quinta-feira, 4 de outubro de 2018

GP DO JAPÃO - PROGRAMAÇÃO

O Grande Prêmio do Japão foi disputado pela primeira vez em 1976, em Fuji. Foi disputada novamente em 1977 e ficou fora da categoria por 10 anos, até retornar com a pista de Suzuka em 1987. Desde então, o Japão sempre sediou um GP por ano na Fórmula 1.



ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:31.540 (McLaren, 2005)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:27.319 (Mercedes, 2017)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1995, 1997, 2000, 2001, 2002 e 2004)

ARRIVABENE: "FICOU FALTANDO ALGO"

Foto: Racefans.net
Aos poucos a Ferrari vem sentindo os baques e perdendo força no campeonato. Apesar de todos os holofotes terem ficado na vitória de Hamilton e a ordem da Mercedes, a imprensa italiana não poupou críticas a mais um pifio desempenho ferrarista. O "Corriere dello Sport" criticou todo mundo, menos o desempenho de Charles Leclerc, sétimo colocado com a Sauber.

O chefão Maurizio Arrivabene reconheceu a jornada ruim de sua equipe.“Desde sexta-feira, o fim de semana em Sóchi foi muito difícil para nós. Apesar de todos os nossos esforços para encontrar o cenário ideal, nem no sábado e tampouco na corrida fomos competitivos o bastante para preocupar nossos rivais mais próximos”, analisou. "“Comparado com a forma como nos apresentamos em outros circuitos, ficou faltando algo aqui e, por isso, não conseguimos reduzir a diferença de pontos”, complementou.

Para a próxima corrida, no Japão, a expectativa é que a Ferrari consiga finalmente voltar a vencer para buscar um título que fica cada vez mais improvável. "[Japão]  deve ter características muito parecidas com a de Silverstone. Então, em Suzuka, vamos ter uma indicação mais precisa do potencial do nosso carro. Se der certo, saberemos que, apesar da situação difícil em termos de classificação, ainda temos as armas certas para lutar até o fim”, complementou.


Depois de Nurburgring e Monza, fica a impressão que a Ferrari murchou e agora jogou a toalha definitivamente. Claro que a matemática ainda pode ser favorável e tudo é possível, mas cada golpe da Mercedes vai minando o psicológico de Vettel e seus comandados. Com o desempenho cada vez pior, os italianos não precisam mais de um grande final de semana e sim vários, enquanto que tudo tem que dar errado para a Mercedes. É uma situação praticamente impossível. Resta lutar pela honra e recuperar a confiança com algumas vitórias até o fim  do ano.

TORO ROSSO DESCARTA VANDOORNE: "NÃO É RÁPIDO PARA A F1"

Foto: AutoSport

Com Daniil Kvyat confirmado outra vez como piloto da equipe para o ano que vem, ainda há uma vaga em jogo na equipe satélite da Red Bull. Brendon Hartley não deve renovar, e especulações em torno de seu substituto não faltam. Recentemente, Pascal Wehrlein anunciou que não será mais piloto Mercedes a partir do ano que vem, o que lhe alçou como favorito a vaga. Entretanto, outro jovem piloto também está disponível: Stoffel Vandoorne, belga que vai deixar a McLaren no fim do ano.

No entanto, parece que o futuro do belga não está relacionado com a Toro Rosso. É o que diz Helmut Marko, consultor da Red Bull. “Nós não pegaremos Stoffel”, disse, segundo a emissora francesa RTBF. “Acho que ele simplesmente não é rápido o suficiente para a F1", disse.

Bom, que declaração ridícula. Que Vandoorne faz uma temporada ruim isso é fato, agora dizer isso? Se o belga não tem, imagina Kvyat, recontratado depois de ser demitido duas vezes justamente pela falta de velocidade? Imagina nos próximos anos, quando japoneses da Honda possivelmente vão brigar por essa vaga ou Dan Ticktum, que vai se exilar por lá porque não consegue os pontos da superlicença na Europa.

