quinta-feira, 25 de março de 2021

GP DO BAHREIN: Programação

Um dos mais recentes GPs da Fórmula 1 (começou a ser construído em 2002) o Grande Prêmio do Bahrein começou ser disputado em 2004. Desde 2014, a corrida é realizada de noite, "imitando" Cingapura.

Em 2021, pela terceira vez na história, o circuito barenita será palco da abertura da temporada.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:27.264 (Mercedes, 2020)

Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:30.252 (Ferrari, 2004)

Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)

Maior vencedor: Sebastian Vettel (2012, 2013, 2017 e 2018) e Lewis Hamilton (2014, 2015, 2019 e 2020) - 4x

EMPURRANDO A RESPONSA

Foto: Getty Images
É isso que Max Verstappen acredita que a Mercedes está fazendo antes do início da temporada. Andando bem menos do que se imaginava e com alguns problemas de traseira e no assoalho, os alemães chegaram a falar que a Red Bull começa o ano mais forte do que eles.

O holandês nascido na Bélgica discorda e afirmou, para a emissora holandesa Ziggo Sport, que tudo isso faz parte e que as flechas de prata estarão brigando pela vitória no final de semana como eles sempre fazem.

"Eles fizeram as voltas mais rápidas com menos potência, aí duas voltas em que pegaram leve, aí a volta seguinte com meio segundo mais de potência. Então eles são rápidos, não há dúvidas disso.
Se você é tão dominante quanto eles foram os últimos sete anos, você ainda será bom mesmo se tiver o pior assoalho.

A Mercedes também não fez um dia de filmagens ou um shakedown antes do teste, então talvez estivessem um pouco fora em termos de acerto. No último dia, eles pareceram muito melhores, aí fizeram a filmagem, então estarão prontos para o início da temporada", disse.

Esse lenga-lenga é insuportável. No fim das contas, veremos a Mercedes praticamente dominando mais um final de semana, se nada der errado. A grande questão é: a Red Bull e a Honda estão prontos para assumir a responsabilidade de brigar pelo campeonato em todas as corridas?

VAI TER SURPRESA

Foto: Getty Images
É o que sente Fernando Alonso, de volta à Fórmula 1 depois de duas temporadas ausentes. Enquanto Mercedes e Red Bull continuam no pelotão da frente, o espanhol acredita que depois disso está tudo embolado e que situações não especuladas podem se concretizar no grid e na corrida deste final de semana.
Alonso acredita que todo mundo escondeu o jogo, seja em voltas rápidas ou em ritmo de corrida.

"Em termos de performance, ainda é cedo para dizer e acho que só vamos conhecer a verdadeira divisão de forças na classificação de sábado, com todo mundo andando com tanque vazio, pneus mais rápidos e potência completa. Eu acho que teremos algumas surpresas”, disse.

Sem grandes percalços até aqui, a agora Alpine pretende manter a evolução alcançada em 2020, e Alonso acredita que tudo vai correr bem, sendo apenas necessário estar atento com as condições climáticas do Bahrein.

“É uma boa pista, com um misto de curvas de alta e retas longas. Ultrapassar é possível aqui e isso geralmente rende corridas boas no domingo. Já conseguimos muita quilometragem nos testes e nos sentimos adaptados. Só que, como vimos nos testes, as condições climáticas podem ter um grande impacto sobre o carro. Precisamos ficar de olho nisso”, encerrou.

Difícil responder. O circuito da Austrália, por ser de rua e sem testes, tinha esse potencial maior. Bahrein foi uma corrida recente e palco dos testes de pré-temporada. Claro que algumas coisas podem mudar, mas surpresa é uma palavra forte. Veremos o que acontece.

