segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A LÓGICA E A FALTA DELAS

Foto: Reprodução
Vou começar em ordem cronológica.

Na madruga de sexta para sábado, rolou a segunda etapa do eP de Putrajaya, na Malásia. Parecia que seria mais um passeio de Buemi na dominante e.DAMS dessa temporada 2015/2016. Parecia...

O suíço e seu companheiro de equipe, Nicolas Prost, tiveram problemas devido a alta temperatura da pista e ficaram para atrás. Abandonaram. Quem agradece é Lucas di Grassi. Em uma corrida sensacional, cheia de ultrapassagens e acontecimentos improváveis o piloto da Audi ABT venceu a prova e assumiu a liderança do campeonato. Com a quebra de Loic Duval e o acidente de D'Ambrosio, Sam Bird, da Virgin, e Robin Frijns, da Andretti, batalharam até o fim para garantir o segundo e terceiro lugares. Bruno Senna, da Mahindra, foi o quinto, enquanto Nelsinho Piquet, com a carroça China Racing, foi o oitavo.

A FE volta dia 19 de dezembro em Punta del Este, no Uruguai. Confira a classificação do campeonato e dos construtores:



MOTOGP:

Foto: Reuters

Se na Fórmula E as coisas não saíram do jeito que todo mundo esperava que fosse acontecer, não podemos dizer o mesmo da etapa final da decisão do Mundial de Motovelocidade da temporada 2015.

Jorge Lorenzo largou na pole e disparou na ponta até receber a bandeira quadriculada e sagrar-se tri-campeão mundial na frente dos fãs espanhóis. Só um milagre de Valentino Rossi poderia evitar a consagração do piloto da Yamaha.

E em certo ponto, foi uma exibição espetacular do Doctor. Largando em último, ultrapassou 11 motos só na primeira volta! (Tudo bem que alguns "abriram" para ele, mas mesmo assim... que volta!). Rossi foi abrindo caminho até chegar a quarta posição. Com Lorenzo na frente, precisava ficar em segundo ou torcer para que houvesse um "enrosco" entre os ponteiros... 

11 segundos atrás de Dani Pedrosa, o terceiro colocado, era impossível se aproximar, os pneus já estavam gastos. Na frente, o trio espanhol: Lorenzo, Márquez e Pedrosa, para delírio dos espanhóis. Pois bem, claramente Márquez foi "escudeiro" de Lorenzo, não forçou para tentar ultrapassar como normalmente faz e não deixou que Pedrosa, mais rápido, se aproximasse, e chegou a fechar o compatriota para garantir a segunda posição e "escoltar" a Yamaha rumo ao título.

No fim, festa dos espanhóis e de Lorenzo, com sete vitórias na temporada, não se pode dizer que foi injusto. Mas poderia ter vencido de forma diferente. Ficou feio, mas ele não tem nada a ver com isso, não é verdade?

Rossi foi ovacionado pelos fãs (espanhóis!!!) e pelo paddock, enquanto Márquez foi vaiado na própria terra. VR46 soltou uma série de acusações ao jovem bicampeão, afirmando que havia um complô dos três espanhóis para evitar o oitavo título do Doctor. "Macaco velho", Rossi não poderia ter caído na provocação logo na penúltima etapa e também é cúmplice de tudo que aconteceu. Não há mocinhos. E até o ano que vem, quando esses bravos cavalheiros irão se enfrentar duramente - dentro e fora das pistas.

Foto: Reprodução

STOCK CAR

Ficou tudo para a Interlagos, que vale pontuação dobrada, no dia 13 de dezembro. No autódromo de Tarumã, Allan Khodair venceu a primeira prova e Cacá Bueno venceu a segunda. Marcos Gomes foi o terceiro na primeira e 12° na segunda etapa. Com isso, a vantagem de Marcos Gomes para o piloto da Red Bull manteve-se em 31 pontos. Para levantar o título inédito, Gomes precisa novamente de um 12º lugar. Já o piloto carioca precisa vencer em São Paulo e ainda torcer para que Marquinhos chegue de 13º em diante.

