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terça-feira, 13 de abril de 2021

UM NOVO LEQUE

 

Foto: Reprodução/Band

Nos últimos tempos, acontecem e estão acontecendo grandes mudanças nos direitos de transmissão das principais categorias do esporte a motor aqui no Brasil. Tudo isso, é claro, fruto do efeito dominó da saída da Fórmula 1 da Globo depois de quase 40 anos.

O Grupo Globo chegou a ter, por um período, F1, Stock Car, Moto GP e até a Fórmula Indy, entre 2001 e 2004. Depois, nos anos finais, a tríade F1/Stock Car/Moto GP e a antiga GP2/atual F2 e GP3/F3 completavam a grade de automobilismo principal, digamos assim.

Band e SBT sempre alternaram a Fórmula Indy, que nas últimas temporadas chegou a passar na plataforma de stremaming DAZN. As coisas começaram a mudar em 2019.

A MotoGP saiu do Grupo Globo e foi para a FOX Sports, que depois virou o Grupo Disney. Com a não renovação da F1 na Globo, o mercado enlouqueceu. Ainda no fim de 2020, a Band, apostando novamente no slogan "Show do Esporte", foi atrás da Stock Car e assinou por duas temporadas com a F1. Com isso, a Indy, que era seu carro-chefe, foi dispensada.

A Fox/Disney, que sempre teve a Fórmula E desde os primórdios, agora tem apenas a Moto GP. A Globo, fragilizada, comprou a Fórmula E e a Extreme E, o novo rali sustentável para preencher a lacuna. 

E aí surge uma nova emissora apostando na velocidade: a TV Cultura. No início do ano, ela comprou a Fórmula E para a TV aberta e nessa semana anunciou a transmissão da Fórmula Indy, até então única grande competição automobilística sem acordo televisivo aqui no país.

Resumindo os direitos de transmissão do automobilismo no Brasil:

Grupo Globo: Fórmula E e Extreme E (SporTV)

Disney: Moto GP

Band/: F1, F2, F3, Stock Car, Stock Light, Copa Porsche e Rally dos Sertões

TV Cultura: Fórmula E e Indy

O efeito dominó desencadeado pela Globo mudou todos os atores e protagonistas de transmissão que todos nós estávamos acostumados, gerando uma verdadeira revolução nos direitos de transmissão. Isso que nem falei do futebol, por exemplo. Com mais profissionais trabalhando e fazendo a rotatividade, ganham todo mundo: os jornalistas com emprego nesse momento tão difícil e o público, com cada vez mais opções para assistir na TV nessa eterna pandemia. E o melhor: boa parte disso é na TV aberta, sem precisar pagar por assinatura ou streamings específicos.

Até!


segunda-feira, 31 de agosto de 2020

DIVÓRCIO ESPERADO

 

Foto: Reprodução/Rede Globo

Se confirmou o que era bem possível de acontecer, apesar das esperanças ainda continuarem. A Rede Globo confirma que não vai renovar o contrato de transmissão da Fórmula 1 e encerra uma parceria de mais de 40 anos na bandeirada do GP de Abu Dhabi, no dia 13 de dezembro.

Esse post do mês passado ajuda a entender o que estava (e está) por trás dessas decisões e, agora, os nós começam a ser desfeitos. Em readequação financeira, a Globo está liberando profissionais e também abrindo mão de outras competições esportivas importantes. Ela também encerrou o contrato com a Conmebol e não vai mais transmitir a Copa Libertadores. Assim como a Liberty, a confederação sul-americana de futebol não aceitou renegociar o acordo assinado no passado. O motivo da Globo retroceder nos contratos é simples: com a alta do dólar, torna-se insustentável manter esses vencimentos.

Se a Libertadores, que é algo muito mais "importante" e foi sumariamente descartada, a Fórmula 1 não ficaria para trás, isso que não mencionei a briga na justiça para a Globo pagar menos para a Fifa as transmissões da Copa do Mundo do Catar, em 2022. Até isso está ameaçado. Essa crise do dólar com a televisão não é inédita e aconteceu no final dos anos 1990 e início dos anos 2000, quando a crise econômica brasileira causou o fechamento de diversas empresas de comunicação, principalmente da então emergente televisão à cabo.

Analisando sob a perspectiva técnica, também não seria uma decisão surpreendente. Sem brasileiros desde 2018 e o domínio chato da Mercedes, é difícil cativar um fã médio com as corridas de atualmente. O produto não compensa. A audiência é boa, claro, existem muitos fãs da velocidade, mas o Brasil é forjado em heróis locais que lutam contra o mundo cruel e vencem e, convenhamos, vai demorar para surgir outro candidato a herói no esporte.

