quinta-feira, 1 de junho de 2023

GP DA ESPANHA: Programação

 O Grande Prêmio da Espanha entrou definitivamente no calendário da Fórmula 1 em 1968. Desde então, já foi disputada em 4 pistas: Jarama, Montjuic, Jerez e Montmeló (desde 1991).

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Max Verstappen - 1:18.149 (Red Bull, 2021)

Pole Position: Valtteri Bottas - 1:15.406 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Michael Schumacher (1995, 1996, 2001, 2002, 2003 e 2004) e Lewis Hamilton (2014, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021) - 6x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 144 pontos

2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 105 pontos

3 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 93 pontos

4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 69 pontos

5 - George Russell (Mercedes) - 50 pontos

6 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 48 pontos

7 - Charles Leclerc (Ferrari) - 42 pontos

8 - Lance Stroll (Aston Martin) - 27 pontos

9 - Esteban Ocon (Alpine) - 21 pontos

10- Pierre Gasly (Alpine) - 14 pontos

11- Lando Norris (McLaren) - 12 pontos

12- Nico Hulkenberg (Haas) - 6 pontos

13- Oscar Piastri (McLaren) - 5 pontos

14- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 4 pontos

15- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 2 pontos

16- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos

17- Kevin Magnussen (Haas) - 2 pontos

18- Alexander Albon (Williams) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 249 pontos

2 - Aston Martin Mercedes - 120 pontos

3 - Mercedes - 119 pontos

4 - Ferrari - 90 pontos

5 - Alpine Renault - 35 pontos

6 - McLaren Mercedes - 17 pontos

7 - Haas Ferrari - 8 pontos

8 - Alfa Romeo Ferrari - 6 pontos

9 - Alpha Tauri RBPT - 2 pontos

10- Williams Mercedes - 1 ponto


QUESTÃO DE TEMPO

Foto: Getty Images

Mercedes e Lewis Hamilton vão renovar o contrato para a(s) próxima(s) temporada(s). A boa relação entre Toto Wolff e o heptacampeão faz com que não seja necessário muitas reuniões sobre valores. A questão é quantos anos Hamilton quer continuar na F1. O chefe da Mercedes expandiu sobre a situação em entrevista, basicamente afirmando que há um acordo para que a Mercedes não fale com ninguém até que as negociações com o Sir se encerrem.

Ou seja: Leclerc ou qualquer outro candidato a sucessor não está no radar no momento.

“Estamos em uma super posição com Lewis. Não há obstáculos nas negociações contratuais.
Há alguns anos, Lewis e eu fizemos um pacto de que primeiro encerraríamos as negociações um com o outro antes de conversarmos com outro piloto", disse.

Hamilton está muito bem. Os números do campeonato comprovam isso. A motivação e o talento continuam ali. A questão agora é se os ajustes e a mudança na direção do desenvolvimento do W14 vai entregar o que todos esperam. Um boost no desempenho da Mercedes pode ser o que falta para Lewis permanecer mais do que uma temporada. Enquanto isso, a lista dos sucessores só aumenta, mas o Sir é o Sir, e a Mercedes sabe disso.

SEM MUDANÇAS

Foto: Divulgação/Mercedes

Do outro lado da moeda depois de dominar a F1 com os novos motores instaurados em 2014, a Mercedes afirma ser contra uma mudança repentina nas regras somente para tentar frear a Red Bull. Vale lembrar que a FIA mudou repetidas vezes o regulamento no início do século para impedir a hegemonia de Michael Schumacher e a Ferrari, mas somente em 2005 que isso de fato aconteceu.

“O carro é rápido em todas as condições, Max está no auge. Mesmo escapando às vezes durante a corrida, não desistir é uma habilidade, e dá para ver que ele forçou.

Todo o crédito a eles, só temos de fazer um trabalho melhor. Precisamos recuperar o tempo perdido, encontrar soluções inteligentes, esperar que nosso desenvolvimento seja mais acentuado que o deles e, eventualmente, entrar na briga de novo.

