quarta-feira, 20 de junho de 2018

LES RETOURS

Foto: Motorsport
Presente na F1 desde os seus primórdios, em 1950, a corrida francesa era uma das mais tradicionais da categoria. Passando por diferentes circuitos em mais de cinco décadas de existência, a ganância de Bernie Ecclestone por uma renovação de contrato com valores muito altos fez com que a França ficasse dez anos sem receber uma etapa de F1.

Justo a França, com tanta tradição. Só de escrever Alain Prost e Renault já seria o suficiente. Pois bem, teremos um duplo retorno nessa semana: a F1 de volta a França e, consequentemente, de volta ao circuito de Paul Ricard, que não recebia uma corrida desde 1990.

De 1991 até 2008, coube a Magny Cours fazer as honras da casa. Foi lá que Michael Schumacher fez história, conquistando oito vitórias e se consagrando o maior vencedor da história do GP da França. Nossa primeira parte é relembrar como foi a última etapa realizada em Paul Ricard.

A corrida francesa foi a sétima do ano, a primeira em solo europeu. Depois de ter percorrido a América, Mônaco e San Marino, Ayrton Senna tinha três vitórias (EUA, Mônaco e Canadá) e liderava. Alain Prost, recém contratado pela Ferrari após a histórica rivalidade com o brasileiro na McLaren, vinha de duas vitórias (Brasil e México) e Riccardo Patrese (San Marino) venceu uma vez pela Williams.

A grande curiosidade daquele final de semana foi a Leyton House, do italiano Ivan Capelli e do brasileiro Maurício Gugelmin, ter demitido um jovem chamado Adrian Newey, pois o carro não estava sendo competitivo. Entretanto, antes de ser demitido, Newey concluiu o projeto de um novo pacote aerodinâmico que iria estrear justamente em Paul Ricard.

Foto: Motorsport
No qualyfing, a Ferrari estava mais rápida. Nigel Mansell fez a pole, com Gerhard Berger (McLaren) largando em segundo. Os rivais Senna e Prost ficaram na segunda fila. Duas semanas antes da França, a Leyton House sequer havia conseguido passar da pré-classificação. Agora, Capelli conseguiu um surpreendente sétimo lugar, enquanto Gugelmin ficou o décimo tempo.

Domingo, dia da corrida. Dia também da final da Copa do Mundo de 1990, na Itália, entre Alemanha Ocidental e Argentina. Logo na largada, Berger passou Mansell e assumiu a ponta. Prost perdeu posições para Alessandro Nannini (Benetton) e Patrese. Pouco depois, Senna deixou o inglês para trás e se posicionou em segundo. Prost parou mais cedo que os demais, na volta 26, com o objetivo de voltar na frente. Na volta 28, antes de parar, Senna passou Berger e assumiu a ponta antes de parar nos boxes.

Todo mundo foi parando. Patrese foi o último a ir para os pits, deixando a liderança nas mãos de Ivan Capelli, com a Leyton House. Algo completamente inimaginável para quem sequer tinha conseguido se classificar para a corrida anterior, no Canadá. O que estava surpreendente ganhou ares de perplexidade quando não só Capelli como Gugelmin não iam para os boxes, fazendo 1-2 e o brasileiro segurando Prost, que era o terceiro.

Foto: Fórmula 1
A sorte de Gugelmin acabou na volta 58, quando o motor Judd explodiu. A partir de então, Prost começou uma caçada a Capelli. Durante dezessete voltas colado, Capelli segurava o francês o quanto podia. No entanto, faltando três voltas para o fim, o Leyton House do italiano começou a ter problemas. Foi quando Prost o ultrapassou e rumou para a centésima vitória da Ferrari na F1. Capelli conseguiu chegar em segundo e Ayrton Senna foi o terceiro.

Foto: Motorsport
Com o resultado, Senna manteve a liderança do campeonato, com 35 pontos. Prost chegou a 32. Capelli conquistou o seu melhor resultado na carreira, que acabou não deslanchando por uma série de motivos que são tema para um outro texto.




