Blog destinado para aqueles que gostam de automobilismo (principalmente F1), mas que não acompanham com tanta intensidade ou que não possuem muito entendimento do assunto. "Blog feito por um aprendiz para aprendizes."
segunda-feira, 15 de abril de 2019
NINGUÉM VAI LEMBRAR
A única coisa que será lembrada nesta corrida 1000 da Fórmula 1 é que ela foi disputada na China e foi vencida por Lewis Hamilton.
Ninguém vai lembrar que o inglês começou a vitória logo na largada e administrou a corrida toda com Bottas o comboiando.
Ninguém vai lembrar que a Ferrari é patética e mais uma vez ferrou Leclerc com uma estratégia inacreditável, fazendo o monegasco cair de terceiro para quinto ao beneficiar o decadente errante Vettel na estratégia, sendo que este não fez nada faz algum tempo.
Ninguém vai lembrar que Verstappen parece estar amadurecendo e contendo o ímpeto, pensando nos pontos e sendo alguém cerebral. Ninguém vai lembrar que Gasly ganhou um ponto extra porque isso realmente não é importante.
Ninguém vai lembrar que Ricciardo marcou seus primeiros pontos com uma decepcionante Renault, que praticamente não avança e novamente teve problemas com Hulkenberg.
Sabem porque que ninguém vai lembrar? Porque esta corrida foi o retrato da F1 dos últimos anos. Mercedes dominante, Ferrari batendo cabeça e tropeçando nas próprias pernas, Red Bull confortável como terceira força e apenas o pelotão intermediário movendo fundos por brigas (adivinhem?) intermediárias (destaque para a boa corrida de Kimi Raikkonen). Se a Liberty não fizer nada a respeito, a F1 está cada vez mais fadada a ser esquecida, e isto será tema do próximo texto.
Ninguém vai lembrar que Kubica e Giovinazzi estão sendo surrados pelos seus companheiros. Infelizmente, as condições físicas do polonês não permitem um alto rendimento na maior parte da corrida. Somando-se ao péssimo carro da Williams, está o talentoso George Russell. O italiano está cada vez mais aquecendo o banco do Schumacher Jr.
Ninguém vai lembrar que a Haas não tem pilotos a altura do carro, ou ao menos um deles.
Deveriam lembrar a grande corrida de Alexander Albon. Largando dos boxes, foi ganhando posições e conquistou um heroico décimo lugar com a Toro Rosso. Apesar do forte acidente que o impediu de participar do treino e acabou gerando toda essa situação, se o tailandês nascido na Inglaterra continuar com bons desempenhos, Gasly pode ser mais uma vítima do abatedouro de Helmut Marko.
Mas ninguém vai lembrar.
Confira a classificação final do GP da China:
Até!
sexta-feira, 12 de abril de 2019
DE OLHO
Foto: Getty Images |
A tarefa não é simples. Desde o começo da era híbrida, a Mercedes só não venceu na China ano passado, no caótico GP vencido por Daniel Ricciardo. Bottas foi o mais rápido, apesar da FIA vetar a nova asa dianteira colocada pelos alemães. No TL2, Leclerc andou pouco para que fosse analisado seu motor. Depois do final traumatizante do Bahrein, todo cuidado é pouco.
No meio do pelotão, podemos destacar Renault e McLaren brigando pelo quarto posto, com Alfa Romeo e Haas mais atrás. Coincidência ou não, os motores franceses a frente dos italianos. Seria resquício do Bahrein, encaixe da pista ou apenas um alarme falso?
A Williams segue fechando o grid e assim estamos todos aguardando esta corrida tão histórica, apenas aguardando se o party mode da Mercedes vai fazer a diferença, se a Ferrari e Vettel reagem ou se Leclerc vence pela primeira vez. Será interessante.
Confira os tempos dos treinos livres:
Até!
GP DA CHINA - PROGRAMAÇÃO
O Circuito Internacional de Shanghai teve sua primeira corrida em 2004, vencida por Rubens Barrichello. É o autódromo mais caro da história. A sua construção custou cerca de 240 milhões de dólares.
Foto: Wikipédia |
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:32.238 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:31.095 (Ferrari, 2018)
Último vencedor: Daniel Ricciardo (Red Bull)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 5x (2008, 2011, 2014, 2015 e 2017)
ZANDVOORT 2020?
