segunda-feira, 13 de março de 2017

CHEIRINHO

Foto: Motorsport


A pré-temporada da Fórmula 1 encerrou-se na sexta-feira com resultados impactantes mas difíceis de saber se serão relevantes para o começo da temporada. Diria que a maioria dos tempos é apenas um "engana-bobo", onde não sabemos quais eram as condições dos carros no momento exato da melhor volta e, portanto, as equipes provavelmente estavam em estágios diferentes durante os testes.

O inegável é que a Ferrari fez os melhores tempos utilizando todos os tipos de compostos possíveis. Na sexta-feira, Raikkonen foi o autor da volta mais rápida dos oito dias: 1:18.634, três segundos e três décimos mais veloz que o tempo da pole position de Hamilton no ano passado (1:22.000). Ou seja, confirmou-se as informações de que os carros de 2017 seriam mais velozes que os de 2016, e tudo para ser mais rápido ainda, pois estamos ainda em fase inicial de desenvolvimento dos bólidos. Os técnicos com certeza irão encontrar novas soluções, buscando o melhor rendimento possível dos carros.

Foto: Getty Images
Embora o discurso desse ano seja de humildade e pés no chão, Raikkonen deixou claro: se pudesse, faria um tempo melhor ainda. Ou seja, teoricamente a Ferrari não mostrou ou quer que não acreditamos que tenha mostrado o seu potencial máximo. Vettel, na quinta, também tirou o pé. A própria Mercedes parece "concordar" com o poderio da Ferrari nesse início de ano. Hamilton e Lauda, no discurso ensaiado, dizem que os italianos são favoritos e que estão cerca de dois décimos mais velozes. Balela. É evidente que a Ferrari evoluiu, mas os próprios profissionais da F1 ainda apostam que os alemães estarão dominando quando as coisas realmente estiverem valendo na Austrália, daqui duas semanas. Hamilton disse que "deu o máximo", mas não se sabe em quais condições ele entregou o seu melhor. É nítido que a Mercedes esconde o jogo e deixa a responsabilidade para a Ferrari, que por sua vez evita assumir o papel de protagonista, mas que deixa bem claro: vamos brigar dessa vez.


Pelos tempos, teoricamente a Red Bull é a terceira força, mas ainda é um grande mistério. Claramente não mostrou o seu potencial, assim como a Mercedes. Entretanto, parece estar atrás das duas equipes, muito pelo motor Renault ainda ser menos potente que os outros. Adrian Newey pode ser o diferencial durante a temporada para tentar tirar a leve vantagem que a Mercedes certamente tem e a Ferrari aparenta ser, mas não ficaria surpreendido se os taurinos surpreendessem na Austrália.

O quinto tempo de Felipe Massa não é seu lugar real na hierarquia das equipes. A própria Williams admitiu que a volta foi com o carro com o mínimo de gasolina, até para saber o quão veloz é o FW40. Novamente, o adversário do pessoal de Grove é a Force India. Aparentemente a Williams se saiu melhor nos testes, pois os indianos aparentaram algumas dificuldades e os ingleses tem a vantagem de possuir maior orçamento. Entretanto, no ano passado, mesmo com menos orçamento que todas as equipes, o time de Vijay Mallya ficou em quarto. Ambas as equipes possuem um piloto jovem, Ocon e Stroll. A diferença é que o francês tem potencial, o canadense não, embora tenha parado de bater nos últimos dias. Massa, recém saído da aposentadoria, será o líder da equipe nesse ano, enquanto Pérez assumirá pela primeira vez na carreira a responsabilidade de ser o protagonista de uma equipe, vindo de ótimas temporadas e por ter vencido nos últimos dois anos o talentoso Nico Hulkenberg.

Foto: Motorsport
A Renault dá provas de evolução. Também, com a estrutura e orçamento que tem, era impossível piorar. Com um projeto sendo desenvolvido em tempo integral desde o ano passado, os franceses pretendem evoluir aos poucos no médio/longo-prazo. Com Hulkenberg, é possível arrancar bons pontos durante o ano. Com Palmer, bem.. é um mistério sua permanência na equipe, logo a Renault que não precisa de piloto pagante. A Toro Rosso também virá melhor nessa temporada pelo simples fato de usar um motor que será atualizado durante o ano. Mesmo com dificuldades, Sainz fez um bom tempo, que também não é conclusivo, mas segue bem superior a Kvyat. Incrível como o russo não se achou mais depois do rebaixamento da Red Bull. Só permaneceu na equipe porque não existe ninguém apto no programa de desenvolvimento de pilotos dos taurinos, tanto é que Pierre Gasly, campeão da GP2 (agora F2) vai para a Super Fórmula. A equipe satélite pode embolar na briga por alguns pontinhos eventuais.