Não querer Vandoorne faz parte. Falar essa asneira depois de contratar o russo errante soa como uma incrível falta de lógica e noção.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 306 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 256 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 189 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 186 pontos
5 - Max Verstappen (Red Bull) - 158 pontos
6 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 134 pontos
7 - Kevin Magnussen (Haas) - 53 pontos
8 - Nico Hulkenberg (Renault) - 53 pontos
9 - Fernando Alonso (McLaren) - 50 pontos
10- Sérgio Pérez (Racing Point) - 47 pontos *
11- Esteban Ocon (Racing Point) - 47 pontos *
12- Carlos Sainz Jr (Renault) - 38 pontos
13- Pierre Gasly (Toro Rosso) - 28 pontos
14- Romain Grosjean (Haas) - 27 pontos
15- Charles Leclerc (Sauber) - 21 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 8 pontos
17- Lance Stroll (Williams) - 6 pontos
18- Marcus Ericsson (Sauber) - 6 pontos
19- Brendon Hartley (Toro Rosso) - 2 pontos
20- Sergey Sirotkin (Williams) - 1 ponto

* Com a venda da Force India, a equipe foi rebatizada de Racing Point Force India e teve a pontuação dos construtores zerada. No entanto, os pilotos mantiveram os pontos que conquistaram até o GP da Hungria, quando a equipe era Force India.


CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 495 pontos
2 - Ferrari - 442 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 292 pontos
4 - Renault - 91 pontos
5 - Haas Ferrari - 80 pontos
6 - McLaren Renault - 58 pontos
7 - Racing Point Force India Mercedes - 35 pontos *
8 - Toro Rosso Honda - 30 pontos
9 - Sauber Ferrari - 27 pontos
10- Williams Mercedes - 7 pontos

* Com a venda da Force India, a equipe foi rebatizada de Racing Point Force India e teve a pontuação dos construtores zerada. No entanto, os pilotos mantiveram os pontos que conquistaram até o GP da Hungria, quando a equipe era Force India.

TRANSMISSÃO:





quarta-feira, 3 de outubro de 2018

VÍDEOS E CURTINHAS #35: BATALHAS E OUTRAS LEMBRANÇAS

Foto: Reprodução
Fazia tempo que o "Vídeos e Curtinhas" não aparecia, então decidi repaginar: nesse post, vou contar quatro corridas disputadas no Japão nas últimas décadas:

Vou começar com uma que vocês já conhecem: 1988. Senna larga com um problema no motor e cai para 14°. O brasileiro recupera as posições uma a uma até reassumir a liderança, vencer e sagrar-se campeão mundial pela primeira vez.



Cinco anos depois: com Prost tetracampeão mundial, prestes a se aposentar e Senna já acertado com a Williams, a corrida de Suzuka teve apenas um caráter amistoso. Largando em segundo, o brasileiro venceu sem maiores dificuldades pela quadragésima (e penúltima) vez na carreira. Prost ficou em segundo e Mika Hakkinen, que substituiu Michael Andretti no fim daquela temporada, conquistou seu primeiro pódio na categoria. A corrida também ficou marcada pelos primeiros pontos de Rubens Barrichello, quinto colocado com a Jordan, e também de Eddie Irvine, que marcou um pontinho logo na estreia. No entanto, a estreia do irlandês ficou conhecida por outro motivo: irritado com as fechadas como retardatário, Senna deu um soco em Irvine, por este lhe responder de forma irônica e debochada.



1998: vinte anos atrás, a F1 chegava outra vez no Japão para uma disputa de título, dessa vez entre Mika Hakkinen e Michael Schumacher. O finlandês tinha quatro pontos de vantagem sobre Schumi (90 a 86) e valia para ambos o fim do jejum das equipes: a Ferrari desde 1979 sem ganhar, enquanto a McLaren havia conquistado o título pela última vez em 1991. Schumacher deu uma esperança aos tifosi ao largar na pole, mas depois de perder a liderança na largada para o finlandês, o sonho acabou na volta 31, com pneu furado. Primeiro título de Hakkinen, o segundo da Finlândia na categoria.



2003: mais uma decisão entre Ferrari e McLaren. O experiente Michael Schumacher tinha nove pontos de vantagem contra o jovem Kimi Raikkonen (92 a 83). Kimi precisava ganhar, enquanto Schumi não podia pontuar. Largando em oitavo, o finlandês apostou em uma estratégia de uma parada. Schumacher, em 14°, fez uma corrida horrorosa, com vários erros e acidentes com o irmão Ralf e Takuma Sato. Mesmo assim, chegou em oitavo, o que bastava para ser hexa e maior campeão da história da F1.



