terça-feira, 20 de novembro de 2018

ESPECIAL ALONSO - PARTE 1

Foto: Reprodução

Olá, amigos!

Nesse fim de semana, Fernando Alonso faz no mínimo um “até logo” na F1, pois o espanhol ainda deixou em aberto um possível retorno para a categoria a partir de 2020. Se isso vai acontecer nós não sabemos, mas aproveitamos o final dos quase 17 anos na categoria (2002 ele foi piloto de testes) para relembrar a carreira do bicampeão e considerando um dos maiores pilotos da história. Vamos lá:

HISTÓRIA

Fernando Alonso nasceu no dia 29 de julho de 1981 em Oviedo, capital da região autônoma das Astúrias, no norte da Espanha. A mãe trabalhava numa loja de departamento e o pai era mecânico em uma fábrica de explosivos perto da cidade. José Luis, o pai, era um kartista amador e queria passar sua paixão pela velocidade para os filhos. Ele construiu um kart para Lorena, irmã mais velha de Alonso mas ela não se interessou, ao contrário de Fernando, que com três anos de idade deu suas primeiras arrancadas por aí.


Alonso competiu em competições de kart pela Espanha ajudado pelo pai, que também era mecânico. A família não tinha condições financeiras de apoiar Fernando nas competições, mas as vitórias do jovem kartistas atraíram patrocinadores. Sem grana pra comprar pneus para chuva, Alonso aprendeu a controlar o kart com pneus slicks. O kart foi fundamental para o espanhol lidar com diferentes estilos de pilotagem, uma de suas grandes qualidades na F1.



Alonso foi tetracampeão espanhol de kart de forma consecutiva, além da Copa do Mundo Júnior da modalidade em 1996. No ano seguinte, ele venceu o italiano Inter-A. Em 1998, foi a vez de vencer o Espanhol Inter-A, além de ser vice-campeão europeu na mesma temporada.


Com 17 anos, o compatriota Adrián Campos deu a Alonso a oportunidade de testar uma Minardi. Em três dias de testes no circuito de Albacete, Ferdi igualou os tempos de Marc Gené. Para 1999, Alonso competiu no Euro Open MoviStar. Na segunda etapa, outra vez em Albacete, venceu pela primeira vez. Alonso foi campeão com apenas um ponto de vantagem para Manuel Giao depois de vencer e fazer a volta mais rápida na última corrida. No fim do ano, Alonso fez outro teste pela Minardi e foi um segundo e meio mais rápido do que os outros pilotos que testaram o carro.

Em 2000, o último passo: a Fórmula 3000. Mais jovem do grid, Alonso demorou sete corridas para marcar os primeiros pontos, quando teve duas vitórias e dois segundos lugares, terminando o campeonato em quarto, atrás do brasileiro Bruno Junqueira, do francês Nicolas Minassian e do australiano Mark Webber.

MINARDI (2001)

Foto: Minardi
Alonso foi o terceiro piloto mais jovem da história (na época, é claro) a estrear na F1. Foi também a primeira temporada da Minardi sob a administração de Paul Stoddart. O carro não era nem rápido e tampouco confiável.

Fazendo o que podia, o espanhol chamou a atenção das equipes maiores. A Sauber chegou a cogitar contratá-lo para substituir Kimi Raikkonen, mas preferiu ficar com o brasileiro Felipe Massa.  No entanto, seu empresário Flavio Briatore tinha outros planos. Ele queria colocar o espanhol na Benetton, no lugar de Jenson Button. Com a Renault comprando a equipe inglesa/italiana, Alonso ficou como piloto de testes na temporada seguinte. 

Na última corrida da temporada, no Japão, Alonso foi o 11°, a frente de carros como a Prost de Frentzen e a BAR de Olivier Panis, além das duas Arrows e do então companheiro de equipe, o malaio Alex Yoong. Anos depois, Stoddart classificou a corrida da Fênix como “53 voltas de classificação”. O espanhol ficou atrás na tabela do outro companheiro de equipe que teve na temporada, o brasileiro Tarso Marques. O melhor resultado da temporada foi o décimo lugar na Alemanha, o que hoje lhe daria um ponto na F1.


RENAULT (2003-2006): PRIMEIRAS VITÓRIAS E FIM DA ERA SCHUMMI

Foto: MotorSport
Em 2002, Alonso foi apenas piloto de testes da equipe francesa, onde andou 1.642 voltas e mais 52 pela Jaguar em um teste em Silverstone. Como planejado, Briatore sacou Jenson Button e colocou o espanhol para correr junto com o italiano Jarno Trulli. É claro que a imprensa britânica não gostou da decisão. Em entrevista para a F1 Racing, o diretor técnico Mike Gascoyne disse que era a decisão certa a se fazer porque a equipe estava impressionada com o trabalho realizado pelo espanhol como piloto de testes.