A Haas seria a oitava força. Natural, pois é apenas o segundo ano na Fórmula 1. É difícil sobreviver em um ambiente competitivo sem dispor de tanto dinheiro. Entretanto, se a concorrência será mais complicada, ao menos o time estadunidense terá verdadeiramente uma dupla de pilotos. Magnussen no lugar de Gutiérrez é um acréscimo muito grande. O dinamarquês vem motivado para a sua "última chance" na F1 e precisa mostrar bom desempenho diante de um experiente e amadurecido Grosjean, que em tese ainda é o primeiro piloto da equipe. 

Foto: Getty Images
No fim da fila, McLaren e Sauber. Mais um vexame a vista com a Honda. Já são três anos e quase nenhum progresso, pelo contrário. Os ingleses regridem e viram escuderia de fundo de grid. Isso é uma vergonha para a história vencedora da McLaren. Inúmeros problemas no carro e principalmente no motor, que obrigou Alonso e Vandoorne a andarem com limitador de giros, visando evitar novos contratempos. Alonso e Boullier já dispararam publicamente contra os japoneses, que pagam pela teimosia de não cooperar com os esforços do competente e capaz McLaren. O espanhol pode até se aposentar esse ano, diante de tantos problemas. Tanto preparo para nada deve gerar desmotivação, por mais que o asturiano ganhe muito bem nesse acordo e provavelmente não tenha espaço em outra equipe de ponta. Vandoorne certamente terá seu talento prejudicado ao guiar essa "carroça". Ou não. Talvez possa ser a oportunidade de tirar leite de pedra logo na estreia e provar para o mundo da F1 que a promessa irá virar realidade.

Sobre os suíços, não há muito o que dizer. Sem muitos recursos, resta correr com o carro e motor de 2016. Com o limitado Ericsson e a Wehrlein, a  incógnita rejeitada pela Mercedes em duas equipes, os dois irão travar a luta interna para não largar em último. A incompetência de Monisha na gestão e o fim da parceria com a Ferrari transformaram a Sauber em equipe média e simpática em um time pequeno e muito criticado pelas suas escolhas recentes. Enfim, cada um escolhe o jeito como sobrevive na F1, essa categoria que é um verdadeiro matadouro de escuderias e que serve para lavagem de dinheiro de tantas outras.

Talvez eu faça nos próximos dias alguns posts individuais das equipes, com estatísticas e tudo mais. Não posso garantir. Ano final de faculdade vai ser muito puxado e será frequente posts atrasados, infelizmente. Espero que eu possa contar com a compreensão de todos. Me desculpem.

Até!






quinta-feira, 9 de março de 2017

BARCELONA, DIA 6 - Alonso x Honda

Foto: Getty Images
A grande atração do antepenúltimo dia de testes de pré-temporada em Barcelona foi a cobrança pública de Alonso para a Honda, parceira de sua equipe. Dessa vez, não houve problemas técnicos, mas segue o baixo rendimento do MCL32. Com um limitador na casa dos 15 mil rpm e sem 160 cavalos dos dois sistemas de recuperação de energia liberados, Alonso andou apenas 27 voltas e foi o último, quase quatro segundos mais lento que Bottas, o líder da sessão que fez a melhor volta da pré-temporada até aqui (1:19.310, pneu supermacio). A McLaren é cerca de 30 a 40 km mais lenta nas retas, o que é muita coisa e um absurdo ainda maior, considerando que todas as fornecedores de unidade híbrida poderão desenvolver esses motores durante todo o ano e estão se preparando para essa temporada há um bom tempo.

Alonso exigiu uma reação imediata. "Estamos preparados para ganhar, mas a Honda não". Palavras fortes. Os japoneses merecem esse puxão de orelha público. Como dito ontem, a teimosia em não trabalhar em conjunto com a tecnologia e infraestrutura do grupo McLaren está cobrando o preço. Hoje, o time de Woking irá brigar com unhas e dentes para ultrapassar o Q2, e será uma dura missão. Depois de um 2015 horroroso e uma leve evolução em 2016, todo mundo esperava que os ingleses iriam aproveitar a mudança de regulamento e dessem o "pulo do gato" para voltar a ser grande, mas involuíram mais ainda, voltando as casas de 2015. A paciência já não existe e isso é público. Ou as duas partes encontram maneiras de solucionar esses problemas, ou é melhor encerrar a parceria, o que iria acarretar em multas e cláusulas. Afinal, a Honda despeja muito dinheiro em Woking. O grande erro da McLaren foi não ter uma "cobaia" para ver se valia a pena retornar aos motores nipônicos. Apostaram na mística e também na falta de opções, afinal quando tudo foi oficializado já se sabia que era o último ano da Mercedes como fornecedora dos ingleses. A McLaren laranja é um fiasco em todos os aspectos. Está mais para Arrows e Spyker, em todos os aspectos.