2008: a décima sexta etapa do Mundial foi realizada outra vez em Fuji e tinha Lewis Hamilton e Felipe Massa como protagonistas na disputa pelo título. O inglês largou na pole, seguido de Raikkonen, Kolavainen e Alonso, recém vencedor do ainda não polêmico GP de Cingapura. Massa foi só o quinto. Hamilton largou bisonhamente e caiu para terceiro. Ao tentar recuperar a segunda posição contra Alonso, saiu da pista e foi o décimo segundo. Em outra disputa, dessa vez com Massa, o brasileiro jogou o carro contra o inglês. No fim das contas, a péssima jornada de Hamilton acabou em 12°. Massa foi o sétimo e tirou dois pontos da vantagem do inglês. Alonso, novamente com um carro incapaz, conseguiu vencer pela segunda vez na temporada. 



2013: depois da arrancada pós-férias de verão, Sebastian Vettel engatou incríveis nove vitórias consecutivas para ser tetracampeão mundial. No Japão, largou em segundo. Com Webber na frente, quem crescia na corrida era Grosjean, com a Lotus que sabia como ninguém administrar os pneus. No entanto, o francês ficou preso atrás do australiano. Bastou Vettel passar ambos para encaminhar o por enquanto último título mundial até o momento.

Foto: Agência AP
Espero que tenham gostado desse "Vídeos e Curtinhas" repaginado.
Até!

terça-feira, 2 de outubro de 2018

O VILÃO DA VEZ

Foto: Autoracing
Sempre que a F1 tem uma dinastia, alvos são escolhidos para serem derrubados. No início do século, era todos contra a Ferrari, capitaneada por Michael Schumacher, Ross Brawn e Jean Todt. Os dois últimos hoje ocupam a alta cúpula da FIA, um sendo o diretor esportivo e o outro presidente, respectivamente.

Na era Red Bull, Christian Horner e Sebastian Vettel foram os alvos mas não da mesma forma feroz que a caçada anterior. Apesar de Webber ser segundão, não havia ordens explícitas de equipe, até porque Vettel sempre foi muito mais rápido que o australiano, que nem mesmo no "multi 21" foi capaz de manter a posição na Malásia, em 2013. Horner não virou vidraça porque não cometeu nenhuma atitude antidesportista. Também, não teria como. Afinal, Webber e Vettel eram inimigos declarados.

A era atual, da Mercedes, não tinha ordens de equipe devido a explosiva relação entre Hamilton e Rosberg, por mais que no início o alemão fosse uma espécie de piloto 1B que se rebelou a ponto de ser campeão mundial. Diante de tal desgaste, a solução para substituir a repentina aposentadoria de Nico foi um velho conhecido de Toto, desde os tempos em que tinha % das ações da Williams: Valtteri Bottas.

Estava clara a estratégia. Hamilton o cara do título, Bottas o cara dos pontos e de eventuais vitórias. Não dá para arriscar com o crescimento da Ferrari de Vettel. O discurso esportivo cai por terra e entra a hipocrisia e o negócio. Hoje, Toto Wolff é o vilão da vez. Por mais que seu argumento de que não pode dar sopa pro azar em relação ao campeonato faça sentido, a Mercedes tem simplesmente 40 pontos de vantagem no campeonato, e outra: ano passado, em um momento bem mais equilibrado na disputa, Hamilton devolveu a posição para Bottas e ficou atrás do finlandês, em uma atitude que foi elogiada por todo mundo. Hoje, todos vão lembrar da jogada Hamilton-Bottas, mesmo que o finlandês seja recompensado por vitórias no fim do campeonato quando Hamilton for penta.

F1 é um negócio muito caro. Bilhões em pontos, qualquer detalhe faz a diferença. Nesse ponto de vista, Toto tem contas a prestar para os chefes alemães, que mesmo com o sucesso da equipe nos últimos quatro anos, tem bastante conta para pagar. Eles não se importam com o lado esportivo e "social" da questão. O que vale é o lucro com o título de pilotos e construtores garantido. Por mais que a vaia, as críticas e o ódio sejam dominantes no momento depois de um grande erro da Mercedes (admitido inclusive pela própria equipe), o que vale e sempre vai valer é o negócio. O problema é que grande parte desse negócio é articulado pela paixão dos fãs e o engajamento nos eventos e agora nas redes sociais.

