sexta-feira, 27 de setembro de 2019

GP DA RÚSSIA - PROGRAMAÇÃO

A Rússia entrou no calendário da Fórmula 1 pela primeira vez em sua história em 2014, com o GP disputado no circuito urbano de Sochi. A cidade fica às margens do Mar Negro, no sudoeste do país. A estrutura para o circuito se aproveita do que foi construído visando as Olimpíadas de Inverno, realizadas no mesmo ano.

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Valtteri Bottas - 1:35.861 (Mercedes, 2018)
Pole Position: Valtteri Bottas - 1:31.387 (Mercedes, 2018)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 3x (2014, 2015 e 2018)

UM NOVO RUMO?

Foto: Getty Images

De saída da Williams no final da temporada, Robert Kubica pode ter o futuro ainda ligado à F1. Especulado pela Audi para disputar a DTM, o polonês está sendo sondado pela Haas para ser piloto reserva em 2020. Ao menos é isso que diz o chefão da equipe americana, Gunther Steiner:

“Tudo é possível e estamos conversando com ele”, disse Steiner. “Eu sempre falo com muita gente e tenho melhorar as coisas, mas ainda não sei [o que vai acontecer]. Preciso falar com o Robert [Kubica] para ver se ele topa fazer isso, agora que ele decidiu deixar a Williams. Não sei quais são os outros planos dele”, afirmou.

O piloto resserva trabalha com os testes no simulador para dar feedback a equipe. Atualmente, quem faz isso pela equipe americana é o brasileiro Pietro Fittipaldi, que também disputa a DTM.

“Ele tem muita experiência e é conhecido por ser um dos melhores pilotos de teste e de simulador que temos. Nunca trabalhei com ele, mas temos muita gente que trabalhou com ele. Todos os respeitam muito. Acho que ele não vai poder, ou não quer, trabalhar em tempo integral. Mesmo assim, ele é uma boa referência”, encerrou Steiner.

Kubica já era piloto de testes na Williams antes de assumir a titularidade. Infelizmente, mostrou que as lesões no braço comprometeram sua capacidade competitiva na F1, mas em outra função sua experiência pode ser de grande valia. No entanto, é isso que a Haas realmente precisa? Eles estão perdidinhos, perdidinhos.


"NÃO ESTAMOS A VENDA"

Foto: Getty Images
Mais uma notícia sobre a Haas, a grande personagem da F1 nesse ano. Com o fim do patrocínio com a tal Rich Energy, surgiram especulações de quem será o novo patrocinador do time. Um tweet da ex-parceira aponta que o grupo Haas será vendido para investidores da Arábia Saudita. Não é bem assim, segundo o chefão Gunther Steiner:

"Eu nem sei como responder. Desejo boa sorte e agradeço os investidores. Não os conheço. É um dos tweets da Rich Energy, e eu não respondo a tweets ou coisas parecidas. Não somos nós, não quero ir para lá", afirmou para a revista inglesa "Autosport".

É uma questão importante. Sem o patrocínio (e o dinheiro?) dos charlatões do energético, a Haas precisa de investimento para melhorar um carro que é uma verdadeira tragédia em 2019. Apesar de baratear custos usando peças da Ferrari e chassi Dallara, é muito pouco para um desempenho competitivo na F1, como está sendo provado. Difícil é encontrar alguém que acredite em um projeto de F1, ainda mais com essa crise mundial.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 296 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 231 pontos
3 - Charles Leclerc (Ferrari) - 200 pontos
4 - Max Verstappen (Red Bull) - 200 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 194 pontos
6 - Pierre Gasly (Toro Rosso) - 69 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 58 pontos
8 - Alexander Albon (Red Bull) - 42 pontos
9 - Daniel Ricciardo (Renault) - 34 pontos
10- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 33 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 33 pontos
12- Lando Norris (McLaren) - 31 pontos
13- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 31 pontos
14- Sérgio Pérez (Racing Point) - 27 pontos
15- Lance Stroll (Racing Point) - 19 pontos
16- Kevin Magnussen (Haas) - 18 pontos
17- Romain Grosjean (Haas) - 8 pontos
18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 4 pontos
19- Robert Kubica (Williams) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 527 pontos
2 - Ferrari - 394 pontos
3 - Red Bull Honda - 289 pontos
4 - McLaren Renault - 89 pontos
5 - Renault - 67 pontos
6 - Toro Rosso Honda - 55 pontos
7 - Racing Point Mercedes - 46 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 35 pontos
9 - Haas Ferrari - 26 pontos
10- Williams Mercedes - 1 ponto

CLASSIFICAÇÃO



quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O INESQUECÍVEL NURBURGRING

Foto: Getty Images
Há 20 anos, a F1 vivia um enredo diferente na briga pelo título e o surgimento de forças surpreendentes. Na ocasião, há exatas duas décadas a Alemanha recebia o Grande Prêmio da Europa, em Nurburgring, a antepenúltima etapa da temporada.

