quinta-feira, 3 de agosto de 2017

O DIA K

Foto: Getty Images
Com um batalhão de fotógrafos e um ótimo público presente em Hungaroring, finalmente Robert Kubica voltou a guiar um F1 da temporada atual depois de seis anos. No segundo e último dia dos testes coletivos da F1, o polonês andou 142 voltas (duas corridas), em 20 stints. Ele fez o quarto melhor tempo do dia (1:18.572), um segundo mais lento que Hulkenberg e menos de um décimo mais lento que Palmer. O melhor do dia foi Sebastian Vettel. Ontem, o mais rápido foi o virtual campeão da F2 e grande promessa monegasca Charles Leclerc, da academia de pilotos da Ferrari.

Foto: Getty Images
Os testes visam acertos para a temporada 2018. Como não sabemos o peso de cada carro nas voltas, não dá para levar à vera a comparação dos tempos de Kubica com os pilotos da Renault. É claro que é um indicativo animador, pois na primeira vez em que pilota o RS17 o polonês foi bem, embora não tenha ficado plenamente satisfeito com seu desempenho.

Após a sessão, ele disse aos jornalistas que estava muito feliz mas que precisava melhorar bastante, o que é natural, dada a falta de experiência com o novo bólido da F1, que exige mais fisicamente do piloto. Sua principal dificuldade com lidar com tantas coisas novas a bordo do RS17, além de sentir cansaço ao final do dia. Afinal, ele trabalhou por oito horas em um circuito tão desgastante como o húngaro, no escaldante verão europeu.

Kubica passou pelos testes da FIA e completou os 300 km mínimos exigidos para tirar a superlicença. Com mais testes nos simuladores, parece ser questão de tempo que seja oficializado como piloto da Renault para o ano que vem, sendo parceiro de Hulkenberg. Provavelmente no início o alemão levará vantagem, mas acredito no talento do polonês. Seu retorno para a categoria não é motivo de alegria apenas para os fãs e pilotos e a categoria, mas também um elemento para atrair o público médio com a sua história de superação. O toque humano e da persistência que a Liberty tanto deseja para conquistar ainda mais audiência e diminuir as barreiras que a F1 de Bernie construiu com os torcedores nas últimas décadas.

Será, com certeza, uma grande vitória, em uma F1 onde apenas jovens pilotos endinheirados e presentes nas academias das principais equipes podem adentrar esse universo tão e cada vez mais exclusivo.

Confira os tempos de ontem e de hoje, e explicarei um por um quem são os novatos que representaram as equipes nesses dois dias de testes:



Lando Norris - O britânico de 19 anos é o atual campeão da Fórmula MSA e da Toyota Racing Series. Com isso, tornou-se piloto da academia da McLaren. Atualmente, corre pela Carlin no Campeonato Europeu de F3. Fala-se que, no futuro, pode assumir um cockpit da equipe britânica, principalmente se Alonso deixar a equipe.

Lucas Auer - É sobrinho de Gerhard Berger. Corre no DTM.

George Russell - O britânico de 19 anos é o atual líder da GP3, correndo pela ART. Está desde o início do ano no programa de piloto da Mercedes. Provavelmente irá para a F2 no ano que vem.

Nikita Mazepin - O russo de 18 anos tem dinheiro. Com lobby, talvez tenha possibilidade de chegar na F1. Atualmente disputa a Fórmula 3, mesma categoria de Pietro Fittipaldi. Atualmente, é o 12° colocado, com 52 pontos. Seu melhor resultado foi um segundo melhor na corrida 1 de Spa Francorchamps.

Nicholas Latifi - O canadense de 22 anos pertence a Renault. Disputa a F2 pela DAMS.

Sean Gelael - Anotem esse nome... a versão indonésia de Stroll. O piloto de 20 anos tem muito dinheiro, tanto é que está na Toro Rosso. Ele corre pela Arden na F2.

Santino Ferrucci - Americano com sobrenome italiano, pertence a Ferrari. Está na F2. É mais um daqueles que podem ter uma vaga na Haas ou Sauber nos próximos anos.

Gustav Malja - Sueco, assim como os donos da Sauber. Está na sua segunda temporada na F2. No ano passado, pilotou pela Trident e pela Rapax. Esse ano está na Racing Engineering. Tem 21 anos.