Foto: Motorsport
Um problema de fluidos no SF70H encerrou mais cedo as atividades de Kimi Raikkonen depois de 39 voltas. Foi o terceiro, um segundo mais lento que os dois primeiros. O segundo foi Felipe Massa, apenas um décimo atrás de Bottas, mas usando o pneu ultramacio. Depois da sessão, ele admitiu que a Williams entregou o seu máximo e que estava quase vazia, em ritmo de classificação. Não parece ser blefe, realmente. Os elogios dos rivais não significam muita coisa. A Williams deve ser, hoje, a quarta força, brigando com a Force India que ainda não se encontrou nos testes. Entretanto, vale sempre lembrar: 2018 com Dirk de Beer e Paddy Lowe pode ser o grande salto do time de Frank.

A Red Bull foi a que menos andou. Não teve contratempos. Verstappen deu só 34 voltas e ficou em quarto. Quando os taurinos vão realmente mostrar seu potencial? Se não for agora, somente na Austrália (comentário óbvio do dia). Certamente estão testando e providenciando novas peças para modificar algumas coisas. O problema maior é o motor Renault, menos potente que o de Mercedes e Ferrari. Enfim, mesmo que a Red Bull seja hoje a terceira força, não parece tão distante das outras duas. É perfeitamente possível reverter a situação durante o ano, como já foi feito várias vezes. Eles têm Newey e isso basta.

A Renault conseguiu imprimir um bom ritmo e Hulkenberg ficou na quinta posição, com 61 voltas. Tanto Hulk quanto Pérez (Force India) marcaram tempo na casa dos 1:21.2 (1:21.213 e 1:21.297, respectivamente). Esse bloco intermediário, liderado pelos indianos, são daqueles que irão brigar pelos pontos finais disponível. Renault, Force India, Haas e Toro Rosso lidam com dificuldades. Baseado na força atual e em quem tem capacidade de investir, Force India, Toro Rosso e Renault superam os americanos. Vai ser uma luta bem encarniçada.

Sauber 2016/2017 ao menos mostra que é resistente. Wehrlein andou 59 voltas e ficou na frente de Alonso, mas está isolada na última fila. A única dúvida é saber quem irá largar em último. Aposto que na maioria das vezes será Marcus Ericsson.

Confira a classificação do sexto dia de testes de pré-temporada em Barcelona, na Espanha:




quarta-feira, 8 de março de 2017

BARCELONA, DIA 5 - RESISTÊNCIA

Foto: MotorSport

Se na semana passada a Williams foi centro das atenções de forma negativa pelos acidentes de Stroll, dessa vez a equipe de Glove está no noticiário pelo ótimo e surpreendente dia de Felipe Massa a bordo do FW40. O brasileiro não só fez a melhor volta do dia (1:19.726) usando os pneus supermacios como também andou incríveis 168 voltas, cerca de 2,5 GPs da Espanha, mesmo número de voltas da Ferrari de Vettel (terceiro, 1:19.906, com pneu macio), que manteve a boa impressão da semana passada. Entre eles, Daniel Ricciardo, apenas seis milésimos mais rápido que o ex-companheiro de equipe, mas com os pneus ultramacios (roxos). Aos poucos, a Red Bull também mostra o seu jogo.

A Mercedes ficou em quarto e quinto, ainda sem se preocupar em ser rápida. Hamilton andou apenas 49 voltas pela manhã, pois teve que substituir o assoalho do carro. Mesmo assim, ficou à frente de Bottas, que andou 86 voltas na parte da tarde (1:20.456 e 1:20.924, respectivamente). O inglês vem de uma série de declarações fortes para a imprensa: primeiro, disse que a Mercedes não era a favorita, e sim a Ferrari. Ontem, afirmou para todos "ficarem de olho na Williams que eles têm muito potencial". Massa, por outro lado, manteve os pés no chão e respondeu: "A Mercedes segue muito à frente das demais". É nesse jogo de despiste e ilusões que as equipes tentam enganar umas as outras.

Foto: Getty Images
Outra equipe que andou muito bem foi a Force India. Esteban Ocon acumulou ótimas 142 voltas, ficando em sexto. Outra coisa que deu para perceber nos treinos serão a dificuldades do carro em ultrapassar. Massa prevê corridas com menos trocas de posições. Ele virava cerca de um segundo e meio mais rápido que a Sauber e não conseguiu se livrar do carro azul. Seguir muito de perto o carro gera perda de pressão aerodinâmica. Isso, aliado a pistas travadas, irão gerar corridas monótonas e modorrentas, iguais as dos anos 2000, quando praticamente só existiam ultrapassagens nas estratégias dos boxes.

Haas e Toro Rosso conseguiram rodar boa quilometragem, mas os tempos não foram tão satisfatórias. Diante das dificuldades que enfrentam, o potencial de seus carros ainda são uma incógnita. Magnussen foi o oitavo (1:21.676, 81 voltas) e Kvyat o nono (1:21.743, 83 voltas).

As equipes de fábrica seguem sofrendo: A Renault de Palmer andou apenas 17 voltas e ficou em último na parte da manhã pois o motor do RS17 teve que ser trocado após falhas nos sensores do carro. De tarde, com o ótimo Hulkenberg e com o carro sem problemas, Nico foi o sétimo, com 1:21.589.