Na até então última edição do Grande Prêmio da França, em 2008, a disputa continuava entre Ferrari e McLaren. Nas primeiras sete etapas, o equilíbrio: duas vitórias para Hamilton (Austrália e Mônaco), duas para Felipe Massa (Bahrein e Turquia), duas para Kimi Raikkonen (Malásia e Espanha) e uma para Robert Kubica (Canadá), que desembarcou na França como líder do campeonato.

Dobradinha da Ferrari na primeira fila: Raikkonen e Massa. Alonso, com a surpreendente Renault, e Trulli (Toyota) ficaram na segunda fila. Hamilton foi punido em 10 posições na largada pelo incidente com Raikkonen na corrida anterior, precisando fazer uma corrida de recuperação. Na largada, Kimi e Massa mantiveram-se na frente e dispararam. Trulli pulou para terceiro e Kubica era o quarto. Hamilton tentava recuperar posições mas cometia muitos erros, recebendo um drive-through por cortar caminho.

Na segunda metade da prova, um problema no escapamento fez Raikkonen perder desempenho. Com isso, Massa pulou na frente e venceu tranquilamente a última corrida disputada em Magny Cours, com dobradinha da Ferrari. Jarno Trulli conseguiu segurar Kovalainen para fechar o pódio. Kubica foi o quinto e Hamilton apenas o décimo, quando apenas os oito primeiros pontuavam.

Foto: Gazeta Press
Felipe Massa é o único brasileiro a vencer em Magny Cours e o segundo a vencer na França (Nelson Piquet venceu em Paul Ricard em 1985). De quebra, Massa saía da França líder do campeonato, com 48 pontos contra 46 de Kubica, 42 de Raikkonen e 38 de Hamilton. Foi a primeira vez desde 1993 que um brasileiro liderava o Mundial de pilotos.


Essas são as últimas lembranças da França e de Paul Ricard! Como será que vai ser esse retorno as terras francesas? Vamos conferir nesse final de semana!

Até!

terça-feira, 19 de junho de 2018

NOVA ERA

Foto: Autosport
Diversos veículos europeus publicaram agora a noite que a Red Bull decidiu que irá trocar de fornecedor de motor depois de 12 anos. Portanto, os taurinos estão inclinados a acertar uma parceria com a Honda para 2019 e 2020, apostando todas as fichas no novo regulamento de 2021, visando a entrada de outros novos fornecedores como a Aston Martin, que hoje é apenas uma espécie de patrocinadora.

O anúncio oficial deve ser nessa semana ou na próxima, quando os taurinos correm em casa, no circuito de Spielberg. A relação, depois de 2013, sempre foi tensa. A coisa melhorou depois que o motor foi rebatizado de Tag Heuer. A Renault já estava impaciente. Segundo o contrato, a Red Bull tinha até o dia 31 de maio para decidir se iria renovar ou não o contrato. Horner, Marko e cia postergaram a decisão.

Observando os desafios e a evolução do motor nipônico na Toro Rosso, equipe satélite, os manda-chuvas da Red Bull esperaram o Canadá para dar uma resposta definitiva. Lá, gostaram do que viram. Motor mais veloz e com maior durabilidade.

O risco é enorme para as duas partes. Podem ser suas últimas chances. Um fracasso nesses dois anos podem sacramentar a saída de ambas da categoria, mesmo que o pensamento esteja em 2021, no novo regulamento da F1. Vendo que a Renault vai gradativamente crescer até voltar a ser uma equipe de ponta, o caminho natural para os taurinos seria de continuar sendo uma equipe cliente, muito possivelmente recebendo depois as atualizações dos motores. Com a Honda, o risco é enorme. Entretanto, o acordo é exclusivo com as suas duas equipes, o que acende a possibilidade de ser uma terceira potência na disputa dos motores sem depender de pagar para os franceses ou depender de versões mais antigas e menos potentes, muito pelo contrário.