A exemplo do que fez com a Moto GP, a tal Rio Motorsports deseja comprar os direitos de transmissão da Fórmula 1 e repassar para o Grupo Disney, que em breve terá apenas a ESPN. A mesma Rio Motorsports que é dona do autódromo de Deodoro e negocia com a Liberty a inclusão do inexistente circuito no calendário da F1 nos próximos anos.

A saída da Fórmula 1 da Globo pode significar o fim do automobilismo como um esporte mainstream e a definitiva entrada como algo de nicho, tal qual a Moto GP, por exemplo, que também saiu da TV aberta e fincou raízes no SporTV e agora na Fox Sports. Tudo isso, é claro, é péssimo, e não estamos discutindo sobre o narrador a, b ou c ou o repórter ou o comentarista.

Sem a principal emissora do país por trás do esporte, a tendência é que toda a cadeia sofra e desmorone. Como co-organizadora do GP do Brasil em Interlagos, muito provavelmente o histórico autódromo perca força no embate e futuramente seja transformado em grandes condomínios e palco eventual para o Lollapalooza porque, afinal, sem a F1, a Stock Car e outros eventos nacionais não sustentam a conta.

Uma última esperança é que tudo isso seja um jogo, um blefe, para que no final tudo dê certo. A Band também não renovaria com a Indy e, na semana da abertura da temporada, tudo voltou ao normal.

Do contrário, caso isso se confirme, não só os telespectadores irão perder, mas sim o automobilismo nacional e todo seu ecossistema estarão gravemente feridos e diante de uma perspectiva nada animadora para o futuro.

Até!

sábado, 18 de junho de 2016

GP DA EUROPA - Programação

 Grande Prêmio da Europa foi disputado pela primeira vez em 1983, no circuito de Brands Hatch (1983 e 1985). Também foi disputado em duas oportunidades em Jerez (1994 e 1997) e uma vez em Donington (1993).
A corrida é mais conhecida por ter sido sediada em Nurburgring em 12 edições (1984, 1995, 1996, 1999 até 2007) e posteriormente em Valencia (2008 até 2012).
Depois de três anos fora do calendário, o GP da Europa retorna em um novo palco: O circuito de rua de Baku, capital do Azerbaijão.

Um circuito urbano tão estreito como o de Mônaco, com retas tão rápidas como em Montreal, no Canadá, e com quase tantas curvas quanto o de Singapura.

O traçado é de autoria do arquiteto Hermann Tilke, responsável pelos desenhos de diversas pistas do calendário. A prova passará por diversos pontos turísticos, mostrando a mescla entre a arquitetura medieval e os modernos arranha-céus da cidade.

O traçado terá 6km, apenas menor que uma volta ao circuito de Spa-Francorchamps. A pista terá 20 curvas, perdendo apenas para Singapura, com 23, e Abu Dhabi, com 21.

Mas a grande característica do circuito é sua largura. Ainda que o regulamento exija que as pistas devem ter no mínimo 12m de largura, em Baku isso será consideravelmente menor, com o máximo de 13m e, em determinados pontos apenas 7,6m. Os carros atualmente têm 1,8m de largura.

A partida e chegada terá lugar na praça Azadliq, um dos principais pontos turísticos de Baku. A velocidade máxima deverá rondar os 340 km/h no final da enorme reta do circuito.

Foto: Flávio Gomes/Grande Prêmio

ESTATÍSTICAS:
Último vencedor: Fernando Alonso (Ferrari)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1994, 1995, 2000, 2001, 2004 e 2006)

RICCIARDO RENOVA COM A RED BULL ATÉ 2018

Foto: CDN

A imprensa europeia noticiou na terça-feira (14) que o australiano renovou com a equipe taurina por mais duas temporadas, com aumento de salário. Ricciardo teria um reajuste e seu salário anual seria, a partir de agora, de 20 milhões de Euros. Um dos nomes mais cotados para ir a Ferrari, a Red Bull novamente se antecipou a concorrência e fechou a dupla de pilotos da equipe nas próximas temporadas, pois Max Verstappen também tem longo contrato.

Parece ser uma decisão acertada do menino sorriso. Como o novo regulamento entra em vigor no ano que vem, é sempre interessante estar debaixo das asas de Adrian Newey. A Red Bull também renovou com o contrato com a Renault para fornecimento de motores até 2018 (a partir do ano que vem, a Toro Rosso volta a utilizar a unidade de potência francesa), mas continuará utilizando o nome da TAG Heuer. Os austríacos vêm com tudo para retomar a hegemonia da F1 no futuro!

ÚLTIMA EDIÇÃO DO GP DO BRASIL?