Foto: Getty Images |
Depois de não ter surgido muitas notícias nos últimos meses, a "Motorsport Week" noticiou que existem negociações com a Liberty para que a corrida seja disputada na Holanda a partir do ano que vem.
O anúncio seria feito na semana que vem e seria disputado no verão europeu. No entanto, a data não coincidiria com o GP da Bélgica, que geralmente é no final de agosto. Ou seja, seria entre maio/junho. Com o GP do Vietnã já confirmado e a ameaça de vários circuitos saindo, a corrida na Holanda impulsionada pelo efeito Verstappen pode ser uma boa notícia.
Claro que existem outras variáveis. O público vai comparecer em massa, mas temos que saber se o traçado é viável para que se tenha uma corrida decente. Bem, se Rússia e Abu Dhabi estão no calendário, talvez isso não seja a coisa mais importante a ser avaliada.
Zandvoort sediou uma etapa da F1 pela última vez em 1985. Com a Liberty cada vez mais se importando com as interações virtuais e com Max sendo um grande personagem da geração millenial, a Holanda pode ser um grande trunfo para a contínua popularização da categoria com os mais jovens, ao menos entre os holandeses e belgas.
IRMÃO DE LECLERC É ANUNCIADO NO PROGRAMA DE PILOTOS DA SAUBER
Foto: Motorsport Week |
O momento é favorável para os Leclerc. Enquanto Charles confirma a expectativa e encanta o mundo com a Ferrari logo na segunda corrida, nesta terça-feira (09) o irmão mais novo, Arthur, foi anunciado como piloto da academia da Sauber Motorsport, que gera a Alfa Romeo na F1.
Arthur vai disputar a F4 alemã e algumas etapas da F4 italiana pela equipe US Racing-CHRS, tradicional no meio e que recentemente se juntou com a Charouz. A equipe é gerida por Ralf Schumacher. Os sobrenomes não param.
No ano passado, Leclerc foi o quinto colocado na F4 Francesa e foi piloto de desenvolvimento da Ventura na Fórmula E, realizando alguns testes na categoria no Marrocos.
"Estou muito feliz por fazer parte do time de jovens pilotos da Sauber. É um programa sério, afiliado a um time de F1 e meu irmão foi parte da Sauber em 2018. É uma oportunidade que significa muito para mim. Meu carro será completamente diferente e muito mais rápido que o F4 que pilotei na França, mas meu objetivo é vencer e ir para outra categoria", disse Arthur sobre a entrada no programa.
Boa sorte para Arthur nesta nova empreitada.
CLASSIFICAÇÃO:
1 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 44 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 43 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 27 pontos
4 - Charles Leclerc (Ferrari) - 26 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 22 pontos
6 - Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 10 pontos
7 - Lando Norris (McLaren) - 8 pontos
8 - Kevin Magnussen (Haas) - 8 pontos
9 - Nico Hulkenberg (Renault) - 6 pontos
10- Pierre Gasly (Red Bull) - 4 pontos
11- Lance Stroll (Racing Point) - 2 pontos
11- Alexander Albon (Toro Rosso) - 2 pontos
13- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 1 ponto
14- Sérgio Pérez (Racing Point) - 1 ponto
CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 87 pontos
2 - Ferrari - 48 pontos
3 - Red Bull Honda - 31 pontos
4 - Alfa Romeo Ferrari - 10 pontos
5 - McLaren Renault - 8 pontos
6 - Haas Ferrari - 8 pontos
7 - Renault - 6 pontos
8 - Toro Rosso Honda - 3 pontos
9 - Racing Point Mercedes - 3 pontos
TRANSMISSÃO:
quarta-feira, 10 de abril de 2019
A CORRIDA 1000
Foto: F1i |
Bom, o intuito do post é relembrar outras corridas com números marcantes. Vamos lá:
CORRIDA N° 100: GP DA ALEMANHA DE 1961
Foto: Reprodução |
CORRIDA N° 200: GP DE MÔNACO DE 1971
Foto: Reprodução YouTube |
Mais dez anos se passaram e a F1 já era outra, bem mais moderna, se aproximando dos conceitos da indústria aeronáutica. O palco era luxuoso. Na pista, ficou evidenciado o domínio da Tyrell de Jackie Stewart, que fez a pole e venceu com grande autoridade a segunda das seis etapas conquistadas na temporada que lhe deu o segundo título mundial.