A própria escolha pela Honda no último ano para auxiliar a Toro Rosso já indicava o que seria feito: temporada de testes com a equipe B, vendo se os nipônicos seriam capazes de produzir motores bons e confiáveis. Em relação aos últimos anos, mudou da água para o vinho. Em relação a Ferrari e Mercedes, a distância é ocêanica.

Terão Red Bull e Honda paciência para lidar com dois anos antes do novo regulamento sem rompimentos ou falência? Só saberemos quando esse acordo for oficialmente analisado. Como já escrevi: os dois apostaram suas últimas fichas nesse empreendimento. Veremos o que acontece.

Até!


segunda-feira, 18 de junho de 2018

FELIZ SINA

Foto: José Maria Dias
Categoria esvaziada e o mundo com os olhos na Copa do Mundo. Lembrei de Le Mans apenas no intervalo de Alemanha e México, quando já tinha saído o vencedor. Para a nossa surpresa (rs), Fernando Alonso, junto com Kazuki Nakajima e Sebastien Buemi, conquistou uma vitória histórica. Pena que as circunstâncias não lhe deram praticamente nenhuma repercussão.

Sem concorrentes, a corrida foi feita para a Toyota vencer, finalmente, pela primeira vez. O trauma de 2016, quando quebrou no último minuto, ficou para trás. O outro carro nipônico completou a dobradinha, composto de Kamui Kobayashi, José Maria López e Mike Conway. Desde 1971 um campeão mundial de F1 não vencia a charmosa etapa da WEC.

A diferença de rendimento é tanta que a vantagem para o terceiro colocado, que é de uma marca independente (Rebellion) foi de 12 voltas. O carro teve como pilotos Mathias Beche, Thomas Laurent e pelo norte-americano de ascendência brasileira Gustavo Menezes. O outro carro da equipe, guiado por Bruno Senna, André Lotterer e Neel Jani, ficou em quarto. Guiando pela SMP Racing junto com os russos Vitaly Petrov e Mikhail Aleshin, Jenson Button e cia teve diversos problemas durante as 24 horas, abandonando nos últimos 60 minutos de prova.

Fernando Alonso está, indiscutivelmente, na história. Venceu uma das provas mais tradicionais da história, de novo. Só falta a Indy. Entretanto, também é necessário ressaltar que o cenário ficou muito mais fácil com as saídas de Audi e Porsche, que dominaram a categoria nas últimas décadas. Isso certamente tira o brilho e o peso da conquista da Fênix, ainda mais esvaziada com todo o foco na Copa.

É óbvio que ele não tem nada a ver com isso, de certa forma. A peregrinação por categorias em virtude da frustração fruto de seus na F1, algo inimaginável para quem era apontado como o "sucessor de Schumacher", pode terminar de forma épica caso consiga vencer a Indy 500. Para isso, é necessário migrar para lá o mais rápido possível, talvez ano que vem. Certamente a fênix não vai ter essa facilidade toda que encontrou no Endurance. Entretanto, é evidente que ele tem muito potencial para superar as dificuldades iniciais e marcar ainda mais seu nome no automobilismo como um dos GOATs.


Até!

sexta-feira, 15 de junho de 2018

O FUTURO DA FÊNIX

Foto: Reprodução
Na categoria que se resumiu a uma disputa entre os dois carros da Toyota, ao que tudo indica os nipônicos finalmente irão vencer na mítica Le Mans. O trio formado por Fernando Alonso, Kazuki Nakajima e Sebastien Buemi vai largar na pole na principal prova de Endurance. Tudo isso graças a grande volta do japonês no fim da sessão, desbancando os parceiros de equipe Kamui Kobayashi, Mike Conway e José Maria López.

No resto, André Lotterer, Neel Jani e Bruno Senna (remanescentes da Porsche) largam em terceiro. Outra novidade na prova francesa é a estreia de outro ex-campeão da F1: Jenson Button. pela SMP  Racing, vai largar em sétimo, formando um trio com os russos Vitaly Petrov e Mikhail Aleshin. Sem grandes perspectivas de vitória, o que vale é a experiência para o britânico.

