sábado, 18 de junho de 2016

GP DA EUROPA - Programação

 Grande Prêmio da Europa foi disputado pela primeira vez em 1983, no circuito de Brands Hatch (1983 e 1985). Também foi disputado em duas oportunidades em Jerez (1994 e 1997) e uma vez em Donington (1993).
A corrida é mais conhecida por ter sido sediada em Nurburgring em 12 edições (1984, 1995, 1996, 1999 até 2007) e posteriormente em Valencia (2008 até 2012).
Depois de três anos fora do calendário, o GP da Europa retorna em um novo palco: O circuito de rua de Baku, capital do Azerbaijão.

Um circuito urbano tão estreito como o de Mônaco, com retas tão rápidas como em Montreal, no Canadá, e com quase tantas curvas quanto o de Singapura.

O traçado é de autoria do arquiteto Hermann Tilke, responsável pelos desenhos de diversas pistas do calendário. A prova passará por diversos pontos turísticos, mostrando a mescla entre a arquitetura medieval e os modernos arranha-céus da cidade.

O traçado terá 6km, apenas menor que uma volta ao circuito de Spa-Francorchamps. A pista terá 20 curvas, perdendo apenas para Singapura, com 23, e Abu Dhabi, com 21.

Mas a grande característica do circuito é sua largura. Ainda que o regulamento exija que as pistas devem ter no mínimo 12m de largura, em Baku isso será consideravelmente menor, com o máximo de 13m e, em determinados pontos apenas 7,6m. Os carros atualmente têm 1,8m de largura.

A partida e chegada terá lugar na praça Azadliq, um dos principais pontos turísticos de Baku. A velocidade máxima deverá rondar os 340 km/h no final da enorme reta do circuito.

Foto: Flávio Gomes/Grande Prêmio

ESTATÍSTICAS:
Último vencedor: Fernando Alonso (Ferrari)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1994, 1995, 2000, 2001, 2004 e 2006)

RICCIARDO RENOVA COM A RED BULL ATÉ 2018

Foto: CDN

A imprensa europeia noticiou na terça-feira (14) que o australiano renovou com a equipe taurina por mais duas temporadas, com aumento de salário. Ricciardo teria um reajuste e seu salário anual seria, a partir de agora, de 20 milhões de Euros. Um dos nomes mais cotados para ir a Ferrari, a Red Bull novamente se antecipou a concorrência e fechou a dupla de pilotos da equipe nas próximas temporadas, pois Max Verstappen também tem longo contrato.

Parece ser uma decisão acertada do menino sorriso. Como o novo regulamento entra em vigor no ano que vem, é sempre interessante estar debaixo das asas de Adrian Newey. A Red Bull também renovou com o contrato com a Renault para fornecimento de motores até 2018 (a partir do ano que vem, a Toro Rosso volta a utilizar a unidade de potência francesa), mas continuará utilizando o nome da TAG Heuer. Os austríacos vêm com tudo para retomar a hegemonia da F1 no futuro!

ÚLTIMA EDIÇÃO DO GP DO BRASIL?

Foto: Piervi Fonseca
2016 pode ser o último ano do Grande Prêmio do Brasil no calendário da F1, embora tenha contrato com a FIA até 2020. O motivo do impasse: A briga entre a FOM e a Rede Globo. Desde meados de 2014, a emissora carioca deixou de exibir os treinos classificatórios, passando apenas as corridas (mas não todas, como sabemos). Ecclestone estaria insatisfeito com a forma como a TV tem agido com a F1. A Globo alega que, em virtude do país não ter mais pilotos brigando por títulos e vitórias, o esporte perdeu atratividade e não gera mais audiência
.
O chefão disse, ainda no Canadá, que Interlagos não está garantido para o ano que vem. Outro entrave seria a crise econômica. Bernie não acredita que a Prefeitura de São Paulo tenha condições de cumprir as exigências do contrato que ficaram pendentes, como a recapeamento completo da pista. Essas cláusulas permitem o rompimento do contrato.