Sem dúvida, uma batalha forte entre dez pilotos, ou ao menos dois, é muito melhor para todos, mas não é o que está acontecendo, e você tem de aceitar e trabalhar para voltar ao jogo. Se começarmos a equilibrar o desempenho, vamos acabar com esse esporte.

O melhor piloto no melhor carro, gastando a mesma quantia de dinheiro, vence o campeonato, e se você quebra essa regra, deve ser fortemente penalizado. Mas só por isso, e não por fazer um bom trabalho", afirmou.

O próprio chefão da F1, Stefano Domenicali, descartou tais manobras, argumentando que o teto orçamentário vai, com o tempo, diminuir a distância no lado técnico. A próxima mudança de regulamento será com os novos motores em 2026, quando Ford, Audi e quem sabe outras montadoras irão reforçar a categoria.

É um discurso bonito de quem já esteve do outro lado e ouvia as mesmas reclamações das rivais, embora a FIA não tenha feito um grande esforço para "parar" alguma coisa. Pelo contrário.

Comercialmente falando, Hamilton no topo é muito interessante. Afinal, ele precisa de uma taça para ser definitivamente o maior de todos, pois já é no número de poles e vitórias. Como a Mercedes é competente e tem pilotos que dispensam apresentações, esse empurrãozinho de alguma mudança pontual não seria tão necessário, mas com certeza muito bem vindo.

TRANSMISSÃO
02/06 - Treino Livre 1: 8h30 (Band Sports)
02/06 - Treino Livre 2: 12h (Band Sports)
03/06 - Treino Livre 3: 7h30 (Band Sports)
03/06 - Classificação: 11h (Band e Band Sports)
04/06 - Corrida: 10h (Band)


terça-feira, 30 de maio de 2023

VÁ COMO VÁ

 

Foto: Getty Images

O universo parece dar mostras de quer corrigir as injustiças humanas dos últimos anos. É como se o talento falasse mais alto que a própria sabotagem, autodestruição e/ou burrice.

Fernando Alonso. A história vocês já sabem. A Aston Martin parecia mais um equívoco na gestão do fim de carreira da Fênix. O que não sabemos é como Lawrence Stroll é um cara realmente ambicioso e está mudando a estrutura da equipe em todos os vértices. A chegada do espanhol era a cereja do bolo.

Mas enfim, um sentimento de presente com saudosismo. A pré-temporada deu a todos a ilusão de que a Fênix poderia voltar a ser protagonista nos lugares onde nunca poderia ter saído. Claro, sabemos que não era bem assim, mas é um início de temporada arrasador, comparável ao auge.

Cinco pódios em seis corridas com um carro que é terceira ou quarta força. Muita regularidade, muito braço, muita experiência e muita sorte. O acontecido na Austrália é um sinal disso. O abandono de Leclerc na abertura da temporada, que propiciou o primeiro pódio, também.

Tudo bem, Mônaco pode ser considerado um azar, mas nem tanto. Perder a pole e colocar o pneu errado na hora errada é indiscutível. Mesmo assim, continuar em segundo não deixa de ser “sorte”, ou melhor, a competência de abrir uma vantagem tão confortável para o resto do pelotão a ponto de se dar ao luxo de errar, ou “dar azar”.

2023 parece ser o ano que o destino está se encarregando de corrigir os erros e injustiças cometidos pelo próprio Alonso. O além está cansado de ver tanto talento desperdiçado por gestão de carreira ruim, relacionamentos conflituosos e um talento reconhecido por todos sendo coadjuvante, sendo relembrado apenas pelo passado.

Os sinais estão aí. Tudo parece conspirar para o momento derradeiro, o inevitável, o que todos esperam. Mônaco foi um pequeno ensaio. A mentalidade do espanhol e da equipe são a mesma: tudo ou nada. Legal, já tivemos alguns pódios, mas vivemos de vitórias. A glória eterna e libertadora.