O foco do post de hoje não é falar sobre Le Mans em si, mas sim de Fernando Alonso. Ao mesmo tempo em que é pole pela WEC, ele respondeu questões sobre sua continuidade (ou não) na F1 para o ano que vem. Em linhas gerais, tudo depende de qual será a importância do piloto no novo regulamento da próxima temporada. Se o espanhol sentir que seu talento não irá ser um diferencial para brigar por vitórias e pódios, provavelmente vai dar adeus a categoria, ao menos por um ano.

Ontem, ao mesmo tempo, Zak Brown deixava claro que é questão de detalhes para que a McLaren volte a equipe como equipe no ano que vem. As negociações avançaram nas últimas semanas. Michael Andretti esteve acompanhando o GP do Canadá provavelmente para negociar um acordo, apesar de alguns especularem que o americano estaria de olho em comprar a endividada Force India. A chegada de Gil de Ferran na equipe de Woking recentemente também é mais um indício da preparação para essa transição.

Considerando que Alonso tem ótimas chances de vencer Le Mans nesse final de semana, faltaria somente a Indy 500 para completar a tríade das principais provas do esporte a motor. Diante de uma McLaren incapaz de lhe dar condições de títulos e trânsito fechado nas grandes equipes pelos erros do passado, a escolha natural seria migrar para a categoria estadunidense, onde há mais disputa e teria a motivação extra de vencer a corrida que lhe falta para igualar Graham Hill.

Olhando por esse cenário, parece provável que Alonso fique seduzido a deixar a F1 e ir para a Indy. Seria o mais lógico, analisando a carreira esportiva. Entretanto, os valores financeiros são importantes para essa equação: brigar para ser campeão ganhando muito menos ou continuar recebendo um dos maiores salários do esporte para ficar no máximo em sétimo?

Em poucos meses, saberemos a decisão de Fernando. Podemos, em breve, estar presenciando a história sendo feita. Quem viver verá.

Até!


terça-feira, 12 de junho de 2018

QUASE MAIS DO MESMO

Foto: Getty Images
Novidade: mais uma corrida sofrível. E no Canadá. Tudo bem que o circuito de Montreal é um daqueles que na maioria dos casos só presta quando chove, mas a F1 desse ano tá transformando tudo em uma procissão impossível de se acompanhar sem dar uns cochilos. Se não fosse o Safety Car nas primeiras corridas, teria sido tudo horrível. Hoje, é uma temporada meio horrível.

Culpa da aerodinâmica, dos gastos e dos jogos de interesses. Tudo isso contribui para um espetáculo insosso, pífio e patético. Como atrair audiência se não acontece absolutamente nada? Nem sequer uma tentativa, uma perseguição, porque a aerodinâmica não permite carros próximos.

Os únicos momentos dignos de alguma escrita foram o acidente da largada e a bandeirada fail que poderia ter prejudicado a corrida. Hartley é um imã de acidentes. Pressionado na Toro Rosso, duvido que chegue até o final da temporada. Só fica lá porque não há opções melhores e os italianos receberam uma recusa da McLaren diante da possibilidade de pegar Lando Norris por empréstimo. Bom, o neozelandês já está no lucro: voltou pra categoria quando ninguém esperava e tem amplo mercado depois que levar o provável pé na bunda pela segunda vez dos taurinos. Stroll é isso aí. Nervoso no volante, não tem condições de estar na F1. A culpa maior é de quem se vende pra ele, literalmente. A Williams.

A tal modelo ativista quase avacalha a corrida porque não soube a hora de dar a bandeirada. Ela diz que só seguiu ordens. Que várzea. A Liberty, que deseja tanto aproximar a F1 de seus fãs, poderia fazer uma promoção para algum fã local dar a bandeirada do que botar alguém ali que está claramente cagando e andando pro evento e provavelmente sequer conhece a categoria e os pilotos. Não é com Halo e corridas medonhas igual essa que vai ter esse boom... por falar em Halo, o Hartley bateu a cabeça ali no acidente e foi pro hospital. Vão colocar um halo pro halo? Ele salva vidas, dizem.