TRANSMISSÃO:










terça-feira, 23 de março de 2021

ENTRE O TRÁGICO E O CIRCENSE

 

Foto: Divulgação/Haas

Quando chegou na F1 em 2015, a Haas tinha uma proposta interessante: uma parceria técnica com a Ferrari que lhe permitia gastar menos e se desenvolver o quanto possível. Tirando a âncora Gutierrez, a chegada de Magnussen solidificou uma parceria com Grosjean que, no início, era muito proveitosa. Até 2018, os americanos evoluíam pouco a pouco, com o dinheiro que tinham e com responsabilidade, em uma posição digna nos construtores.

O tempo passou e a evolução estagnou, transformando em declínio. Grosjean ficou insustentável há muito tempo e Magnussen tinha atingido um teto. Mesmo assim, o chefão Gunther Steiner, mesmo com as críticas públicas, mantinha uma dupla de pilotos que não ajudava, assim como o carro. A parceria técnica com a Ferrari ficou insuficiente, também em virtude do declínio dos próprios italianos. Um efeito dominó.

De uns tempos para cá, a impressão que ficava é que a Gene Haas está louco para vender logo a equipe e retornar o foco a Indy e a Nascar. No meio do caminho, teve a parceria com a tal empresa de bebidas energéticas que deu em nada, apenas em calote, constrangimento e circo. A salvação era, e é, apenas uma: dinheiro.

Surge no deserto um russo de desempenho mediano pra ruim, que trapaceia, é antidesportivo (já agrediu pilotos na F3 e mostrou mais de uma vez deslealdade nas disputas na F2) mas é filho de um bilionário. O que se enxerga nisso tudo?  Dinheiro. Com capacidade de investimento, o filho mal caráter e antidesportista melhora e consegue o suficiente para chegar na F1. 

É a salvação da lavoura de Gene Haas. O dinheiro da família Mazepin ao menos recupera uma parte do que ele já gastou em cinco ou seis anos. Mazepin, acusado de assédio e com os comportamentos deploráveis já citados no parágrafo anterior. No meio disso tudo, cai de paraquedas Mick Schumacher, o filho do maior piloto da história, até de forma inexplicável. Não por não merecer, pelo contrário, foi campeão da F2, mas sim porque ir para a Alfa Romeo, outro lugar que a Ferrari tem parceria, é uma escuderia de grife e tem o ex-rival do pai ainda em atividade seria uma jogada de marketing muito mais inteligente.

Como desgraça pouca é bobagem, a equipe fica a mercê dos russos. Uma equipe americana. O resultado é um carro com as cores da Rússia. Um golpe no orgulho e no sonho americano, refém de quem os paga e sustenta. É uma pintura controversa também porque a Rússia foi punida por dois anos por doping. Os atletas russos estão proibidos de usar as cores e símbolos do país em campeonatos mundiais por esse motivo. Mazepin, se for ao pódio, será bandeira neutra.

Entre o trágico e o circense, é assim que a Haas se encontra na F1, desesperada para ter quem o banque ou a compre definitivamente. O projeto esportivo de 2015 não existe mais. Se antes as trapalhadas de Magnussen e Grosjean com as broncas de Steiner eram o grande barato da série da Netflix, agora vamos todos acompanhar constrangidos e indignados as peripécias do filho mal caráter do bilionário dono da equipe.

Até!

segunda-feira, 22 de março de 2021

GUIA F1 2021: Parte 2

 

Foto: Getty Images

Olá! Estou de volta com a segunda parte da análise das equipes do grid da F1 2021. Vamos lá com o que sobrou:

SCUDERIA FERRARI MISSION WINNOW

Foto: Divulgação/Ferrari

Pilotos: Charles Leclerc (#16) e Carlos Sainz Jr (#55)

Chefe de equipe: Mattia Binotto

Títulos de pilotos: 15 (1952, 1953, 1956, 1958, 1961, 1964, 1975, 1977, 1979, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007)

Títulos de construtores: 16 (1961, 1964, 1975, 1977, 1979, 1982, 1983, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2007 e 2008)

Vitórias: 237

Pódios: 768

Pole Positions: 228

Voltas mais rápidas: 253

Depois da pior temporada em 40 anos, a Ferrari ferve. Com a liderança do talentoso Charles Leclerc e a chegada do competente Sainz, Mattia Binotto está pela bola oito. O mistério em relação ao motor é grande. A Ferrari não promete grandes resultados, e sim uma evolução gradativa. Pensando em 2022, 2021 pode ser outro golpe no orgulho mas calculado. Ser coadjuvante para tentar roubar a cena a partir do ano que vem.