Com Schumacher ausente da disputa em virtude do acidente em Silverstone que quebrou uma das pernas, a Ferrari recorreu a Mika Salo e fez o segundão Eddie Irvine ser alçado a esperança italiana para quebrar o jejum de 20 anos sem taças. Na McLaren, Hakkinen buscava o bicampeonato. Os dois brigavam com muita irregularidade e erros individuais e da equipe. Em Monza, Frentzen, com a Jordan, venceu e se aproximava como uma terceira força, com duas vitórias na temporada. Lembra muito 2008: Hamilton e Massa irregulares e Kubica uma alternativa por algum tempo.

Em Nurburgring, Hakkinen e Irvine estavam empatados, com Frentzen 10 pontos atrás e Coulthard 12. Estava tudo em aberto. O alemão conquistou a segunda pole da história da equipe de Eddie Jordan, seguido por Coulthard, Hakkinen, Panis (Prost), Fisichella (Benetton), Hill (Jordan), Villeneuve (BAR) e Irvine apenas em nono.

Na largada, um problema com as luzes vermelhas forçou uma nova volta de apresentação. Na sequência, após a primeira curva, a Jordan de Hill ficou muito lenta. A Benetton de Wurz desviou dele mas não do brasileiro Pedro Paulo Diniz, que capotou e chegou a perder o aparato do santantônio. Ele foi para o hospital realizar exames de rotina mas não passou de um susto.

Foto: Divulgação
Frentzen, Hakkinen, Coulthard e Ralf Schumacher seguiam no primeiro pelotão, enquanto Irvine demorou para se desvencilhar da Benetton de Fisichella. Começou a chover, mas não em todos os setores da pista. Apresentando a habitual dificuldade, Hakkinen foi perdendo rendimento e foi para os boxes. Irvine e Salo também. A Ferrari queria botar pneus de chuva, mas Irvine não quis. Resultado: o irlandês perdeu muito tempo e estava praticamente alijado da prova. A impressão é que a Ferrari não queria que ele fosse campeão. Imagina todo o investimento para o Schumacher fazer história e a taça parar no Irvine, que sequer continuaria na equipe em 2000?

A chuva parou e Hakkinen se deu mal, precisando parar novamente. Com o tempo seco, Frentzen e Ralf foram aos boxes para reabastecer. Logo ao sair do pit, um problema elétrico sepultou as chances do alemão da Jordan em ser campeão.

Com a pista ainda escorregadia, Coulthard perdeu o controle e bateu. A chuva voltou forte e Ralf liderava. Enquanto isso, Hakkinen e Irvine se engalfinhavam lá atrás, prejudicados pela estratégia e pela má pilotagem. Enquanto isso, Trulli, Herbert, Barrichello, Villeneuve e a dupla da Minardi (Badoer e Gené) escalavam as primeiras posições.

Foto: Sutton Images
A liderança virou uma batata quente. A chuva voltou com tudo e Coulthard bateu. Pouco depois, a pista secou e Ralf parou para trocar de pneus. Fisichella assumiu a liderança, mas na quarta escapada de pista bateu e ficou fora. Na sequência, o líder Ralf teve o pneu traseiro direito estourado e precisou ir para os boxes. Herbert, com a Stewart, assumia a liderança, seguido por Trulli (Prost) e Barrichello (Stewart). Irvine e Hakkinen tentavam de tudo para somar algum ponto. Luca Badoer, com a Minardi, alcançava uma histórica quarta posição.

Até que o motor explodiu e a maior chance do italiano pontuar na carreira também. Ao sair do carro, irritado, começou a chorar copiosamente. Uma das cenas mais tristes da história. Uma crueldade com a Minardi e com Luca.