Diante de todo esse cenário catastrófico, uma coisa boa: o campeonato está mais equilibrado do que nunca. Em uma corrida, a Mercedes domina. Na outra, a Ferrari. Depois, a Red Bull. Domingo, Vettel passeou e assumiu a liderança, um ponto a frente de Hamilton, que não teve um bom dia, justo no circuito onde já venceu seis vezes! Se não fosse a inconfiável Red Bull/Renault, Ricciardo poderia estar no páreo. Raikkonen mais uma vez patético e mais uma vez terá o contrato renovado, ao que tudo indica.

Leclerc pontuando de novo com a Sauber. Regular e veloz, com erros naturais de jovem estreante. Muito provável que esteja no lugar de Grosjean na Haas ano que vem. Alonso abandonou no seu GP 300. Diz ele que vai tomar uma decisão importante depois das férias de verão na Europa. Não duvido uma migração para Indy, pois a McLaren busca participar da próxima temporada.

Ademais, sabemos que as corridas serão uma porcaria, mas a disputa do campeonato está equilibrada, só não diria emocionante porque emoção não há nas disputas. Resta saber o que o retorno de Paul Ricard reserva. É uma incógnita para todo mundo, depois de tanto tempo fora.

Só espero que não seja mais do mesmo. Está todo mundo de saco cheio disso.

Até!

quinta-feira, 7 de junho de 2018

GP DO CANADÁ - Programação

O Grande Prêmio do Canadá foi disputado pela primeira vez em 1967, sendo disputado até 2008 nos circuitos de Mosport Park, Mont-Tremblant e Montreal (atual), retornando a categoria em 2010.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Rubens Barrichello - 1:13.622 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:11.459 (Mercedes, 2017)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 7x (1994, 1997, 1998, 2000, 2002, 2003 e 2004)

TRÊS NOMES DE COMPOSTOS... E OLHE LÁ

Foto: Sky Sports
A Pirelli anunciou que a partir do ano a nomenclatura dos pneus da F1 vai ter alterações. Ao contrário dos inúmeros tipos apresentados esse ano, a situação vai ser resumida: voltam a ser os tradicionais macios, médios e duros, onde em cada corrida será esclarecido qual é a rigidez do composto.

“Entendemos que para alguns espectadores é difícil identificar os sete compostos que temos no leque. O importante é que não percamos a mensagem de que não estamos indo para diferentes corridas com o mesmo composto. Então, ficamos felizes em chamá-los de duro, médio e macio, definir três cores e utilizar as mesmas cores e os mesmos nomes em todas as corridas”, afirmou Mario Isola, diretor da Pirelli, em um evento de mídia em Londres.

A ideia é fazer com que os pneus também tenham melhora significativa dentro da pista, sendo a diferença de compostos visível a todos, forçando novas estratégias de consumo e desgaste para as equipes. “Idealmente, devemos ter seis compostos, mas com melhor espaço [entre eles]. Este ano uma das questões é que macio, super e ultra estão muito semelhantes, então, no próximo ano, estamos trabalhando em diferentes compostos para ter uma lacuna maior”, explicou Isola.

O objetivo é evitar com que todas as equipes façam a mesma estratégia de uma ou duas paradas, cabendo a Pirelli traçar estratégias para fazer pneus que permitam essa variabilidade de opções para as equipes e os pilotos.


Voltando para os nomes, quanto mais simples melhor. Antigamente (dez anos atrás já é antigamente!) eram os macios e os duros, os slicks, os intermediários e os de chuva. Agora, acrescente o tal pneu médio e tá pronto. Façam três cores diferentes para cada composto mais a diferenciação natural dos pneus intermediários e de chuva e tá feita a festa. Às vezes, os fãs só precisam de algo simples para entender o todo ao invés de nomes e opções que o deixam mais confuso e menos atraído as questões técnicas da já desafiadora F1.