E o destino, aquele que parece ser imutável, nos prega um capítulo esperançoso. Sinais, fortes sinais. Esta semana tem corrida na Espanha, palco de duas vitórias em casa (sem contar Valência) e onde foi também o último triunfo de Don Fernando Alonso.

Lembro como se fosse hoje, assistindo ainda na casa do meu pai. Ainda era menor de idade. Dez anos depois, como uma fênix que deixa todo mundo boquiaberto, ele ressurge, mais forte do que nunca.

Vamos acreditar nos sinais, mesmo assim, o que importa é a jornada. A única coisa que não nos podem tirar, ainda, é o direito de sonhar e tentar perverter a realidade.

Até!

segunda-feira, 29 de maio de 2023

A ERA

 

Foto: Dan Mullan/Getty Images

Estar no lugar certo e na hora certa é um timing que cada vez está mais comum, com a tecnologia e os novos regulamentos da F1 que não permitem mais os testes ilimitados.

Claro, antes disso tivemos a dinastia Schumacher e os domínios da McLaren e Williams nos anos 1990, mas o que Vettel/Red Bull, Mercedes/Hamilton e agora Verstappen/Red Bull estão fazendo será cada vez mais corriqueiro.

Tirando Vettel, que é um talento indiscutível mas com menos títulos do que “deveria”, Hamilton e Verstappen caminham para a história. Não fizeram isso somente pela superioridade dos carros, mas pelos momentos que definem quem é ou não um gênio, alguém que pode estar com propriedade na mesa dos melhores de todos os tempos.

A pole de Verstappen em Mônaco mostra a mistura perfeita da maturidade com a natureza agressiva do piloto. Max sempre foi até as últimas consequências. Besta ou bestial. Na Arábia Saudita, enquanto disputava o título inédito, colocou tudo a perder na última curva de onde também seria pole.

Em Mônaco, bicampeão, com o melhor carro e o único adversário largando no fim da fila, Max poderia tranquilamente não arriscar e somar os pontos necessários para aumentar a distância. Pensar no campeonato longo. São 22 corridas, afinal, ainda mais em Mônaco. Qualquer deslize e tchau.

E mesmo assim, quando tinha mais a perder do que a ganhar, a eternidade entrou em ação. Uma volta perfeita, no limite, que valeu mais do que uma pole position e uma vitória histórica no palco histórico e mais glamourizado da F1.

É Max Verstappen mostrando que ele é muito além do carro da Red Bull. Isso a gente sabe, não há dúvida, mas as vezes é necessário relembrar, chocar, se fazer entender na marra. A ducha de água fria, pois todos torciam por outra história, o retorno da Fênix, é mais um daqueles momentos.

De certa forma, foi a mesma catarse de quando o quarentão Schumacher fez a mesma pole em Mônaco, há 11 anos. Tudo bem que ele estava punido e não largou na posição de honra, mas a volta de desaceleração com o número um em riste é o que entrou para a história.

O sábado da pole e o domingo do controle da situação, na chuva, no seco e na mistura de ambos, é que definem Max Verstappen, muito mais do que os números e estatísticas.

É puramente o talento geracional do novo momento, da atual era, não tão mais nova, não tão novidade, mas ainda assim impactante.

Até!


NEM ASSIM...

 

Foto: Getty Images

Mônaco é Mônaco. O sábado pode decidir o final de semana. Pérez bateu no Q1 e encerrou o papo de que pode brigar com Max. Tem gente que acreditava nisso inocentemente... Max Verstappen fez a volta voadora mais triste dos últimos tempos e impediu que Don Fernando, a Fênix, voltasse a posição de honra depois de mais de 10 anos.

Haveria uma esperança no domingo, mas estava ali acesa uma possibilidade pela vitória e o fim do jejum. Era preciso acreditar e esperar a oportunidade.

Em Monte Carlo, as oportunidades são escassas. Depende de erros, batidas ou de uma mudança climática. Até a volta 52, o marasmo já esperado. A chuva entra em ação e promete um final de corrida caótico. Só o clima para desafiar Max Verstappen.