Foto: Reprodução

Foto: Getty Images
Villeneuve, com problemas eletrônicos, também abandonou. Hakkinen pressionou tanto Irvine que fez o irlandês escapar da pista para fazer a ultrapassagem. No final, sem mais surpresas, Johnny Herbert guiou para a terceira vitória na carreira e a primeira e única da Stewart, já vendida para a Ford, que virou Jaguar em 2000. Trulli resistiu a pressão de Rubinho e chegou em segundo, com o brasileiro atrás. Ralf foi o quarto e Hakkinen conseguiu um ótimo quinto lugar numa péssima corrida. Se Badoer ficou fora, coube a Marc Gené voltar a fazer a Minardi pontuar depois de quatro anos, com Irvine em sétimo.

Foto: Getty Images
Jackie Stewart fazia história ao ser mais um a vencer como piloto e dono de uma equipe própria. Hakkinen abriu dois pontos de vantagem para Irvine faltando duas etapas: a estreia da Malásia e o tradicional Japão. Nada melhor do que falar desta grande corrida em momentos onde se questiona se a vitória de Vettel foi merecida. Herbert mereceu vencer? Ou seria Frentzen, Coulthard, Ralf ou Fisichella? O que vale é que é isso que entra para a história: a disputa, o imponderável e a emoção da incerteza.

Até!

terça-feira, 24 de setembro de 2019

O VELHO PROBLEMA

Foto: RaceFans
O post de hoje será simples. Uma das declarações mais interessantes no pós-corrida foi de Lance Norris, sétimo colocado. Feliz por ser o "melhor do resto" (ou F1.5.), o inglês não estava satisfeito com a corrida por um simples porém importante motivo: passar a maior parte do tempo poupando pneus, não acelerando o máximo do carro em virtude da estratégia definida de todos em fazer apenas uma parada.

Desde que a Pirelli assumiu a exclusividade da fabricação dos pneus, em 2011, diversas reclamações estão sendo feitas: primeiro era porque o composto era uma "farofa que acabava facilmente", a mando do então chefe Bernie Ecclestone. Nos últimos anos, os compostos ficaram mais resistentes, mas nesta temporada muitas equipes estão reclamando que é muito difícil atingir a temperatura ideal de aquecimento dos pneus, o que prejudica, é claro, o desempenho de vários bólidos.

Claro que isso não é o principal problema. Com a era híbrida e peças cada vez mais caras, além do uso de apenas poucas peças para trocar peças do motor, câmbio e etc, a F1 não explora mais a velocidade pura, e sim virou uma espécie de Endurance: administrar motor, pneus e câmbio o máximo possível para não desgastar e perder algum componente.

Se os próprios pilotos não se sentem satisfeitos quanto a isso, imagina nós, os fãs. Por menos soluções artificiais como DRS, grid invertido e mais competição real, com aquilo que é realmente feita a F1: velocidade máxima, os pilotos dando tudo de si sem pensar em limite de motores, pneus estourando e troca de câmbio.


Até!

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

DE REPENTE, VITÓRIA!

Foto: Getty Images
Existe vitória injusta? Existe, tipo a do Hamilton no Canadá esse ano. Existe vitória que caiu do céu? Aos montes na história, cada vez mais impossível diante da confiabilidade dos motores híbridos e das equipes poupando equipamento até não poder mais, como bem criticou Lando Norris. Enfim, existe a vitória de Johnny Herbert pela Stewart em 1999.

A vitória de Vettel, que encerrou um jejum de 22 etapas sem subir no lugar mais alto do pódio, pode ter dois desses elementos. Sorte, competência ou incompetência da Ferrari? Desde o início da corrida, quando Hulkenberg parou cedo com danos no carro, ele virava mais rápido com pneus duros, de Renault. Apostando no desgaste dos pneus ferraristas, a Mercedes esperou, como uma raposa velha.

A Ferrari, protegendo Vettel do terceiro lugar para evitar o undercut de Verstappen, chamou o alemão. Na volta seguinte, o surpreendente pole, Leclerc, veio fazer o mesmo. Aliás, é muito surpreendente o rendimento da Ferrari em Cingapura. Sem longas retas e o circuito com mais curvas do ano, esperava-se um domínio dos alemães e uma briga com o holandês da Red Bull. Não foi bem assim.