SAUBER TEM NOVO ACIONISTA MAJORITÁRIO

Foto: Divulgação
Dois anos atrás, a Longbow Finance comprou as ações que pertenciam a Peter Sauber. Na terça-feira (05), Pascal Picci, presidente da Sauber, anunciou que a Islero Investments é a nova acionista majoritária da companhia.

Segundo o semanário suíço "Handelszeitung", uma delegação da equipe vai para Maranello se reunir com a Ferrari, o que seria mais um indício da aquisição definitiva da Sauber pela Alfa Romeo, marca que pertence a Ferrari. Hoje, a parceria é comercial. Entretanto, os laços com os italianos estão cada vez maiores. Além da contratação do talentoso Charles Leclerc, que pertence a Ferrari, ultimamente a Sauber contratou Simone Resta, que estava na Ferrari, para ser designer-chefe da equipe.

A Islero Investments é uma empresa sediada em Hinwil, mesma cidade da Sauber. Seus administradores são membros da equipe, como por exemplo o próprio presidente Pascal Picci e Frederic Vasseur, atual chefe de equipe. Isso, aliado a parceria com  a Ferrari e o controle majoritário do grupo de Picci indicam que em breve a Alfa Romeo vai adquirir a Sauber, embora isso seja negado pelo presidente da Sauber.


Sozinha, a Sauber quase faliu. Se não tem teto orçamentário, a solução é se aliar aos grandes. A F1 virou uma grande DTM, repleta de equipes satélites. Posso escrever sobre isso com mais calma nos próximos dias. Repito: não é o ideal, mas é o que tem para hoje.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 110 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 96 pontos
3 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 72 pontos
4 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 68 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 60 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 35 pontos
7 - Fernando Alonso (McLaren) - 32 pontos
8 - Nico Hulkenberg (Renault) - 26 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Renault) - 20 pontos
10- Kevin Magnussen (Haas) - 19 pontos
11- Pierre Gasly (Toro Rosso) - 18 pontos
12- Sérgio Pérez (Force India) - 17 pontos
13- Esteban Ocon (Force India) - 9 pontos
14- Charles Leclerc (Sauber) - 9 pontos
15- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 8 pontos
16- Lance Stroll (Williams) - 4 pontos
17- Marcus Ericsson (Sauber) - 2 pontos
18- Brendon Hartley (Toro Rosso) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 178 pontos
2 - Ferrari - 156 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 107 pontos
4 - Renault - 46 pontos
5 - McLaren Renault - 40 pontos
6 - Force India Mercedes - 26 pontos
7 - Toro Rosso Honda - 19 pontos
8 - Haas Ferrari - 19 pontos
9 - Sauber Ferrari - 11 pontos
10- Williams Mercedes - 4 pontos

TRANSMISSÃO



Atenção: hoje começarei uma viagem e só irei retornar na semana que vem. Prometo, na medida do possível, abastecer o blog com a análise da corrida e outros pensamentos aleatórios sobre a categoria.

Até mais!


quarta-feira, 6 de junho de 2018

ALONSO 300

Foto: Auto Racing
O título é auto-explicativo. Neste final de semana, em Montreal, Fernando Alonso irá participar de sua corrida número 300 na F1. É o mais longevo do grid. Na F1 desde 2001 (assim como Raikkonen, que ficou dois anos fora; Alonso ficou fora apenas em 2002), não faltam momentos de brilhantismo na grande carreira do bicampeão mundial.

Sem mais delongas, vamos rever algumas delas?

A PRIMEIRA POLE - Logo na segunda corrida como piloto da Renault, o jovem Ferdi foi o primeiro espanhol a fazer uma pole position e o primeiro a chegar no pódio, em terceiro. Além disso, foi o mais jovem da história a largar da posição de honra.


A PRIMEIRA VITÓRIA - Veio ainda em 2003. Pressionado por estar atrás de Trulli na tabela, o jovem Alonso foi novamente pole na Hungria e venceu de ponta a ponta, chegando a dar uma volta no então pentacampeão Michael Schumacher, que brigava ponto a ponto pelo hexa com Juan Pablo Montoya e Kimi Raikkonen. Na época, foi também o mais jovem da história a vencer na F1.



