quinta-feira, 30 de novembro de 2017

UMA INTERVENÇÃO NA SAUBER

Foto: Turbos and Tantrums
Durante o ano, o presidente da Ferrari e do grupo FIAT, Sérgio Marchionne, falou sobre o seu sonho em fazer retornar a marca Alfa Romeo à F1. Pois bem, o regresso do grupo foi mais rápido que poderíamos imaginar.

No início do ano, a Sauber chegou a anunciar uma parceria técnica com a Honda para 2018. Os suíços, que durante tantos anos foram uma Ferrari B e conseguiam alguns pontos, queria andar com as próprias pernas. Pois bem, isso foi um desastre que acabou com as finanças da equipe e quase faliu definitivamente a ex-equipe de Peter Sauber, com a administração de Monisha Kalterborn e agora de empresas da Suíça e da Suécia, que bancam Marcus Ericsson.

A Alfa Romeo está de volta à F1 em uma parceria com a Sauber e a Ferrari. Ausente da F1 desde 1988 (quando era fornecedora de motores e como equipe desde 1985), as três partes assinaram um acordo para uma parceria tecnológica e comercial. O logo da empresa irá estampar o local destinado ao patrocinador principal no carro da equipe suíça. Além do mais, a equipe irá se chamar Alfa Romeo Sauber F1 Team, e os motores Ferrari (atualizados) serão nominados como Alfa Romeo. A parceria tem os mesmos moldes do que a Sauber e a BMW fizeram entre 2006 e 2009, o melhor período dos suíços na F1, com a vitória de Robert Kubica no Canadá, em 2008.

Leclerc já está confirmado. Quem será seu parceiro? Foto: Sky Sports
Na prática, a Ferrari acaba de retomar o controle de uma importante aliada, onde por muito tempo fez experiências envolvendo componentes dos carros e também empréstimo de pilotos. Nunca é demais lembrar que Felipe Massa foi emprestado pelos italianos aos suíços durante três anos (2002, 2004 e 2005) antes de ser promovido à Ferrari em 2006. Os italianos também possuem um acordo estratégico de peças e motor com a Haas, o que também pode envolver futuramente pilotos. Ano passado, Gutiérrez pilotou para a equipe americana e piloto reserva dos ferraristas. Este ano, em diversas oportunidades, Antonio Giovinazzi participou de algumas sessões de treinos livres em detrimento de Grosjean ou Magnussen.

Campeão da F2 e piloto da academia da Ferrari, Charles Leclerc já está confirmado, embora ainda não oficialmente (frase estranha mas azar). O anúncio dessa parceria talvez possa acarretar no futuro de Ericsson na equipe. Com a Tetrapak lhe sustentando desde o ano passado, pode ser que os suecos percam influência na Sauber, o que pode ser gradativo ou imediato. Se for gradativo, talvez Ericsson ainda corra por mais um ano com os suíços. Se for imediato, ele pode ser substituído por outro piloto da academia Ferrari, o próprio Giovinazzi, que substituiu Pascal Wehrlein nas duas primeiras etapas desse ano. Aliás, o alemão é quem irá ficar a ver navios, definitivamente.

A Ferrari e a Alfa Romeo chegam para socorrer e intervir na cambaleante Sauber, que virou a mais pobre e nanica do grid. Uma parceria técnica pode gerar bons resultados no futuro, mas no médio prazo. A tendência é que os suíços sigam como a pior do grid, até porque esse anúncio está sendo feito às vésperas de um novo regulamento, onde as equipes já estão trabalhando faz um bom tempo.

O mais importante é a crença na reestruturação de uma equipe tradicional que decaiu por uma péssima administração até chegar ao ponto de ser refém de um piloto sueco ruim. Sua saída será comemorada pelos fãs, pois Giovinazzi e Leclerc possuem potencial para serem grandes estrelas da F1 no futuro.

Com essa aquisição, fica cada vez mais claro o rumo "WEC e DTM" que a F1 está tomando: montadoras com equipes-satélites. Faltam carros para a F1. A esperança é que o novo regulamento de 2021 atraia gente como Porsche, Aston Martin, Andretti, etc. Vamos torcer.

O panorama é o seguinte:
Ferrari: Haas e Sauber
Mercedes: Force India e Williams
Renault: Red Bull (até 2018) e McLaren
Honda: Toro Rosso


Até!

terça-feira, 28 de novembro de 2017

SOBRE HALOS E LOGOS

Foto: Sky Sports
O primeiro ano da Liberty administrando a F1 caracteriza-se pelo começo da implementação de ares de modernidade. Com uma maior presença nas redes sociais, foram disponibilizados os rádios das equipes, melhores momentos das corridas e as entrevistas após treino e corrida diretos na pista. Dizem que os testes de inverno podem ser transmitidos online. Seria fantástico. Nesse lado, a F1 evoluiu bastante, até porque era impossível ser mais obtusa do que a administração arcaica de Bernie Ecclestone.