Foto: Piervi Fonseca
2016 pode ser o último ano do Grande Prêmio do Brasil no calendário da F1, embora tenha contrato com a FIA até 2020. O motivo do impasse: A briga entre a FOM e a Rede Globo. Desde meados de 2014, a emissora carioca deixou de exibir os treinos classificatórios, passando apenas as corridas (mas não todas, como sabemos). Ecclestone estaria insatisfeito com a forma como a TV tem agido com a F1. A Globo alega que, em virtude do país não ter mais pilotos brigando por títulos e vitórias, o esporte perdeu atratividade e não gera mais audiência
.
O chefão disse, ainda no Canadá, que Interlagos não está garantido para o ano que vem. Outro entrave seria a crise econômica. Bernie não acredita que a Prefeitura de São Paulo tenha condições de cumprir as exigências do contrato que ficaram pendentes, como a recapeamento completo da pista. Essas cláusulas permitem o rompimento do contrato.

Em nota oficial, a Prefeitura de São Paulo respondeu que está "seguindo à risca o projeto de reforma do autódromo de Interlagos que, este ano, está em sua terceira fase. Para o GP desse Para o GP deste ano, a área de paddock será ampliada, melhorando ainda mais as condições de trabalho das equipes." A Organização ainda completou afirmando que não existe condição legal para que o contrato seja rompido e sugeriu que as pessoas ignorem as declarações do chefão da F1.


Realmente, não é a primeira vez (e nem será a última) que esses boatos circulam. Todo ano é a mesma ladainha. E, como quase sempre, não dá em nada. Espero que dessa vez também seja assim. Entretanto, não ter nenhum piloto e não ter a corrida na F1 seria, definitivamente, o fim da categoria em solo tupiniquim.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 116 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 107 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 78 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 72 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 69 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 50 pontos
7 - Valtteri Bottas (Williams) - 44 pontos
8 - Felipe Massa (Williams) - 37 pontos
9 - Sérgio Pérez (Force India) - 24 pontos
10- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 22 pontos
11- Romain Grosjean (Haas) - 22 pontos
12- Nico Hulkenberg (Force India) - 18 pontos
13- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 18 pontos
14- Fernando Alonso (McLaren) - 18 pontos
15- Kevin Magnussen (Renault) - 6 pontos
16- Jenson Button (McLaren) - 5 pontos
17- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 223 pontos
2 - Ferrari - 147 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 130 pontos
4 - Williams Mercedes - 81 pontos
5 - Force India Mercedes - 42 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 32 pontos
7 - McLaren Honda - 24 pontos
8 - Haas Ferrari - 22 pontos
9 - Renault - 6 pontos

quarta-feira, 16 de março de 2016

VÍDEOS E CURTINHAS #19 - Vai começar!

Finalmente!! Depois de quase quatro meses sem corridas, a F1 está de volta! A Austrália sempre nos traz expectativas de olhar e ouvir os carros e seus sons, o que há de diferente em relação a última temporada, etc. Todo mundo na esperança de que nessa temporada tenhamos muitas disputas e que tudo seja decidido na última corrida, na última curva de preferência (ok, estou me empolgando muito, mas me deixem sonhar!). Vamos a notícias fresquinhas e rapidinhas:

Foto: Reprodução Twitter
RENAULT: Depois de apresentar um carro preto, os franceses honraram a palavra de que iriam mudar a pintura do bólido. Para a felicidade geral da nação, ao que parece (como mostra a foto), a Renault irá com a tradicional pintura amarela, que ainda não foi oficializada.  O carro está numa prancha porque provavelmente haverá alguma ação promocional da equipe na Austrália. A pintura oficial será lançada ainda hoje.

Foto: Giorgio Piola
HALO: A Red Bull mostrou, através do desenho do projetista Giorgio Piola, uma alternativa ao elemento de proteção apresentado pela Mercedes e testado pela Ferrari nos testes de pré-temporada, na Espanha. A diferença é que a peça possui um para-brisa revestido em acrílico, é transparente, mas pode prejudicar a visão dos pilotos no cockpit e a aerodinâmica.

O projeto conta com o apoio de Claire Williams, principal dirigente da equipe da Grove. “O mais importante é a peça que proporcione o máximo de segurança aos pilotos e, até que isso seja determinado, estou de apoio a qualquer conceito que possa funcionar melhor”, explicou. Aparentemente, parece ser mais seguro que o modelo da Mercedes. Todavia, não seria o suficiente para salvar a vida de Bianchi e Justin Wilson, mas Surtees e Massa não teriam se ferido tanto. No fim das contas, continuo conservador: Não gostaria de ver essa proteção no carro. Automobilismo é um esporte de risco.

CHAMADAS:

Veja as chamadas da Globo e da Sky Sports, do Reino Unido, para a temporada 2016 da F1:




Até!