Em nota oficial, a Prefeitura de São Paulo respondeu que está "seguindo à risca o projeto de reforma do autódromo de Interlagos que, este ano, está em sua terceira fase. Para o GP desse Para o GP deste ano, a área de paddock será ampliada, melhorando ainda mais as condições de trabalho das equipes." A Organização ainda completou afirmando que não existe condição legal para que o contrato seja rompido e sugeriu que as pessoas ignorem as declarações do chefão da F1.


Realmente, não é a primeira vez (e nem será a última) que esses boatos circulam. Todo ano é a mesma ladainha. E, como quase sempre, não dá em nada. Espero que dessa vez também seja assim. Entretanto, não ter nenhum piloto e não ter a corrida na F1 seria, definitivamente, o fim da categoria em solo tupiniquim.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 116 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 107 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 78 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 72 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 69 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 50 pontos
7 - Valtteri Bottas (Williams) - 44 pontos
8 - Felipe Massa (Williams) - 37 pontos
9 - Sérgio Pérez (Force India) - 24 pontos
10- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 22 pontos
11- Romain Grosjean (Haas) - 22 pontos
12- Nico Hulkenberg (Force India) - 18 pontos
13- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 18 pontos
14- Fernando Alonso (McLaren) - 18 pontos
15- Kevin Magnussen (Renault) - 6 pontos
16- Jenson Button (McLaren) - 5 pontos
17- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 223 pontos
2 - Ferrari - 147 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 130 pontos
4 - Williams Mercedes - 81 pontos
5 - Force India Mercedes - 42 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 32 pontos
7 - McLaren Honda - 24 pontos
8 - Haas Ferrari - 22 pontos
9 - Renault - 6 pontos

quinta-feira, 16 de junho de 2016

BAKU E LE MANS

Foto: Mcgroup
A primeira é estreante como anfitriã de uma grande prova do automobilismo mundial. A segunda é, simplesmente, um dos maiores eventos do automobilismo do ano, juntamente com o Grande Prêmio de Mônaco e as 500 Milhas de Indianapólis Ambas irão acontecer neste final de semana.

Começando pela capital do Azerbaijão: A cidade tem cerca de três milhões de habitantes e fica às margens do Mar Cáspio. Baku começou a se desenvolver em meados do século XIX graças a indústria petrolífera, quando as autoridades da Rússia Imperial leiloaram as parcelas de terra rica em petróleo em volta de Baku a investidores privados (entre eles a conceituada família Rotschild). Depois disso, a cintura industrial petrolífera, mais conhecida como Cidade Negra, foi estabelecida perto da cidade. No início do século XX quase metade das reservas petrolíferas mundiais haviam sido extraídas em Baku.

Após a Revolução de Outubro, em 1917, intensas lutas internas e conflitos inter-étnicos se deram no território, até que em 1920 o exército vermelho invadiu a cidade e reinstalou o poder bolchevique - a Capital da República Socialista Soviética do Azerbaijão. Na Segunda Guerra, o grande objetivo da campanha alemã era conquistar a localidade, no Cáucaso. Até o desenvolvimento da exploração de hidrocarbonetos na Sibéria, Baku foi o principal centro petrolífero da União Soviética. Após a independência do Azerbaijão, a cidade sofreu o impacto indireto negativo da guerra de Nagorno-Karabakh (conflito entre os azeri e a Armênia pela posse do território, no sul do Cáucaso), mas conseguiu se recuperar lentamente, ainda apostando na indústria petrolífera e no turismo, através das praias com vista para o Mar Cáspio e o fato de Baku ser Patrimônio Mundial da UNESCO.