Foto: Duda Bairros
Classificação da primeira prova: 
1) 100 Allam Khodair (Full Time Sports)
2) 88 Felipe Fraga (VRT) - a 1s313
3) 80 Marcos Gomes (VRT) - a 6s863
4) 77 Valdeno Brito (Shell Racing) - a 7s073
5) 10 Ricardo Zonta (Shell Racing) - a 17s520
6) 111 Rubens Barrichello (Full Time Sports) - a 20s420
7) 90 Ricardo Mauricio (Eurofarma) - a 21s564
8) 29 Daniel Serra (Red Bull Racing) - a 24s486
9) 0 Cacá Bueno ( (Red Bull Racing) - a 25s359
10) 46 Vitor Genz (Boettger) - a 28s707
11) 83 Gabriel Casagrande (Axalta C2 Team) - a 32s490
12) 14 Luciano Burti (RZ Motorsport) - a 33s209
13) 70 Diego Nunes (Vogel Motorsport) - a 35s308
14) 1 Antonio Pizzonia (Prati-donaduzzi) - a 41s851
15) 28 Galid Osman (Ipiranga) - a 43s855
16) 2 Raphael Matos (Schin Racing Team) - a 44s509
17) 51 Átila Abreu (AMG Motorsport) - a 46s467
18) 73 Sergio Jimenez (Axalta C2 Team) - a 59s232
19) 16 Mauro Giallombardo (Hot Car) - a 01min00s1
20) 25 Tuka Rocha (União Química Racing) - a 01min00s9
21) 110 Felipe Lapenna (Schin Racing Team) - a 01min14s9
22) 12 Lucas Foresti (AMG Motorsport) - a 1 Voltass
23) 3 Bia Figueiredo (União Química Racing) - a 1 Voltass
24) 11 Cesar Ramos (Total Racing) - a 4 Voltass
25) 74 Popó Bueno (Total Racing) - a 5 Voltass
26) 26 Raphael Abbate (Hot Car) - a 12 Voltass
27) 21 Thiago Camilo (Ipiranga-RCM) - a 14 Voltass
28) 9 Gustavo Lima (ProGP) - abandonou
29) 4 Julio Campos (Prati-donaduzzi) - abandonou
30) 66 Felipe Guimarães (Boettger Competições) - abandonou
31) 5 Denis Navarro (Vogel Motorsport) - abandonou
32) 65 Max Wilson (Eurofarma) - abandonou
33) 8 Rafael Suzuki (RZ Motorsport) - abandonou

Classificação da segunda prova:

1) 0 Cacá Bueno (Red Bull Racing)
2) 111 Rubens Barrichello (Full Time Sports) - a 0s463
3) 29 Daniel Serra (Red Bull Racing) - a 1s211
4) 77 Valdeno Brito (Shell Racing) - a 1s586
5) 51 Átila Abreu (AMG Motorsport) - a 1s876
6) 74 Popó Bueno (Total Racing) - a 2s418
7) 4 Julio Campos (Prati-donaduzzi) - a 2s742
8) 11 Cesar Ramos (Total Racing) - a 2s983
9) 10 Ricardo Zonta (Shell Racing) - a 3s249
10) 46 Vitor Genz (Boettger) - a 3s808
11) 16 Mauro Giallombardo (Hot Car) - a 4s986
12) 80 Marcos Gomes (VRT) - a 6s262
13) 110 Felipe Lapenna (Schin Racing Team) - a 7s208
14) 1 Antonio Pizzonia (Prati-donaduzzi) - a 9s134
15) 65 Max Wilson (Eurofarma) - a 9s716
16) 14 Luciano Burti (RZ Motorsport) - a 10s904
17) 5 Denis Navarro (Vogel Motorsport) - a 11s675
18) 9 Gustavo Lima (ProGP) - a 12s472
19) 25 Tuka Rocha (União Química Racing) - a 13s375
20) 90 Ricardo Mauricio (Eurofarma) - a 4 Voltaa
21) 66 Felipe Guimarães (Boettger) - a 5 Voltaa
22) 88 Felipe Fraga (VRT) - a 5 Voltaa
23) 28 Galid Osman (Ipiranga-RCM) - a 7 Voltaa
24) 83 Gabriel Casagrande (Axalta C2 Team) - a 7 Voltaa
25) 26 Raphael Abbate (Hot Car) - a 8 Voltaa
26) 73 Sergio Jimenez (Axalta C2 Team) - a 9 Voltaa
27) 3 Bia Figueiredo (União Química Racing) - a 11 Voltaa
28) 100 Allam Khodair (Full Time Sports) - a 14 Voltas
29) 70 Diego Nunes (Vogel Motorsport) - a 14 Voltas
30) 2 Raphael Matos (Schin Racing Team) - a 15 Voltas
31) 21 Thiago Camilo (Ipiranga) - a 20 Voltas
32) 8 Rafael Suzuki (RZ Motorsport) - não largou
33) 12 Lucas Foresti (AMG Motorsport) - abandonou

Classificação:

1) Marcos Gomes: 241 pontos
2) Cacá Bueno: 210
3) Rubens Barrichello: 188
4) Allam Khodair: 184
5) Daniel Serra: 181



sábado, 7 de novembro de 2015

DECISÕES

Foto: Reprodução

Com ares épicos, a MotoGP define seu novo campeão neste final de semana, depois de dois anos de domínio impressionante de Marc Márquez. Obviamente que tudo tomou uma proporção gigante após a última prova na Malásia e o tão citado incidente entre Valentino Rossi e o atual bicampeão.