Charles Leclerc - O mais badalado e a nova promessa do automobilismo para o futuro. Com 19 anos, lidera com sobras a F2, tal qual Vandoorne fez em 2015. É da academia de pilotos da Ferrari. Com suas atuações, existem grandes chances dele estrear na F1 ano que vem pela Sauber, e futuramente ir para a Ferrari. Anotem esse nome.

Nobuharu Matsushita - Apoiado pela Honda, já fez testes pela McLaren e agora pela Sauber, onde os japoneses tinham um acordo para o fornecimento de motores, cancelado na semana passada. Com isso, suas chances acabaram por lá. Entretanto, existe uma negociação da Toro Rosso com os japoneses e, quem sabe, pode parar por lá. Está na F2 há duas temporadas, alternando vitórias com algumas barbeiragens. Normal. Certamente um dos melhores pilotos japoneses dos últimos anos que pode ingressar na F1.


Por enquanto é isso. Até!




quarta-feira, 2 de agosto de 2017

O FUTURO DO AUTOMOBILISMO - Parte 2

Foto: Wikimedia Commons
As grandes montadoras estão tomando decisões importantes que acarretam nas principais categorias de automobilismo nos próximos anos.

Algumas semanas atrás, a Mercedes anunciou que irá deixar a DTM no final do ano que vem para disputar a sexta temporada da Fórmula E, a partir de 2019. A categoria já vinha perdendo vagas nos últimos anos e, de acordo com a imprensa europeia, o fato de que a partir de 2019 os motores serão padrão quatro cilindros feitos pela Ilmor em parceria com Audi teria motivado a decisão dos alemães.

Nos últimos anos, a categoria perdeu emoção e competitividade, resumida a um torneio onde pilotos da Mercedes competem enquanto não são chamados para a Fórmula 1 (vale ressaltar que Pascal Wehrlein foi campeão da categoria em 2015). Se os custos não diminuírem também, ninguém irá sentir falta desta categoria.

Foto: Getty Images
A Porsche, atual campeã de Le Mans, anunciou na semana passada que está se retirando do Mundial de Endurance também para se juntar a Fórmula E. Vale lembrar que a Audi, no ano passado, também já tinha tomado essa decisão, onde passou a assumir o controle técnico da Audi Abt na categoria elétrica. Com isso, sobra apenas a Toyota na categoria para o ano que vem. O lado bom, para os japoneses, é ser quase impossível não vencer Le Mans pela primeira vez na história.

Entretanto, o WEC nunca teve um grande apelo comercial como campeonato. Na verdade, Le Mans é a grande exceção por motivos óbvios. Ela é muito, mas muito maior que a categoria. Com apenas uma montadora na categoria, ela também está fadada ao fracasso.

O que não é coincidência é o fato de Audi e Porsche fazerem parte do Volkswagen Group, que está no centro de um escândalo de emissões de diesel nos últimos anos. A história: A Comissão Europeia está investigando um suposto cartel entre as grandes fabricantes de automóveis alemãs. Além das três citadas, a BMW e a Daimler também estão sendo investigadas.

Segundo o jornal alemão "Der Spiegel", as cinco empresas teriam formado um cartel desde os anos 1990, articulando a redução das emissões de poluentes dos veículos a diesel. A informação consta em “um documento escrito que o grupo VW remeteu às autoridades de concorrência” em julho de 2016, como “uma espécie de autodenúncia”. A Daimler também teria se denunciado, segundo o semanário.

Os cartéis estão proibidos na UE porque prejudicam a concorrência e aos consumidores. A Comissão pode impor severas multas às empresas que façam esse tipo de arranjo.

Audi Abt, do campeão Lucas di Grassi. Foto: Getty Images
Portanto, a ida dessas empresas para um campeonato que utiliza motores elétricos é um sinal de que há o desejo de melhorar a imagem da empresas perante a opinião pública. Em breve, a Fórmula E terá BMW, Mercedes e Porsche, além das atuais Audi, Renault e Jaguar. Não duvido da Ferrari ingressar nesse ramo em breve.

