sexta-feira, 26 de maio de 2017

O NOVO E O VELHO

Foto: Getty Images
Faz parte da tradição de Monte Carlo lembrar-se durante ou depois dos treinos que a sessão é, excepcionalmente no Principado, na quinta-feira. Pois bem. Os testes foram bastante inconclusivos, mas é possível tirar algumas coisas interessantes.

No TL1, Hamilton foi o mais rápido. Seu companheiro de equipe Bottas foi o quarto. Entre eles, Vettel e Verstappen. Apenas três décimos separaram a Mercedes da Red Bull. Ricciardo ficou em quinto e Kvyat, o grande destaque do dia, foi o sexto. Completando o top 10: Raikkonen, Pérez, Sainz e Ocon. Massa foi o 11°. Button, para quem estava aposentando e mal treinou no simulador, ficou em 14°, apenas dois décimos mais lento que Vandoorne.

O que foi movimentado mesmo foi o TL2. Com direito a quebra de recorde de pista, Vettel é o primeiro a fazer um tempo abaixo de 1:13 na atual configuração da pista (1:12.720). Quatro décimos depois, veio Ricciardo e Raikkonen. Completaram o top 5 as duas Toro Rosso, com um desempenho acima da média por enquanto, mas tudo está ainda bastante indefinido (Sainz e Kvyat). As flechas de prata priorizaram a simulação para corrida e Hamilton foi o oitavo, duas posições à frente de Bottas. Massa foi o 13°.

Foto: Getty Images
O que era esperado aconteceu. Movimentando as casas de apostas bolões dos fãs, estava tudo mundo preparado para o momento em que Lance Stroll iria bater. Foi logo no segundo treino, na subida após a primeira curva e uma mini-reta. Mais um carro danificado. Antes disso, o canadense já era um segundo mais lento que Massa. Mais do que acumular quilômetragem em um circuito inédito e o mais complicado da temporada, Stroll está pressionado pela crítica e pelos fãs. A Williams certamente irá se questionar se valerá a pena perder três posições nos construtores em troca do dinheiro de Sr. Lawrence, quantia essa utilizada no reparo dos FW40 que o novato arrebenta pelo mundo.

Fica cada vez mais claro que o passo foi muito além da perna. O staff de Lance se precipitou. Uma experiência na GP2 seria muito melhor para o amadurecimento do piloto, que poderia chegar na F1 com outro status além de ser filho de um rico patrocinador.

Confira o vídeo do acidente:


Outro que está com a batata assando é Palmer, embora hoje ele tenha andado pouco, vítima de um problema de vazamento de óleo no início do segundo treino livre. A imprensa europeia especula que o inglês pode ser substituído no meio da temporada. Até o momento, o favorito seria o piloto reserva da escuderia, o russo Sergey Sirotkin, que chegou a ser especulado como piloto titular da Sauber em anos anteriores, o que obviamente não se confirmou. O sonho de consumo da equipe é Fernando Alonso para 2018. Enquanto isso, Hulk sofre com as dificuldades do projeto francês, que ficou pelas últimas posições nos treinos de hoje.

Confira a classificação dos dois primeiros treinos livres:



Até!




quinta-feira, 25 de maio de 2017

GP DE MÔNACO - Programação

O Grande Prêmio de Mônaco é um dos GPs mais conhecidos do automobilismo, juntamente com as 500 milhas de Indianopólis e as 24 horas de Le Mans. É um circuito de rua de Monte Carlo, com 3340 metros de extensão e que exige  muita precisão, devido a uma grande quantidade de curvas e a estreita largura das ruas que formam o percurso.
Passou a integrar o calendário da Fórmula 1 em 1955.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:14.439 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:13.556 (RBR, 2011)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Ayrton Senna - 6x (1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993)

MUDANÇA DE TRADIÇÃO

Foto: Grand Prix
Você já sabe que em Mônaco tudo é diferente. Os treinos livres são na quinta para que a sexta os pilotos fiquem livres para os compromissos comerciais e festas. O Principado é o único que não é agraciado com a estrutura padrão do pódio. A premiação acontece nos degraus do primeiro andar do camarote da família real, os Grimaldi. Acontecia.

O Automóvel Clube de Mônaco (ACM), organizador da corrida, optou por montar, nesse ano, o pódio no segundo andar do camarote, com a presença das chatas e sem graças bandeiras em LED que aparecem acima dos pilotos durante toda a cerimônia de premiação.