CORRIDA N° 300: GP DA ÁFRICA DO SUL DE 1978
Foto: Reprodução |
Na terceira etapa da temporada, Niki Lauda (que deixou a Ferrari após o bicampeonato em 1977) fez a pole com a Brabham. No entanto, a corrida foi marcada por muitas quebras nos ponteiros, começando pelo próprio austríaco. Na sequência, Mario Andretti, Riccardo Patrese e Patrick Depailler sentiram o cheiro da vitória, mas diferentes infortúnios os impediram. No final, sobrou para o sueco Ronnie Peterson vencer na última vitória, ultrapassando o francês. Meses depois, a favoritíssima Lotus de Andretti seria campeã, enquanto que o companheiro sueco faleceria no GP da Itália.
CORRIDA N° 400: GP DA ÁUSTRIA DE 1984
Foto: Reprodução |
Em 1984, Brabham, Ferrari e McLaren disputavam o título. O brasileiro Nelson Piquet foi o pole, mas a equipe de Woking formada por Niki Lauda e Alain Prost era superior na corrida. Dito e feito. Em Spielberg, o piloto da casa não tomou conhecimento e escalou o pelotão para vencer tranquilamente pela única vez em casa no ano em que conquistou o tricampeonato por meio ponto de vantagem diante de Prost.
CORRIDA N° 500: GP DA AUSTRÁLIA DE 1990
Foto: Reprodução |
A corrida 499 foi marcada pelo bicampeonato de Ayrton Senna no famoso "acidente da vingança" com Alain Prost na primeira curva de Suzuka. O brasileiro largou na pole, mas abandonou no final da prova com problemas no câmbio. Piquet, na Benetton, herdou a liderança. Nas voltas finais, foi atacado pela Ferrari de Nigel Mansell, mas o brasileiro deu uma fechada para garantir a vitória que encerrava aquela temporada.
CORRIDA N° 600: GP DA ARGENTINA DE 1997
Foto: Reprodução |
Uma das temporadas mais disputadas da história teve como confronto a Williams de Villeneuve contra a Ferrari de Schumacher. Dominando o início de temporada, o canadense foi o pole, enquanto o alemão saiu em terceiro e abandonou na primeira curva em um acidente com Barrichello, ainda na Stewart. Apesar de controlar a prova toda, Villeneuve teve que superar uma pressão da outra Ferrari, de Eddie Irvine, para vencer. Ele seria o campeão no final do ano depois daquela famosa disputa com o alemão.
CORRIDA N° 700: GP DO BRASIL DE 2003
Foto: Getty Images |
Uma das maiores corridas da história da Fórmula 1 também em um número emblemático. Essa você já conhece: início da temporada de 2003 com muito equilíbrio entre Ferrari, McLaren e Williams. Rubinho foi pole e largou com pneu de chuva, apesar de estar nublado. Foi perdendo posições na largada mas depois com o retorno da chuva acabou assumindo a ponta. Enquanto isso, na curva seguinte ao S do Senna, muitos carros batiam forte por ali, incluindo Schumacher, Montoya, Button, Wilson... Rubinho vinha para vencer até que uma pane seca pôs fim ao seu sonho de ganhar em casa. Depois, com a dupla da McLaren na frente, Raikkonen errou, Coulthard parou e de mansinho Fisichella assumiu a liderança com a Jordan. Webber e Alonso bateram forte na subida do Café, o que interrompeu definitivamente a corrida. Um erro foi feito e a vitória foi dada para Raikkonen, o que só foi desfeito de fato na corrida seguinte, em Ímola. A última vitória da Jordan.
CORRIDA N° 800: GP DE CINGAPURA DE 2008
Foto: Divulgação |
Outra corrida histórica e que vocês já sabem a história. Primeira corrida em Cingapura, primeira corrida noturna e a disputa entre Massa e Hamilton. O brasileiro largou na frente e liderava tranquilo até que Nelsinho Piquet bateu de propósito e provocou um Safety Car para beneficiar Alonso. Na parada, a mangueira de combustível ficou e o brasileiro se ferrou. Alonso venceu pela primeira vez no retorno a Renault e no ano seguinte ficou comprovada a farsa.
CORRIDA N° 900: GP DO BAHREIN DE 2014
Foto: AUSmotive.com |
Esse eu também já falei e não faz muito tempo. No início da era híbrida, Rosberg e Hamilton duelavam pelo topo. A corrida ficou marcada pela disputa dos dois, onde o inglês segurou até o fim para vencer, com Sérgio Pérez surpreendendo com a Force India e fechando em terceiro.