UM DOS GRANDES - 2005 começou promissor para Alonso. Com o novo regulamento, a Renault passou a ser a grande favorita ao título. Depois do companheiro Fisichella vencer na abertura da temporada, na Austrália, o espanhol venceu duas vezes seguidas na Malásia e Bahrein. Em Ímola, segurou o ímpeto de uma renovada Ferrari de Schumacher, em uma das disputas mais belas da história da categoria. Tudo o que precisava para provar ser um piloto de ponta.


O PRIMEIRO TÍTULO - Bastando um terceiro lugar para ser o mais jovem campeão da história da categoria, Fernando Alonso foi o primeiro campeão em um GP do Brasil. Entrou para a história como o primeiro espanhol a ser campeão e o homem que quebrou a hegemonia da Ferrari e de Michael Schumacher. A Fênix das Astúrias já estava na história da F1.


A PRIMEIRA EM CASA - Atual campeão, faltava a vitória em casa. Largando na pole e "comboiado" pelo companheiro Fisichella, Ferdi fez a festa da AlonsoMania em plena Catalunha para vencer pela primeira vez em casa.


O BI - Precisando de apenas um oitavo lugar, Alonso não deu chances para o azar e terminou em segundo para celebrar o seu segundo título mundial, em final de semana dominado por Felipe Massa, que quebrou o tabu de 13 anos sem vitória brasileira em Interlagos. Alonso, "o homem que aposentou o heptacampeão Michael Schumacher".



A GUERRA ESCANCARADA - 2007 não foi um ano fácil para Alonso. Na McLaren, esperava o tri e a continuação de sua dinastia. Entretanto, viu o jovem Lewis Hamilton chamar a atenção do mundo. O espanhol insinuou favorecimento da equipe inglesa ao compatriota. No Q3 do GP da Hungria, Alonso ficou parado nos boxes mais tempo do que precisava, evitando que Hamilton pudesse voltar para a pista e fazer uma nova tentativa. Com isso, Alonso foi pole. Entretanto, a FIA o puniu por atitude antidesportiva e perdeu cinco posições. Depois disso, ficou inviável a permanência do espanhol, que voltou para a Renault no ano seguinte.



CINGAPURAGATE - Na primeira corrida noturna da história, Alonso aproveitou a batida de Nelsinho Piquet no início da prova para entrar nos boxes durante o Safety Car e voltar na liderança da corrida. O espanhol também aproveitou o infame erro na mangueira de Felipe Massa e venceu pela primeira vez no retorno à Renault, que estava pressionada pela direção a vencer, do contrário iria se retirar da F1, logo no GP n° 800 da F1. No ano seguinte, veio a tona que Nelsinho bateu de propósito para favorecer o espanhol, que nega envolvimento no caso.


FASTER THAN YOU - No primeiro ano na Ferrari, Alonso brigava pelo tri contra a Red Bull e a McLaren. Na Alemanha, Massa liderava exatamente um ano depois de seu grave acidente na Hungria. Pressionando o brasileiro na pista e no rádio, a Ferrari cedeu e obrigou o brasileiro a deixá-lo passar, num remember da Áustria no histórico "Fernando is father than you". 




SHOW EM VALÊNCIA - Largando em 11° na corrida nas ruas de Valência, Alonso deu verdadeiro show para vencer em casa e dar um passo importante para o tri (que não veio). Essa corrida também ficou marcada como o último pódio da carreira de Michael Schumacher.


A ÚLTIMA VITÓRIA? - Largando em quinto, Alonso deu mais um show em casa, na Catalunha. Administrando melhor os pneus Pirelli, chegou a ponta com facilidade e venceu sem mais sustos, naquela que pode ter sido sua última vitória na categoria, em 2013.



Esses foram alguns momentos que eu achei marcantes da carreira do espanhol na F1 até aqui. Concorda? Discorda? Acrescente, comente!

Até!