segunda-feira, 20 de junho de 2016

VOLTANDO A ESTACA ZERO

Foto: Reprodução
Baku reservou muitas expectativas para os fãs e a imprensa. Um circuito "de rua", com retas e curvas estreitas, tinha tudo para ter acidentes e emoção. Definitivamente, não foi o caso. A corrida foi uma bela porcaria: Chata, monótona e sem graça. Rosberg não tinha nada a ver com isso e venceu de ponta a ponta, liderando todas as 51 voltas, com direito a volta mais rápida e tudo. O fato de Hamilton ter batido no sábado e largado em décimo, sem ter condições de brigar pela vitória, contribuiu com essa chatice. Em um péssimo fim de semana, Lewis foi apenas o quinto e viu a desvantagem para Nico voltar a ser de 24 pontos.

O que chamou de todos após a corrida foi a questão do problema de perda de potência do W06 Hybrid. Como a regra da FIA proíbe o contato dos engenheiros com os pilotos, eles mesmos tiveram que solucionar a questão. O carro teve um problema com a configuração do sistema de recuperação de energia, que fazia o carro perder de três a quatro décimos de segundo por volta. Rosberg mexeu rapidamente e conseguiu resolver, ao contrário de Hamilton. O tricampeão precisou de 12 voltas para fazer o mesmo. Enquanto isso, discutia com os engenheiros no rádio e mostrou-se incomodado pela proibição da orientação sobre os procedimentos do carro. Não pega mal um grande talento como Hamilton não conseguir resolver os problemas de sua Mercedes, ainda mais quando Rosberg o faz com grande facilidade. Também não podemos exigir que pilotos sejam engenheiros para conseguir elucidar o complexo funcionamento das unidades de potência e outras funções. Será que Hamilton realmente precisa priorizar mais a fábrica e as funções do carro ao invés das noitadas e a agitada vida de pop star nos Estados Unidos?

Foto: AP
 O grande destaque do fim de semana foi Sérgio Pérez, outra vez. Um desempenho fantástico: Se não fosse a troca de câmbio ocasionada pelo acidente no TL3, teria largado em segundo. Tudo bem, ficou em sétimo. Mesmo assim, imprimiu um ritmo forte com a Force India (graças a característica do circuito) e foi escalando as posições, até ultrapassar Raikkonen na última volta para garantir o terceiro lugar. Tudo bem que Kimi já tinha uma punição de cinco segundos por cortar a linha do pit lane na reta e que o mexicano iria herdar aquela posição de qualquer forma, mas Pérez foi lá e passou, dando o recado: Passei na pista. Foi o seu sétimo pódio na carreira, o segundo em sete corridas na temporada, o quarto na Force India... Sou fã do Checo e afirmo: Seria justíssimo se a Ferrari ou uma equipe maior oferecesse um contrato para ele no ano que vem! Enquanto isso, Hulkenberg foi o nono e Vettel chegou tranquilo em segundo.

Foto: Reprodução
A Red Bull teve um desempenho bem discreto. Os taurinos encontraram problemas no desgaste dos pneus e tiveram que parar duas vezes. Ricciardo foi o sétimo e Verstappen o oitavo. Bottas, que não fez um bom qualyfing, se recuperou na corrida e foi o sexto, parando apenas uma vez. O contrário de Massa. Seu desempenho foi pífio. Mesmo largando em quinto e com as características da pista favoráveis ao FW38, o brasileiro sofreu com a (falta de) aquecimento dos pneus e conquistou um suado décimo lugar. "Uma corrida para esquecer", segundo o próprio. Certo. Foi sua pior corrida no ano.

O outro Felipe, pelo contrário, teve seu grande desempenho no ano. Mesmo assim, não foi o suficiente para pontuar pela Sauber: Foi o 12°. Foi combativo, brigou, ganhou posições, disputou roda com roda, fez o possível para ficar próximo do pelotão intermediário. Foi muito superior que Ericsson, o 17°. É importante mostrar serviço para tentar impressionar alguma equipe (leia-se Renault) para o ano que vem. Mesmo tirando tudo do carro suíço, continuou zerado na tabela de classificação. Triste.

Confira a classificação do Grande Prêmio da Europa:


A próxima etapa será o Grande Prêmio da Áustria, em Spielberg, nos dias 1, 2 e 3 de julho. Até!

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