O fato é que: O CAS recusou a apelação do italiano e manteve a punição a Rossi, que  irá largar em último. Jorge Lorenzo, seu companheiro de equipe da Yamaha, passa a ser o favorito, mesmo que esteja sete pontos atrás na tabela. Além do fato de contar com o apoio da torcida espanhola (a prova será em Valência). É a final mais apertada desde 1992, quando Mick Doohan e Wayne Rainey estavam separados por dois em Ktayama. Na ocasião, Rainey foi o campeão.

Nos treinos livres, Jorge Lorenzo foi 3 décimos mais rápido que Rossi e foi o mais rápido. Dani Pedrosa foi o segundo e o italiano Andrea Iannone o terceiro.

Lorenzo, o mais rápido do dia. Foto: Yamaha
O treino classificatório é amanhã, às 11h30, com transmissão do SporTV. E aí, Rossi ou Lorenzo? DESCUBRA!

Foto: Duda Bairros Fotografia
E na Stock Car Brasil, Marcos Gomes pode garantir a taça inédita no domingo no autódromo de Tarumã, aqui pertinho, em Viamão. Mas para isso acontecer, vai precisar sair com uma vantagem igual ou maior que 48 pontos após a rodada dupla do final de semana (dependendo do número de vitórias de seus concorrentes). Tudo isso porque a corrida final, que será realizada em Interlagos no dia 13 de dezembro, terá pontuação dobrada.

Oito pilotos ainda têm chances matemáticas de título e farão de tudo para adiar a decisão do título para Interlagos. Dono de três vitórias e cinco poles na temporada, Gomes possui 220 pontos, 36 a mais que o pentacampeão da categoria, Cacá Bueno (RBR Mattheis), vice-líder do campeonato com 184. Outros competidores ainda na briga são: Thiago Camilo (RCM - 166 pontos), Max Wilson (RC - 162), Ricardo Maurício (RC - 161), Rubens Barrichello (Full Time - 161), Daniel Serra (RBR Mattheis - 156), Julio Campos (Mico’s Racing - 147) e Allam Khodair (Full Time - 140).

Vale a pena acompanhar (se possível em Tarumã mesmo - Alô, gauchada! Não poderei ir por outros motivos...) e é muito legal que provavelmente teremos novamente um novo campeão (Rubinho é o atual detentor do título), oxigenando a categoria, nada contra o multicampeão Cacá Bueno, por exemplo.

O SporTV transmite o treino classificatório ao vivo no sábado (11h30 de Brasília) e as duas corridas no domingo, a partir de 13h10. Tenham todos um ótimo final de semana!

O post da FE sai no domingo, provavelmente.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

POST ATRASADO

Foto: Motorsport
Esse post era para sair há uns 10 dias atrás... Infelizmente, por diversos problemas, só pude fazer agora. Vamos lá:

VIROU PASSEIO: Depois de perder por um pontinho o campeonato na primeira temporada, Sebastien Buemi fez barba, cabelo e bigode: Pole, vitória e melhor volta: No total, conquistou 100% dos pontos disponíveis (30 pontos) e pinta como favorito para o título na 2a temporada. Lucas di Grassi foi o segundo e Nick Heidfeld o terceiro (finalmente!). Nelsinho Piquet terá muitas dificuldades. Com o pior carro da FE, a China Racing, o Brasileiro largou em último e abandonou. Bruno Senna também não pontuou. A bizarrice é que a equipe do Trulli não conseguiu chegar na China e, portanto, não largou. Confira a classificação do campeonato após a primeira etapa:





A próxima etapa é em Putrajaya, na Malásia, nesse final de semana.


E VAMOS PARA A GRANDE TRETA DO MOMENTO:



Líder do campeonato, Valentino Rossi brigava com o atual bicampeão da MotoGP ,Marc Márquez, pela terceira posição no GP da Malásia. Enquanto isso, o adversário do Italiano, Jorge Lorenzo chegava em 2° e diminuiu a vantagem para o Doctor para sete pontos (312 a 305). Márquez tentou passar o italiano e caiu após um toque (aparentemente um chute na moto da Repsol). Imediatamente, a direção de prova anunciou que iria avaliar acidente após a corrida, ouvindo os dois pilotos. Após a cerimônia do pódio, que contou com Rossi no terceiro lugar, o italiano e representantes da Yamaha se reuniram com Márquez e integrantes da Honda para avaliar o choque.