O futuro são os carros elétricos e não poluentes. Há lobbies e empresas comprometidas com isso a médio-prazo. Com isso, torna-se mais lógico que essas empresas invistam na F-E por ela ser mais barata e atrativa porque é uma espécie de laboratório para o futuro, impossível de fugir nos próximos anos. O automobilismo tradicional, além de caro, não produz mais nada de interessante. A F-E, além de barata, tem um marketing muito e proporciona esses testes de laboratório, que é o intuito de qualquer montadora ao adentrar em qualquer categoria.

Diante disso, como já escrevi, o futuro da WEC e DTM é complicado. Eles terão que se reinventar. E a F1, perderá espaço para F-E? Talvez. Com os custos fora da realidade e a migração de diversas empresas para a outra categoria, a FIA e a Liberty buscam atrai-las para a partir de 2021, quando estiverem livres do Pacto de Concórdia assinado em 2013.

No futuro, a F1 não será mais a categoria do "pioneirismo em desenvolvimeento tecnológico", e sim a F-E. Com isso, espero que a F1 retorne aos garagistas, com custos acessíveis a todos, igual antigamente, quando todo mundo tinha a grana das empresas de tabaco como carro-chefe de seus orçamentos.

Até!

terça-feira, 1 de agosto de 2017

FINALMENTE, DI GRASSI!

Foto: Divulgação
Com atraso, o blog, que estava devendo muitos posts sobre a Fórmula E, irá fazer o registro do merecido título de Lucas Di Grassi na categoria ontem, em Montreal.

Em virtude da incompatibilidade de acompanhar as corridas, infelizmente não pude escrever quase nada ultimamente. Por sorte, o destino sorriu para mim e consegui acompanhar as etapas derradeiras do final de semana.

Muitos irão comentar, com razão, que Di Grassi foi campeão somente graças a preferência do rival Buemi em priorizar os eventos no Mundial de Endurance, ausentando-se das etapas de Nova York. É verdade. Entretanto, o brasileiro não tem nada a ver com isso.

Aliás, Di Grassi chegou a correr com a perna fraturada em algumas etapas, o que causou sua ausência nas 24 Horas de Le Mans. Sempre consistente, brigou pelo título nas três temporadas. Bateu na trave ano passado e esse ano foi coroado com a maior conquista da carreira desde a vitória em Macau, quando superou Sebastian Vettel e Robert Kubica, por exemplo.

Foto: Divulgação
O brasileiro teve sempre como característica ser constante e frio, um acumulador de pontos. Tanto é que foi campeão com "apenas" duas vitórias, enquanto Buemi teve seis. A e.Dams é o melhor carro da categoria desde o começo e perdeu duas chances com o suíço que, diante de tudo ir desmoronando na semana derradeira, começou a discutir com outros pilotos, querendo saber quem havia batido em seu carro na corrida 1, quando ficou em quarto, mas foi desclassificado.


Na primeira temporada, Buemi, Di Grassi e Nelsinho Piquet brigaram pelo título. Três anos depois, um título para cada, dois para o Brasil em três temporadas. Nada mal! Isso prova que a F1 não é tudo e existem muito mais opções para os pilotos (e mais baratas, principalmente) em suas carreiras.

A Fórmula E é o futuro. Com a Jaguar e no futuro a Mercedes, Porsche e BMW, a categoria tem tudo para crescer (pretendo fazer um post sobre isso em breve). Para os mais céticos e tradicionalistas, não é interessante ver um carro elétrico em um circuito de rua. Por enquanto, não há condições desses carros correrem em autódromos. Não há potência suficiente. No futuro, a ideia é que os carros durem a prova toda. Atualmente, os pilotos trocam de carro durante a corrida, pois a bateria não dura todo o tempo necessário.

Diante da modernidade e da questão ecológica e até financeira sobre a funcionalidade de carros sem gasolina, a Fórmula E deve substituir, no futuro nem tão distante, a Fórmula 1 no quesito tecnologia e pioneirismo. Por isso o interesse das grandes montadoras. Tomara que as corridas continuem animadas, agitadas e emocionantes. Até aqui, a Fórmula E é um grande acerto, para o desespero dos tradicionalistas.

Espero que, no futuro, também consiga olhar com mais atenção para a categoria. Ela ficará mais interessante, sem dúvida alguma!