Foto: Motorsport
Na rabeira, a Sauber faz o que pode, com um carro de 2016 adaptado para 2017. Wehrlein fez 1:23.336 e Ericsson 1:23.630. Juntos, completaram 100 voltas, sendo 53 para o sueco e 47 para o alemão, que finalmente estreou pela nova equipe.

A McLaren segue com problemas. Aliás, é um pleonasmo. Mais um motor nipônico, o quinto em cinco dias, teve problema após uma falha elétrica. Com o carro recuperado para a parte da tarde, Vandoorne foi o décimo (1:22.537), com 80 voltas. Mais uma vez, os japoneses e Eric Boullier trataram de se explicar para a imprensa. É nítido a irritação da McLaren com a Honda. O futuro da parceria é um grande mistério. Mais uma vez, o motor japonês é frágil, repleto de problemas e sem confiabilidade, o pior entre as quatro fornecedoras de unidade híbrida da F1. O retorno da Honda foi anunciado em 2013. Foram quase dois anos para desenvolver um bom trabalho e, por teimosia dos asiáticos em não trabalharem em conjunto com o pessoal de Woking, a McLaren demorou muito tempo para melhorar minimamente. Agora, parece que a situação continua ruim. A última boa temporada do time de Woking foi em 2012. Até quando a McLaren irá continuar no fundo do grid? "Acabou a pas"

Confira a classificação do quinto dia de testes da pré-temporada em Barcelona, na Espanha. Prometo postar o sexto dia o mais rápido possível.


Até!

sexta-feira, 3 de março de 2017

SURPRESAS E DECEPÇÕES

Foto: Reprodução
A F1 começou na semana de Carnaval. Em virtude de curtir a folia (e também minha última semana de férias), não consegui fazer os tradicionais posts com o resumo de cada dia. Para contornar essa situação, farei o inverso: um post com um grande resumão e análise do que ocorreu nesses primeiros quatro dias de testes tradicionais em Barcelona.

Foto: Getty Images
Começando com a Ferrari, mais uma vez a grande sensação da primeira semana de testes. Blefe ou empolgação? Eis a questão. De acordo com os relatos dos profissionais de imprensa que acompanham os carros in loco, o SF70-H parece ser um carro bem nascido, para surpresa de todos. Com uma equipe de funcionários inexperientes (nomes como Mattia Binotto e Simone Resta) na F1 e tendo que lidar com a pressão do cavalinho rampante. Com Raikkonen (2x) e Vettel, a Ferrari liderou três dos quatro dias. Por outro lado, diferentemente dos últimos anos, o lema é "pés no chão, nada de se iludir". A Ferrari se anima de forma comedida para evitar frustrar a expectativa de seus torcedores. Entretanto, por outro lado, a amostragem é acima do esperado até aqui.

Foto: Getty Images
A Mercedes segue soberana. Sempre competitiva e priorizando acumular quilometragem para entender o carro e pensar em novas soluções para os próximos testes, os alemães foram o que mais andaram, apesar de alguns contratempos pontuais. Bottas, recém chegado, fez o tempo mais rápido dessa semana (1:19.705), que inclusive superou o recorde da pista, que pertence a Rubens Barrichello. O finlandês também passou por um susto durante a semana, quando rodou e quase bateu. Ainda buscando adaptação ao novo time, Bottas confessa que vai evoluir bastante na equipe, e precisa mesmo se quiser fazer frente a Lewis Hamilton. O tricampeão não se destacou nos testes, priorizando o ritmo de corrida e maior conhecimento do W08 ao invés de explorar sua capacidade máxima. Com mais um projeto de excelência, a Mercedes segue como favorita e grande expoente para o campeonato de 2017, não só com o carro em si, mas também com o potente motor alemão.

Foto: Motorsport
Na Williams, o esperado. Com carros mais largos, pesados e cinco segundos mais velozes que o do ano passado, a tarefa de domar esse monstro ficou cada vez mais difícil, mostrando que não é para qualquer um. Se tratando de Lance Stroll, não é novidade nenhuma as duas rodadas e a batida que danificou o chassi e impediu Massa de treinar hoje. Mesmo assim, os resultados da Williams nos primeiros dias foram de razoáveis para bons, até acima das minhas expectativas. Com a mudança de regulamento, que permite uma tocada agressiva quase constante, Massa pode se beneficiar e conseguir bons resultados durante a temporada. Stroll, por outro lado, é a contrapartida de Claire pelo vasto dinheiro do Sr. Lawrence e os descontos da Mercedes pelo uso do motor para a saída de Bottas... Certamente o jovem canadense irá evoluir, mas não acredito que seja muito melhor que isso.