A cidade é basicamente dividida entre a cidade baixa (mais moderna) e a cidade velha. É possível observar nas fotos o contraste entre as modernas arquiteturas e antigas estruturas, o que também irá chamar a atenção na paisagem do circuito de rua (aliás, falarei da pista somente no post de amanhã). O mais famoso cidadão de Baku é o "Grande Mestre" Garry Kasparov, multicampeão de xadrez (aquele que desafiou a máquina Deep Blue, lembra? Não? Sugiro assistir legendado aqui)

O que posso adiantar, como "palhinha", é que o ponto que mais chama atenção é o da curva 8. É a mais estreita faixa de asfalto em todos os circuitos. São apenas sete metros e vinte centímetros de largura. Ou seja, só passará um carro por vez. No ponto, está localizado a famosa torre conhecida como Giz Galasi, que era um dos vértices do muro da cidade, construída no século XII (mais informações, aqui está mais um excelente post do Lívio Oricchio).

Foto: Lívio Oricchio
Para se acostumar com o traçado da pista, aqui está uma volta onboard no circuito:


Sobre Le Mans, uma ótima notícia: A FOX Sports promete transmitir um terço da corrida, no seu canal 2: Eles irão passar as primeiras seis horas da prova (sábado, das 10 até ás 16h) e as duas finais (no domingo, das 8 às 10h). No sábado, inclusive, a transmissão começará às 9h30,com uma espécie de "esquenta"da corrida. Excelente!

Diante dos horários, percebe-se que Le Mans irá terminar no momento em que a corrida no Baku estiver começando. Aliás, não era nem pra ter corrida de Fórmula 1 nesse final de semana só para "concorrer" com Le Mans. Concorrência não só no sentido de audiência, mas para evitar que pilotos da F1 corram por lá. Ano passado, Nico Hulkenberg foi liberado pela Force India e venceu. Alonso quase participou da prova como um dos parceiros de Nico na Porsche, mas foi vetado pela McLaren. Bernie colocou a prova justamente nesse fim de semana para evitar que o centro das atenções do automobilismo ficasse exclusivo em Le Mans. Um absurdo para os fãs, que terão que se dividir e escolher o quê assistir, e para os pilotos da F1, que ficam impossibilitados de participar de uma das provas mais icônicas do esporte a motor. Pelo jeito, terão que sair da categoria para realizar esse sonho.

Amanhã tem mais post, até!

segunda-feira, 13 de junho de 2016

VACILOS E OPORTUNIDADES

Foto: Getty Images
Bastaram duas provas para que a vantagem de 43 pontos de Nico Rosberg se esvaisse. Desde a Rússia, o alemão não pisou mais no pódio. Houve o toque com Hamilton, o sétimo lugar em Mônaco e uma apagada quinta posição hoje. Depois de Barcelona, o alemão retraiu-se. E Hamilton, o contrário.

A segunda vitória na temporada não veio de forma brilhante. Aliás, nenhum dos triunfos de Lewis foi de forma dominante. Pelo contrário. Entretanto, quem se importa? Agora, o tricampeão está apenas nove pontos atrás do alemão na tabela do campeonato, faltando mais da metade do campeonato ainda. Ou seja, está tudo em aberto e praticamente empatado, calando muitos (inclusive eu) que começavam a suspeitar de um possível título antecipado de Rosberg.Vamos adiante!

Virou rotina o fato de Hamilton largar mal. Isso só não aconteceu em Mônaco. Outra vez, perdeu a liderança na primeira curva. Vettel superou as flechas de prata com maestria e disparou na ponta. Rosberg também largou melhor que Lewis e buscou passar por fora. Hamilton não deu moleza e restou para Rosberg jogar o carro para o lado de fora, evitando outra batida entre os dois, culminando na perda de oito posições. A disputa entre os dois está tinindo. Nesse ritmo, se ninguém da Mercedes for mais incisivo nas instruções, o incidente de Barcelona deverá se repetir.