Para o ano que vem, serão acrescentadas câmeras 360°, usadas há muito tempo na Nascar e na Indy com o intuito de aproximar ainda mais o fã da sensação de guiar um F1 e se relacionar com o clima do autódromo e da pista. Impossibilitada de fazer muita coisa até o final do Pacto de Concórdia, que será em 2020, a única mudança aerodinâmica será o fim das barbatanas. A McLaren exerceu o veto de última hora nesse fim de semana.

Com as mãos engessadas, a Liberty primeiro busca dar uma identidade própria para a Fórmula 1. Outro passo foi dado com o tal novo logo, que é feio. No entanto, iremos nos acostumar, fazer o quê. Ao menos escolheram a alternativa menos pior. Mais um ato para deixar a Era Bernie no passado, ao menos no que se refere a redes sociais, marketing, engajamento, etc.

Foto: Divulgação

A aberração-mor foi com certeza o Halo. Preteriram até o Aeroscreen, que era uma alternativa menos ruim. Essa proteção não evitaria nenhum acidente recente da F1, não há sentido algum colocar isso. E o pior: atrapalha a visão dos pilotos e deixa o carro de F1 horrível. Alguém se atreveria a comprar uma miniatura dos carros que virão nos próximos anos? Minha esperança é que desistam da ideia o quanto antes.

Com um regulamento congelado, Halo, poucas ultrapassagens, quatro anos de domínio da Mercedes e câmeras 360°, fica difícil atrair novos fãs com essas corridas previsíveis, principalmente em circuitos patéticos como Abu Dhabi. O novo engajamento só irá funcionar se as pistas entregaram um bom produto para todos.

Para isso, a Liberty e a FIA terão dois anos para pensar em alternativas. Veremos o que acontece até lá - sem Halo, espero eu.

Até!

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

FIM DE UMA ERA

Foto: Getty Images
26 de novembro de 2017 é um dia que vai entrar para a história da F1. O dia que a categoria, sob a administração da Liberty, anuncia que irá entrar em uma "nova era", cujo ninguém sabe do que se trata.

Ah, vamos ver: novo logo, corridas com o inútil Halo, apenas três motores para a temporada toda e muita interatividade, a única coisa boa nesse meio tempo. Opa, isso vai ser tema de outro post durante a semana (escrevendo agora, poderia ser interessante uma análise do primeiro ano da Liberty como proprietária da F1... escreverei? Talvez). Ah, a McLaren vetou o uso das barbatanas e teremos a câmera 360°. Uhul, mas quem se importa?

Bom, tentaremos falar sobre a corrida. Que corrida? Nona edição do GP de Abu Dhabi. Circuito está ficando tradicional... Tradicionalmente bosta. Sempre começa do jeito que termina, e não foi diferente: Bottas, Hamilton e Vettel. Raikkonen herdou o quarto lugar de Ricciardo, que herdou o azar que Max tinha na primeira metade da temporada. Hulkenberg foi o sexto, resultado que fez a Renault ultrapassar a Toro Rosso nos construtores. Felipe Massa se despediu da F1 com um suado pontinho do décimo lugar. Incrível o respeito do mundo da F1 com ele. Já agradecemos tanto Massa nos últimos dois anos que soa repetitivo fazer isso outra vez... foda-se: valeu, Felipe!

Foto: Getty Images
A corrida de Abu Dhabi serve como um instrumento de tortura transmitido mundialmente para masoquistas (ou não). Se um dia tiver filhos, farei um compilado de corridas desse espetacular circuito (até porque com o dinheiro investido, teremos esse GP por várias décadas, isso se a F1 existir até lá) para ele assistir na íntegra. Mais eficaz e barato que Super Nanny e essas psicologias baratas que existem por aí.

A corrida foi tão deprimente que os pilotos que mais apareceram foram Stroll e Grosjean. STROLL E GROSJEAN em uma disputa pelo 13°. Nem o pelotão intermediário salvou. Em uma corrida patética, o canadense de berço esplêndido terminou em último e chegou a levar um calor do Ericsson com motor de quase dois anos defasado. A Toro Rosso digladiando com a Sauber seria um prenúncio da nova parceria com a Honda.