Não é só isso. Toto Wolff, como chefe da principal equipe do momento, tenta colocar seus tentáculos em outros lugares, mas o efeito está sendo o contrário. Esteban Ocon tem boas chances de ficar de fora da próxima temporada pelo vínculo com a Mercedes. Pascal Wehrlein teve que romper com os alemães para ter chances de voltar para a F1, sendo o favorito para ser contratado pela Toro Rosso. George Russell deve assinar com a Williams. Por mais que dê certo, esse vínculo com Wolff/Mercedes fecha mais do que abre portas na F1 por uma questão de lógica, assim como nos casos de Red Bull e Ferrari.

Toto Wolff é o vilão da vez. Ele ocupa a posição que todos sonham: o chefe da principal equipe do momento. Todas suas decisões são amplamente analisadas, de dentro e de fora. Se os negócios estão bem, a imagem perante os fãs está bem chamuscada, mais do que o normal, que seria por estar no topo, com todo mundo na espreita querendo derrubá-lo. Os valores e louros do negócio valem mais que o respeito dos consumidores?

Toto Wolff é o alvo, assim como foi a Ferrari. Agora, não só esportivamente, mas também como instituição. A Mercedes fez aquilo que sempre criticou, e pelo motivo errado. Mas não se iludam. Quando a próxima equipe tiver um domínio tão amplo a ponto de escancarar um jogo de equipe ridículo igual o que vimos ontem, estaremos apontando o dedo.

Até!

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

HOJE SIM

Foto: Clive Rose/Getty Images
Só vi a largada e dormi praticamente a corrida toda. Rússia sempre foi assim, uma verdadeira procissão. Nem acidentes têm para animar. Estranhei quando vi o clima de velório no pós-corrida e as críticas de Galvão e companhia a Mercedes. Provavelmente devo ter acordado no meio da prova e ouvi algo relacionado, mas imaginei que fosse um undercut, algo simples porém eficiente.

Bottas simplesmente parou o carro. Escancarou a palhaçada pra todo mundo. Foi pior que Rubinho parando nos metros finais ou o "faster than you" do Massa. Ele liderava a corrida e, naquelas condições, não corria risco nenhum de ser derrotado por Hamilton ou até mesmo por Vettel, como argumentou Toto Wolff depois da corrida.

Um momento: o que mais interessa para as equipes são os construtores. É muito dinheiro investido para brincar de ter esportividade. Então, mesmo com toda a publicidade negativa e as críticas, eles no fundo estão cagando para as nossas opiniões. O que vale é retornar o alto investimento de vários anos. Toto precisa defender seu cargo e garantir que os investimentos da equipe alemã sejam recompensados. De forma prática, a Mercedes está praticamente garantindo mais um título mundial de pilotos e construtores e é isso que importa, não interessa como. O próprio Toto disse: "melhor ser vilão hoje do que idiota em Abu Dhabi". Tanto é que todo mundo do circo

Agora, esse clima pós-corrida de climão e indignação foi patético. Hamilton tentando evitar entrevistas foi constrangedor. Um tetracampeão com a moral que tem tanto na equipe quanto na F1 poderia se recusar a fazer parte disso, afinal não precisa. Se terminasse em segundo, teria 43 pontos para Vettel. Agora, tem 50. Duas corridas inteiras. Já é penta. Poderia ter feito igual ano passado, na Hungria, quando devolveu a posição para Bottas após não conseguir ultrapassar as Ferrari. Agora, vai ser lembrado pra sempre com essa mancha de Sochi, mesmo que na sequência deixe Bottas vencer após garantir mais um título, igual Schumacher na Áustria e Alonso na Alemanha. Fazer aquela cena de trocar troféu com Bottas? Ah, faça-me o favor!

A Mercedes, que sempre se orgulhou de deixar o pau quebrar na pista com Hamilton e Rosberg, mostra que é mais uma hipócrita e covarde, que só deixava isso acontecer porque não tinha concorrentes. Todos sabíamos que Bottas seria usado para otimizar Hamilton contra a ameaça Vettel. Mostra, definitivamente, que não tem sangue de campeão do mundo. A Mercedes, claro, é só mais uma igual as outras, que vai ter cada vez mais antipatia enquanto seu poderio não for terminado.