 O italiano foi considerado culpado pelo acidente e recebeu três pontos de punição. Como já tinha um ponto por uma infração anterior, o italiano vai largar em último na Comunidade Valenciana. Foi o estopim de uma guerra que começou na coletiva da quinta-feira, quando Rossi acusou Lorenzo e Márquez de fazerem um complô espanhol para evitar o seu possível oitavo título.

Logo depois, virou uma guerra entre Italianos e Espanhóis. A imprensa dos dois países se acusando e defendendo os seus pilotos. Até os políticos se envolveram na situação. Segundo o jornal Marca, da Espanha, além de esportistas - como o zagueiro Materazzi - atores, pilotos e ex-pilotos, até políticos entraram na discussão. O primeiro ministro da Itália, Matteo Renzi, que está no Peru, chegou a ligar para Valentino para transmitir o seu apoio ao piloto.

Além disso, Giovanni Malagò, presidente do Comitê Olímpico Italiano foi mais além e afirmou que o Mundial estaria sendo adulterado.
Por outro lado, o presidente da Espanha, Mariano Rajoy Brey também já havia entrado na polêmica entre os pilotos e publicou em sua conta no Twitter uma mensagem de apoio a Marc Márquez dizendo que "Tanto no esporte quando na política, não vale tudo", de forma crítica a Valentino Rossi.

Agora, inimigos!
A confusão é tamanha que dois humoristas de uma espécie de "CQC Italiano" foram para a Espanha entregar um troféu em forma de genitália para Márquez na casa do Espanhol e foram barrados, com os equipamentos danificados. O bicampeão também acusa de ser agredido... Só para vocês terem uma noção...

Foto: Divulgação
Rossi chegou a afirmar que não correria a prova final, neste domingo, em Valência, mas voltou atrás. Ele enviou um pedido de apelação no Tribunal Arbitral do Esporte. O recurso será julgado na sexta-feira. Jorge Lorenzo entrou com um pedido para participar do caso, o que foi negado.

Então, muita coisa vai rolar nessa prova final em Valência, território de Márquez, Lorenzo e Dani Pedrosa. A Espanha contra Valentino Rossi! Quem levará a melhor: Jorge Lorenzo, buscando o tri, ou Valentino Rossi, buscando o octa? DESCUBRA no domingo!!

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

FINALMENTE, NICO

Foto: Getty Images
Fim de oito provas de jejum. Rosberg teve um fim de semana dominante e venceu de ponta a ponta o GP do México. Talvez tenha sido a sua melhor apresentação na temporada. Pena que foi tarde demais para tentar brigar pelo título. Entretanto, parece empenhado em ser bi-vice campeão mundial. Com o acidente de Vettel (Que corrida bizarra do Alemão - A pior da sua carreira), reassumiu a vice-liderança e abriu 21 pontos de vantagem para o tetracampeão da Ferrari.

Foi uma prova entediante. Os mexicanos não mereciam isso. Pelo traçado e pelos treinos, parecia que seria uma corrida empolgante, com ultrapassagens e muitos acidentes ("só" teve um). Só a panca de Vettel que reaproximou todo o grid e gerou alguns momentos de disputa.

Bottas garantiu o terceiro lugar após realizar uma ótima corrida. A Williams tentou ousar uma estratégia, que como sempre, não deu certo. Mesmo assim, teve que realizar algumas ultrapassagens e incidentes polêmicos. Como disse Cléber Machado na Rússia, a "Finlândia chorou", de novo. O troco veio. Bottas tentava ultrapassar Raikkonen e colocou por dentro. O IceMan não recuou e fez a curva mesmo assim. Acabou tocado pelo bico do carro #77, teve a traseira afetada e abandonou a prova. Ao contrário do incidente da Rússia, "no further action" - Não teve punição. Sinceramente, achei um erro: Nos dois casos, o carro que vinha atrás perdeu a freada e tocou no que estava a frente e somente Raikkonen foi considerado culpado. Foi dois pesos, duas medidas. Das duas uma: Ou os dois deveriam ser punidos, ou nenhum. Porém, Bottas aprendeu a lição e deu o recado: Não vai mais facilitar para ninguém e a "vingança é um prato que se come frio".

"V de Valtteri"

Vale ressaltar o bom rendimento das Red Bulls. E Daniil Kvyat segue à frente do sorriso Ricciardo na tabela do campeonato. O Russo foi o quarto e o australiano o quinto. Desde Mônaco que Kvyat cresceu no campeonato. Coincidência ou não, logo após ser cobrado publicamente - e com razão - por Helmut Marko. Embora Ricciardo tenha enfrentado mais problemas mecânicos, nada apaga a ótima estreia do Russo na equipe-mãe austríaca.