Foto: Getty Images
Com os supermacios, Vettel mantinha uma boa vantagem para Hamilton, que não conseguia se aproximar. Na 11a volta, chegou a estar  1,3s a frente, e com ritmo bom. Todavia, foi nesse momento que a Ferrari perdeu a corrida. Tentando aproveitar o Safety Car Virtual causado pelo estouro do motor de Button e não acreditando que os pneus durassem tanto, Vettel foi para os boxes e optou por duas paradas. Para seu azar, o VSC não durou muito e Hamilton (assim como todo o resto do pelotão) fez apenas uma parada, trocando para os pneus macios. Seb bem que tentou perseguir a Mercedes, mas a vantagem era grande e o alemão estava com dificuldades para realizar a chicane final, perdendo segundos preciosos. O inglês também reagia, com voltas rápidas, e fez o suficiente para vencer. A Ferrari e Vettel perderam uma grande oportunidade de, no mínimo, brigar de forma mais clara pela primeira vitória no ano. Ficou para a próxima.

Valtteri Bottas foi o piloto do dia, sem dúvida nenhuma. Pela primeira vez, conseguiu extrair mais do que a Williams poderia oferecer, coroando a sua melhor corrida da carreira. Graças a uma estratégia inteligente (quem diria) da Williams, o finlandês manteve o ritmo e com uma parada conseguiu um merecido terceiro lugar. Chegou a ficar boa parte da prova colado em Raikkonen e Ricciardo, não deixando eles desgarrarem. A pista valoriza a grande qualidade do carro, que é o motor. Assim, nem mesmo Rosberg conseguiu superá-lo, por mais que marcasse volta mais rápida em quase todo o momento. Depois, Verstappen também fez uma segunda parada no final, o que garantiu a terceira posição. Com o abandono de Massa (pela primeira vez no ano, devido a uma pane no refrigerador do motor - Primeira vez que o brasileiro não pontua no ano), o finlandês passa a frente no confronto interno: 41 a 37.

Foto: Getty Images
Outro destaque da prova foi Verstappen. O jovem holandês mostrou mais uma vez que é agressivo e não vende posição tão fácil. Diante de um W06 mais veloz e com pneus novos, jogou duro com Rosberg, dificultando ao máximo a ultrapassagem, mas em nenhum momento com movimentos ilegais. Bruscos, mas nada demais. Na penúltima volta, o alemão ia passar por fora na última curva, mas acabou rodando. O menino conseguiu mostrar quem manda para a Mercedes! Tem muito futuro mesmo.Chegou em quarto e causou, novamente, ótima impressão. Dessa vez, Ricciardo não fez uma grande corrida. Em até certo ponto foi apático e não teve motor para superar Raikkonen, terminando atrás do IceMan. Foi o sétimo. Acontece.

Foto: Reprodução
A Force India conseguiu emplacar os dois pilotos na pontuação. Hulk em oitavo e Pérez em décimo. Mesmo punido e largando atrás, Sainz conseguiu dois pontinhos, em nono. De novo, superou Kvyat. Que fase triste do russo... Alonso ficou em 11°, seguido das duas Haas. O que também é triste e melancólico é a Sauber. Ericsson foi o 15°, enquanto Nasr teve o carro atropelado por Magnussen logo na primeira volta, o que comprometeu a corrida inteira. Foi o 18°, chegando apenas na frente de Rio Haryanto (que, aliás, chegou a pressionar o brasileiro; assim como Wehrlein deu sufoco ao sueco). A FIA sequer investigou o caso. A Renault também não anda lá essas coisas, o que já era óbvio no início do ano. Magnussen teve um fim de semana patético e Palmer abandonou. Dois cockpits de peso disponíveis para 2017.

Confira a classificação final do Grande Prêmio do Canadá:



A próxima corrida será já na semana que vem, no Grande Prêmio da Europa, no inédito circuito de rua em Baku, no Azerbaijão, nos dias 17, 18 e 19 de junho. Até lá!

sábado, 11 de junho de 2016

CAÇA AO LÍDER

Foto: Getty Images
Não sinto meus dedos. Clima gelado. Achei que conseguiria ver mais treinos nesse semestre devido ao fato de não ter aula de manhã. Ledo engano. Não consigo ver nem de manhã e nem de tarde :( Acontece.