A F1 hoje é isso: enquanto luta para se tornar moderninha entre aqueles que simplesmente se lixam pela sua existência, acabam realmente deixando de se importar com o mais importante: a disputa e a emoção na pista. Hoje não tivemos absolutamente nada, de novo! Só Max e sua corrida de recuperação para proporcionar um pouco de alívio, mas mesmo assim não foi o suficiente para me manter acordado.

O jogo de equipe sempre vai existir, não é essa a discussão. A Mercedes simplesmente não foi inteligente no uso. Foi burra e vai arcar com as consequências disso em termos de reputação. No entanto, quem se importa quando forem colher os louros dos títulos? O que vai valer mais? Enquanto isso, a F1 segue cada vez mais artificial, tal qual a administração da Liberty Media...

Confira a classificação final do GP da Rússia:


Até!

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

ENTRE UMA DECEPÇÃO E OUTRA

Foto: Getty Images
Toda a corrida fica a impressão de um "agora vai" para a Ferrari. Quase sempre favorita, quase sempre decepciona e quase sempre brilha a estrela, o talento e a genialidade de Lewis Hamilton. Em Sochi, o panorama é diferente, mas nem tanto.

Ano passado, Bottas dominou o final de semana, enquanto Hamilton sofria para lidar com o desgaste dos pneus em condições extremamente quentes. Agora, a corrida da Rússia pula para o fim da temporada, aproximando-se do inverno, e a Mercedes já superou essas dificuldades. Continua favorita a vencer, tanto é que Hamilton, de hipermacios, meteu meio décimo na Ferrari de Vettel.

Mesmo sabendo que em tese os italianos não têm a obrigação de vencer por ter o melhor equipamento, uma nova vitória de Hamilton pode significar definitivamente o fim do campeonato em termos anímicos para Ferrari e Seb. Por isso, os italianos vivem uma delicada situação nesse final de semana. Precisam de algo que não estão mostrando nas últimas semanas: sorte e competência, não necessariamente nessa ordem.

Interessante notar a grande presença de jovens e futuros pilotos da F1 no primeiro treino livre. Com o futuro de quase todas as equipes definida, resta aproveitar os poucos momentos de treinos para já começar uma mínima adaptação, visando o ano que vem, além de observar outros predicados de possíveis candidatos em um curto/médio-prazo. Giovinazzi, Markelov (Renault), Norris e Nicholas Latifi (Racing Point) participaram dessa sessão.

Deixei o pior para o fim. A Haas anunciou que a dupla Magnussen e Grosjean está mantida para o ano que vem, pela terceira temporada seguida. Quarta, tinha escrito que os americanos aparentemente não estavam olhando para o mercado e que a única possibilidade de troca seria a passagem de Leclerc por lá, mas a Ferrari tinha outros planos para o monegasco.

Na boa, Grosjean não dá mais. Faz uma temporada pavorosa. Lento, só se envolve em acidentes e barbeiragens, além de nunca assumir responsabilidade dos erros. Ele falando sobre tirar as bandeiras azuis do regulamento foi de chorar! Piloto que não evoluiu e não acrescenta mais nada para a F1. Uma pena que Gunther Steiner não pense dessa forma. Incrivelmente lamentável ver talentos sem carro enquanto outros que já não rendem mais nada seguem na categoria. Mas tudo bem, uma coisa de cada vez. Já foi difícil tirar o Ericsson, agora basta ter paciência para esperar por Grosjean...

E assim a vida segue na F1, entre uma decepção e outra, assim como nas nossas vidas. Ao menos para o nosso lado as pequenas coisas são suficientes para superar esse sentimento. E com essa eu começo o final de semana. Até!

Confira a classificação dos treinos livres do GP da Rússia:




GP DA RÚSSIA - PROGRAMAÇÃO

A Rússia entrou no calendário da Fórmula 1 pela primeira vez em sua história em 2014, com o GP disputado no circuito urbano de Sochi. A cidade fica às margens do Mar Negro, no sudoeste do país. A estrutura para o circuito se aproveita do que foi construído visando as Olimpíadas de Inverno, realizadas no mesmo ano.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:36.844 (Ferrari, 2017)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:33.194 (Ferrari, 2017)
Último vencedor: Valtteri Bottas (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 2x (2014 e 2015)


HORNER: MÉXICO É A ÚNICA CHANCE DE VITÓRIA ATÉ O FIM DO ANO

Foto: BT Sport

Com o final nada amigável da parceria entre Red Bull e Renault se aproximando, não resta muitas pretensões e expectativas de grandes resultados nessa temporada. A exceção, segundo o diretor Christian Horner, é a corrida do México, em novembro. Lá, no ano passado, Max Verstappen venceu sem maiores dificuldades.