Foto: Motorsport
Mais um vexame à vista para a McLaren. Nos dois primeiros dias, o time de Woking pouco ou mal andou. Alonso chegou a apenas fazer uma volta de instalação antes de recolher e perder um dia todo de trabalho, vítima de problema no motor Honda. Vandoorne também sofreu no dia seguinte. Visivelmente irritado, o espanhol das astúrias começa a seriamente ponderar se o melhor a fazer é a aposentadoria no final da temporada. Afinal, dinheiro e sucesso não faltam. Será que ainda vale a pena se sujeitar a correr no fim do grid a espera da evolução de um projeto que talvez nem aconteça? Embora nos últimos dois dias os problemas tenham diminuído, a quilometragem ainda é muito pequena, tanto é que a Williams andou mais que a McLaren sem participar da sessão de hoje. O time de Woking está honrando o laranja de Spyker e Arrows. As coisas, a princípio, não parecem muito promissoras.

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Ainda existem dúvidas sobre a Red Bull. Será que elas estão escondendo muito o jogo? Ricciardo teve alguns problemas no primeiro dia. Depois, os taurinos acumularam um pouco mais da metade da quilometragem da Mercedes, por exemplo. A princípio, a prioridade também não é ser rápido. Os tempos foram bem acima das flechas de prata e da Ferrari. Entretanto, essa não é a tendência. Com a construção de novas peças, a Red Bull tem tudo para crescer e melhorar de desempenho já para a corrida inaugural, na Austrália. É o que Max e Ricciardo mais desejam, pois ninguém esperava a Ferrari tão forte nos treinos até aqui. Se é blefe ou não, apenas o futuro poderá responder.

Foto: Getty Images

Ontem, a pista foi molhada artificialmente para que os pilotos pudessem testar os pneus de chuva e os intermediários. A Pirelli admitiu que precisa melhorar os compostos. Essa nova atualização estará disponível no GP da China, o segundo da temporada.

Como confirmado, os carros chegam a ser cinco segundos mais rápidos que os do ano passado. O bólido chega a fazer uma curva cerca de 40 km/h mais veloz, por isso a maior dificuldade em guiar essas máquinas. Para isso, a preparação física dos pilotos será mais pesada para suportar o downforce e o carro com maior peso e esforço para ser "domado".

Foto: Getty Images
Nessa primeira semana, vimos Ferrari e Mercedes fortes; Red Bull ainda sem mostrar plenamente sua força, Force India mantendo o ótimo trabalho do ano passado; Williams aparentemente com o carro bem nascido; Haas, Toro Rosso e Renault apresentam alguns contratempos e estão medianas; McLaren com sérios problemas e desvantagens em relação as demais e a Sauber bem "folgada" na última posição, usando motor da Ferrari do ano passado e até um piloto reserva: o talentoso Giovinazzi no lugar do lesionado Wehrlein.

As equipes já voltam a pista na semana que vem, dos dias 7 a 10 de março (terça a sexta) na segunda e última semana de testes em Barcelona antes da primeira prova da temporada, na Austrália. Tempo suficiente para que novas peças cheguem direto das fábricas para as pistas, buscando a melhora de rendimentos dos carros. Será que veremos novidades na hierarquia da F1?

Até!


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

SAINDO DA JAULA

Foto: Divulgação
Finalmente estamos conhecendo a cara dos novos carros! Seja por apresentações online ou em sofisticados eventos (iguais aos de antigamente, aliás, saudade disso), aos poucos está vindo a tona as novidades tão alardeadas nos últimos meses no design dos bólidos. Em breve saberemos, na pista, o que o novo regulamento irá mudar na disputa, seja a hierarquia das equipes ou comparações com os modelos anteriores e das últimas décadas, principalmente a de 2000.

Farei um review das apresentações que aconteceram desde o início da semana, com a Renault, culminando com a as mais aguardadas: Ferrari e McLaren. Bora conferir (ou conferir de novo!)

RENAULT

Foto: Divulgação
A meta do RS17 é conseguir a quinta posição nos construtores. Com um projeto ambicioso e apostando no médio/longo-prazo, o time de Nico Hulkenberg e Jolyon Palmer colocou preto junto ao amarelo do ano passado, remetendo ao carro de 2010 e também ao de 1977. Aliás, os franceses completam 40 anos de F1 (entre idas e vindas, é claro). Com um novo regulamento e o motor mais potente (confiável? No teste dos 100 km promocionais da Toro Rosso, a unidade motriz francesa deu problema e andou apenas seis voltas), a Renault busca se consolidar na zona dos pontos nesse ano. Com um carro melhor, dinheiro, equipe técnica de fábrica qualificada e o sempre competente Nico Hulkenberg (apesar de Palmer continuar na equipe), os franceses certamente terão uma temporada melhor que a de 2016, mas não sei se ainda assim será possível considerar, no final do ano, um grande avanço.

Renault R30, de 2010. Foto: Getty Images
Renault de 1977. Foto: Renault
FORCE INDIA

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Parece que foi ontem, mas essa será a décima temporada da Force India. Sob o comando do excêntrico, polêmico e procurado pela justiça indiana Vijay Mallya, a equipe busca se consolidar entre as 5 melhores da F1 e manter o excelente quarto lugar conquistado em 2016, melhor resultado da história da escuderia. Vijay também aproveitou para cutucar Cyril Abiteboul, da Renault, que afirmou que as equipes independentes (aka Force India e Haas) iriam sofrer para acompanhar o ritmo das gigantes.