Bom, como sempre, Lewis Hamilton chega muito forte no Canadá, buscando a quinta vitória em Montreal. Foi o mais rápido dos dois treinos. Rosberg teve alguns problemas com o equilíbrio do carro e ficou um pouco para atrás (três décimos no TL1 e em terceiro no TL2). Vettel foi o intruso no segundo treino, ficando entre as flechas de preta. Em seguida, Max Verstappen supera Raikkonen e seu companheiro de equipe Ricciardo, preocupado com o acerto para a corrida. Por ser um circuito de retas, a Ferrari está mais forte que os taurinos. Nesse final de semana, se nada der errado, serão a segunda força e tentarão incomodar a Mercedes. Será difícil.

A Red Bull também deverá se preocupar com a Williams, pelo mesmo motivo em que deve ser superada pelos italianos: As retas e a potência do motor Mercedes. Bottas foi o sexto nos dois treinos. Massa não teve um bom dia. No TL1, o DRS de seu carro não fechou no momento em que freou para fazer a curva 1 e acabou batendo forte, danificando a parte traseira do FW38. Embora tenha conseguido retornar aos trabalhos no TL2, o ritmo não foi o mesmo. Anotou apenas o 13° tempo e, em tese, deverá ficar atrás de Bottas (VEJA O VÍDEO DA BATIDA DE MASSA)

Foto: Reprodução

O pelotão intermediário deverá ter uma briga intensa: Toro Rosso, Force India e McLaren vão duelar com foice no escuro pelas últimas posições no top 10. Em tese, a vantagem é da Force India, impulsionado pelo motor alemão contra a unidade híbrida italiana de 2015 e dos nipônicos, que estão em evolução, mas ainda não podem bater de frente com a Mercedes. Por falar nisso, no TL1, o carro de Button saiu dos boxes já cheio de fumaça. Metros depois, o MP4-30 andou lento, expondo os problemas no motor.

Foto: Reprodução
Na rabeira do grid, Manor e Sauber seguem o duelo particular. Wehrlein e Nasr superaram seus parceiros de equipe (que são inferiores, aliás). A Monisha disse em público que os suíços não detectaram nada de errado com o antigo chassi do carro do brasileiro. Quem fez esse relatório? Como eles podem explicar o fato de que Nasr passou a andar mais rápido que Ericsson (como de costume) após a troca? Isso é para queimar o piloto. Motivos? Quem realmente está arcando com os custos da escuderia é a Tetrapak (sueca, de Ericsson) ou Nasr está acertado com outra equipe...

Great times are coming... Open your world!Foto: Grande Prêmio
A grande notícia do fim de semana foi a confirmação da Heineken como nova patrocinadora da F1. Dizem que o acordo foi assinado até 2023, com valores em torno de US$ 250 milhões (ou R$ 843 milhões, na cotação atual). A expectativa é que a empresa holandesa cuide do marketing da categoria com o mesmo sucesso que gere as campanhas publicitárias da UEFA Champions League, por exemplo. Além disso, eles irão patrocinar pontualmente algumas corridas mais pontuais (e tradicionais, da Europa). A imprensa já especula que talvez uma ou algumas pistas possam retornar para a F1 com a ajuda da cervejaria...

Mais importante do que isso: Que a Heineken consiga fazer a tão sonhada interação com os fãs nas redes sociais. Bernie é avesso a elas, e a F1 historicamente sempre foi: Só criou um site oficial em 2003 e apenas nos últimos meses abriu uma conta no Facebook. Que isso seja um sopro de novos fãs e ações espetaculares para arejar a categoria e a cabeça do Tio Bernie. A F1 precisa estar num alto nível de competitividade também, afinal, ninguém faz milagre sozinho. Estamos no aguardo. Boa sorte e vida longa a Heineken!