SCUDERIA ALPHA TAURI HONDA

Foto: Divulgação/ Alpha Tauri


Pilotos: Pierre Gasly (#10) e Yuki Tsunoda (#22)

Chefe de equipe: Franz Tost

Vitórias: 1

Pódios: 1

Depois da melhor temporada da história da Toro Rosso/Alpha Tauri, a equipe de Gasly e do estreante Tsunoda está confiante em manter o bom desempenho no top 10. Com dois pilotos talentosos, sendo eles um estreante, o francês Gasly, que mudou a percepção de todos sobre suas qualidades em 2020, tem tudo para continuar oferecendo desempenhos consistentes no grid. O japonês Tsunoda, de ótimos serviços prestados na F2, é uma das atrações da temporada para saber se vai conseguir transferir esses predicados tão rapidamente para a F1.

ALFA ROMEO RACING ORLEN

Foto: Divulgação/ Alfa Romeo


Pilotos: Kimi Raikkonen (#7) e Antonio Giovinazzi (#99)

Chefe de equipe: Frederic Vasseur

Títulos de pilotos: 2 (1950 e 1951)

Vitórias: 10

Pódios: 26

Pole Positions: 12

Voltas mais rápidas: 14

Com tudo mantido, a Alfa Romeo parece estagnada em todos os setores. A dependência é saber se o motor da Ferrari nessa temporada está melhor. Se sim, talvez consigam um brilhareco maior do que em 2020. Do contrário, será mais uma temporada difícil para o Homem de Gelo se arrastar no grid.

URALKALI HAAS F1 TEAM

Foto: Getty Images


Pilotos: Mick Schumacher (#47) e Nikita Mazepin (#9)

Chefe de equipe: Gunther Steiner       

Voltas mais rápidas: 2

Com dupla de pilotos novata e o investimento do pai de Mazepin, a Haas terá mais dinheiro para se desenvolver, mas o carro é uma bomba. Dificuldades financeiras e o motor Ferrari são fatores que podem impedir qualquer desenvolvimento positivo do time. Será necessário paciência e ao mesmo tempo contar que o talento de Mick e até de Mazepin apareçam rapidamente para os americanos não amargarem o final do grid.

 

WILLIAMS RACING

Foto: Divulgação/ Williams


Pilotos: George Russell (#63) e Nicholas Latifi (#6)

Chefe de equipe: Simon Roberts

Títulos de pilotos: 7 (1980, 1982, 1987, 1992, 1993, 1996 e 1997)

Títulos de construtores: 9 (1980, 1981, 1986, 1987, 1992, 1993, 1994, 1996 e 1997)

Vitórias: 114

Pódios: 312

Pole Positions: 128

Voltas mais rápidas: 133

Sob nova direção, pior do que está não vai ficar. A Williams até evoluiu no ano passado e só não pontuou por azar. Se continuar assim, quem sabe não seja a última força do grid, ainda mais que tem o talentosíssimo George Russell, fazendo hora extra em uma equipe tão fraca. Além do mais, existe o aporte da família Latifi. Pode ser o prenúncio de dias melhores no ex-time de Frank Williams.

E essa foi a  análise. Concorda? Discorda? Quem serão os grandes nomes da temporada 2021? Comente!