Enfim, voltando, a volta livre com os pneus duros foi o suficiente para Vettel retornar à frente de Leclerc. Não só se protegeu de Verstappen como conseguiu duas posições em uma tacada só! Sorte, competência da Ferrari ou injustiça com o monegasco? Geralmente o melhor posicionado tem a preferência de parar primeiro. Não foi o que aconteceu, e por isso Leclerc ficou irritadíssimo no pós-corrida. Tá chorando demais e se fazendo de vítima, apesar de ter sido mais uma vez sacaneado.

Foto: Getty Images
A 53a vitória da carreira de Vettel, a quinta em Marina Bay, surge no momento mais duro da carreira do tetracampeão, que segurou o choro no pódio. Cena bonita, logo duas semanas após uma rodada justo em Monza, onde Leclerc se consagrou o novo ídolo. Merecia ter vencido antes, no Canadá, assim como Leclerc pode reclamar de ter perdido sua terceira corrida no ano: Bahrein, Áustria e agora. Se, se, se... Pela primeira vez em onze anos a Ferrari emplaca três vitórias seguidas, a mesma coisa na era híbrida, iniciada em 2014. O campeonato e os construtores já estão definidos, mas é sempre bom a Mercedes abrir o olho, ainda mais diante dessa inesperada derrota de hoje.

Quem também reclamou da estratégia foi Hamilton. Segundo ele, seria uma vitória fácil se tivesse parado antes. Perdida, a Mercedes alongou o stint temendo voltar no meio do tráfego e perdeu as posições. Mesmo assim, já são três corridas sem vencer. Mesmo que o campeonato já esteja definido, é a primeira vez que os alemães enfrentam essa situação em cinco anos. Ah se o #44 tivesse um rival do outro lado...

Verstappen já andou reclamando da Red Bull/Honda. É um desperdício vê-lo com a possibilidade de brigar apenas por dois vitórias no ano. Com Leclerc sendo a "nova sensação" em uma equipe grande e mais encorpada que os taurinos hoje, não é de se duvidar que esse casamento possa ruir caso as coisas não tenham uma perspectiva de melhora. Albon, mais uma vez seguro, fez o que pode: o sexto lugar.

Na "zona do agrião", destaque para Norris, o melhor do resto. Hulkenberg, com uma boa corrida de recuperação, contou com o Safety Car para ficar em nono nesse clima de despedida da categoria. Gasly deve ter feito sua segunda melhor corrida no ano e conquista pontos importantes. Por falar em ponto, de um em um Giovinazzi tenta sobreviver na Alfa Romeo, apesar de todos os dramas.

Grosjean já mostrou o cartão de visitas renovado ao alijar Russell da prova e começar o caos dos três Safety Car. Kvyat e Raikkonen se estranharam e ficaram pelo caminho. A Haas segue o calvário sem perspectiva de melhora. Ricciardo parece mais preocupado em dar show e se divertir nas disputas de pista do que propriamente com a pontuação. E tá errado?

Justa ou não, a vitória de Vettel pode ser um combustível para o alemão finalmente sair da maré negativa, apesar dos prognósticos não serem bons. Afinal, para alguns ele "herdou" o resultado hoje e vem de seguidas derrotas nos treinos. Não parece estar bem adaptado ao SF90. Mesmo assim, que a cabeça volte a ficar no lugar e se imponha como um tetracampeão deve fazer.

Confira a classificação final do GP de Cingapura:


Até!



sexta-feira, 20 de setembro de 2019

ENCONTROS E DESPEDIDAS

Foto: Divulgação
A medida que a temporada vai se encerrando, as especulações viram (ou não) confirmações. A Williams, por exemplo, não terá Kubica em 2020. O polonês vai sair no final da temporada, provavelmente com destino para a DTM. Trata-se de uma linda história de superação ao retornar sete anos após o grave acidente de rali que quase tirou o braço direito, mas claramente o polonês não é mais competitivo. Apesar disso, é o responsável pelo único ponto da equipe no ano, o que mostra que o talento ainda está lá. Parabéns Kubica pela história de superação e que siga bem nos próximos passos da carreira. Nicholas Latifi, vice-líder da F2 e atual piloto de testes, é o favorito.