Massa foi combativo, mas não saiu do sexto lugar. Foi prejudicado, como sempre, pela estratégia pífia da Williams: Durante o Safety Car, foi colocado pneus médios no carro do brasileiro, ao invés dos macios, que possuem maior aderência e também pelo fato de faltar poucas voltas para o final da prova.

Felipe Nasr, como sempre, teve problemas nos freios e abandonou na 58a volta, após a relargada. Problema no freio na Sauber é pleonasmo, é chover no molhado. Mais uma corrida difícil para o brasileiro. A Sauber perdeu muito terreno e infelizmente isso não surpreende ninguém.

Foto: Reprodução
Os holofotes estavam sob Sérgio Pérez, e não era para menos. Depois de 23 anos de ausência, o México voltou a sediar uma corrida de F1, e dessa vez  com um conterrâneo. Cada vez que o mexicano passava perto do estádio, a torcida ia ao delírio. Muita animação e empolgação. Os latinos realmente são mais vibrantes. Mais de 300 mil pessoas no Hermanos Rodríguez! Show! Pérez foi o 8°, superado por seu companheiro de equipe, Nico Hulkenberg.

Confira a classificação final da corrida:


A próxima corrida é o Grande Prêmio do Brasil, nos dias 13, 14 e 15 de novembro, em Interlagos (São Paulo). Até lá!

sábado, 31 de outubro de 2015

DE VOLTA PARA O PASSADO


Foto: AutoSport
Depois de toda a repercussão de quando o filme "De volta para o Futuro" veio para 2015, parece que a F1 quer retroceder... Vejamos: O eterno desejo de "humanizar" a categoria, onde o piloto seria o destaque, o domador das máquinas ferozes do terceiro milênio, um showman, no estilo oitentista ou noventista (e até para mais atrás...)

Outra: O retorno para o México, depois de 23 anos. Pelo pouco que eu acompanhei, achei um traçado travado, um típico "Tilkódromo". Os pilotos estão reclamando do asfalto, novinho em folha, estar liso demais, o que causou várias rodadas e erros, aliado a pista úmida (Existe a possibilidade de chuva no treino e na corrida). A atmosfera dos fãs é espetacular: Eventos de luta livre e as máscaras típicas dessa luta, os mariachis, A F1 precisava do México. Que bom que estão de volta.

Mais de vinte anos depois, vemos um Verstappen na frente. Mesmo que não signifique muita coisa, é ao mesmo tempo algo interessante. Jos, o pai, teve dois terceiros lugares na carreira em 1994, naquela Benetton dominante de Schumacher. Max, o filho, foi o mais rápido no TL1. O que chamou a atenção foi o superaquecimento do freio de Rosberg, que forçou a ele e Lewis (por precaução) abandonarem o treino na metade. As Red Bulls e a Ferrari parece que despontam como outras forças que podem dominar as primeiras posições. Kvyat em 2° Raikkonen em 3°, Vettel em 4° e Ricciardo em 5° e Rosberg em 6°, Bottas em 7°. Massa o 10°, seguido de Hamilton. Nasr e a Sauber ficando cada vez mais para atrás, o que infelizmente não é novidade, mas triste mesmo assim: 14°.

Foto: Divulgação


Uma notícia que surgiu algum tempo e que não passava de um mero boato (ou chute jornalístico) parece que ganhou muita força e, aparentemente, está próximo de se tornar realidade: Trata-se da Aston Martin. Segundo a "AutoSport", os britânicos estão concluindo um acordo para tomar o controle da equipe indiana já no ano que vem. A Mercedes fornece motor para a escuderia de Vijay Mallya e detém 5% das ações da Aston Martin, que deu seu aval para a união. Antigamente, a informação os ligavam para a Red Bull.

O mandatário da Force India afirmou que, assim que as negociações forem encerradas, anunciará tudinho para os fãs. Estamos no aguardo! Como um torcedor confesso dos indianos, espero que a Aston Martin melhore cada vez mais o ótimo trabalho que a Force India desempenha na F1 desde 2008. E o mais importante: Que não abandonem o projeto depois de alguns anos... Eles já estiveram presentes na categoria nas temporadas de 1960 e 1961. Pode ser que a Force India/Aston Martin seja a nova "segunda equipe" dos alemães, renegando a Williams ao terceiro posto. O carro da Aston seria assim (?):

Foto: Deviantart.net
No TL2, Verstappinho bateu logo no início e ficou de fora. Rosberg se recuperou do problema de seu W06 e foi o mais rápido. Grosjean, que cedeu sua Lotus para o futuro estreante Palmer, teve problemas e abandonou no fim do treino. As Red Bulls de Kvyat e Ricciardo ficaram em 2° e 3°, com Hamilton em 4° e as Ferraris de Vettel e Raikkonen em 5° e 6°. Bottas de novo foi o 7°, assim como Massa o 10°, Nasr também foi outra vez o 14°, porém dessa vez superou Ericsson, o 17° (No TL1, o sueco foi o 12°).