Bem, essas foram as corridas do 100 até o 900. Vejamos como será a milésima e espero estar por aí na 1100, 1200... até!
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quarta-feira, 3 de abril de 2019
O FENÔMENO MICK E O EXAGERO
Foto: Grande Prêmio |
Não me entenda mal. Não estou dizendo que Mick é ruim, pelo contrário. Graças ao seu trabalho, assinou com a academia da Ferrari e nesta terça-feira andou com a Ferrari pela primeira vez na vida. Amanhã é a vez da Alfa Romeo. É claro que a relação Ferrari-Schumacher sempre vai ser icônica.
O que quero dizer é que a Liberty usa Mick como grande chamariz da categoria sendo que ele sequer está lá, mas o motivo é compreensível. Ser filho de Michael, ainda mais com o pai na situação que vive e pela representatividade que tem, sempre vai ser um chamariz, principalmente para o público médio. Estamos falando mais de Mick do que os outros tópicos do automobilismo, muito mais por ser quem ele é do que pela sua boa capacidade e isso não é uma crítica, é algo normal, da lógica de quem vende e de quem compra.
É claro que aqueles mais hardcore se irritam com tamanho hype por alguém que ainda não mostrou de fato a que veio. Isso é verdade. No entanto, para reforçar esse valor, começam os extremismos: Mick só é o que é pelo sobrenome. Se ganhar, é porque tem o melhor carro e houve ajuda, se perder é fraco. Assim fica fácil. Do outro lado, já tem gente imaginando que ele vai igualar e honrar o nome do pai e que já deve ir para a Ferrari no lugar do Vettel. Calma.
Foto: Getty Images |
O fenômeno Mick Schumacher é fantástico. Junto com a devida utilização das redes sociais pela Liberty, é um grande combustível para atrair novos fãs e interatividade. Além do mais, pode cativar aquele que está desgostoso, os nostálgicos. Pois bem, é impossível não lembrar do pai e ver o filho hoje no mesmo lugar. É uma lembrança gostosa, dos tempos de infância, de relembrar o ídolo. Falo isso por mim. Eu acho fascinante e histórico. Mick correndo com Max Verstappen, Alonso e Raikkonen numa mesma sessão. Estamos em 1994, 2003 ou 2019? É incrível!
No entanto, o exagero desse fenômeno é muito tóxico, para usar um termo da moda pela internet. Mick não vai ser Michael. Se for Ralf, já é um grande feito. Se vai ser? Não sei. Precisa provar na F2. Todos os jovens testam pelas grandes equipes e isso não quer dizer que entraram na Fórmula 1. Nem ao céu e nem a terra. Deixem Mick se desenvolver, como disse Vettel.
Agora, que ele é um personagem fascinante por tudo o que representa em passado, presente, futuro e as lembranças desses tempos isso é inegável, mas tenho certeza que a Ferrari e aqueles que administram sua carreira vão se deixar levar pela emoção e nostalgia. Sem exageros, pessoal. Sigo, como fã incondicional de Schummy, na torcida para que Mick se desenovolva da melhor forma possível na carreira, mereça e conquiste os resultados pelo seu talento e esforço.
Até!
terça-feira, 2 de abril de 2019
LEGADO MANCHADO
Foto: Toru Hanai/Reuters |
Existem muitas discussões sobre quem é "o pior campeão" ou aquele que não está no nível dos grandes. É claro que ninguém que vence é ruim ou é na sorte, mas é óbvio que existem diferenças de nível.
Sebastian Vettel faz parte da era moderna, viveu os benefícios e agora os malefícios da modernidade, imediatismo e redes sociais da qual ele não faz questão de viver (e faz certo). Surgiu como fenômeno e prodígio na BMW Sauber, confirmou na Toro Rosso e na Red Bull. Avassalador. Campeão mais jovem. Tetracampeão mais jovem. Muitas vitórias, dominância à la Schumacher. Tudo se encaminhava para ser um dos dois ou três maiores da história sem discussão.
Até que chegou 2014. Ao ser superado impiedosamente por Daniel Ricciardo, os detratores voltaram a dizer que "Vettel só venceu graças a Newey". Veio 2015 e, tentando repetir o ídolo alemão, foi para a Ferrari. O primeiro ano foi ótimo. Três vitórias e quase vice-campeão com um carro ainda bastante inferiorizado em relação ao Mercedes.