Confira os tempos dos primeiros treinos livres para o Grande Prêmio do Canadá:



Até!



sexta-feira, 10 de junho de 2016

GP DO CANADÁ - Programação

O Grande Prêmio do Canadá foi disputado pela primeira vez em 1967, sendo disputado até 2008 nos circuitos de Mosport Park, Mont-Tremblant e Montreal (atual), retornando a categoria em 2010.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Rubens Barrichello - 1:13.622 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Ralf Schumacher - 1:12.275 (Williams, 2004)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 7x (1994, 1997, 1998, 2000, 2002, 2003 e 2004)

MASSA TEM PLANOS ALTERNATIVOS: F-E E WEC

Foto: Gazeta Esportiva
Além de negociar renovação de contrato com a Williams e possível ida para a Renault, brasileiro não descarta mudar de categoria caso fique sem vaga em uma equipe competitiva ano que vem na F1. 

"Quero estar na F1 enquanto tiver uma equipe onde eu me sinta feliz de trabalhar e uma equipe que possa ser competitiva. Se estou trabalhando em uma equipe onde sei que vai estar no fundão, eu vou parar e fazer algo diferente", declarou à agência 'AP'. Ele se disse tranquilo com as especulações em torno de seu futuro, além de elogiar a Williams, afirmando estar preparado para tudo.

"Gosto do WEC e até mesmo da F-E. É um campeonato que está crescendo e, talvez em dois ou três anos, vai ser completamente diferente e mais empolgante para os pilotos em termos de carros", afirmou. Realmente, é melhor para Massa abrir novos horizontes em outras categorias do que ficar perdendo tempo numa Manor da vida. Talento e capacidade ele tem de sobra. Que faça a melhor decisão. Estamos no aguardo.

MONISHA KALTENBORN DESCARTA PARCERIA DA SAUBER COM OUTRAS EQUIPES

Foto: Getty Images
Como todos sabem, a crise da Sauber parece não ter solução aparente. Com isso, a imprensa já noticiou muitas especulações acerca do futuro da equipe suíça. A mais forte é que a Ferrari compraria a equipe de Hinwil e a transformaria na Alfa Romeo não passaram de boatos. Enfim, a chefe da Sauber afirma que não irá se aliar a uma outra escuderia para seguir sobrevivendo. Ainda disse que a situação não é tão crítica assim: “Como companhia, temos dois lados. Um é o esporte, que é visível, e onde não estamos onde devíamos. O outro é o comercial, e, como qualquer outra empresa suíça de médio porte, não somos obrigados a divulgar nada. Mas nesta parte nós nos fortalecemos nos últimos anos e expandimos nossos negócios continuamente. Mesmo assim, as especulações da imprensa não nos ajudam. Pelo contrário”, seguiu.

Monisha finalizou, afirmando que sabe como sair da crise, e ainda comparou o caso da Sauber com a Force India, que também vive com problemas financeiros (Vijay Mallya está enfurnado na Inglaterra para não ser preso e conseguiu um pódio em Mônaco): “Eu sei o motivo para nossa situação, e sei como vamos sair dela. É difícil e estressante, mas não vamos nos enforcar. É claro que precisamos de um parceiro forte, mas temos várias conversas para várias direções”, avisou. Será que a Sauber vai marcar ao menos um ponto esse ano? Monisha acredita que sim. Na verdade, a grande pergunta que não quer calar é: Será que a Sauber sobrevive até o ano que vem?

CLASSIFICAÇÃO:

1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 106 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 82 pontos
3 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 66 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 61 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 60 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 38 pontos
7 - Felipe Massa (Williams) - 37 pontos
8 - Valtteri Bottas (Williams) - 29 pontos
9 - Sérgio Pérez (Force India) - 23 pontos
10- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 22 pontos
11- Romain Grosjean (Haas) - 22 pontos
12- Fernando Alonso (McLaren) - 18 pontos
13- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 16 pontos
14- Nico Hulkenberg (Force India) - 14 pontos
15- Kevin Magnussen (Renault) - 6 pontos
16- Jenson Button (McLaren) - 5 pontos
17- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 pontos

CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 188 pontos
2 - Ferrari - 121 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 112 pontos
4 - Williams Mercedes - 66 pontos
5 - Force India Mercedes - 37 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 30 pontos
7 - McLaren Honda - 24 pontos
8 - Haas Ferrari - 22 pontos
9 - Renault - 6 pontos

TRANSMISSÃO






quinta-feira, 9 de junho de 2016

CANADÁ, A PRIMEIRA VEZ

Foto: Sauber
Historicamente, o GP do Canadá é o palco da primeira vitória de alguns pilotos - Desde as lendas até os apenas "bons".