"You used to call me on my cellphone...": É amigos, a situação da Red Bull não tá nada fácil. Sem motor para o ano que vem, os taurinos estão carentes. Nada melhor do que rir da situação, não é mesmo? Pois bem, os austríacos colocaram nos classificados o RB12 na pista: "Solitário com muito a oferecer para o parceiro correto". Interessados? (Honda e Renault, caiam fora)

Foto: Reprodução
O pessoal da Honda afirma que está negociando com Helmut Marko, Christian Horner e cia, embora Ron Dennis já tenha desaprovado uma possível união dos dois pombinhos...

Para finalizar, surpreendendo a todo mundo, a Haas finalmente confirmou Esteban Gutiérrez como companheiro de equipe de Romain Grosjean na estreante Haas ano que vem. Uma pena que Vergne e Magnussen tenham ficado de fora do grid. O México volta a ter dois representantes na categoria.

Por hoje é isso, até amanhã!

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

GP DO MÉXICO - Programação

O Grande Prêmio do México foi disputado entre 1962 e 1992, com exceção de 1971 à 1985, participou do campeonato da Fórmula 1. Voltará em 2015 á fazer parte do calendário do mundial da categoria.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:16.788 (Williams, 1992)
Pole Position: Nigel Mansell - 1:16.346 (Williams, 1992)
Último vencedor: Nigel Mansell (Williams)
Maior vencedor: Nigel Mansell (1987 e 1992), Alain Prost (1988 e 1990) e Jim Clark (1963 e 1967)

ELE NÃO DESISTE...

Foto: ESPN

O aniversariante do dia 28, Bernie Ecclestone, 85 anos. Parabéns, chefão (Escrevo isso na madrugada de terça para quarta-feira). Enfim, parece que finalmente a F1 empolgou na terra dos yankees. O Circuito das Américas é uma embriaguez de sucesso de público desde a sua primeira edição, em 2012.

Entretanto, Bernie quer mais. Muito mais. Seu sonho de consumo sempre foi e sempre será uma corrida nas ruas de Nova York, em Manhattan. Com a presença da equipe americana Haas a partir do ano que vem, ele já faz planos: Tentar retornar com provas na Califórnia. “Vamos ver o que é possível fazer, mas acho que vamos ter de ir para a Califórnia”, declarou o chefão da F1 em entrevista à emissora britânica Sky Sports.

Sobre Manhattan, houve negociações para que a prova fosse lá em 2013, mas o projeto foi adiado para o ano seguinte e posteriormente engavetado por falta de acordo financeiro. “Ainda estamos lutando com isso”, assegurou o britânico. Aparentemente, Bernie ama os EUA e principalmente Nova York.

FIA CONTRA-ATACA; MERCEDES e McLAREN SÃO CONTRA MOTOR "INDY" PARA 2017

Foto: Grande Prêmio
Max Mosley sugeriu, Bernie atendeu. Para tentar evitar que as montadoras sejam as protagonistas e montem um "cartel", Bernie e a FIA estão planejando a adoção de motores mais baratos como alternativa às equipes dentro dos próximos dois anos. Além do novo regulamento estrear em 2017, a proposta de adoção de uma montadora independente para fabricar motores mais baratos (€ 6 milhões - R$ 27 milhões, contra os cerca de € 15 milhões anuais dos v6) e com características diferentes do que é empregado atualmente na F1. 

Segundo a revista alemã "Auto Motor und Sport", seriam motores V6 biturbo de 2,2 L (contra os atuais V6 turbo 1,6 L), iguais aos que são utilizados pela Fórmula Indy desde 2012. Tal atitude seria tomada para limitar os altos custos das equipes do grid e tirar o protagonismo das fornecedoras de motor da categoria.

A princípio, a Cosworth (sempre ela!) e a Ilmor, responsável pelos motores Chevrolet na Indy, aparecem interessadas no projeto.

Diretor-esportivo da Mercedes, Toto Wolff afirmou que a proposta deve ser aprovada (ela não precisa de unanimidade) e expôs seu ponto de vista: “O [motor] híbrido é importante, e é isso o que está acontecendo nas estradas hoje. Mas se você quer ir ‘de volta para o futuro’, não é essa a filosofia que nós acreditamos que deve ser. Vamos ver o que o corpo diretivo e todo mundo vai decidir”, declarou o austríaco, se mostrando contra a proposta.