Don Fernando tinha a grande chance. 2023 finalmente voltou a sorrir e agora era o ápice. Pódios são bacanas, mas o que as pessoas lembram são as vitórias. O timing era complicado, pois em 2/3 da pista ainda estava seco. Alguns apostaram nos intermediários, Max e Sainz, por exemplo.

Alonso tinha a grande chance. Escolha da equipe ou feeling do piloto. Por uma volta, a escolha. A Fênix manteve os pneus de pista seca. O circuito piorou. A sorte é que a vantagem diante dos demais era muito grande. 

Alonso perdeu a grande chance da vitória consagradora em Mônaco, onde já venceu e por anos preteriu pela Indy, que foi disputada horas depois. Por uma escolha, por uma volta. Pela reação pós-corrida, foi muito mais no feeling do que uma imposição da equipe. Acontece. Os gênios envelhecem e erram.

O mais impressionante é que, mesmo com o tempo virando drasticamente, não houve Safety Car, nem acidentes graves, apenas toques normais. Necessário elogiar a perícia de todo mundo. No fim das contas, nem a mãe natureza impediu mais um triunfo de Max Verstappen.

Sem Pérez, que enquanto tudo isso acontecia, foi apenas o 16°, outro que herdou um lugar no pódio foi Esteban Ocon, o primeiro francês desde Olivier Panis a conseguir tal feito. A Alpine precisava dar uma resposta depois de um início fraco e com direito a críticas públicas do presidente.

A "nova Mercedes" teve um bom resultado, mas um circuito de rua nunca é um parâmetro aceitável para definir qualquer coisa, seja boa ou ruim. Na Ferrari, Sainz segue mostrando que tem um limite na hora H e que Leclerc perdeu a chance de um pódio em casa por uma punição no sábado - outra vez a irregularidade dando as caras.

A McLaren conseguiu pontos humildes importantes com os dois pilotos. Lawrence precisa perceber que o filho é um atraso na Aston Martin. Sargeant ser passado por todo mundo nessa pista me assustou um pouco. O rapaz está pronto para a F1?

Enfim, vai ser difícil parar duas Red Bull. O erro humano e a mãe natureza estão aí, mas nada parece deter Max Verstappen.

Confira a classificação final do GP de Mônaco:


Até!

sexta-feira, 26 de maio de 2023

O ACERTO NO PRINCIPADO

 

Foto: Mark Thompson/Getty Images

O cancelamento de Ímola mudou os planos de muitas equipes, que enxergaram a necessidade de trazer as atualizações dos carros em Monte Carlo. Ferrari, Mercedes e Aston Martin pensaram assim, por exemplo.

A Mercedes dá adeus ao "zeropod", que não deu certo, e adota os sidepods mais largos. É a tentativa de recuperar terreno, embora qualquer resultado em Mônaco não seja algo que possa ser amplamente levado em consideração.

Por exemplo, no TL1, Sainz foi o mais rápido e Aston Martin e Mercedes também se mostraram competitivas. Verstappen reclamou do acerto, mas foi o mais veloz no TL2 e Sainz bateu. 

Em uma corrida com características distintas, a torcida é para que a monotonia seja quebrada, embora a Red Bull siga muito forte e favorita. Alonso sonha com uma vitória e a Mercedes está ali, se fingindo de morta para depois... enfim.

Mônaco é um espaço onde muitos afirmam que o dia realmente decisivo é o sábado, quando se define o grid de largada. Pois bem, um pequeno adendo: a classificação será transmitida apenas no Band Sports. A Band, na TV aberta, optou por mostrar a última rodada da Bundesliga. Decisão acertada, aliás, mas isso é outro assunto.

Que Mônaco seja Mônaco em todas as nuances de Monte Carlo.