Até!

sexta-feira, 19 de março de 2021

GUIA F1 2021: Parte 1

 

Foto: Getty Images

Depois de mais de três meses, a F1 volta para o que promete ser a temporada mais longa da história: 23 corridas (se o covid permitir). Hora de conhecer os pilotos e equipes, com algumas mudanças consideráveis nos dois casos:

MERCEDES-AMG PETRONAS F1 TEAM

Foto: Divulgação/Mercedes

Pilotos: Lewis Hamilton (#44 - Atual campeão) e Valtteri Bottas (#77)

Chefe de equipe: Toto Wolff

Títulos de pilotos: 9 (1954, 1955, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019 e 2020)

Títulos de construtores: 7 (2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019 e 2020)

Vitórias: 115

Pódios: 236

Pole Positions: 127

Voltas rápidas: 84

Uma temporada que promete ser a Last Dance tanto de Hamilton quanto de Bottas. O inglês pode se despedir da categoria depois do provável octa e o finlandês deve dar lugar a Russell, sem contar no esgotamento de Toto Wolff. Enquanto esse dia não chega, os alemães encontraram alguns problemas nos testes mas ainda assim são franco favoritos para mais um campeonato. A questão é saber se Bottas será ao menos um adversário ou estaremos todos estendendo o tapete para o oitavo título de Lewis Hamilton.

RED BULL RACING HONDA

Foto: Divulgação/ Red Bull

Pilotos: Max Verstappen (#33) e Sérgio Pérez (#11)

Chefe de equipe: Christian Horner

Títulos de pilotos: 4 (2010, 2011, 2012 e 2013)

Títulos de construtores: 4 (2010, 2011, 2012 e 2013)

Vitórias: 64

Pódios: 182

Pole Positions: 63

Voltas mais rápidas: 68

Com Max Verstappen e agora o também experiente Sérgio Pérez, a Red Bull vem motivada para a saideira da Honda na categoria. Muito bem e confiante nos testes, o holandês é a única ameaça para a Mercedes. O mexicano, por sua vez, tem a responsabilidade de incomodar Bottas e ficar no mínimo próximo de Max. Mais veloz e mais experiente, os taurinos estão prontos para dar o próximo passo na categoria, pensando no novo regulamento de 2022.

McLAREN F1 TEAM

Foto: Divulgação/McLaren

Pilotos: Daniel Ricciardo (#3) e Lando Norris (#4)

Chefe de equipe: Zak Brown

Títulos de pilotos: 12 (1974, 1976, 1984, 1985, 1986, 1988, 1989, 1990, 1991, 1998, 1999 e 2008)

Títulos de construtores: 8 (1974, 1984, 1985, 1988, 1989, 1990, 1991 e 1998)

Vitórias: 182

Pódios: 488

Pole Positions: 155

Voltas mais rápidas: 158

Com a melhor colocação no Mundial desde 2012 e com o retorno da Mercedes como parceira nos motores, as expectativas da equipe de Woking não param por aí. A chegada do australiano Daniel Ricciardo promete ser a entrada para o próximo nível, que é voltar a ser protagonista e conquistar mais pódios com freqüência e quem sabe sonhar com uma vitória. O talentoso Lando Norris continua amadurecendo e essa fusão de experiência, talento, juventude e carisma pode ser fundamental para que a McLaren continue se recuperando na F1, cada vez mais no pelotão da frente.

ASTON MARTIN COGNIZANT F1 TEAM


Foto: Divulgação/Aston Martin

Pilotos: Sebastian Vettel (#5) e Lance Stroll (#18)

Chefe de equipe: Otmar Szafnauer

Oficialmente de volta como equipe depois de 61 anos, a Aston Martin é uma equipe de fábrica que mantém as parcerias com a Mercedes. Com mais dinheiro e sendo uma montadora, a expectativa é que a equipe consiga o protagonismo com o novo regulamento. Aproveitando a estrutura eficiente da Racing Point, o grande porém do projeto são justamente os pilotos: Vettel está longe do auge e tem a última grande chance de liderar um projeto vencedor na F1; Stroll todos sabemos o porquê de estar ali.