Bom, o melhor momento da corrida foi quando acabou e teve um show de zerinhos. Bottas dominou do início ao fim, mas agora Inês é morta. Ou não, vai que ele se empolgue igual um certo filho de finlandês...

A nova era da F1 vem aí. Diante de tanta catástrofe, minha torcida é para que Ferrari, Red Bull ou outra equipe consiga frear o domínio de quase meia década da Mercedes. Talvez esteja pedindo demais (ou com certeza?). Tentei alguma analogia com "mais fácil __________ acontecer do que tal coisa", mas não pensei em nada bom. Sinal para encerrar por aqui a temporada 2017 da F1 no blog.

Confira a classificação do GP de Abu Dhabi. Fique atento que nesse final de ano ainda teremos alguns materiais interessantes por aí :)


Até!

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

RITMO DE FÉRIAS

Foto: Getty Images
Todo mundo louco pelas férias. Antes disso, a última corrida da temporada. Nesse clima de formalidade, a F1 chega mais uma vez em Abu Dhabi com tudo definido. Para os fãs, fica o registro da última corrida de Felipe Massa e também a última corrida com os carros sem o Halo, aquela coisa horrorosa que não sabemos se irá de fato proteger os pilotos nas batidas.

Bom, no TL1 Vettel foi o mais rápido, seguido por Hamilton, Verstappen, Raikkonen e Bottas. Massa foi o nono. Mais uma vez, a briga será entre Mercedes e Ferrari. Afinal, desde que Lewis sagrou-se tetra, ele ainda não venceu. Como sempre, a Mercedes é favorita no qualyfing por dispor de potência extra no motor. Na corrida, o equilíbrio é maior, e a promessa é que a corrida tenha emoção, apesar de ser no insosso circuito de Abu Dhabi e não valer mais nada por aqui.

Foto: Getty Images
A destacar o dedo do meio de Ricciardo em direção a Grosjean no TL2. Os pilotos da Haas estão com moral, hein? Também, cometem erros atrás de erros...

Hamilton fez o tempo mais rápido do fim de semana. Vettel ficou em segundo, Ricciardo em terceiro, seguido de Raikkonen e Bottas. Massa foi o 11°.

Foto: Reprodução Twitter


É nesse clima de fim de festa que a F1 passa mais uma vez por Abu Dhabi. Confira a classificação das duas primeiras sessões de treinos livres:



Até!

GP DE ABU DHABI - Programação

O Grande Prêmio de Abu Dhabi acontece sobre o crepúsculo. Inicia-se de dia e encerra-se à noite. Mistura um traçado de rua com retas longas e curvas "em cotovelo", típicas do arquiteto da F1, Hermann Tilke. Foi disputado pela primeira vez em 2009 e vencido por Sebastian Vettel.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Sebastian Vettel - 1:40.279 (Red Bull, 2009)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:38.481 (Red Bull, 2011)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Sebastian Vettel (2009, 2010 e 2013) e Lewis Hamilton (2011, 2014 e 2016) - 3x

UM NOVO LOGO PARA A F1

Foto: Divulgação
A Liberty Media registrou esses três logos como possíveis substitutos do atual, vigente desde o início dos anos 2000. A ideia é padronizar nos moldes da MotoGP, que usa logos semelhantes para a Moto2 e a Moto3, fazendo o mesmo com a F2 e a F3.

Um dos objetivos da Liberty é apresentar um ar de novidade, não só na gestão, mas também através do logo, sinalizando pra valer o fim da Era Bernie Ecclestone. Segundo o site Grand Prix 247, a expectativa é que o novo logo seja anunciado nessse final de semana, durante o GP de Abu Dhabi, e já irá entrar em vigor no ano que vem.

O logo da F1 é tão bonito. Honestamente, não gostei de nenhuma das três, mas deve ser questão de costume. A melhorzinha é o logo que tem a fonte semelhante a do Play Station. Aos poucos, a nova F1 fica cada vez mais evidencidada. Resta saber se essas mudanças irão seguir nos próximos anos em outras valências.

MAIS UM MANDATO PARA JEAN TODT

Foto: AP
Francês será reeleito para o terceiro mandato no comando da FIA. Todt foi o único a se candidatar para o cargo e será automaticamente eleito na Assembleia Geral da FIA, no dia 8 de dezembro, em Paris. O ex-dirigente da Ferrari assumiu a FIA em 2009, sucedendo Max Mosley e foi reeleito em 2013.

