finlandês voltou a ser o piloto errático dos últimos dois anos. Ainda assim, está a frente de Vettel na temporada e existe grandes chances de que permaneça por mais um ano, segundo a imprensa italiana. É...

A Fórmula retorna daqui duas semanas, no Grande Prêmio do Canadá, em Montreal, nos dias 10, 11 e 12 de junho. Confira a classificação final da corrida!

1. Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) 1h59min29s133.

.2. Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull) a 7s252.

.3. Sergio Pérez (MEX/Force India) a 13s825.

.4. Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) a 15s846.

.5. Fernando Alonso (ESP/McLaren) a 1min25s076.

.6. Nico Hulkenberg (ALE/Force India) a 1min32s999.

.7. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) a 1min33s290.

.8. Carlos Sainz (ESP/Toro Rosso) a 1 volta.

.9. Jenson Button (GBR/McLaren) a 1 volta.

10. Felipe Massa (BRA/Williams) a 1 volta.

11. Esteban Gutiérrez (MEX/Haas) a 1 volta.

12. Valtteri Bottas (FIN/Williams) a 1 volta.

13. Romain Grosjean (FRA/Haas) a 2 voltas.

14. Pascal Wehrlein (ALE/Manor) a 2 voltas.

15. Rio Haryanto (IDN/Manor) a 4 voltas.



Abandonos: Volta.

Marcus Ericsson (SUE/Sauber) 51.

Felipe Nasr (BRA/Sauber) 48.

Max Verstappen (HOL/Red Bull) 34.

Kevin Magnussen (DIN/Renault) 32.

Daniil Kvyat (RUS/Red Bull) 18.

Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) 10.

Jolyon Palmer (GBR/Renault) 7.

Foto: Getty Images
Ele ainda é piloto de testes da Manor. Seis meses atrás, estava levando volta de quase todo mundo na F1. Hoje, entrou para a história do automobilismo. Com uma estratégia arrojada de poupar combustível e chegar só no "cheiro" (tanto é que o carro apagou pouco depois da chegada), Alexander Rossi venceu a centésima edição das 500 milhas de Indianapólis. Desde 2001 que um rookie (novato) não vencia ( o último foi Hélio Castroneves). Carlos Muñoz foi o segundo e Josef Newgarden o terceiro. O brasileiro Tony Kanaan foi o quarto. Helinho, que buscava a quarta vitória no circuito, esteve perto de vencer, mas um toque na carenagem o obrigou a parar nas voltas finais. Chegou apenas em 11°. O líder da Indy, Simon Pagenaud, foi o 19°. Essa vitória muda para sempre a vida do americano que correu praticamente a carreira inteira em campeonatos europeus. Mal sabia que, justo no oval, estaria fazendo história. A vitória de Rossi mostra para outros milhares de pilotos que, embora a F1 tenha o glamour e seja o ápice de um piloto, estar fora do circo não é o fim do mundo. Basta se reinventar e explorar as muitas alternativas que o automobilismo proporciona (Indy, WEC, DTM, WRC, Fórmula E, etc). 

Talvez tenha sido o post mais longo da história do blog. Daqui a pouco vai amanhecer. Quem se importa? O que vale é conseguir manifestar em palavras mais um fim de semana histórico no automobilismo. Até! (Quem sabe com alguns posts durante a semana? Não sei porque prometo essas coisas quando geralmente não consigo cumpri-las, mas a dúvida fica no ar. Pensei alto.) 



sábado, 28 de maio de 2016

O PULO DO CANGURU

Foto: Getty Images
Se Daniel Ricciardo, que mesmo diante das piores circunstâncias é um cara bastante sorridente, imagina hoje, quando conquistou sua primeira pole position na carreira, logo na icônica Monte Carlo?

Honestamente, achei que sua liderança no treino de quinta era um "blefe" da Mercedes, que iria se impor na hora decisiva, como geralmente faz. Não foi o caso. Ambas Mercedes apresentaram problemas na configuração da potência do motor no Q3 e não foram páreos para disputar com o australiano. Melhor para Rosberg, que larga na frente de Hamilton e pode até mesmo ultrapassar Ricciardo na largada, pois o menino sorriso tem dificuldades nesse aspecto. Uma coisa é certa: A Red Bull parece ter ultrapassado a Ferrari. Imagina em Cingapura, Hungria e Baku o que esse carro do Newey não é capaz de fazer...

Outro fator que ajudou Ric foi Verstappen ter batido seu RB12 ainda no Q1, e irá largar em penúltimo. O holandês tocou no guard rail interno da saída da chicane da Piscina, quebrou a suspensão dianteira direta e bateu. Pagou pela juventude. Pela agressividade característica, é bem capaz de arranjar algumas bandeiras amarelas, Safety Cars ou até mesmo seu abandono, principalmente na largada.