ALPINE F1 TEAM

Foto: Divulgação/Alpine

Pilotos: Fernando Alonso (#14) e Esteban Ocon (#31)

Chefe de equipe: Davide Brivio

Com o nome da fábrica de carros esportivos da Renault, a Alpine “estréia” na F1 com o retorno do bicampeão à categoria (e a fábrica de Enstone) Fernando Alonso e o também francês Esteban Ocon. Depois de finalmente conquistar os primeiros pódios desde o retorno a categoria, a agora Alpine tenta manter e aumentar o crescimento no pelotão da frente. No entanto, a forma física de Alonso, afastado desde 2018, assim como a idade, os reflexos e sua costumeira falta de paciência com projetos intermediários podem colocar tudo a perder, ainda mais que os franceses não têm vergonha de pedir o boné quando acharem conveniente.

 Essa foi a primeira parte da análise. Em breve volto com as outras equipes do grid. Até!


quarta-feira, 17 de março de 2021

DEBAIXO DO TAPETE

 

Foto: Getty Images

A Fórmula 1 se vê em uma encruzilhada onde as opções se esgotaram. Numa tentativa de obter alguma competitividade e emoção ao domínio da Mercedes, a FIA resolveu partir para a solução mais artificial possível: a tal corrida classificatória.

Depois de tentarem outra ideia mais imbecil ainda, o grid invertido, as equipes cederam para a elaboração dessas corridas de classificação no sábado. Para isso, os treinos livres agora tem duração de uma hora. Essas corridas, a princípio, irão acontecer em circuitos tradicionais como Silverstone (já confirmado), Suzuka, Monza e Interlagos.

A classificação seria na sexta e, no sábado, uma corrida de 100 km seria realizada. A ordem de chegada dessa prova seria o grid de largada para a corrida principal, do domingo. Apenas os três primeiros vão receber pontos, pelo que deu para entender.

A pergunta que fica é: como manter o foco no principal se vai existir uma corrida inútil antes, como se um grid bagunçado por infortúnios fosse o suficiente para gerar "emoção" na corrida? As pessoas não têm mais paciência para assistir duas horas de corrida e preferem uma mais curta, é isso? É o fim dos tempos, em nome de uma pseudo-emoção.

Sem competência para lidar com soluções reais que permitam uma emoção e equilíbrio instantâneos, a F1 penaliza quem faz um trabalho competente há anos em troca da sorte, de rolar os dados para agradar não se sabe quem. Por quê não fazer isso numa corrida extra-temporada, sem interferir na competição?

Com as equipes cada vez mais falidas num esporte cada vez mais fechado a um clubinho de bilionários, agravado pelo covid, a F1 varre a sujeira para debaixo do tapete, fingindo que a casa está limpa e organizada. 

Até!

segunda-feira, 15 de março de 2021

SOBRE A F1 2020B

 

Foto: Getty Images

No final de semana, foram realizados os três dias de testes de pré-temporada antes do começo do campeonato, daqui 10 dias. Estive ausente, sem computador, viajando e em outros compromissos. Apesar disso tudo, não tenho o mesmo entusiasmo em relação aos outros anos. Deve ser o caos em que vivemos e a situação da própria Fórmula 1.

Este era para ser o primeiro ano da "nova F1", pois haveria uma mudança de regulamento, adiada para o ano que vem pelas complicações do coronavírus. A solução foi fazer apenas uns ajustes no assoalho e banir o DAS para que, aí sim, em 2022 esteja tudo pronto. Com isso, a temporada de 2021 nada mais é do que um DLC de 2020, pois está todo mundo trabalhando no projeto do novo regulamento.

Notem que a maioria dos nomes dos carros desta temporada tem um B no final. Não é uma nova concepção e sim apenas uma atualização antes da mudança de regulamento. Portanto, olhando para tudo isso, é improvável que haja alguma mudança no pelotão, até porque todos priorizam a mesma coisa.