Sendo sucinto, temos uma rápida lista de pilotos que venceram pela primeira vez em palco canadense:
Gilles Villeneuve (1978)
Thierry Boutsen (1989)
Jean Alesi (1995)
Lewis Hamilton (2007)
Robert Kubica (2008)
Daniel Ricciardo (2014)

Você pode conferir esses momentos nos vídeos abaixo:

GILLES VILLENEUVE (1978) = A primeira vitória na carreira justo em seu país torna a conquista muito mais especial. Ainda mais com a Ferrari. O mítico Gilles (que depois teve a pista rebatizada com seu nome) levou a torcida canadense a loucura!


THIERRY BOUTSEN (1989) = A primeira vez do belga veio em muita chuva, após se aproveitar de abandonos (principalmente de Senna). Confira o compacto da prova, com narração de Galvão Bueno!



JEAN ALESI (1995) = A única vitória na carreira do talentoso e injustiçado francês. Depois de muito tentar, finalmente Alesi foi agraciado com o triunfo. Detalhe: Pouco depois da bandeirada, acabou a gasolina de sua Ferrari. Rubens Barrichello chegou em segundo.


LEWIS HAMILTON (2007) = A primeira vez do tricampeão aconteceu logo no ano de estreia. Entretanto, o destaque da corrida foi o grave acidente de Robert Kubica, pela BMW Sauber e a ultrapassagem de Takuma Sato, da Super Aguri, no então atual bicampeão Fernando Alonso, da McLaren.

ROBERT KUBICA (2008) = Um ano depois de quebrar o tornozelo em uma sequência assustadora de capotagens, o destino quis que o polonês vencesse pela única vez na F1 justamente no palco onde sofreu (até então) o seu pior acidente (que depois virou rotina no rally), com direito a dobradinha da BMW Sauber, a também única vitória dos suíços na F1 (A partir de 13:38)



DANIEL RICCIARDO (2014) = Graças a problemas nas Mercedes, a corrida foi emocionante. Destaque para o acidente de Pérez e Massa na última volta, que permitiu a primeira vitória do sorridente australiano na F1.






Por enquanto é isso, até!

quarta-feira, 8 de junho de 2016

JEJUNS

Foto: F1Fanatic
13 de setembro de 2009. 2460 dias atrás. Essa foi a última vez que o Brasil venceu uma corrida de F1. Detalhe: Button e Raikkonen seguem na F1, e o vencedor foi Rubens Barrichello, que saiu da categoria já faz cinco anos. Vitória com a Brawn GP, que virou Mercedes...

Essa marca negativa superou o hiato brasileiro entre 7 de novembro de 1993 (vitória de Senna em Adelaide, Austrália) e 30 de julho de 2000 (vitória de Rubinho em Hockenheim, Alemanha). O país é o terceiro mais vencedor da história da categoria (101 triunfos), atrás do Reino Unido (248 vitórias) e Alemanha (163 vitórias). A perspectiva não é nada animadora.

Massa e Nasr não estão garantidos na F1 em 2017. Mesmo se permanecerem, dificilmente vencerão, pois suas equipes (ou possíveis escuderias) não oferecem carro para a vitória (salvo raras corridas malucas). O Felipe mais velho está nos seus últimos anos de F1 e dentro de alguns anos deve sair do circo. O caso do "Senna ao contrário" (rsrsrsrs) também é complexo. Sem equipamento, precisa impressionar os chefes de equipes como Renault e Williams para seguir na F1, por exemplo. Não é nada fácil. E o futuro?