Foto: Reprodução
Outro grande destaque do treino foi Nico Hulkenberg (fazia tempo que não era citado, hein?). Ofuscado por Pérez nos últimos tempos, o alemão voltou a protagonizar uma grande qualificação e irá largar em quinto. Desbancou até mesmo Raikkonen (que foi o sexto, mas larga em 11° por ter trocado de câmbio). Vettel foi o quarto. A Toro Rosso também confirmou as credenciais de quinta e terá Sainz em sexto e Kvyat em oitavo. Alonso conseguiu levar a McLaren para o nono lugar, a melhor posição de largada da equipe desde 2014. Cresciemento lento, gradual e seguro, não se esqueçam.

Não chega a ser uma decepção, mas o esperado mal rendimento da Williams não deixa de ser frustrante. Seu chassi é inferior ao de McLaren, Toro Rosso e Force India. Nas condições de Mônaco, é fatal. A velocidade final é inútil. Bottas sai em 10° e Massa é o 14°, com remotas chances de pontuar, apenas se muitas coisas incomuns acontecerem, é claro. Felipe Nasr andou alguns quilômetros e o motor de seu C35 estourou ainda durante a volta de instalação. Largará em último. Desgraça pouca é bobagem.

Foto: Reprodução
A previsão para amanhã é de chuva. Se confirmar, temos boas possibilidades de acompanhar uma grande corrida: Verstappen saindo lá de trás, a briga das Mercedes, a Ferrari tentando encostar... Tudo isso em Mônaco! O que não vai faltar é Safety Car (espero)!

Confira o grid de largada: Como escrito anteriormente, Raikkonen será o 11°




Até!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

A BELEZA DE MÔNACO

Foto: Getty Images
É impossível imaginar a F1 sem Monte Carlo. Impossível. Por mais que a "pista" esteja ultrapassada, a corrida seja um porre sem a chuva e tudo mais, ela não pode ficar de fora. Estamos falando de um circuito que está no circo desde o início, em 1950. Se as condições tecnológicas não permitem que a prova seja das mais atrativas competitivamente, sem problema. É só uma vez por ano. E existem outras tantas pistas modernas (cof cof Tilkódromos cof cof) piores do que a icônica Monte Carlo.

Sem contar que cada volta, cada curva é um desafio. Não há espaço para erros. Qualquer desconcentração ou escapada é fim de prova. Pancada no guard-rail e adeus. Safety Car. Até a próxima. Tanto é verdade é que nesses dois primeiros treinos tivemos inúmeros acidentes e rodagens: Grosjean, Vettel, Magnussen, Massa, Palmer, Haryanto...

Foto: Reprodução
Vamos aos fatos: Com o novo motor Renault exclusivo para si, Ricciardo marcou o tempo mais rápido do dia, na estreia dos tais pneus roxos ultramacios. E com sobras: 1:14.607, seis décimos mais rápido que o segundo colocado Lewis Hamilton. É uma obviedade: Em pistas mais travadas e que não dependem da potência do motor, a Red Bull vira uma forte candidata as vitórias por possuir um dos melhores (senão o melhor) chassis da categoria. Nesse final de semana, os taurinos estão a frente da Ferrari e, em tese, parelho as Mercedes, que sempre escondem o jogo e acabam com a empolgação da imprensa no classificatório.

Outra equipe que se destacou nos treinos foi a Toro Rosso. Kvyat parece mordido e disposto a provar que foi injustiçado ao ser rebaixado de equipe. Vale lembrar que no ano passado ele ficou em quarto. Dessa vez, foi o quinto no TL2 e sexto no TL1. Vettel e Hamilton também levaram a melhor no confronto contra seus companheiros de equipe. A McLaren pode estar provando que possui um chassi bom, mas ainda peca em confiabilidade e potência do motor Honda. É cada vez mais frequente a presença no top 10.

Foto: Getty Images
Por outro lado, a Williams deve apresentar um desempenho pífio. Com dificuldades de chassi, Massa e Bottas dificilmente se classificarão para o Q3. Bottas foi o mais rápido nos dois treinos, mas isso não quer dizer muita coisa em termos de pontuação. Massa ainda bateu no primeiro treino livre e perdeu minutos importantes para o acerto do carro. Com um novo motor,a Renault até se animou, mas Magnussen foi enfático: O carro piorou. Na Sauber, mais do mesmo: A rabeira. Nasr e Ericsson batalham pelas últimas posições do grid. Dizem que os suíços ainda estão devendo salários para funcionários. Parece administração de time de futebol brasileiro.

Foto: Reprodução/Twitter
Em Mônaco, é natural que os pilotos utilizem capacetes especiais e diferenciados para a ocasião, afinal é um dos três grandes eventos automobilísticos do ano... Por conta disso, alguns pilotos divulgaram suas pinturas especiais para esse final de semana. Destaque para a linda homenagem de Grosjean para o compatriota Jules Bianchi, que fez história ao chegar em 9° há dois anos... Confira!

