segunda-feira, 13 de junho de 2016

VACILOS E OPORTUNIDADES

Foto: Getty Images
Bastaram duas provas para que a vantagem de 43 pontos de Nico Rosberg se esvaisse. Desde a Rússia, o alemão não pisou mais no pódio. Houve o toque com Hamilton, o sétimo lugar em Mônaco e uma apagada quinta posição hoje. Depois de Barcelona, o alemão retraiu-se. E Hamilton, o contrário.

A segunda vitória na temporada não veio de forma brilhante. Aliás, nenhum dos triunfos de Lewis foi de forma dominante. Pelo contrário. Entretanto, quem se importa? Agora, o tricampeão está apenas nove pontos atrás do alemão na tabela do campeonato, faltando mais da metade do campeonato ainda. Ou seja, está tudo em aberto e praticamente empatado, calando muitos (inclusive eu) que começavam a suspeitar de um possível título antecipado de Rosberg.Vamos adiante!

Virou rotina o fato de Hamilton largar mal. Isso só não aconteceu em Mônaco. Outra vez, perdeu a liderança na primeira curva. Vettel superou as flechas de prata com maestria e disparou na ponta. Rosberg também largou melhor que Lewis e buscou passar por fora. Hamilton não deu moleza e restou para Rosberg jogar o carro para o lado de fora, evitando outra batida entre os dois, culminando na perda de oito posições. A disputa entre os dois está tinindo. Nesse ritmo, se ninguém da Mercedes for mais incisivo nas instruções, o incidente de Barcelona deverá se repetir.

Foto: Getty Images
Com os supermacios, Vettel mantinha uma boa vantagem para Hamilton, que não conseguia se aproximar. Na 11a volta, chegou a estar  1,3s a frente, e com ritmo bom. Todavia, foi nesse momento que a Ferrari perdeu a corrida. Tentando aproveitar o Safety Car Virtual causado pelo estouro do motor de Button e não acreditando que os pneus durassem tanto, Vettel foi para os boxes e optou por duas paradas. Para seu azar, o VSC não durou muito e Hamilton (assim como todo o resto do pelotão) fez apenas uma parada, trocando para os pneus macios. Seb bem que tentou perseguir a Mercedes, mas a vantagem era grande e o alemão estava com dificuldades para realizar a chicane final, perdendo segundos preciosos. O inglês também reagia, com voltas rápidas, e fez o suficiente para vencer. A Ferrari e Vettel perderam uma grande oportunidade de, no mínimo, brigar de forma mais clara pela primeira vitória no ano. Ficou para a próxima.

Valtteri Bottas foi o piloto do dia, sem dúvida nenhuma. Pela primeira vez, conseguiu extrair mais do que a Williams poderia oferecer, coroando a sua melhor corrida da carreira. Graças a uma estratégia inteligente (quem diria) da Williams, o finlandês manteve o ritmo e com uma parada conseguiu um merecido terceiro lugar. Chegou a ficar boa parte da prova colado em Raikkonen e Ricciardo, não deixando eles desgarrarem. A pista valoriza a grande qualidade do carro, que é o motor. Assim, nem mesmo Rosberg conseguiu superá-lo, por mais que marcasse volta mais rápida em quase todo o momento. Depois, Verstappen também fez uma segunda parada no final, o que garantiu a terceira posição. Com o abandono de Massa (pela primeira vez no ano, devido a uma pane no refrigerador do motor - Primeira vez que o brasileiro não pontua no ano), o finlandês passa a frente no confronto interno: 41 a 37.

Foto: Getty Images
Outro destaque da prova foi Verstappen. O jovem holandês mostrou mais uma vez que é agressivo e não vende posição tão fácil. Diante de um W06 mais veloz e com pneus novos, jogou duro com Rosberg, dificultando ao máximo a ultrapassagem, mas em nenhum momento com movimentos ilegais. Bruscos, mas nada demais. Na penúltima volta, o alemão ia passar por fora na última curva, mas acabou rodando. O menino conseguiu mostrar quem manda para a Mercedes! Tem muito futuro mesmo.Chegou em quarto e causou, novamente, ótima impressão. Dessa vez, Ricciardo não fez uma grande corrida. Em até certo ponto foi apático e não teve motor para superar Raikkonen, terminando atrás do IceMan. Foi o sétimo. Acontece.

Foto: Reprodução
A Force India conseguiu emplacar os dois pilotos na pontuação. Hulk em oitavo e Pérez em décimo. Mesmo punido e largando atrás, Sainz conseguiu dois pontinhos, em nono. De novo, superou Kvyat. Que fase triste do russo... Alonso ficou em 11°, seguido das duas Haas. O que também é triste e melancólico é a Sauber. Ericsson foi o 15°, enquanto Nasr teve o carro atropelado por Magnussen logo na primeira volta, o que comprometeu a corrida inteira. Foi o 18°, chegando apenas na frente de Rio Haryanto (que, aliás, chegou a pressionar o brasileiro; assim como Wehrlein deu sufoco ao sueco). A FIA sequer investigou o caso. A Renault também não anda lá essas coisas, o que já era óbvio no início do ano. Magnussen teve um fim de semana patético e Palmer abandonou. Dois cockpits de peso disponíveis para 2017.

Confira a classificação final do Grande Prêmio do Canadá:



A próxima corrida será já na semana que vem, no Grande Prêmio da Europa, no inédito circuito de rua em Baku, no Azerbaijão, nos dias 17, 18 e 19 de junho. Até lá!

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