Aí veio 2016 e o que antes era apenas uma questão da juventude virou um defeito gravíssimo de Vettel: a instabilidade emocional, fugindo até do estereótipo do alemão, sempre considerado frio. Na hora decisiva, Vettel simplesmente não pensa mais no todo e tenta dividir as corridas nas questões pontuais.
Além da questão psicológica, agora vem a questão técnica: na Austrália, a Ferrari teve que segurar Leclerc atrás dele. No Bahrein, os italianos tentaram fazer a mesma coisa, mas o monegasco deu de ombros, foi pra cima e sumiu. Em duas corridas, já está 26 a 22.
Se no auge Vettel já era contestado, imagina agora que está na decadente... Isso é normal. Cada piloto tem seu pico. O alemão foi tetra aos 26. O auge foi ali, no máximo até 2015. Hamilton atingiu só agora depois de alguns anos bem erráticos. Schumacher voltou depois de quatro anos, com lesão cerebral, reflexos diferentes e com uma nova F1 e também foi duvidado por alguns, embora discorde, obviamente.
O que eu quero dizer é que Vettel é uma grande vítima da modernidade. Nenhum campeão ou multi foi tão questionado igual ele está sendo, até com uma certa justiça. No entanto, é importante frisar também os grandes feitos do alemão. Um cara com esse pedigree nunca pode ser subestimado, mesmo por baixo.
Por outro lado, mesmo tetracampeão, é perfeitamente possível discutir Vettel com outros campeões, como por exemplo o contemporâneo Alonso. Mesmo com metade dos títulos, pra mim o espanhol foi o melhor. Só não foi mais porque implodiu a própria carreira. Hamilton, no auge, o superou no início e durante o declínio. Aquele Hamilton de 2010, 2011 e 2012 talvez não conseguisse bater o alemão em carros iguais naquela época.
Bom, nenhum grande campeão foi tão questionado quanto Vettel, a grande vítima da modernidade e também por seus erros na pista. Um campeão com o legado um pouco manchado, sem dúvida alguma.
Concordam? Discordam? Comentem!
Até!
segunda-feira, 1 de abril de 2019
CRUELDADE
Foto: Getty Images |
Charles Leclerc foi o primeiro monegasco da história a fazer uma pole position, o 99° piloto diferente na corrida número 999. Largou mal e foi superado por Vettel e Hamilton. No entanto, manteve-se calmo e em questão de tempo recuperou as posições e estava passeando no deserto. Seria uma vitória maiúscula, com autoridade, mostrando o potencial que tem e sua ascensão não foi precipitada pelo finado Sérgio Marchionne. Mas...
Um problema no sistema de recuperação de energia na parte final da prova fez Leclerc se arrastar e perder potência. Como consequência natural, era para Vettel assumir a liderança e vencer. No entanto, o alemão segue no inferno astral ininterrupto desde 2017. Foi superado na estratégia, ultrapassado por Lewis Hamilton e rodou. Como consequência, a vibração nos pneus, principalmente os dianteiros, fez com que o alemão perdesse o bico em plena reta, precisando voltar para os boxes. Esta é apenas uma palhinha do texto que escreverei mais tarde somente sobre Seb. Voltemos para Leclerc.
Foto: Getty Images |
Graças ao estranho Safety Car causado pelo também estranho duplo abandono simultâneo das Renault, com pane elétrica, o destino não foi tão cruel com Leclerc, que conseguiu segurar a terceira posição diante de Max Verstappen diante do fato de que a corrida terminou com o SC, ou talvez tenha sido sim cruel, porque ir para pódio em terceiro (o melhor resultado e primeiro pódio de Leclerc) depois de dominar a corrida é pior do que chegar em quarto. Um baque muito grande evidenciado para as câmeras do mundo inteiro.
Foto: Getty Images |
Raikkonen parece muito estabelecido e regular na Alfa Romeo, que ainda está atrás da Renault. Aliás, o pelotão do meio é uma briga encarniçada, onde as características de cada carro em cada circuito é que irão fazer a diferença. O abandono das Renault permitiu que Albon pontuasse pela primeira vez na categoria, assim como Gasly pela Red Bull (extremamente e preocupantemente abaixo de Verstappen) e Pérez no ano.
A Williams segue em outro ritmo, com Kubica sendo um saco de pancadas do jovem competente Russell. Como escrevi na sexta, que a volta de Patrick Head possa ser um reencontro com o próprio passado, embora isso vá demorar bastante.
Confira a classificação final do GP do Bahrein:
Até!
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