Diretor de corridas da McLaren, Eric Boullier disse que a F1 ficaria desequilibrada com um regulamento que permite a utilização de dois tipos de motores diferentes.“Será extremamente difícil equilibrar a performance entre duas diferentes tecnologias como essas. Nós ainda acreditamos que o melhor é ajudar a Renault e a Honda a chegar lá do que já diversificar isso”, comentou.

“Embora seja muito cedo para ter um posicionamento claro, será um pesadelo equilibrar isso em face às regras e não necessariamente ter um motor mais barato vai se converter em uma performance de um motor de ponta”, complementou o engenheiro francês, preocupado com os rumos que a F1 poderá adotar caso vá em frente com a adoção dos ‘motores Indy’ em 2017.

A FIA é a maior culpada de tudo. Priorizou os motores para tirar a hegemonia da Red Bull e sua aerodinâmica e agora se vê em outro domínio, das Mercedes. E pior: Com congelamento dos motores, é quase impossível que haja adversários para as flechas de prata. claramente o intuito da proposta é oferecer uma alternativa para a Red Bull, que encontra-se no momento sem motor para o ano que vem. Mais conflitos nos bastidores estão por vir. 
FONTE: Grande Prêmio

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 327 pontos (CAMPEÃO)
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 251 pontos
3 - Nico Rosberg (Mercedes) - 247 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 123 pontos
5 - Valtteri Bottas (Williams) - 111 pontos
6 - Felipe Massa (Williams) - 109 pontos
7 - Daniil Kvyat (Red Bull) - 76 pontos
8 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 74 pontos
9 - Sérgio Pérez (Force India) - 64 pontos
10- Max Verstappen (Toro Rosso) - 45 pontos
11- Romain Grosjean (Lotus) - 44 pontos
12- Nico Hulkenberg (Force India) - 38 pontos
13- Felipe Nasr (Sauber) - 27 pontos
14- Pastor Maldonado (Lotus) - 26 pontos
15- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 20 pontos
16- Jenson Button (McLaren) - 14 pontos
17- Fernando Alonso (McLaren) - 11 pontos
18- Marcus Ericsson (Sauber) - 9 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 574 pontos (CAMPEÃ)
2 - Ferrari - 374 pontos
3 - Williams Mercedes - 220 pontos
4 - Red Bull Renault - 150 pontos
5 - Force India Mercedes - 102 pontos
6 - Lotus Mercedes - 70 pontos
7 - Toro Rosso Renault - 65 pontos
8 - Sauber Ferrari - 36 pontos
9 - McLaren Honda - 25 pontos

TRANSMISSÃO

Foto: Arte globoesporte.com



segunda-feira, 26 de outubro de 2015

CORRIDAÇA PARA COROAR O TRI

Foto: AFP
Meus amigos, que final de semana foi esse para o automobilismo? (Me desculpem, prometo escrever algo sobre a Fórmula E - Ainda não vi a corrida e até sobre a polêmica MotoGP... Aguardem :) )

Na Fórmula 1, um dia de F-E: Treino e corrida no mesmo dia. Algo que não acontecia desde o GP de Austrália de 2013, quando o Q2 e o Q3 foram realizados pela manhã, antes da prova.

O pole foi Nico Rosberg, sem direito a Q3, devido a forte chuva que caia no estado texano. Mas, ninguém se importa... Vamos direto para a corrida:

Para a grande maioria, foi a melhor corrida do ano: Pista úmida, ultrapassagens, emoção até o fim, acidentes, safety car, etc. Ainda acho que a corrida da Hungria foi a melhor, mas sou minoria.. Mas é inegável que o GP dos EUA de 2015 está na galeria das grandes corridas da história da categoria, por todo o seu contexto e significado: O furacão que adiou treinos e assustou milhares de pessoas que mesmo assim não foi o suficiente para impedir o tri de Lewis Hamilton. O resultado da corrida foi o tradicional da temporada: Hamilton, Rosberg e Vettel, mas em circunstâncias totalmente diferentes:

Na largada, Rosberg já caiu para quarto e Hamilton assumiu a ponta. Depois que foi alterado o procedimento de largada, Massa passou a ter problemas na largada. Foi superado por Alonso e, espremido, rodou para evitar o acidente na primeira curva. Acabou tocando no espanhol que, finalmente quando estava com possibilidades de pontuar, caiu para último - é o karma, parte 5242.