No entanto, a temporada de 2021 ainda tem coisas interessantes para serem acompanhadas com muita atenção, e é o que listarei agora.

Começando pelas "novas" equipes: Alpine e Aston Martin, com carros muito bonitos. Cores diferentes para o grid é sempre interessante, ainda mais essa Aston que lembra a Jaguar do início do século. As atrações também são os campeões: o retorno de Alonso, envolto de mistério pela inatividade e o acidente de bicicleta, e Sebastian Vettel, calvo e no suspiro final da carreira. 

A Aston não andou muito, o que é natural. É um novo projeto e, dessa vez, não deu pra copiar tudo da Mercedes. Vai ser necessário paciência. Para os franceses, a questão é se o novo nome vai manter a evolução do ano passado e se Alonso vai ser capaz de tirar os últimos coelhos da cartola no derradeiro momento da carreira. Vai ser interessante.

Sérgio Pérez na Red Bull. Seu papel é simples: não ser humilhado por Verstappen. A Mercedes diz que os taurinos largam na frente no ano, mas é difícil de avaliar e acreditar em algo depois de apenas três dias, sendo um deles com tempestade de areia. O mexicano tem a grande chance da carreira de mostrar serviço numa grande equipe. A adaptação na Red Bull vai ser dura, mas é agora ou nunca.

Daniel Ricciardo em outra nova equipe, a McLaren, agora com o retorno da parceria com a Mercedes. Em tese, vai haver ganho de potência. A liderança e o arrojo do australiano no time que terminou em terceiro em 2020 vai ser outro ponto de atenção, ainda que Lando Norris também possa roubar a cena.

Yuki Tsunoda na Alpha Tauri, o primeiro japonês na categoria em sete anos, no momento em que a Honda se despede da F1 (de novo) e a Red Bull compra os motores japoneses para desenvolver nos próximos anos. Com bastante cartaz e elogiado por Franz Tost, o baixinho de menos de 1,60 é agressivo e, se amadurecer rápido, pode rapidamente ser competitivo junto com Pierre Gasly, inexplicavelmente escanteado por Helmut Marko e companhia.

O retorno do sobrenome Schumacher junto com o psicopata Mazepin, no carro russo da Haas. Pretendo fazer um post sobre a situação da equipe, mas aqui a questão é simples: o carro é uma bomba. Com dois jovens inexperientes, a questão é saber o que vai sobressair: o talento maior do Schumaquinho ou o dinheiro do bilionário psicopata pai. Nem sei por que tenho dúvidas, mas a Ferrari não armaria uma arapuca para alguém que representa tanto para o automobilismo. Também quero saber quantas presepadas do russo serão perdoadas pelos outros bilionários condencentes.

Apesar da F1 2021 ser uma mera atualização de 2020, novidade é o que não falta e, para mim, esses são os aspectos mais interessantes de observar durante o longo ano de 23 etapas. 

Para finalizar, não poderia deixar de registrar a morte de Murray Walker, a voz da F1, que faleceu no sábado aos 97 anos. Suas narrações na TV britânica e a participação nos jogos mais antigos da F1 são memoráveis. Um sobrevivente de guerra que amava o automobilismo e foi justamente reconhecido ainda em vida. Que descanse em paz.

Até!




sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

(SEM) VÍDEOS E CURTINHAS #41

 

Foto: Reprodução/Instagram

Olá, pessoal. Agora que estou de volta com o meu notebook, vou lançar os meus dois centavos sobre as notícias do automobilismo nos últimos dias ou o que eu lembrar delas, claro. Vamos lá:

Alonso: A fênix deu mais um susto. Ontem, foi atingido por um carro enquanto andava de bicicleta na Suíça. Por sorte, quebrou alguns dentes e teve fratura no maxilar. Ainda não se sabe em quais condições o espanhol estará atê o fim do mês, quando começam os preparativos para a temporada 2021. Mas, para a alegria dos bons, o espanhol soberbo, como uma fênix, está bem. Em todo o caso, Zhou e Hulkenberg devem estar preparados para o ofício. Bicicletas e rali, os grandes inimigos dos pilotos de Fórmula 1. Webber e Kubica que o digam.