Pela primeira vez em muito tempo, não será possível ver a celebração dos pilotos na rua, com as equipes, jogando champanhe em todo mundo: mecânicos, fiscais, câmera e na família real também, principalmente. Uma tradição a menos em 2017.

OI E TCHAU

Foto; Motorsport
O retorno de Jenson Button chega a ser despercebido por todos. Também, todos os olhos estão em Alonso na sua aventura das 500 Milhas de Indianápolis. O campeão mundial de 2009 irá competir na categoria pelo 18° ano seguido. Como já escrevi inúmeras vezes, desde que eu me conheço como gente, lá estava Button na corrida, e em 2017 isso não será diferente.

Button realiza testes no simulador da equipe de Woking. Ele chegou a declarar que caiu duas vezes na Marina. Ele sentiu a diferença dos carros, mais pesados e difíceis de serem guiados nessa temporada. "Depois da curva um e subida da colina, deslizei para o lado direito e rodei. Tive sorte porque o impacto não é tão grande quanto na realidade, mas notei uma sacudida e um pouco de força G", comentou.

Segundo o inglês, o MCL-32 pode evoluir de produção com a atualização de componentes. Ao mudar as configurações do bólido e encaixá-las na sua característica de pilotagem, Jenson gostou do resultado: Quando entrei no carro, inicialmente não gostei da sensação do carro - isso foi antes das atualizações. Fizemos algumas mudanças na configuração e melhorou bastante, se adequou muito mais ao meu estilo. Com as atualizações é bastante impressionante de pilotar", disse

O retorno relâmpago de Button, de fato, não é muito empolgante. Aposentado e em uma equipe errática que dicilmente conseguirá algo de destaque, a McLaren opta pelo conservadorismo (como sempre) ao invés de talvez apostar em algum outro nome. Button, já aposentado, cumpre tabela. 

Nesse momento, a McLaren precisa de pontos e referências. O que torna, talvez, a decisão de "ressuscitar" Jenson é o fato de que, mesmo inativo, sua experiência é mais importante que a inexperiência de um jovem talento em um carro ruim e um contexto todo adverso.

Vai que Button roube as manchetes de Alonso e consiga pontuar no domingo, não?

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 104 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 98 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 63 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 49 pontos
5 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 37 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 35 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 34 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 19 pontos
9 - Felipe Massa (Williams) - 18 pontos
10- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 17 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 14 pontos
12- Romain Grosjean (Haas) - 5 pontos
13- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 4 pontos
15- Pascal Wehrlein (Sauber) - 4 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 161 pontos
2 - Ferrari - 153 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 72 pontos
4 - Force India Mercedes - 53 pontos
5 - Toro Rosso Renault - 21 pontos
6 - Williams Mercedes - 18 pontos
7 - Renault - 14 pontos
8 - Haas Ferrari - 9 pontos
9 - Sauber Ferrari - 4 pontos

TRANSMISSÃO





terça-feira, 23 de maio de 2017

UMA SINGELA HOMENAGEM

Foto: Reprodução
A situação já era quase irreversível e foi confirmada hoje. Campeão da Moto GP em 2006, o americano Nicki Hayden morreu aos 35 anos. Na quarta-feira passada, ele foi atropelado enquanto andava de bicicleta em Riccione, na Itália. Ele estava internado em Cesena, no Hospital Maurizio Bufalini.

O piloto, que corria no Mundial de Superbike, treinava em grupo com outros ciclistas quando foi acertado por um carro. O impacto fez com que Hayden girasse pelo capô, quebrando o para-brisas, para depois ir ao chão. Ele sofreu um grave hematoma cerebral, além de uma fratura exposta na perna.

O americano correu na MotoGP entre 2003 e 2015, na Honda, Ducati e Aspar. Em sua única temporada na Superbike, terminou o campeonato em quinto lugar. Nesse ano, era o 13°.

Ele não tem filhos, mas deixa a noiva, Jackie, os pais Earl e Rose, além de dois irmãos e duas irmãs: Roger Lee, Tommy, Jenny e Kathleen.

Para homenagear o campeão, nada como alguns clipes para exaltar a sua brilhante carreira. Vá com Deus, Hayden!
#RideOnKentuckyKid




Confira a batalha que Hayden travou com Valentino Rossi em 2006 para sagrar-se campeão do mundo:



Até!

segunda-feira, 22 de maio de 2017

NÃO É SORTE DE INICIANTE

Foto: Chris Owens
A relação Alonso-Indy-Oval começou em menos de um mês. Com muitos ajustes e adaptação (ainda não plena por necessidades óbvias de tempo), o rookie de 35 anos foi evoluindo aos poucos nos testes que participava. A expectativa geral (ou a impressão particular do autor do post) foi a de que o espanhol conseguiria largar, no máximo, na metade do grid, o que já seria um resultado satisfatório.