Até!

segunda-feira, 31 de julho de 2017

VANTAGEM NAS FÉRIAS

Foto: Getty Images
A foto é sugestiva, mas a vida de Vettel (e de Alonso, a estrela mor da F1) esteve longe de ser fácil, com sombra e água fresca. Impossível isso, no calor escaldante húngaro, que exigiu muito preparo físico dos pilotos. Digo, o único lugar com água fresca disponível foi no Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo disputado em Budapeste.

Vettel disse que teve problemas com o posicionamento do volante no carro, que pendia o bólido para a esquerda. Pode ser uma explicação. O fato é que, pela primeira vez na temporada, Kimi Raikkonen teve um desempenho consistente na corrida, superando o tetracampeão. Não venceu a corrida por dois motivos: é difícil ultrapassar em Hungaroring e, como segundo piloto da Ferrari, seria desastroso superar Vettel no campeonato.

Sobrou para o finlandês, eleito o piloto do dia (injustamente, diga-se), ser um mero escudeiro do comboio de Seb: não poderia tentar a evitar e conseguiu evitar os ataques de Bottas e Hamilton. O #77, sem ritmo, teve que deixar Lewis passar pois este tentaria atacar Kimi. Como não conseguiu passar, ele cumpriu o trato e devolveu a posição para Bottas na última curva, sob o risco de ser superado por Verstappen. Talvez esses três pontos façam falta no campeonato, mas Hamilton ganhou muito mais do que isso hoje. Foi uma pessoa honrada, digna de um tricampeão.

Foto: Getty Images
Verstappen, aliás, poderia ter atrapalhado ainda mais os planos da Mercedes. Conseguiu pular para o quarto lugar, mas acabou tirando Ricciardo da corrida e punido com dez segundos de punição. O australiano ficou muito irritado e cobrou de Max nas entrevistas, atitude incomum para o sorridente piloto. O holandês se desculpou, mas o clima parece ter ficado quente na Red Bull. Normal, com dois pilotos com potencial de título, uma hora isso ia acontecer.

O piloto do dia foi sim Fernando Alonso, a fênix. Um dos poucos a conseguir fazer uma ultrapassagem, e foi por fora contra o compatriota Carlos Sainz Jr. De quebra, o asturiano aniversariante do final de semana fez a volta mais rápida da corrida! A Liberty precisa urgentemente colocar o espanhol em um carro competitivo ano que vem. Ainda assim, o espanhol é a cara que a F1 tenta passar para o público jovem: memes, diversão e humor. Mas Alonso é muito mais do que isso. Ainda assim, foi demais hoje ele posar ao lado de seu desenho, uma homenagem ao mítico momento que ocorreu em Interlagos, em 2015.

Foto: Marca
Finalmente, um ponto para Vandoorne. Para que os malas parem de encher o saco. O belga tem muito potencial. Se até Alonso está sofrendo, imagina um estreante. Com esses sete pontos, a McLaren deixa a lanterna do Mundial de Construtores: 11 a 5, onde é possível que a Sauber consiga sair do último lugar. 

Diante de uma corrida tão chata, chamou a atenção uma treta pós-corrida: Magnussen jogou Hulkenberg para fora da pista e foi punido com cinco segundos. No paddock, enquanto o dinamarquês concedia entrevista, Hulk quis tirar satisfações, chamando-o de o "mais sujo do grid". A resposta? 


Confira a classificação final do Grande Prêmio da Hungria:


A F1 tira férias no verão europeu e retorna daqui um mês, no Grande Prêmio da Bélgica, em Spa Francorchamps, nos dias 25, 26 e 27 de agosto.

Até!


sábado, 29 de julho de 2017

SUSTOS E REAÇÕES

Foto: GP Update
Fala, galera... Voltando a escrever no sábado, como nos tempos antigos. Dessa vez foi por necessidade, mas também pela importância dos acontecimentos. Vamos lá:

Pole número 48 para Vettel. A Ferrari escondeu o leite até o final para dominar com P1 e P2. Teoricamente, uma pista travada favorece mais a Ferrari. Depois de Hungaroring, em tese, sobrará apenas Suzuka, Cingapura e Malásia para os italianos se sobressaírem. A Red Bull não confirmou as expectativas, com Verstappen e Ricciardo na habitual terceira fila. Aliás, o holandês meteu meio segundo no australiano.