E a justificativa fez sentido. Logo na segunda etapa, na Malásia, Alonso sagrou-se o piloto mais jovem da história a ser pole position e também o mais jovem a ir no pódio na mesma corrida, quando foi o terceiro. Foi a primeira vez que um piloto espanhol conseguiu tal façanha na categoria. Na corrida seguinte, no Brasil, Alonso bateu forte depois de não ver as bandeiras amarelas agitadas e os destroços na pista causadas pelo acidente da Jaguar de Mark Webber. 




Na Espanha, corrida da casa, outro feito histórico: segundo lugar. Além disso, Alonso conseguiu a primeira vitória da carreira em uma atuação esplêndida na Hungria, sagrando-se o mais jovem a vencer uma corrida na história da F1. Ele terminou o campeonato em sexto, com 55 pontos e quatro pódios.


Com uma Ferrari dominante em 2004, Alonso não pode fazer muita coisa. Manteve os quatro pódios (Austrália, França, Alemanha e Hungria). Em Mônaco, bateu e jogou a culpa em Ralf Schumacher. Na França, foi pole e quase venceu, se não fosse a extraordinária atuação de Michael Schumacher, vencedor com quatro paradas. Nas últimas três etapas da temporada, Trulli foi demitido e substituído por Jacques Villeneuve. Alonso fez 59 pontos e terminou o campeonato na quarta posição.



Em 2005, outro italiano como companheiro de equipe: Giancarlo Fisichella. Na corrida de abertura, na Austrália, a chuva atrapalhou o treino de Alonso, que ainda assim conseguiu chegar em terceiro. 

Ele venceu as duas corridas seguintes (Malásia e Bahrein) largando da pole e venceu a terceira seguida em uma batalha épica contra Schumacher em Ímola. O espanhol revelou que estava com o motor avariado. O problema só foi descoberto depois do treino e a equipe optou por correr ao invés de trocar o motor e ser penalizado com 10 posições no grid.



A McLaren melhorou e Raikkonen venceu as duas seguintes, na Espanha e em Mônaco. Era o único adversário de Alonso, visto que Ferrari e Williams estavam bem abaixo de seus potenciais. Raikkonen iria vencer pela terceira vez seguida em Nurburgring, mas o estouro da suspensão dianteira-esquerda na última vez fez Alonso herdar uma improvável e importantíssima vitória no campeonato. 


Alonso bateu no Canadá e não disputou a corrida dos Estados Unidos em virtude do Caso Michelin. Na França, fez a terceira pole e venceu pela quinta vez na corrida da casa da equipe. Em Silverstone, outra pole, mas dessa vez o espanhol foi superado pela McLaren de Montoya. Na Alemanha de novo, outra vez Raikkonen liderava até sofrer um problema hidráulico, e lá foi Alonso vencer mais uma.

Na Hungria, Alonso largou só em sexto e terminou apenas em 11° depois de se envolver em um acidente com Ralf Schumacher. Na reta final, Alonso terminou em segundo em três provas consecutivas. Raikkonen venceu na Turquia e na Bélgica e terminou em quarto na Itália, reduzindo a vantagem de Alonso em apenas um ponto.

O título veio com um terceiro lugar em Interlagos. Alonso sagrou-se o mais jovem campeão da história da F1, o primeiro da Espanha e terminou com a Era Schumacher. Após a corrida, ele declarou: “eu quero dedicar este campeonato a minha família e a todos os meus amigos próximos que me apoiaram durante a minha carreira. A Espanha não é um país que tenha a cultura da F1e nós tivemos que lutar sozinhos, cada passo do nosso caminho, para fazer isso acontecer. Um obrigado muito especial também para a minha equipe –eles são os melhores na F1 e nós fizemos isso juntos. Eu vou dizer que sou campeão, mas nós somos todos campeões – e eles merecem isso.” Em entrevista anos depois, Alonso disse que essa foi sua grande corrida da carreira: “Foi um sonho se tornando realidade e um dia muito emocionante. Nas últimas voltas, eu pensava estar ouvindo barulhos do motor –de todos os lugares! Mas estava tudo ok. Eu posso lembrar do meu alívio quando cruzei a linha de chegada”.



Nas etapas finais, no Japão e na China, Alonso e Renault sagraram-se ainda campeões de construtores. O espanhol foi terceiro em Suzuka e venceu em Shangai.

Em 2006, defendendo o título, Alonso já começou vencendo no Bahrein, superando Schumacher e saindo da quarta posição. Na Malásia, ficou em segundo, atrás de Fisichella. Na Austrália, venceu após superar a Honda de Jenson Button. Largando em uma posição ruim em San Marino, Alonso recebeu o troco de Schumacher em Ímola e foi superado também no GP da Europa, mesmo largando na pole. O troco veio justamente na Espanha, onde venceu pela primeira vez. Em Mônaco, herdou a pole de Schumacher, punido em 10 posições depois de parar deliberadamente o carro depois completar sua volta no Qualyfing e também venceu.