Confira os tempos dos treinos livres:



Até!

quinta-feira, 25 de maio de 2023

GP DE MÔNACO: Programação

 O Grande Prêmio de Mônaco é um dos GPs mais conhecidos do automobilismo, juntamente com as 500 milhas de Indianopólis e as 24 horas de Le Mans. É um circuito de rua de Monte Carlo, com 3340 metros de extensão e que exige  muita precisão, devido a uma grande quantidade de curvas e a estreita largura das ruas que formam o percurso.

Passou a integrar o calendário da Fórmula 1 em 1955.

Em 2020, em virtude do coronavírus, a corrida de rua não foi realizada pela única vez na história, retornando ao calendário nesta temporada.


Melhor volta em corrida: Lewis Hamilton - 1:12.909 (Mercedes, 2021)

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:10.166 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Sérgio Pérez (Red Bull)

Maior vencedor: Ayrton Senna - 6x (1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993)


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 110 pontos

2 - Charles Leclerc (Ferrari) - 104 pontos

3 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 85 pontos

4 - George Russell (Mercedes) - 74 pontos

5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 65 pontos

6 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 46 pontos

7 - Lando Norris (McLaren) - 39 pontos

8 - Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 38 pontos

9 - Esteban Ocon (Alpine) - 30 pontos

10- Kevin Magnussen (Haas) - 15 pontos

11- Daniel Ricciardo (McLaren) - 11 pontos

12- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 11 pontos

13- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 6 pontos

14- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 4 pontos

15- Fernando Alonso (Alpine) - 4 pontos

16- Alexander Albon (Williams) - 3 pontos

17- Lance Stroll (Aston Martin) - 2 pontos

18- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 195 pontos

2 - Ferrari - 169 pontos

3 - Mercedes - 120 pontos

4 - McLaren Mercedes - 50 pontos

5 - Alfa Romeo Ferrari - 39 pontos

6 - Alpine Renault - 34 pontos

7 - Alpha Tauri RBPT - 17 pontos

8 - Haas Ferrari - 15 pontos

9 - Aston Martin Mercedes - 6 pontos

10- Williams Mercedes - 3 pontos


"FUTURO CAMPEÃO"

Foto: Getty Images

Apenas quatro corridas e quatro pontos no começo da jornada na F1, mas o otimismo com Oscar Piastri é grande na McLaren. E não é qualquer entusiasta: é simplesmente o CEO Zak Brown, que foi até a justiça para tirar o australiano da Alpine e substituir o compatriota Daniel Ricciardo.

Apesar das dificuldades que o carro encontra e também por ter alguém como Lando Norris como companheiro de equipe, Brown não poupa palavras elogiosas para o campeão da F3 e da F2:

“Estamos muito impressionados, ele é muito focado e não cometeu nenhum grande erro. Apenas a exploração típica dos limites, ou o travar de uma roda aqui e ali. Ele não esteve em todas essas pistas, então as primeiras indicações são de que temos um futuro campeão mundial em nossas mãos", disse.

Brown também se disse satisfeito com a adaptação de Piastri na categoria (o australiano ficou 2022 parado após conquistar F3 e F2 na sequência) e também se mostrou muito empolgado com a dupla de pilotos, ressaltando que agora a responsabilidade é da McLaren em oferecer um carro compatível com a qualidade dos pilotos.

“A combinação de Lando Norris e Oscar Piastri, não consegui pensar em uma dupla de pilotos melhor. Oscar fez um trabalho fantástico e está trocando tempos de volta com Lando agora, e é isso o que queremos.

O Oscar tem sido impressionante desde que o colocamos no carro. Ele é muito maduro. Ele é muito focado e muito técnico. Nós apenas temos que trabalhar para dar a ele um carro mais rápido agora”, finalizou.

É uma dupla promissora. É claro que Piastri ainda precisa mostrar mais, mesmo que o carro não permita tanto no momento. Um passo de cada vez. Um cara que venceu F3 e F2 no primeiro ano tem credenciais mais do que suficientes para ter esse tipo de tratamento. 

A questão conturbada com a Alpine aumenta a pressão no jovem, mas se ele e a McLaren desenvolverem aquilo que se espera de ambos, o futuro de Piastri e de Woking pode ser muito produtivo e esperançoso.

