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A vitória ferrarista se deveu a três fatores: Primeiro, a competência Italiana, obviamente. A estratégia de duas paradas deu certo. O SF15-T consome menos pneus (fruto do trabalho de James Allison, ex-Lotus) e, com isso, Vettel e Kimi conseguiram andar bastante com menos desgaste. Segundo, essa estratégia só foi concretizada graças ao Safety Car causado pelo Ericsson logo no início da prova, quando o Sueco tentou ultrapassar Verstappen e ficou na brita. Sem isso, talvez a estratégia da Ferrari fosse mais difícil de ser realizada positivamente. Terceiro, o erro da Mercedes. A distância das flechas de prata para as demais é tamanha que pode ser que tenha havido uma "subestimação" de Wolff, Lauda e Cia em relação as possibilidades da Ferrari de Vettel. O 'staff' da Mercedes bateu cabeça e não conseguiu recuperar terreno após Hamilton e Rosberg ficarem distante do "Alemão Italiano". Prova disso foi Hamilton, no fim da corrida, ter optado pelos pneus duros, ao invés dos médios. A Mercedes continua no topo da F1, mas a luz amarela acendeu. A Ferrari, em passos lentos e sóbrios, está chegando.
A corrida foi muito disputada, desde o início. O Safety Car embolou o grid e contribuiu para que as brigas por posição se mantivessem durante toda a prova. Vou destacar as brigas internas: Olhando para a classificação final, vimos, na ordem: Ferrari-Mercedes-Williams-Toro Rosso-Red Bull-Force India. Começando pela Williams: Massa fazia uma boa prova, guiando dentro das suas possibilidades, garantindo o 5° lugar sem sustos. Até que a Williams errou mais uma vez (dessa vez no pit) e o Brasileiro perdeu quase 2 segundos de vantagem para Bottas, que conseguiu sair da "zona da confusão", extraiu o máximo do carro e ultrapassou o Brasileiro na penúltima volta. Na primeira corrida em que ambos participaram, ponto para o Finlandês. Pelo lado da Toro Rosso, Verstappen foi um dos destaques da corrida. Chegando em sétimo, é o mais jovem da história a pontuar. Foi agressivo e ultrapassou muito. Sainz também teve um desempenho satisfatório e chegou em 8°. A ironia do destino: A filial está na frente da matriz. As Toro Rosso terminaram na frente da "titular" Red Bull, com Kyvat em 9° e Ricciardo em 10°, que teve problemas de freio durante a prova.
Outro destaque foi Kimi Raikkonen. Tocado por Felipe Nasr, o que custou um pneu furado logo no final da primeiro giro, o Finlandês teve que guiar uma volta inteira com "3" rodas. Entretanto, beneficiado pelo Safety Car e o ótimo ritmo de seu bólido, o Iceman conseguiu se recuperar e terminou num excelente 4° lugar. O Brasileiro, por sua vez, teve diversos problemas no fim de semana (Foi o que mais fez pit stop: 4 paradas) e não fez uma corrida destacável, terminando em 12°. Nada que desespere. A "histeria coletiva" de Melbourne não pode iludir as pessoas. A Sauber vai pontuar aproveitando as oportunidades que surgirem durante a temporada. Na Malásia, não surgiu. As McLarens seguem seu martírio: Alonso abandonou na 22a volta, enquanto Button durou o dobro.
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