Capacete de Massa, feito pelo OSGEMEOS, famosos pela arte de grafite. Foto: Reprodução

Vettel: Fosco, simulando couro. Foto: Reprodução
Alonso: Pintura metálica. Foto: Reprodução
A homenagem de Grosjean para Jules Bianchi. Foto: Reprodução
Confira a classificação dos primeiros treinos livres:



Até!


quarta-feira, 25 de maio de 2016

GP DE MÔNACO - Programação

O Grande Prêmio de Mônaco é um dos GPs mais conhecidos do automobilismo, juntamente com as 500 milhas de Indianopólis e as 24 horas de Le Mans. É um circuito de rua de Monte Carlo, com 3340 metros de extensão e que exige  muita precisão, devido a uma grande quantidade de curvas e a estreita largura das ruas que formam o percurso.
Passou a integrar o calendário da Fórmula 1 em 1955.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:14.439 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:13.556 (RBR, 2011)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Ayrton Senna - 6x (1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993)


OS 100 MAIS INFLUENTES DA F1

Charmoso. Foto: The Telegraph
Listas sempre são polêmicas. No último fim de semana, a revista "Paddock Magazine" divulgou em seu site a tradicional lista das 100 personalidades mais influentes da F1, incluindo pilotos, dirigentes, empresários, políticos e jornalistas. Novamente, a primeira posição ficou com o chefão Bernie Ecclestone. O critério é simples: Mesmo diante das polêmicas, o patrão é o único que se mostra importante na categoria pelo seu poder econômico em relação as montadoras e equipes do grid. Ao contrário do que a lógica poderia indicar, a lista tem mais dirigentes e autoridades do que propriamente pilotos. Por exemplo, o top 5 é composto por Donald MacKenzie (acionista majoritário da CVC Capital Partners, dona dos direitos comerciais da F1), Jean Todt (Presidente da FIA), Dieter Zetsche (Presidente da Mercedes) e Sergio Marchionne (Presidente da Ferrari).

O melhor brasileiro na lista é Carlos Ghosn, presidente da Renault. Ele nasceu em Porto Velho. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é o 74°. Segundo a publicação, ele foi a "peça chave para a renovação do GP do Brasil até 2022". Felipe Massa é o 91°. O melhor piloto posicionado é Lewis Hamilton, apenas o 37°. Para ver a lista completa, clique AQUI 

"EM CASA", MASSA PREVE CORRIDA DIFÍCIL

Foto: UOL
Itália, Mônaco e Brasil. Pode-se considerar que essas são as "três casas" de Felipe Massa. O brasileiro vive no Principado há um bom tempo e costuma andar pelas ruas de Monte Carlo no dia-a-dia. “Passo pela pista muitas vezes quando ela é apenas rua, e de repente tudo muda e em alguns meses ela se torna uma pista de corrida. É incrível ver o que eles fazem com aquelas ruas apertadas, e então nós estamos correndo lá a 300 km/h”, disse. Sobre a corrida, Massa afirmou que é sempre uma prova complicada.  É muito fácil você perder a concentração e bater no muro. É uma corrida muito importante para nós como pilotos, mas também para o pessoal que curte tudo dos seus barcos no cenário glamoroso de Mônaco. É sempre um fim de semana bacana para muitas pessoas, não só para os pilotos”. 

Nesse final de semana, a Pirelli disponibilizou pela primeira vez os tais pneus ultramacios (roxos), os mais aderentes da F1. Conhecido por ser um carro forte de reta mas nem tanto em circuitos travados e lentos, o engenheiro da equipe, Pat Symonds, afirmou que será um final de semana desafiador. "O que é mais importante aqui é conseguir um bom equilíbrio do chassi entre as curvas, que são geralmente mais lentas e têm uma superfície diferente do que estamos acostumados nas pistas tradicionais.”, afirmou. A Williams busca um resultado bem diferente do ano passado, quando foram apenas 14° e 15°, respectivamente com Bottas e Massa.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 100 pontos
2 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 61 pontos
3 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 57 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 48 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 48 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 38 pontos
7 - Felipe Massa (Williams) - 36 pontos
8 - Valtteri Bottas (Williams) - 29 pontos
9 - Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 22 pontos
10- Romain Grosjean (Haas) - 22 pontos
11- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 12 pontos
12- Sérgio Pérez (Force India) - 8 pontos
13- Fernando Alonso (McLaren) - 8 pontos
14- Nico Hulkenberg (Force India) -6 pontos
15- Kevin Magnussen (Renault) - 6 pontos
16- Jenson Button (McLaren) - 3 pontos
17- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 157 pontos
2 - Ferrari - 109 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 94 pontos
4 - Williams Mercedes - 65 pontos
5 - Toro Rosso Ferrari - 26 pontos
6 - Haas Ferrari - 22 pontos
7 - Force India Mercedes - 14 pontos
8 - McLaren Honda - 12 pontos
9 - Renault - 6 pontos

TRANSMISSÃO