“Sendo realista, acho que o México é provavelmente a única chance que ainda temos em circunstâncias normais”, disse Horner. “Tomara que consigamos mais alguns pódios antes do fim do ano”, seguiu.

Chefão da Mercedes, Toto Wolff concordou com o rival. “É bom tê-los na mistura, é bom para os fãs e para as corridas. Nós gostamos”, comentou. A corrida do México é a próxima onde, no papel, eles devem ser realmente rápidos, mas quem sabe o que vai acontecer em Sóchi e em Suzuka”, completou.

É o que resta para a Red Bull. Foram três vitórias no ano, o que não é ruim para quem está tão atrás de Mercedes e Ferrari, mas só em uma a equipe dominou (Mônaco), as outras foram circunstanciais (China e Áustria). Com um Ricciardo aguardando a ida para Renault e a Red Bull preocupada com o início da relação com a Honda e a chegada do Gasly, talvez uma vitória para a saideira seja um final menos conturbado para esse dueto tão vencedor quanto polêmico

LIBERTY QUER COLOCAR Q4 NOS TREINOS EM 2019

Foto: EFP
Depois do fracassado "mata-mata" nos qualyfings do início de 2016, no final da Era Bernie Ecclestone, a F1 retornou para a fórmula tradicional, existente desde 2006. No entanto, agora a Liberty quer tentar fazer a própria mudança. De acordo com a "Auto Motor und Sport", a ideia é criar uma quarta parte no qualyfing, o Q4, que teria apenas oito carros no final. O objetivo é aumentar a emoção nos sábados. Pra isso acontecer, teriam que acontecer algumas mudanças. 

O Q1 teria quatro ao invés de cinco eliminações, mas nada está certo, inclusive a duração de cada qualyfing. É importante frisar que historicamente o treino antigamente tinha duas horas, passando para uma.

Ross Brawn, diretor esportivo da categoria, diz que o treino tem potencial de embolar os carros para a corrida, tornando o domingo mais atrativo e emocionante para todos.Quando se pensa na classificação como elemento que influencia no desenrolar da corrida, você quer que haja certa desordem para que os carros mais fortes terminem em posições equivocadas. Nesses casos, a classificação melhora a corrida”, disse o britânico.

No entanto, a questão não é simples. A mudança precisaria ser aprovada pelas equipes, habituadas há décadas com esse sistema. Quando se pensa na classificação como elemento que influencia no desenrolar da corrida, você quer que haja certa desordem para que os carros mais fortes terminem em posições equivocadas. Nesses casos, a classificação melhora a corrida”, disse o britânico.

Liberty, não inventa: isso não vai dar certo. Treino sempre foi para ver qual é o carro mais veloz na pista. Com exceções da chuva ou mudança de clima é que as coisas se embaralham. Isso é exceção e não pode ser regra. O único sistema que eu gostava era o de 2003, com volta única lançada em ordem. Essa sim poderia dar certo.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 281 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 241 pontos
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 174 pontos
4 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 171 pontos
5 - Max Verstappen (Red Bull) - 148 pontos
6 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 126 pontos
7 - Nico Hulkenberg (Renault) - 53 pontos
8 - Fernando Alonso (McLaren) - 50 pontos
9 - Kevin Magnussen (Haas) - 49 pontos
10- Sérgio Pérez (Racing Point) - 46 pontos
11- Esteban Ocon (Racing Point) - 45 pontos
12- Carlos Sainz Jr (Renault) - 38 pontos
13- Pierre Gasly (Toro Rosso) - 28 pontos
14- Romain Grosjean (Haas) - 27 pontos
15- Charles Leclerc (Sauber) - 15 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 8 pontos
17- Lance Stroll (Williams) - 6 pontos
18- Marcus Ericsson (Sauber) - 6 pontos
19- Brendon Hartley (Toro Rosso) - 2 pontos
20- Sergey Sirotkin (Williams) - 1 ponto

* Com a venda da Force India, a equipe foi rebatizada de Racing Point Force India e teve a pontuação dos construtores zerada. No entanto, os pilotos mantiveram os pontos que conquistaram até o GP da Hungria, quando a equipe era Force India.