Na segunda fila fica a Mercedes, com ritmo preocupante. Hamilton, maior vencedor do circuito, ainda não se achou no final de semana. Foi superado por Bottas. No total, 6 x 5 para o poleman no ano. Até que o finlandês está equilibrando as coisas. O tricampeão irá largar uma posição a frente de Verstappen, que promete vir agressivo e despreocupado como sempre. Bottas terá a missão de passar Raikkonen na largada e tentar imprimir pressão em Vettel. Do contrário, será um passeio ferrarista amanhã.

Foto: Getty Images
O susto: a ausência confirmada de Felipe Massa. Realmente ele e a Hungria não combinam, muito pelo contrário. Depois do segundo treino livre, ele passou mal, com tontura, dor de cabeça, nos ouvidos e a temperatura corporal acima do normal. Foi para o hospital, fez um check-up e foi liberado. Durante o terceiro treino livre, a sensação estranha continuou e Massa, em conjunto com a equipe, optou por não disputar o grande prêmio.

A bomba ficou para Paul di Resta. Sem pilotar um F1 desde 2013, teve que entrar no FW38 ajustado para Massa. Mal cabendo no cockpit e com dificuldades para sair sozinho do carro, Paul não tinha muito o que fazer. Mesmo inativo todo esse tempo, irá largar em penúltimo. Diante dessas questões, me parece improvável que complete a prova, mas a culpa não é dele. É o que dá para fazer. Que Massa tenha uma boa recuperação e retorne mais forte para a metade final da temporada.

Foto: Getty Images
Outros destaques do treino: McLaren mostrando que o chassi é bom, mas o que falta é motor, assim como a Renault. Force India sofre do mesmo problema que a Williams: a ausência de pressão aerodinâmica.

Kvyat ganhou mais um ponto na carteira e chegou a 10, além de perder três posições por ter atrapalhado a volta rápida de Stroll. Mais dois e fica suspenso. Triste fim do russo na F1.

Confira o grid de largada (Hulkenberg trocou o câmbio e perde cinco posições) do Grande Prêmio da Hungria:


Até!

quinta-feira, 27 de julho de 2017

GP DA HUNGRIA - Programação

O Grande Prêmio da Hungria (Magyar Nagydíj, em húngaro) foi disputado pela primeira vez em 1936, no circuito urbano de Népliget, na cidade de Budapeste. Somente em 1986 voltou a ser disputado, quando entrou para o calendário da Fórmula 1, agora no sinuoso e travado circuito de Hungaroring.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:19.071 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:18.773 (RBR, 2010)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 5x (2007, 2009, 2012, 2013 e 2016)


KUBICA CADA VEZ MAIS PERTO DO RETORNO

Foto: Getty Images
Cyril Abiteboul confirmou em um comunicado que Robert Kubica irá guiar o carro de 2017 da Renault em uma sessão que irá acontecer na semana que vem em Hungaroring, após o GP da Hungria. O treino será crucial para se saber se o polonês tem condições de guiar um F1 atual. Ele irá pilotar o bólido francês juntamente com Nicholas Lafiti, da F2.

Isso praticamente confirma os planos da escuderia francesa em contar com Kubica para o lugar de Palmer no ano que vem. Outras publicações afirmam que o polonês, caso tenha sucesso no teste da semana que vem, já participe de um treino livre em Spa ou Monza. Vale ressaltar que dessa vez o teste será disputado normalmente com as outras equipes, onde pode ocorrer disputas de posição e ultrapassagem.


Todo mundo está torcendo pelo sucesso de Kubica. Ele é o grande personagem central da silly season e do mercado de pilotos. Tomara que volte em condições de competir com Hulkenberg e que brigue por boas posições.

ASTON MARTIN PODE SER FORNECEDORA DE MOTORES A PARTIR DE 2021

Foto: Getty Images
De acordo com Andy Palmer, presidente do grupo, a montadora estaria disposta a discutir um programa de motores na Fórmula 1, com entrada em 2021. Em entrevista para o "Autosport", Palmer disse que se reuniu com a FIA com o intuito de ampliar a participação da empresa no campeonato. Atualmente, a Aston Martin apenas patrocina a Red Bull.