É sabido que a Force India é uma das equipes com maiores dificuldades financeiras do circo. Diferentemente da Sauber, os indianos sabem aproveitar muito bem o pouco dinheiro que tem e conseguem resultados muito acima do que seu orçamento poderia almejar. Sobre o carro: Ele continuou cinza demais. Precisamos de uma F1 mais colorida! Bem que a Force India podia voltar a pintura antiga, com branco e menos cinza/preto. Anyway, o bólido é bonito, mesmo com esse bico gonzo que lembra 2014. Agora, a responsabilidade de ser o líder do time é do mexicano promissor Sérgio Pérez, que a cada temporada evolui mais, agora com o talentoso e jovem francês Esteban Ocon do seu lado, que venceu a disputa com Pascal, mas terá que mostrar resultados quase que imediatos para os indianos.

Foto: Reprodução
Capacete de Ocon. Lembra o do Schumacher, não? Foto: Motorsport
MERCEDES

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A beleza do carro aponta que o tetra de construtores está a caminho. A Mercedes manteve as flechas de prata impecáveis! Segundo informações da imprensa europeia, os alemães irão testar o carro com e sem a barbatana nas sessões de Barcelona. Os atuais tricampeões foram os únicos que não optaram pelo uso de tal artefato até então.

O W08 foi apresentado no circuito de Silverstone, onde Hamilton e Bottas fizeram o shakedown dos 100 km permitido para filmagens publicitárias. O tricampeão, aliás, transmitiu toda a cerimônia através do seu Instagram, e existe um vídeo para visualizar o carro em 360°. Mesmo com a manutenção do cinza predominante, o carro tem mais detalhes verdes e azuis nas laterais (fruto do patrocínio com a Petronas).




Mais uma vez como a equipe a ser batida, a Mercedes surge novamente como grande favorita a dominar o Mundial, com a Red Bull como única real concorrente. O grande desafio para os fãs é saber se Bottas será tão combativo quanto Rosberg contra o inglês, que está ferido com a perda do título no ano passado e vai fazer de tudo, dentro e fora da pista, para dominar o regular finlandês. Bottas terá a grande chance de mostrar e justificar todo seu hype pelo mundo da F1 e por Toto Wolff. Ano que vem Alonso e Vettel deverão estar livres no mercado...

Um fato: os carros estão muito mais largos do que em relação ao passado.

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FERRARI

Foto: Reprodução
Intitulado SF70-H (de Humberto), a Ferrari vem com menos detalhes brancos. Ainda bem, o modelo do ano passado era muito feio. Os italianos também adotaram a barbatana e também uma "miniasa em T", também vista na Mercedes, além das entradas de ar laterais mais agressivas. 

Apesar de ser um carro muito bonito, é muito difícil apostar em um ano positivo para a Ferrari. Com o perfil de curto prazo e sem deixar os projetos evoluírem, Marchionne já cortou várias cabeças do time, como por exemplo James Allison, recém transferido para a Mercedes. Sem continuidade, os italianos deverão ficar atrás de Mercedes e Red Bull, com remotas chances de vitória. Um legítimo desperdício de dinheiro. O presente e futuro do cavalinho rampante é um mistério: deve ser o último ano de Kimi e talvez de Vettel. Com a falta de resultados fruto da não continuidade dos profissionais, a Ferrari deve continuar gastando e contratando "messias", em busca de um dia ser aquela equipe do tempo que tinha Schumacher-Todt-Brawn. Más notícias: isso nunca vai acontecer.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

McLAREN

Foto: Divulgação
Depois de anos com os fãs e malas imaginando e enchendo o saco por uma McLaren laranja, a equipe de Woking finalmente cedeu aos pedidos e apresentou o MCL32, o primeiro com tons alaranjados desde 1971.

Para a decepção dos que ainda acreditam no visual da McLaren, o carro ficou mais parecido com a Arrows, Marussia ou até Spyker do que o imaginário idealizava, que remete aos testes da pré-temporada de 2006. A mudança de cor, nome, acionista e regulamento são indicativos para que a McLaren volte a ser uma equipe vencedora. A última temporada decente foi em 2012 e a parceria com a Honda não engrenou, pelo contrário. Com Alonso e agora o jovem e talentoso Vandoorne, a expectativa é que a McLaren consiga pontuar mais vezes e que o motor japonês seja mais potente e confiável.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Macacões também têm detalhes alaranjados. Foto: Divulgação

Entretanto, o processo da McLaren também é "lento, gradual e seguro", como o da Renault. Apenas a continuidade e o forte investimento em todas as áreas da equipe que fará com que ambas possam voltar aos tempos de protagonista. Por enquanto, o caminho é longo e a desvantagem para Mercedes e Red Bull é imensa. Quem sabe essa distância comece a diminuir em 2017?