Nesses oito anos, Todt teve que lidar com a chegada (e saída) de três novas equipes e inúmeros problemas financeiros dos times menores. O novo regulamento de motores mudou apenas a hegemonia, ao invés de criar algum equilíbrio. Com a chegada da Liberty, a expectativa é que ambos trabalhem em conjunto para conciliar uma F1 mais atrativa para os fãs e para quem trabalha no ramo, onde as equipes tenham condições de competir sem gastar quantias exorbitantes.

Para isso, deveria ser feito um teto orçamentário, o que obviamente as gigantes não irão concordar. Todt também realiza em seus mandatos ações de segurança e prevenção a alta velocidade no trânsito.
 
Com a F-E sólida, mas WEC e categorias de base capenga, o desafio de Todt é trabalhar no interesse das empresas no automobilismo e pavimentar caminhos que seduzam os jovens pilotos a participar das competições da FIA.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 345 pontos (CAMPEÃO)
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 302 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 280 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 200 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 193 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 158 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 94 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 83 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Renault) - 54 pontos
10- Felipe Massa (Williams) - 42 pontos
11- Lance Stroll (Williams) - 40 pontos
12- Nico Hulkenberg (Renault) - 35 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 19 pontos
15- Fernando Alonso (McLaren) - 15 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 13 pontos
17- Jolyon Palmer (Renault) - 8 pontos
18- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
19- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 5 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 625 pontos (CAMPEÃ)
2 - Ferrari - 495 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 358 pontos
4 - Force India Mercedes - 177 pontos
5 - Williams Mercedes - 82 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 53 pontos
7 - Renault - 49 pontos
8 - Haas Ferrari - 47 pontos
9 - McLaren Honda - 28 pontos
10- Sauber Ferrari - 5 pontos

TRANSMISSÃO:




quarta-feira, 22 de novembro de 2017

ÚLTIMO GÁS

Foto: Motor Sport Magazine
Sediar as últimas etapas do Mundial de F1 tem seus ônus e bônus. Enquanto se paquera com a possibilidade de sediar a etapa decisiva para o título, também pode ser uma corrida dispensável por estar tudo decidido. Nesse ano, foram os casos de Brasil e Abu Dhabi.

O circuito dos Emirados Árabes será disputado pela nona vez. Em apenas quatro a corrida teve caráter de decisão ou algo relevante: em 2010, quando Vettel foi campeão; 2012, quando Raikkonen venceu pela primeira vez após retornar a categoria e levar a decisão entre Vettel e Alonso para o Brasil; 2014, o segundo título de Hamilton e no ano passado, quando Rosberg foi o campeão. Ademais, corridas mornas em um circuito chatíssimo e com uma atmosfera que nada tem a ver com a F1 e sim com a administração Bernie Ecclestone: artificial, sem sal e apenas preocupada com status e dinheiro.

A corrida desse final de semana será nesses moldes. O que teremos de interessante? A última corrida (agora sim) de Felipe Massa. Também será a derradeira prova sem a presença do repugnante Halo. Outras curiosidades: última corrida da fracassada segunda parceria entre Honda e McLaren; a provável última participação de Pascal Wehrlein, que será substituído por Charles Leclerc na Sauber e é isso, pelo que eu me lembre.

Na semana que vem começarão os testes visando a próxima temporada. É possível que Robert Kubica seja oficializado pela Williams. Afinal, o polonês irá participar de algumas sessões. Outra notícia que corre essa semana é, mais uma vez, uma possível aquisição da Sauber por parte da Ferrari, transformando-a na Alfa Romeo e colocando outro piloto de sua academia no certame: Giovinazzi, que já participou das duas corridas iniciais nesse ano, substituindo Marcus Ericsson, bancado pelos donos da equipe, que são investidores da também sueca Tetrapak.

Ademais, podemos esperar muito luxo, artificialidade, celebridades, shows do Pharell, Imagine Dragons e The Killers para celebrar o fim de mais uma temporada da F1 em Abu Dhabi. Parece até o fim da minha faculdade: contando os dias para a banca.

E é isso. Até mais!

terça-feira, 21 de novembro de 2017

CELEBRAÇÃO E DECEPÇÃO

Foto: Getty Images
O fim de semana foi de fortes emoções para o automobilismo brasileiro. Tudo começou na sexta-feira, quando Pietro Fittipaldi garantiu o título da Fórmula V8, no Bahrein. O neto de Emerson Fittipaldi tinha dez pontos de vantagem para o vice-líder e rival Matevos Isaakyan. Na classificação, Pietro fez o segundo tempo, mas foi punido por passar do limite de velocidade nos boxes e foi punido perdendo dois lugares, largando em quarto, enquanto o rival largou na pole. Entretanto, logo na volta de apresentação Isaakyan deixou o carro morrer, largando dos boxes.