A Haas é assustadora. Dois pilotos inconstantes, um carro e ruim e o que é feito? Continuidade no trabalho. Mais um ano com Magnussen e Grosjean. Ao menos a diversão está garantida. Depois não adianta criticar a F1 pelos custos com uns pilotos desses, ainda mais agora sem dinheiro de uma patrocinadora. Que decepção, Gunther Steiner. E o Hulk, hein? Agora as chances de permanecer estão quase escassas.

Bom, indo para a pista, tivemos no primeiro TL1 Verstappen como o mais rápido e uma batida de Bottas. No segundo treino, Hamilton dominou. Como é de se esperar, Mercedes é favoritaça para dominar, com Verstappen em segundo plano. A Ferrari será coadjuvante. Pelo traçado travado, Cingapura exige bastante dos freios e sempre é promessa de Safety Car e corridas malucas. Espero que isso aconteça.

Confira a classificação dos treinos livres:



Até!

GP DE CINGAPURA - PROGRAMAÇÃO

O Grande Prêmio de Cingapura é disputado desde 2008 e foi a 1a corrida noturna da história da Fórmula 1, que foi vencida de forma polêmica por Fernando Alonso, pilotando a Renault, após se beneficiar de um Safety Car oriundo de uma batida proposital de seu companheiro de equipe Nelsinho Piquet e o abandono do então líder da corrida Felipe Massa, da Ferrari, após a mangueira de reabastecimento ter ficado presa em seu carro. O caso ficou conhecido como Cingapuragate.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kevin Magnussen - 1:41.905 (Haas, 2018)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:36.015 (Mercedes, 2018)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Sebastian Vettel (2011, 2012, 2013 e 2015) e Lewis Hamilton (2009, 2014, 2017 e 2018) - 4x

SEGUE O JOGO

Foto: Getty Images
Depois da constrangedora crise e troca de farpas via redes sociais, finalmente chegou ao fim a "parceria" entre a Haas e a Rich Energy. Isso é apenas a ponta do iceberg da péssima temporada que vive a equipe americana, estagnada na evolução do carro e com dois pilotos no mínimo inconstantes.


Apesar disso, a pintura da VF19 vai seguir a mesma: preta e dourada, sem o logo da ex-patrocinadora, é claro. Talvez o grande acerto desta temporada tenha sido a cor do carro, realmente muito bonito. Com a temporada perdida, é hora de pensar em 2020. Grosjean não pode mais receber oportunidades e tem Hulkenberg dando sopa no mercado. Uma dupla (ou trio) explosiva com o desafeto Magnussen mais a figura carismática de Gunther Steiner é tudo que a "F1 Lado B" precisa neste momento.


BERNIE QUER CALENDÁRIO MAIS CURTO

Foto: Getty Images

O ex-chefão da Fórmula 1 é contra o atual longo calendário de corridas da Fórmula 1. Nesta temporada, são 21 etapas. No ano que vem, teremos um recorde de 22, com as entradas de Zandvoort e Vietnã e a saída da Alemanha. Para 2021, é possível que sejam até 24 grandes prêmios, o que Bernie é contra:

“Isso seria muita coisa, definitivamente. 16 corridas já seria o suficiente. Quanto mais corridas, mais o produto se desvaloriza. Já tivemos essa supersaturação no tênis. São mais de 100 torneios, mas nem dez deles importam", afirmou à revista alemã "Auto Motor und Sport".

Bernie concluiu a linha de raciocínio:
“Se forem só 16 corridas, os organizadores vão precisar pagar mais, de acordo com isso. E eles vão pagar, porque o evento se torna mais valioso, já que o número de GPs fica escasso”, destacou.

O calendário de 16 corridas era comum até o início dos anos 2000. De março a outubro. Da Austrália ao Japão. Bem simples. O mais engraçado e irônico é que o aumento desse número foi justamente na gestão Bernie, que passou a explorar o mercado asiático com corridas no Bahrein, Índia, Coreia do Sul, etc. No último ano de Bernie como chefão, o número de etapas foi exatamente igual ao atual: 21 corridas.