Nesse momento, a Fênix mostra porque é diferenciada e leva ao delírio os milhares de aficionados pela Alonsomania e pelo automobilismo. Com muito trabalho e talento, o bicampeão conseguiu avançar para o Fast Nine (os nove que disputam a pole das 500 Milhas) com o sétimo tempo.

Ontem, fez melhor e irá largar na segunda fila, em quinto, na estreia e em um dos palcos mais importantes do automobilismo mundial. Deixou o filho do dono da equipe para trás. De tirar o chapéu. Tudo isso não é sorte de iniciante. Tudo o que ele quer é repetir o feito de Rossi, vencedor no ano passado e que irá largar em terceiro. Tudo para se eternizar mais ainda na história.

Foto: Reprodução
O pole, pela terceira vez, será Scott Dixon, com Ed Carpenter em segundo. Sato, outro ex-F1, é o quarto. Tony Kanaan larga em sétimo. Hélio Castroneves, buscando o tetracampeonato da Indy 500 para se igualar a nomes como A.J. Foyt, Al Unser e Rick Mears e se tornar o maior vencedor da prova, é o 19°. Os 33 carros que irão disputar a prova terão a semana livre para fazer os testes e ajustes necessários para a corrida.

O quinto lugar de Alonso ficou de bom tamanho. O resultado valoriza e ratifica seu imenso talento sem desmerecer os pilotos da Indy, como certamente seria injustamente feito por fãs da F1 que não acompanham muito a outra categoria. Assim sendo, há de se exaltar Alonso e Dixon, os grandes nomes do final de semana da Indy. A próxima semana será espetacular para quem gosta de automobilismo!

Confira o grid de largada da 101a edição das 500 Milhas de Indianápolis:

Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter
No sábado, Sebastian Bourdais (ex-Toro Rosso) sofreu um forte acidente e acabou quebrando a bacia e o quadril. O francês já foi operado e passa bem, mas irá perder todo o restante da temporada. Nesse momento, isso é o que menos importa. É uma pena, pois fazia uma bela temporada na nanica Dale Coyne e certamente seria um dos candidatos a vitória porque era um dos mais rápidos nos treinos livres. Que tenha uma ótima recuperação:

Para quem não viu o acidente:



Aguardem que durante a semana teremos material especial sobre a Indy... Até!

terça-feira, 16 de maio de 2017

DO INFERNO AO CÉU

Foto: Reprodução/Twitter
Quase três meses atrás, retratei o drama de Pascal Wehrlein e todos os acontecimentos que lhe culminaram no chamado "inferno astral" (Relembre o post AQUI), desde a recusa da Mercedes em lhe efetivar na vaga deixada por Rosberg e na preferência por Ocon na Force India até o grave acidente na Corrida dos Campeões, em janeiro, que culminou na ausência da pré-temporada e das duas primeiras corridas do ano, na Austrália e na China.

Diante desse cenário de desesperança e desconfiança, Wehrlein chegou no Bahrein e, distante das melhores condições, conseguiu levar o pior carro do grid para o Q2. Um feito considerável que ele já havia alcançado algumas vezes com a Manor no ano passado. Entretanto, nada se compara com o feito de ontem.

Administrando os pneus e contando com uma estratégia certeira, facilitada pelo Safety Car do incidente entre Vandoorne e Massa, o alemão foi para os boxes e voltou em sétimo, onde chegou a ocupar a quinta posição. Pressionado a corrida toda por Sainz, Kvyat, Grosjean e Magnussen, nem mesmo a punição de 5 segundos acrescidas ao tempo final tirou o #94 dos pontos. Pelo segundo ano seguido, Wehrlein conquista a zona de pontuação com o pior carro, dessa vez em circunstâncias épicas: ausente de duas corridas depois de um grave acidente.

Foto: Motorsport
Os desempenhos de Ocon e Wehrlein explicam cada vez menos a escolha conservadora da Mercedes por Bottas. Não confiar na capacidade de seus jovens pilotos invalida o sentido de existir uma academia de pilotos. Nada contra o finlandês, que é um bom piloto, mas acredito que o francês ou o alemão mereciam mais. Embora Verstappen seja de um nível muito superior, a Red Bull não exitou em colocá-lo rapidamente no topo, mesmo que tenha sido através de uma manobra criticável mas que deu o resultado esperado para os taurinos.