Na largada, Pietro pulou para o segundo lugar e de lá não saiu, garantindo o título. Isaakyan foi o décimo. O brasileiro se junta a nomes como Fernando Alonso, Robert Kubica, Marc Gené, Kevin Magnussen e Heikki Kovalainen como campeões da categoria. A diferença fundamental é que antigamente a Fórmula V8 tinha apoio da Renault (era denominado World Series) e, portanto, era uma categoria mais valorizada. Pietro fez sua obrigação, tinha o melhor carro e encarou uma Fórmula V8 praticamente sucateada. Essa pode ser a última edição da categoria, que não existirá em 2018 por não ter inscrições suficientes.

Apesar disso, Pietro garantiu a Superlicença da FIA, necessária para chegar a F1. No entanto, o próximo passo do neto de Emerson rumo à F1 deve ser a F3 ou a F2, categorias mais competitivas e com desafios mais elevados, onde certamente deverá ser colocado à prova se Pietro terá condições de chegar à F1 nos próximos anos. Enfim, parabéns para o brasileiro!

Foto: Dutch Photo Agency
No dia seguinte, também no Bahrein, um Senna voltou a ser campeão mundial. Válido pela categoria LMP2 do Mundial de Endurance, o carro #31 da equipe Rebellion composto por Bruno Senna, Nicolas Prost e Julien Canal venceu a etapa final da temporada. A vitória veio com muito sofrimento, pois o carro #38 da Jackie Chan Racing pressionou nas voltas finais. O Rebellion #13 de Nelsinho Piquet e seus companheiros ficou em terceiro.

Por outro lado, na LMP1, a vitória foi do trio da Toyota composto de Anthony Davidson, Kazuki Nakajima e Sebastién Buemi. A corrida do Bahrein marcou a despedida da Porsche do Mundial. O trio já campeão Brendon Hartley (que agora ficará em definitivo na Toro Rosso), Timo Bernhard e Earl Bember ficou em segundo, seguido do também trio da marca alemã Neel Jani, Nick Tandy e André Lotterer.

Muito bom ver Bruno Senna e o Brasil vencendo um título mundial homologado pela FIA, 26 anos depois. Mais simbólico ainda com Nicolas Prost como companheiro de equipe. Quem imaginaria?

Foto: Divulgação

Se Bruno Senna e Pietro Fittipaldi viveram dias de glória no Bahrein, os brasileiros em Macau viveram um pesadelo. Sérgio Sette Câmara quase fez história. Largando em terceiro, assumiu a liderança na terceira volta, após a relargada. Durante toda a corrida, o brasileiro foi atacado pelo austríaco Ferdinand Habsburg nas últimas curvas da última volta. Na última curva, o descendente da família real austríaca tentou uma manobra na última curva e os dois carros perderam o equilíbrio e colidiram na barreira de pneus. Habsburg conseguiu se arrastar para terminar em quarto, enquanto o brasileiro ficou pelo caminho e terminou em 13°.

A vitória caiu no colo do inglês Daniel Ticktum. Ele largou em oitavo e nas voltas finais fez uma bela ultrapassagem, passando dois carros de uma só vez na curva Lisboa para assumir a terceira posição. Lando Norris, agora piloto reserva da McLaren, foi o segundo e o estoniano Ralf Aron ficou em terceiro. Pedro Piquet, o outro brasileiro que participou da prova, fez uma corrida discreta e terminou em sexto. Confira:


Logo na primeira volta da etapa da Copa do Mundo de FIA GT, com carros de turismo, o piloto espanhol Daniel Juncadella perdeu o controle de sua Mercedes em uma das várias curvas apertadas do traçado e bateu. O pessoal que vinha atrás não conseguiu desviar e o que aconteceu? Os carros foram batendo e se empilhando, causando um Big One inacreditável e paralisando a prova. O único que conseguiu escapar foi Rafaelle Marciello. A batida envolveu 11 carros. A corrida foi vencida por Edoardo Mortara, da Mercedes, com o brasileiro Augusto Farfus em segundo e Rafaelle Marciello em terceiro. Veja o acidente:



Convenhamos que botar um monte de carro de Turismo em um circuito estreito como Macau não é uma boa ideia... mas que vale pelo espetáculo, entretenimento e principalmente para quem gosta de acidentes. Ainda bem que ninguém se feriu gravemente.

Fim de semana realmente atribulado para o automobilismo brasileiro, com festa e frustração.

Voltamos com algum post a qualquer momento. 

Até!