Sem representantes na GP2 e na GP3, os jovens brasileiros poderão demorar alguns anos para ingressar na F1, isso se conseguirem. Teoricamente, o "ficha 1" é o jovem Sérgio Sette Câmara, que disputa a F3 europeia e é piloto da academia da Red Bull. Além dele, Pedro Piquet também disputa pela primeira vez a categoria depois do bicampeonato da F3 Brasil. Os outros dois jovens são Pietro Fittipaldi e Vitor Baptista (Fórmula V8 - Antiga Renault 3.5). Para impressionar empresários e equipes em geral, é preciso mostrar resultado desde o kart. Para mostrar o resultado, além de possuir bom capital familiar, é preciso o apoio de empresários e patrocinadores. Bem, aí está o problema.

Rubinho, vencendo pela primeira vez, em Hockeinheim, 2000. Foto: Flatout
Evidente que boa parte do público brasileiro deixou de assistir a F1 após a morte de Senna e a Era Schumacher. O velho saudosismo de sempre: "Era bom naquele tempo que os carros não faziam tanta diferença, tinha mais ultrapassagem, emoção, blá blá blá". Bobagem. Deixaram de ver porque o Brasil deixou de ganhar. Barrichello era um jovem piloto que foi alçado pela mídia leiga como a salvação da pátria. Com menos audiência e interesse, menos investimentos. Menos resultados. Menos pilotos ingressando nas categorias europeias. Menos pilotos chegavam as principais categorias do automobilismo europeu e mundial. E o resultado é esse, de forma geral e simples. Claro que a economia mudou e os custos e gastos são outros, mas também não houve nenhum esforço, tanto da iniciativa privada quanto da iniciativa pública (a última tentativa foi do próprio Massa, com a Fórmula Futuro em 2011 e 2012).

A única categoria de monoposto brasileira é a F3 Brasil, que é inferior aos certames europeus, mais estruturados e endinheirados. Com menos rodagem, os brasileiros sofrem para alcançar o ritmo competitivo inicial de outros certames da Europa. A pressão pelo resultado imediato afeta o desempenho, e muitos patrocinadores não seguem adiante. Tanto é que apenas o peso de alguns sobrenomes acabam convencendo as marcas a continuarem acreditando. O principal causa disso tudo é a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), onde o Lívio Oricchio escreveu um artigo brilhante e completo, explicando tudo o que eu jamais poderia escrever (LEIA AQUI).

Conclusão: O problema é estrutural. Enquanto o Brasil não oferecer mínimas condições de desenvolvimento do esporte a motor no país, será cada vez escasso o número de pilotos nas competições mundiais. Sem ingressar na F1, o jejum vai só aumentar... Hoje, são 2460 dias. Amanhã, 2461, e contando, contando...

OUTROS JEJUNS:

Foto: Bandeira Verde
Outros países tradicionais na F1 passam por uma seca até pior que a do Brasil. É o caso da França. A última vitória foi há 20 anos, no caótico e histórico GP de Mônaco de 1996. Olivier Panis, pilotando a francesa Ligier, venceu uma prova que apenas quatro carros completaram (além dele, Coulthard, Herbert e Frentzen). Apesar de ter Grosjean, os franceses perderam seu melhor talento, Jules Bianchi, que praticamente iria para a Ferrari no futuro não tão distante. Sobrou Grosjean na Haas, embora também não se descarte uma possível ida para a equipe do cavalinho rampante. Ah, e tem Vergne, sem equipe desde 2014. Relembre:



Foto: GP Expert
Embora os Italianos praticamente só deem atenção para a Ferrari, a última vez que um piloto italiano venceu foi na Malásia, dia 19 de março de 2006. Desde então ele e Trulli se aposentaram e nenhum piloto do país ingressou na F1 (a não ser Badoer como tampão da Ferrari em 2009 após o acidente de Massa). A grande esperança é Rafaelle Marciello, que está na GP2. Relembre a comemoração do Fisico:



Por enquanto é isso, até!