Com a pista úmida, houveram alguns toques. Bottas e Nasr caíram para as últimas posições. P.S: Será que existe algum ser pensante que organiza as estratégias da Williams? Não é possível que depois de mais de três dias de puro temporal os caras tenham pensado na possibilidade de colocar pneus macios logo na segunda volta para tentar dar o "pulo do gato". Resultado: O finlandês era 30 SEGUNDOS mais lento por volta e acabou abandonando mais tarde por problemas nos amortecedores.

Lá na frente, o pau quebrava: Com acerto de carro para a pista úmida/molhada, Kvyat e Ricciardo pressionavam Hamilton. Depois do Safety Car virtual ser acionado por excesso de detritos na curva 1, o australiano da Red Bull assumiu a ponta e abriu vantagem. Kvyat buscava pressionar o britânico, mas nada deu certo. O problema para os taurinos é que pouco depois a pista secou, e o brilho foi-se embora: Kvyat bateu no meio/fim e Ricciardo perdeu rendimento, foi tocado por Hulkenberg e caiu para décimo. Só 1 pontinho para a Red Bull.

"Fica assim não, miga". Foto: Reuters
Massa, após a rodada, ficou em décimo terceiro até abandonar no início da prova. Obviamente, não foi um bom final de semana para a Williams. Não podemos dizer o mesmo de Felipe Nasr, o guerreiro: O Brasileiro da Sauber ficou a maior parte do tempo em último, com CINCO (!!!!!) paradas (em virtudes de erros de estratégia) e graças aos Safety Cars e acidentes que causaram isso, ele conseguiu a proeza de terminar em nono, após andar pouquíssimas voltas no TL3 e no Q1 do domingo. Realmente, Nasr saiu no lucro!

Outros destaques: Toro Rosso! Max Verstappen tá guiando muito. Foi seu melhor desempenho na temporada, sem dúvida nenhuma. Quarto lugar e chegou a incomodar Vettel em alguns momentos. O moleque, se mantiver a cabeça no lugar, tem potencial para no futuro ser um dos protagonistas da nova F1! Carlos Sainz: Largou em último e chegou em sexto. Foi combativo, brigou o tempo inteiro com Raikkonen, as Force India e as McLarens. Se não fossem os problemas durante a temporada e os fortes acidentes (como o do treino pela manhã e na Rússia), poderia ter mais pontos.

Button, sempre efetivo em pistas úmidas/malucas. Sexto lugar com o motor defasado da Honda e, de quebra, ultrapassou a Fênix na tabela - 14 a 11 -, para delírio daqueles que acompanhavam o Grande Prêmio. Alonso estava em quinto até que o novo motor Honda teve queda de rendimento e perdeu potência GP2 engine. De quebra, foi ultrapassado nas voltas finais e foi o 11°, de novo. Que karma!

Maldonado. Dá pra acreditar que tivemos um final de semana com furacão, tempestade, aquaplanagens, batidas, várias batidas, Safety Car e o Venezuelano não esteve envolvido em nenhum dos acontecimentos! INCREÍBLE! Nono lugar para ele.

Destaques negativos: Começando por Rosberg. Outra vez, largou mal. "Ah, mas o Hamilton me espalhou para fora da pista." Se largasse bem, não teria sido espalhado. Simples. O Alemão até se recuperou e estava com a corrida ganha, pronto para adiar a festa do tri, mas... Uma erradinha e uma saída de pista que o próprio não entendeu até agora garantiu a vitória e o título de Hamilton. Agora, é brigar muito para ser o vice, de novo. Nico foi completamente surrado pelo seu companheiro de equipe em 2015.

Foto autoexplicativa. Foto: Getty Images
Raikkonen e Hulkenberg: Obliterados por Vettel e Pérez, que novamente brilharam nesse fim de semana. O que tá acontecendo com esses dois? Trocaram de identidade com o "Maldomito" e o Yuji Ide? Mais um fim de semana com barbeiragens - Raikkonen perdeu o controle do carro logo após colocar os pneus macios quando a pista estava úmida e bateu. Não chegou a abandonar, mas comprometeu a sua prova e abandonou logo depois. Hulkenberg era o sexto e foi tentar passar Ricciardo: Errou o cálculo e acertou a Red Bull do sorridente aussie. Na última corrida, ele já havia rodado sozinho na largada e em Cingapura acertou a Williams de Massa na saída dos boxes. De contrato renovado para o ano que vem, talvez o melhor para a carreira do Hulk seja o Endurance em 2017... E o Kimi, provavelmente, estará se aposentando no fim do ano que vem.

7 títulos mundiais nesse pódio. Foto: AP
Foto: Globoesporte.com
Confira a classificação final da corrida:


A próxima prova será o Grande Prêmio do México, nos dias 30 e 31 de Outubro e 1 de Novembro. Até lá!

P.S: O texto da FE e MotoGP sairá na terça, juro!