Os pontos e a atuação soberba não são apenas importante para a Sauber na briga pelos construtores, mas sim para a retomada de confiança do #94. Se, após passar pelo pior momento da carreira ele consegue reverter uma situação difícílima com relativa rapidez, essa confiança pode lhe ajudar a dar passos maiores na carreira. Para isso, basta que a Mercedes confie em seu trabalho. Se um piloto que pontua com os piores carros da categoria não serve para a equipe, qual jovem talento irá corresponder?

O pior já passou. Que Wehrlein consiga se estabelecer na carreira. Talento ele tem, de sobra. Os resultados na DTM e agora na F1 ratificam isso.

Foto: Motorsport

segunda-feira, 15 de maio de 2017

CHATO E EMPOLGANTE

Foto: Reprodução
"A nova F1" teve uma surpreendente boa e movimentada corrida na Espanha, sempre candidata a ser uma das piores provas da temporada. O que antes era provável agora ficou óbvio: É Vettel contra Hamilton e nada mais. Que disputa maravilhosa a dos dois. Limpa, arrojada e agressiva, do jeito que os fãs desejam ver. A Mercedes foi mais esperta na estratégia e levou a melhor, no vacilo dos italianos. Entretanto, a regularidade do tetracampeão, que só chegou em primeiro ou em segundo nesse ano, está sendo fundamental para ainda liderar o campeonato: 104 a 98, dois a dois.

Mais uma vez o tricampeão fez uma péssima largada, perdendo a liderança logo nos primeiros metros. Na primeira curva, Bottas, Raikkonen e Verstappen dividiram o mesmo espaço, causando um 'efeito dominó': O finlandês da Mercedes bateu no da Ferrari, que se tocou com a Red Bull e os dois últimos acabaram abandonando a prova com a suspensão dianteira danificada. Incidente de corrida. Foi muito bom ver os comissários liberando (quase) tudo, sem punições injustas. Isso é que é uma corrida de verdade. Também na primeira curva, Massa jogou Alonso para fora da pista, reeditando 2007. O brasileiro teve o pneu furado e comprometeu toda a corrida, caindo para último e terminando em 13°, enquanto o espanhol foi 12°. Poderia ter pontuado se não fosse o incidente, mas como o "se" não existe...

Foto: Reprodução
Após Vettel parar pela primeira vez e voltar atrás de Bottas, o finlandês fez o legítimo papel de "escudeiro", segurando o alemão enquanto Hamilton tentava se aproximar. Os segundos de vantagem recuperados por Lewis foram cruciais para a vitória. Mais lento desde o início, Bottas ficou para trás. Utilizando o motor antigo, acabou abandonando. Sem Raikkonen, Verstappen e o finlandês da Mercedes, o caminho ficou livre para Ricciardo conquistar o primeiro pódio do ano, talvez o mais fácil de sua carreira.

Bom, aí que está o chato. Se as disputas na pista estão menos artificiais e com pegas mais bonitos de ver, embora não tenha a quantidade artificial dos últimos anos, as forças parecem bem definidas na parte da frente e a aerodinâmica também dificulta no processo de ganho de posições. A corrida teve poucas alterações, embora tenha sido bastante disputada, o que também torna o espetáculo mais agradável, entendem o que eu quero escrever?

A disparidade é tamanha entre Mercedes e Ferrari para o resto que somente os três que foram para o pódio terminaram a corrida na mesma volta, o que não acontecia há quase dez anos, no atípico Gp da Inglaterra de 2008, também vencido por Hamilton. Aproveitando os abandonos, a Force India mostra que é a equipe mais regular e eficiente da "F1 B". Os indianos foram os únicos que pontuaram em todas as corridas com os dois pilotos, Pérez em quarto (na zona de pontuação pela 16a vez seguida) e Ocon em quinto, melhor resultado na carreira, se aproximando do mexicano em termos de desempenho e garantindo o time do detento Vijay como quarta força (alô, Corinthians) da F1.