O CÃO ARREPENDIDO VOLTOU DE NOVO

Foto: Getty Images

A Gazzetta Dello Sport noticiou e as partes confirmaram, na quarta-feira (24), o anúncio da parceria entre a Honda e Aston Martin para que os japoneses sejam os fornecedores de motores do time a partir de 2026, quando o novo regulamento da F1 entra em vigor.

A Honda saiu da F1 oficialmente no final de 2021, quando, depois de anos de trabalho, conseguiu voltar a ser campeã juntamente com a Red Bull, após anos constrangedores na tentativa de reeditar o momento mágico da McLaren dos anos 1980 para o agora.

Com melhoras na parte elétrica e combustível 100% sustentável, os japoneses e a Aston Martin se encontram numa ocasião bem ambiciosa: a Red Bull já acertou com a Ford para o período e o time de Lawrence Stroll entende que, para ser protagonista, é preciso ter um fornecedor próprio: chega de pegar as sobras da Mercedes.

O acordo, inicialmente, é até 2030.

Tem tudo para isso aí dar bom, a princípio: Stroll pai é ambicioso e os japoneses metódicos. Eles demoram, mas entregam resultado. Claro, está tudo muito distante, então as outras variáveis são meramente especulativas hoje em dia: quem será o parceiro de Stroll nesse novo momento? O carro vai encaixar com o motor no novo regulamento? O bólido será bem nascido? O know-how japonês da última década ainda é útil para uma nova revolução tecnológica na F1? Espero responder isso daqui três anos.

TRANSMISSÃO:
26/05 - Treino Livre 1: 8h30 (Band Sports)
26/05 - Treino Livre 2: 12h (Band Sports)
27/05 - Treino Livre 3: 7h30 (Band Sports)
27/05 - Classificação: 11h (Band e Band Sports)
28/05 - Corrida: 10h (Band)


terça-feira, 23 de maio de 2023

A MESMA DANÇA

 

Foto: Getty Images

Quase três meses de temporada e a impressão é que a F1 não engrenou, de fato. Um motivo é óbvio: não há competição. Serão 22 corridas onde a Red Bull vai reinar sozinha e apenas questões pontuais que vão impedir um ano perfeito, até porque isso nunca existiu e nem vai existir.

As coisas parecem mornas não só pela falta de um antagonista a um inevitável tri de Max Verstappen, mas também porque a F1 só corre em circuito de rua. É uma coisa sem graça, que foge do histórico da categoria. Parece uma F-E. Não tem espaço, não tem emoção, só apostam em bandeiras amarelas ou vermelhas como se fosse a Indy para forçar alguma pseudo emoção.

A corrida cancelada de Ímola adiou as atualizações prometidas por quase todas as equipes. É evidente que um circuito de rua como Mônaco não é o palco ideal para nada, então tudo será novamente adiado para a outra semana, em Barcelona, tradicional palco da pré-temporada (menos nesse ano).

Então, novamente, teremos que confiar na mística de Mônaco ou na metereologia diferente, desde que não cancele as atividades igual semana passada.

E assim, parece que não será um ano que vai engrenar. Falta sal, faltam personagens, tramas, narrativas. Fica difícil até de tentar construir um texto durante a semana. Está difícil, talvez eu não consiga mais extrair algo de diferente ou enxergar relevância nos detalhes atuais.

Ou talvez esteja de saco cheio de escrever sobre F1, ou da F1 em si, ou do rumo que a categoria está levando, ou do marasmo provocado pelos acontecimentos que fogem de algum controle da categoria.

Ah, eu finalizo esse texto com o óbvio: Mônaco é um lugar histórico e tem que ter cadeira cativa na categoria, assim como Silverstone, Interlagos, Monza, Suzuka, entre outros circuitos antigos e históricos. O problema não é correr lá uma vez por ano, e sim dar um monte de volta em circuitos genéricos como Baku, Arábia Saudita, Miami ou Las Vegas.

Até!