Diante dos gastos exorbitantes da categoria, Palmer descartou a possibilidade de ingressar como uma montadora, mas que se os custos diminuírem é possível gastar uma boa quantia em um desenvolvimento de motores. As conversas, que estão em um estágio inicial, estão longe de terem um desfecho, mas seguem "um caminho certo". Para que a possibilidade seja real, é necessário baixar os custos irreais da categoria. Palmer aproveitou para negar a possibilidade de parceria com a Cosworth, tradicional fornecedora de motores da F1, afastada desde o fim da parceria com a Williams, em 2011.


Quanto mais montadoras na F1 mais barateada no futuro (assim esperamos), melhor será para o espetáculo. Entretanto, as chances disso acontecerem são mínimas. É muito caro construir uma unidade de potência. Hoje, temos apenas Ferrari e Renault sólidas. A Mercedes, dizem, irá pular fora no final do Pacto de Concórdia de 2020.

A Honda está incerta para o ano que vem. Corrigindo: os franceses também são instáveis e podem abandonar a F1 outra vez a qualquer momento. Com isso, sobra apenas a Ferrari como fornecedora de motores para o futuro. Tenebroso.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 177 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 176 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 154 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 117 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 98 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 57 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 52 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 43 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 29 pontos
10- Nico Hulkenberg (Renault) - 26 pontos
11- Felipe Massa (Williams) - 23 pontos
12- Lance Stroll (Williams) - 18 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 18 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 11 pontos
15- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
16- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos
17- Fernando Alonso (McLaren) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 330 pontos
2 - Ferrari - 275 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 174 pontos
4 - Force India Mercedes - 95 pontos
5 - Williams Mercedes - 41 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 33 pontos
7 - Haas Ferrari - 29 pontos
8 - Renault - 26 pontos
9 - Sauber Ferrari - 5 pontos
10- McLaren Honda - 2 pontos

TRANSMISSÃO




quarta-feira, 26 de julho de 2017

LEMBRANÇAS HÚNGARAS

Foto: Getty Images
Hoje vai ser jogo rápido. Vamos recordar três corridas que acredito serem relevantes na história do Grande Prêmio da Hungria, no calendário desde 1985.

Começamos em 1997. Atual campeão do mundo, Damon Hill amargava o único assento que lhe restou para aquele ano: na Arrows, uma das piores do grid. Inusitado para um atual campeão ir para o fim do grid. Pois bem, Hill vinha fazendo o que podia, sem muitos resultados. Entretanto, o GP da Hungria de vinte anos atrás pode ser considerado a sua maior atuação na carreira. A surpresa começou no treino: com os compostos resistentes da Bridgestone, largou em terceiro, atrás apenas de Schumacher e Villeneuve, que brigavam pelo título.

Na largada, Hill superou o canadense. Com o superaquecimento dos pneus Goodyear, a Ferrari de Schummy foi presa fácil para o inglês, que assumiu a liderança da prova e disparou, deixando todos incrédulos. Schumacher, Frentzen e Coulthard abandonaram, e Villeneuve não conseguia acompanhar o ritmo de Damon. Estava 35 segundos atrás.

Até que, restando três voltas para o final, o pedal do acelerador da Arrows de Hill. O resultado? Confere aí:


As primeiras três edições da corrida húngara foram vencidas por Nelson Piquet (duas vezes) e Ayrton Senna. Relembre a segunda vitória consecutiva de Piquet em Hungaroring, há três décadas atrás, com Senna em segundo e Prost em terceiro:




Para finalizar, o post deveria conter uma vitória do maior vencedor nessa pista, marca alcançada no ano passado. Há dez anos, Hamilton venceria a primeira das cinco (talvez seis no domingo?) vitórias no traçado húngaro, três vezes com a McLaren e duas pela Mercedes (onde inclusive venceu pela primeira vez com as flechas de prata). 

O que mais chamou atenção nesse final de semana foi um acontecimento histórico: no sábado, durante o Q3, Alonso ficou propositalmente mais tempo nos boxes, com o objetivo de atrasar Hamilton e impedir que o inglês conseguir realizar novas voltas lançadas. Alonso saiu com a pole, mas o espanhol foi punido pela direção de prova em cinco punições, largando em sexto. Hamilton herdou a pole e venceu mas a McLaren não levou os pontos para os construtores, onde depois foi banida em virtude do escândalo de espionagem. Relembre:

Aí foi o início da guerra entre Alonso contra Hamilton e Ron Dennis.


Até!