Foto: Getty Images
A Renault vem evoluindo. Digo, Hulkenberg. Sexto lugar, o melhor desempenho do ano. Enquanto isso, Palmer briga com Stroll pelo posto de pior piloto da F1. Quando um parece estar na frente, o outro se supera. É inacreditável que o inglês tenha renovado na F1. Conseguiu ser o penúltimo. A Williams abriu mão dos construtores para ganhar dinheiro às custas do canadense. Adeus competitividade. O FW40 é um desperdício de carro, que conta com os pontos de um piloto ex-aposentado irregular que, mesmo perdendo quase um minuto entre entrar nos boxes com o pneu furado e voltar a pista, conseguiu ultrapassar Stroll, sem a presença do Safety Car para reaproximar todo mundo. Se a Renault não se equivalesse a Williams no sentido de existir apenas um piloto, era capaz do time de Glove perder o quinto lugar nos construtores.

A corrida de Pascal Wehrlein foi soberba. Todo o sofrimento que o alemão passa desde o ano passado foi pulverizado com maestria nesse fim de semana. Se antes ele já havia conseguido passar para o Q2, ontem o feito foi enorme: um oitavo lugar (que poderia ser sétimo senão fosse a punição de cinco segundos da direção de prova). Uma estratégia arriscada que deu muito certo. Pelo segundo ano seguido, Pascal faz milagre com o pior carro do grid. Hoje, ele segurou a Toro Rosso e a Haas. Mais uma vez, Ericsson será dominado por um companheiro de equipe, mas isso não faz diferença pois é o dono da Sauber. Menção honrosa para Kvyat, que largou em penúltimo e conseguiu um nono tempo, assim como Sainz, o sétimo na corrida caseira.

Foto: Beto Issa


Alonso fez mágica no sábado, mas o toque com Massa tirou suas possibilidades de pontuação. A velha rotina de ser ultrapassado na reta foi retomada. A grande surpresa foi o MCL32 ter resistido a corrida toda. Estão começando a cobrar Vandoorne de forma injusta ao meu ver. Com equipamento horrível, é difícil do belga mostrar alguma coisa, ainda mais com Alonso como companheiro de equipe, que atrai todos os holofotes, e por ser sua primeira temporada. Entretanto, hoje errou ao colidir com Massa na primeira curva, o que custou o abandono na prova e três posições de punição em Mônaco, próxima etapa do Mundial de F1, nos dias 25, 27 e 28 de maio, sem Alonso mas com Jenson Button.

Confira a classificação final do GP da Espanha:


Até!



sábado, 13 de maio de 2017

VOLTANDO A NORMALIDADE

Foto: Getty Images
O Grande Prêmio da Espanha não reserva nenhuma emoção e novidade. Palco dos testes de pré-temporada, todo mundo sabe de cor e salteado o que fazer e como fazer. O que muda, porém, são as novas peças que são acrescentadas, aos poucos, nos bólidos. Isso pode mudar a ordem de algumas forças na F1.

Por exemplo, a Mercedes retorna a uma tranquila liderança dos treinos, duas vezes com Hamilton. Os alemães chegaram a colocar quase um segundo de vantagem nas Ferraris, que tiveram um dia difícil. O bólido do tetracampeão (agora com os carros com maior e melhor identificação dos nomes e números) teve problema de câmbio no TL1 e andou atrás de Raikkonen nas duas sessões.

Fechando o top 6, as Red Bull de Verstappen e Ricciardo, seguidos da Haas de Magnussen e Grosjean (no TL2, a quarta fila ficou com Hulkenberg e Palmer). Massa foi o nono no TL2 e 14° no TL1. Stroll ficou nas últimas posições nos dois treinos.

Parece claro que a Mercedes será pole com dobradinha com alguns décimos de vantagem sobre a Ferrari, no máximo uns três ou quatro décimos.

Foto: GP Update/Sutton Images
Na primeira volta da sessão, o motor de Alonso morreu. Não só, jorrou óleo, como se o carro estivesse vomitando. Mais um capítulo vexatório para a relação McLaren-Honda. E tem gente que ficou indignada com o fato do bicampeão ir correr em Indianapólis... ele não consegue fazer nada na F1, não tem equipamento! Para não perder tempo, o asturiano foi para o hotel jogar pádel (espécie de tênis espanhol) com seu preparador físico para manter a forma, pois justamente não consegue exercer sua profissão. Isso é frustante ao mesmo tempo em que Alonso é muito bem pago para não fazer nada, e isso obviamente não é sua culpa. Talvez seja sim sua responsabilidade as escolhas equivocadas na carreira. Alonso quer um carro vencedor para 2018. Será que existe vaga para ele nesse perfil? Eu não duvidaria de nada de uma terceira passagem na Renault...

Foto: Twitter

Confira a classificação dos dois primeiros treinos livres do GP da Espanha:



Até!