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 452 pontos
2 - Ferrari - 415 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 274 pontos
4 - Renault - 91 pontos
5 - Haas Ferrari - 76 pontos
6 - McLaren Renault - 58 pontos
7 - Racing Point Force India Mercedes - 32 pontos
8 - Toro Rosso Honda - 30 pontos
9 - Sauber Ferrari - 21 pontos
10- Williams Mercedes - 7 pontos

* Com a venda da Force India, a equipe foi rebatizada de Racing Point Force India e teve a pontuação dos construtores zerada. No entanto, os pilotos mantiveram os pontos que conquistaram até o GP da Hungria, quando a equipe era Force India.

TRANSMISSÃO:







quarta-feira, 26 de setembro de 2018

EXERCÍCIO DE ADIVINHAÇÃO

Foto: MotorSport
Geralmente, este seria um post para falar brevemente sobre a etapa da Rússia. Meses depois, impossível não lembrar da Copa. Que saudades. O circuito ainda não tem muito a oferecer para algo ser escrito, então vou pegar o gancho do anúncio da Sauber para fazer algumas projeções para o ano que vem.

Agora, oficialmente, temos seis equipes que já confirmaram seus dois pilotos para o ano que vem. São eles: Mercedes (Hamilton e Bottas), Ferrari (Vettel e Leclerc), Red Bull (Verstappen e Gasly), Renault (Ricciardo e Hulkenberg), McLaren (Sainz e Norris) e os suíços (Raikkonen e Giovinazzi). Portanto, 12 dos 20 assentos já têm dono, incluindo as principais equipes.

Em tese, restam oito vagas. No entanto, algumas já estão confirmadas, mas ainda não de forma oficial. São os casos da Racing Point, com Pérez e Stroll e a provável permanência de Magnussen na Haas. A lista aumentaria para 15.

Restariam as definições na Toro Rosso, Williams e uma vaga na Haas. É aí que entra a adivinhação (ou tentativa, ou nem tanto). Vejamos:

- Toro Rosso: dizem que Daniil Kvyat (sim!) vai ser anunciado como piloto da equipe pela 3423432 vez. Dan Ticktum, piloto da academia dos taurinos, não terá pontos suficientes da super-licença para entrar na F1 e deve ir para a Super Fórmula, no Japão, ainda mais agora que tem a Honda como parceira. Pascal Wehrlein, que não será mais piloto Mercedes no ano que vem, surge como principal candidato e minha aposta para ser companheiro do russo.

- Williams: sem Stroll e o patrocínio da Martini, a equipe de Grove encontra-se em dificuldades financeiras e parece ter sinalizado para a permanência de Sirotkin justamente para isso. No entanto, a imprensa europeia noticia que o George Russell, virtual campeão da F2 e piloto Mercedes, está com um pé na equipe. Por ter motor Mercedes, a tendência é que a equipe tenha descontos no pagamento anual deles através da colocação dos pilotos da academia dos alemães por lá. Nesse caso também se encaixa Esteban Ocon, incrivelmente com grandes possibilidades de estar de fora do grid. Colocando dois pilotos Mercedes ali, a Williams paga menos também. Assim, todos saem ganhando, dentro e fora das pistas.

- Haas: situação mais indefinida do grid. Leclerc seria o ficha um, mas foi alçado para a Ferrari. Os americanos chegaram a sondar Pérez, que optou por permanecer onde está, agora com o capital de Lawrence Stroll. Realmente não vi especulações de nome ventilados por aqui. Magnussen deve ficar e, pelo que vem dizendo o chefão Gunther Steiner, Grosjean não fica. Afinal, não está fazendo por onde. Giovinazzi, outro piloto Ferrari, foi para a Sauber. Como é adivinhação ou palpites esdruxúlos, eu colocaria Vandoorne ali. Outro piloto talentoso chutado pela McLaren formado a dupla dos americanos seria interessante, até para ver se o belga, com um carro e ambiente melhores, seria capaz de demonstrar todos os predicados que possui do tempo das categorias de base.

E vocês? O que acham que vai acontecer com essas últimas vagas abertas na F1? Dê seu palpite!

Até!