Band e Rio: fim do mistério - A F1 volta para a Rede Bandeirantes depois de mais de 40 anos. A Liberty não chegou a um acordo com a Globo e sim com a emissora dos Saad. Mariana Becker também vai para lá, assim como o produtor Jaime Brito. Falta um narrador. Reginaldo Leme, contratado no fim do ano passado, volta aos comentários da F1. A emissora também tem a Stock Car, a Indy e adquiriu os direitos da F2 e F3 que, juntos com a classificação, serão transmitidos na BandSports, o canal pago da Band. Ou seja: não mudou quase nada, a F1 continua em TV aberta e com a F2 e a F3 na TV também, além dos campeonatos europeus. O acordo é por dois anos. No mínimo ansioso para ver o que sai disso aí. 

Vou tentar resumir o máximo possível: a prefeitura do Rio engavetou o tal projeto de corrida no meio da floresta. Sem Chase Carey e o pessoal da Rio Motorsports, o retorno de Eduardo Paes e a chegada de Stefano Domenicali como novo chefão da F1, tudo isso virou um monte de papel inútil. Ainda bem.

Invenções e motores: A Red Bull conseguiu o congelamento dos motores para 2022. Isso significa que, para o ano que vem, vai continuar tudo como está, e os taurinos podem comprar e adquirir o conhecimento técnico da Honda, futura ex-parceira no fim do ano. Os treinos livres agora duram apenas uma hora e querem votar corridas classificatórias com grid invertido para a corrida de domingo. Por que já não proíbem o Hamilton de correr, afinal? Tenho certeza que isso seria emocionante.

Último ano? Hamilton renovou com a Mercedes por uma temporada, ganhando entre 40 e 55 milhões de euros anuais. Foi uma negociação difícil e arrastada. Pensando em 2022, tanto Wolff quanto Hamilton parecem exaustos do sucesso. Parece que pode ser uma despedida para ambos nessa temporada, teoricamente a última onde supostamente a Mercedes teria ampla vantagem em relação aos demais. Para ganhar o octa de uma vez e curtir a vida de pop star. Hamilton tem o meu apoio.

Brasileiros na base: Vamos lá - Enzo Fittipaldi saiu da Academia da Ferrari e foi para a base da Indy. Deve voltar a priorizar o automobilismo americano. Outro que deixou a Academia dos italianos foi Gianluca Petecof, que conseguiu um assento da Campos para disputar a F2. Não é o melhor e Petecof não tem patrocínio, embora o empresário seja um dos sócios do time. Ele não vai ter tempo para se adaptar e terá o "veterano" Ralph Boschung como parceiro de equipe. O brasileiro vai ter que mostrar serviço para não encerrar o sonho cedo demais.

Felipe Drugovich foi para a Uni Virtuosi. Caio Collet, da Alpine/Renault, vai disputar a F3. Sempre bom lembrar que essa é a aposta de Felipe Massa como próximo brasileiro na F1, afinal ambos são empresariados por Nicolas Todt. Igor Fraga deixou a academia da Red Bull. Vai ser uma F2 interessante para os talentos brasileiros, uma pena que esse calendário ridículo afaste o interesse do fã mais casual. Sem sequência de corridas, vai ser complicado acompanhar religiosamente os torneios de base. Culpa do Covid ou do quão caro tornou-se o automobilismo, ou as duas coisas?

Só consigo lembrar disso... ah, o ainda em recuperação Grosjean vai para a Indy. Meu Deus, que nunca chegue perto de um circuito oval. 

É isso, voltarei quando o início da temporada se aproximar. 

Até!