Só há uma maneira de saber: vendo na pista!

MCL32 ou Marussia? Foto: UK2
MCL32 ou Spyker? Foto: Getty Images

Arrows ou McLaren? Foto: Getty Images

Williams (de forma oficial), Haas, Toro Rosso e Red Bull apresentarão seus carros nos próximos dias. Na semana que vem, começam os primeiros testes da pré-temporada, sempre em Barcelona.

Pra você, qual é o carro mais bonito até agora?

Até mais!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

O INFERNO ASTRAL DE PASCAL

Foto: Revista Carros e Motores
Quando o jovem Pascal Wehrlein venceu o DTM, competição alemã de carros de turismo, a Mercedes rapidamente o contratou. Desde então, o piloto passou a constantemente participar dos testes da F1, seja pela própria flecha de prata, seja pela Force India. As expectativas em seu redor estavam grandes.

No ano passado, Pascal conseguiu sua primeira chance. Óbvio que a Manor não é o lugar dos sonhos de ninguém mas era o que tinha no momento, graças a um acordo dos alemães com a finada equipe inglesa, que envolveu a cessão dos motores e do piloto da Mercedes. Até então, seria uma oportunidade para ganhar quilometragem, experiência e maturidade em um ambiente tão hostil e competitivo que é a Fórmula 1, sobretudo para esses jovens pilotos oriundos das academias de pilotos das principais montadoras da categoria, como Ferrari, Red Bull, McLaren e Mercedes.

Pascal conseguiu alguns feitos interessantes e improváveis com a Manor, como passar para o Q2 dos treinos classificatórios em algumas oportunidades e ser o autor do único ponto da equipe na F1, feito que só o finado Bianchi conseguiu com a também finada Marussia, "pai" da Manor. Embora também tenha sido batido em alguns treinos pelo companheiro da Indonésia Rio Haryanto, Pascal justificava seu talento até então.

Foto: Motorsport
Até que a temporada europeia chegou, e com ela veio outro membro da academia da Mercedes: Esteban Ocon substituiu Haryanto. Dois prospectos das flechas de prata no mesmo carro, disputando território e futuros cockpits. Com meia temporada de experiência, teoricamente Pascal teria vantagem em relação ao francês. Entretanto, a disputa foi acirrada, e outras portas se abriram.

Com a inesperada ida de Hulkenberg para a Renault, a Force India ficou com uma vaga disponível. A dívida dos indianos com os alemães na questão do fornecimento do motor fez com que a Mercedes tivesse poder de barganha para colocar um de seus pupilos no assento do carro de 2017. Para a surpresa geral, Ocon, com poucas corridas na categoria, foi escolhido em detrimento do alemão. 

O que pode ter causado isso? A telemetria dos dois, que ninguém pode ver a não ser os próprios técnicos e engenheiros de Manor/Mercedes ou foi algo além, como a personalidade de Pascal, tema de várias especulações desde os tempos de DTM? Em um olhar mais distante, pode haver a impressão de uma "injustiça" com Pascal.

Foto: F1Fanatic
Outro fato mais inesperado ainda foi a aposentadoria relâmpago do recém campeão Nico Rosberg. Em uma teoria da conspiração, poderia se pensar que de surpreendente não foi nada e que estava tudo planejado para que Pascal assumisse a vaga da equipe principal, pois é o "piloto número um" da academia da Mercedes e, caso surgisse a oportunidade, era o nome natural a ser escolhido. Afinal, se não for Pascal, pra quê serve a tal academia de pilotos? O que parecia óbvio foi tomando ares de suspense. No fim, Toto Wolff escolheu seu protegido desde os tempos de Williams para substituir o campeão. Ambos possuem características parecidas, é verdade, e no fim foi uma decisão acertada. Um acumulador de pontos por outro, motivado e sedento por poles, vitórias e títulos. E, pela segunda vez em dois meses, Pascal ficou para trás.

Como prêmio de consolação pelo seu "desempenho" na Manor (ou seria o tal do temperamento/ telemetria), parou na Sauber, a pior equipe do grid, em um ambiente novo, onde os donos da equipe suíça são os suecos que bancam Ericsson. Vai ser mais difícil que Haryanto e Ocon (esse último não pela qualidade, mas pelas "preferências", se vocês me entenderem).


No mês passado, na grande brincadeira chamada Race Of Champions que foi realizada em Miami, a zica de Pascal tomou proporções piores (ou seria uma justificativa aos "nãos" que ele levou?): capotou o carro, que tinha um fã e bateu em Massa, que também levava um espectador. O resultado dessa brincadeira? Com dores no pescoço, Wehrlein está fora dos primeiros testes da pré-temporada pela sua nova equipe. 

Pascal: azarado, injustiçado ou simplesmente não está pronto para desafios maiores na F1 (ou as três opções)?