Bernie é um personagem maravilhoso, para o bem e para o mal. Na lógica de gestor, talvez não esteja errado. No entanto, para os fãs, quanto mais melhor, de preferência todas as semanas.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 284 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 221 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 185 pontos
4 - Charles Leclerc (Ferrari) - 182 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 169 pontos
6 - Pierre Gasly (Toro Rosso) - 65 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 58 pontos
8 - Daniel Ricciardo (Renault) - 34 pontos
9 - Alexander Albon (Red Bull) - 34 pontos
10- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 33 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 31 pontos
12- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 31 pontos
13- Sérgio Pérez (Racing Point) - 27 pontos
14- Lando Norris (McLaren) - 25 pontos
15- Lance Stroll (Racing Point) - 19 pontos
16- Kevin Magnussen (Haas) - 18 pontos
17- Romain Grosjean (Haas) - 8 pontos
18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 3 pontos
19- Robert Kubica (Williams) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 505 pontos
2 - Ferrari - 351 pontos
3 - Red Bull Honda - 266 pontos
4 - McLaren Renault - 83 pontos
5 - Renault - 65 pontos
6 - Toro Rosso Honda - 51 pontos
7 - Racing Point Mercedes - 46 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 34 pontos
9 - Haas Ferrari - 26 pontos
10- Williams Mercedes - 1 ponto

TRANSMISSÃO:







quarta-feira, 18 de setembro de 2019

ANDARILHO

Foto: Divulgação
Depois do passado tenso com a Ferrari, os escândalos na primeira passagem da McLaren e a má fama de desagregador, Alonso deixou a F1 no fim do ano passado cansado de andar no fim do grid e com a estagnação da McLaren, além do fracasso com a Honda.

Isso fez do espanhol, o bicampeão, considerado ainda um dos melhores pilotos do mundo, cair no limbo, sem saída. Diante do objetivo de conquistar a tríplice coroa, continuou na WEC até a metade do ano, onde foi campeão e mais uma vez vencedor das 24 Horas de Le Mans, tentou outra vez a sorte na Indy 500. A parceria McLaren/Carlin foi um fracasso e o espanhol sequer ficou entre os 33. Um mico mundial.

Embora a McLaren esteja de volta ao grid em tempo integral na junção com a Peterson no ano seguinte, a participação de Alonso é uma grande incógnita. Um ponto de interrogação gigante no que se refere ao médio/longo-prazo da Fênix. Qual será o próximo passo de Alonso?

Ao menos na página seguinte, o próximo objetivo é o Rali Dakar, no início de 2020. Alonso já havia realizado alguns testes com a Toyota no ano passado e agora os intensificou. É o novo alvo do andarilho.

Na semana passada, Alonso participou de uma etapa da Série Cross Country, na África do Sul, o Lichtenberg 400, tendo como co-piloto Marc Coma, campeão do rally de motos. Na fase de treinos, o "prólogo", Alonso foi competitivo: fez o terceiro melhor tempo, apenas atrás de Henk Lanegan, líder do campeonato, e Giniel De Villers, campeão da competição e vencedor de Dakar em 2009.

No entanto, existem os perigos e armadilhas de uma corrida num rali. Aos 23 quilômetros do primeiro estágio, Alonso capotou. Com o impacto, o para-brisa quebrou e os dois precisaram usar óculos de proteção para finalizar o estágio. Com o carro reparado, a dupla foi autorizada a começar o segundo estágio 15 minutos antes dos demais, só que logo no início o carro atingiu um bando de pássaros que novamente danificou o pára-brisas. Coma teve que segurar a tela de danos no lugar que desmontou até o final. A dupla terminou a prova mas não se classificou em virtude do tempo perdido. Lategan venceu, seguido de De Villers e Chris Visser.

Foto: Divulgação


A prova era uma espécie de aquecimento para Alonso, estreante na Toyota Hilux, para o próximo desafio: o rali de Marrocos, que acontece entre 3 e 9 de outubro e vai ter as presenças de grandes nomes do rali como Carlos Sainz (o pai), Nani Roma e o atual campeão Nasser Al-Attiyah. É um preparatório pesado para o Rali Dakar, portanto é uma prova bem importante para Alonso ganhar experiência. São 2500 km disputados, sendo 1.868 deles cronometrados.

E assim segue a saga da Fênix, provando que o mundo da velocidade é muito mais que a F1. Claro que ele está sendo forçado a fazer isso pela figura controversa que era na categoria, mas mesmo assim não deixa de ser interessante e um pouco triste um talento desses longe dos grandes palcos. Me lembrei, de certa forma, do Ronaldinho jogando no Querétaro. Um desperdício, mas uma experiência muito interessante e um aprendizado enorme.

Seguimos acompanhando a saga da Fênix, o andarilho da velocidade.

Até!