Por falar em pré-temporada, essa semana teremos os primeiros lançamentos dos carros. A Williams se antecipou e mostrou imagens do FW40 na sexta-feira. O modelo não se diferencia dos bólidos das últimas três temporadas. Hoje, foi a vez da Sauber lançar o C36, em comemoração aos seus 25 anos na F1. A equipe manteve o azul dos últimos dois anos, mas lembra muito a Carlin, sem o amarelo que representava o patrocínio do Banco do Brasil.

Aí estão as imagens. O resto, com o passar dos dias, irei atualizar aqui. 

CURTINHAS: A Mercedes renovou com Toto Wolff e Niki Lauda até 2020. Caso os alemães não consigam manter a hegemonia existente desde 2014, será que um (ou os dois) serão demitidos?

"A Sauber precisa melhorar", é o que diz a chefe Monisha. Talvez o primeiro passo para isso seja ela pedir demissão, talvez.

Até!

Foto: Reprodução

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

O QUE VEM POR AÍ?

Foto: Getty Images
É, eu sei. O blog tá parado, sem vida. Mas também, férias da F1 e da faculdade, preciso aproveitar. O ano será puxado. Entretanto, tudo será diferente a partir da semana que vem.

Na semana que vem, a Sauber será a primeira a lançar o carro da temporada de 2017. Quer dizer, será um carro do ano passado adaptado, com motor Ferrari do ano passado... Enfim, com a falência da Manor (que não foi repercutida aqui e, por consequência a ausência de Nasr no circo da F1), a Sauber está isolada no posto de pior equipe do grid.

Vou falar vagamente de algumas coisas que saíram nas últimas semanas. Aqui o ritmo também é de pré-temporada, vamos com calma.

A McLaren quer caminhar para uma nova era, a pós-Ron Dennis. Depois do afastamento do eterno chefão do time de Woking, o primeiro passo foi mudar a nomenclatura do carro. Intitulado MP4 desde 1981, a McLaren 2017 será chamada de MCL-32. A sigla significa Marlboro Project Four, referências a principal patrocinadora da equipe na época e a equipe de F2 que Ron Dennis dirigia antes de adquirir a McLaren. Aos poucos, os resquícios de Ron são apagados. Jos Capito, dirigente da Wolkswagen nas competições de rali e escolhido a dedo por Dennis, já foi mandado embora pelo novo "chefão", Zak Brown. Realmente não foi uma saída amigável...

Foto: AutoEntusiastas
O gaúcho Matheus Leist, depois de conquistar a F3 inglesa, parecia de malas prontas para a GP3. Entretanto, na última semana ele surpreendeu ao anunciar sua ida para a Indy Lights, defendendo a Carlin na categoria abaixo da Indy. Ele explicou que, apesar de estar mais próximo da Indy, ainda mantém o sonho de um dia competir na F1. O automobilismo europeu está cada vez mais caro, onde quem tem mais dinheiro irá garantir os melhores assentos e oportunidades (vide Lance Stroll) ou será necessário ser membro de alguma academia de pilotos. Embora os Estados Unidos não tenham o mesmo glamour que a F1, o caminho em solo americano e mais sólido e com mais possibilidades para o jovem gaúcho no futuro a médio/longo prazo. Decisão compreensível.

Rumores importantes: Paddy Lowe deverá, de fato, se tornar chefão da Williams e até acionista. Ele vai substituir Pat Symonds, que vai se aposentar no fim do ano. A equipe de Glove também contratou Dave Reading, diretor de operações que estava na McLaren. Com o dinheiro que ganhou na transação de Bottas e no que vai economizar ao não pagar os motores Mercedes, além de Stroll, a Williams tem orçamento para fazer carros competitivos de 2018 em diante.

Foto: Divulgação
A falida Manor divulgou imagens do projeto do carro que estava construindo para esse ano. A primeira impressão que temos e podemos observar é o retorno da "barbatana",  utilizado pelas equipes entre 2008 e 2010. Já se sabia que ela iria retornar, mas não como ela será utilizada. Na foto, o apetrecho não é conectado a asa traseira, como na versão anterior e parece ser menor. A barbatana está de volta pelo mesmo motivo que serviu de base em 2008: em virtude da traseira estar mais baixa, o dispositivo visa proteger a asa traseira do ar turbulento gerado pelo resto do carro.

O lado bom é que finalmente veremos a aparência dos novos carros dentro de 10 dias e todas as dúvidas e mitos serão respondidas. A ansiedade aumenta a cada dia que passa!

Acredito que sairá um novo post quando os carros forem lançados e após a realização dos primeiros testes, em Barcelona. Programe-se com o dia em que as equipes irão lançar os carros:

20/02 - Sauber
21/02 - Renault
22/02 - Force India
23/02 - Mercedes
24/02 - Ferrari
24/02 - McLaren
26/02 - Toro Rosso

Red Bull, Haas e Williams devem lançar em uma cerimônia antes dos carros irem para a pista nos testes da pré-temporada.

Até!