Alonso chegou a quatro vitórias seguidas ao vencer em Silverstone e no Canadá, as duas largando da pole position. Alonso foi o primeiro piloto da história a terminar as nove primeiras corridas da temporada em primeiro ou segundo, sendo igualado depois por Sebastian Vettel em 2011. 

Schumacher respondeu em Indianápolis, quando venceu e o espanhol terminou em quinto. Nova vitória do alemão na França, com Alonso em segundo. O espanhol ficou em quinto na Alemanha e a vantagem para o heptacampeão era de 11 pontos.

Na Hungria, Alonso foi penalizado no Qualyfing e só largou em 15°, Schummy ficou em 11° pelo mesmo motivo. Na corrida, Alonso se encaminhava para uma vitória épica na chuva quando uma porca da roda soltou de seu carro após o pit stop. Schumacher fez apenas um ponto depois que Robert Kubica foi desclassificado.

Alonso foi o segundo na Turquia, onde Felipe Massa venceu pela primeira vez na carreira. Na Itália, uma corrida desastrosa. Um furo na parte de trás da carroceria fez Alonso largar apenas em quinto. No entanto, o espanhol foi punido por ter atrapalhado Felipe Massa e caiu para décimo. Um problema no motor o fez abandonar e com a vitória de Schummy a vantagem caiu para apenas dois pontos.

Na China, Alonso fez a pole na chuva mas ficou em segundo. Com a vitória de Schumacher, o campeonato estava empatado, com o alemão na frente pelo número de vitórias. No Japão, a Ferrari largou na pole, mais de um segundo a frente das Renault, que ficaram em quinto e sexto. No entanto, na corrida, Alonso pulou para segundo e venceu após Schumacher abandonar com um problema no motor. Com 10 pontos de vantagem, bastava um oitavo lugar no Brasil para ser bicampeão.



Massa venceu em Interlagos e Alonso foi o segundo, Schumacher o quarto. Alonso bicampeão mundial, outra vez no Brasil. O espanhol sagrou-se o mais jovem bicampeão da história e a Renault também venceu os construtores por 5 pontos. Desde 2005 Alonso já tinha acertado com a McLaren para a temporada de 2007, onde, sem o recém-aposentado Michael Schumacher, prometia ser o novo dono da F1.


Até que surgiu um certo Lewis Hamilton... mas isso é assunto para o próximo post. Até mais!

terça-feira, 13 de novembro de 2018

HEINEKEN F1 EXPERIENCE


Fala, gurizada!

Sábado teve a segunda edição da Heineken F1 Experience. A primeira foi no RJ e teve Felipe Massa dirigindo a Williams. Aqui em Porto Alegre foi a vez de Rubens Barrichello.

Cheguei quase 12h e perdi a primeira arrancada do Rubens. Um calor escaldante e mesmo assim consegui um lugar na grade. Foi bem legal. Teve espetáculos de motos e drift, coisa bacana para o público em geral, além de muita música. A nota ruim foi o calor que vitimou umas queimaduras no meu pescoço hehehe

Destaque negativo foi pro locutor do evento que teve a proeza de chamar Sir Jackie Stewart de JACK SMITH. Meu Deus, o sangue subiu na hora! O momento era de tanta emoção e perplexidade que só me dei conta que JACKIE STEWART ESTEVE EM PORTO ALEGRE! INACREDITÁVEL!

Bom, pra fechar a conta, comprei dos ambulantes uma camisa da Mercedes. Estava vestindo a camisa de Johan Cruyff... sacaram a referência? Abaixo, fotos e vídeos dessa experiência única!

P.S.: Bem na hora que Rubinho veio para a segunda arrancada, saí da grade pra comprar um refri. Sacanagem. É muito rápido e impossível de gravar, mas valeu ouvir o V8. Emoção única! Imagina estar em Interlagos!

Espero voltar um dia, seja para a F1, seja para a música.

Até!











SIR JACKIE STEWART! 





segunda-feira, 12 de novembro de 2018

MAX E O KARMA

Foto: Getty Images
Foto: Reprodução/YouTube
2001: líder Juan Pablo Montoya é acertado pelo retardatário Jos Verstappen.
2018: líder Max Verstappen é acertado pelo retardatário Esteban Ocon.

A diferença aqui é que Max conseguiu continuar na corrida. Apesar de dessa vez ter sído vítima, o holandês tem um longo histórico de ser irresponsável e jogar de forma irresponsável a responsabilidade para os outros, que sempre tinham algo a perder. Não dessa vez.

Hamilton enfrentou situação parecida quando foi atrapalhado por Grosjean e Sirotkin em Cingapura. Manteve-se frio e evitou os erros. Maduro, vive o auge da forma. Os cinco títulos e agora 72 vitórias explicam isso, mas o inglês será mais analisado depois.

Max poderia simplesmente ter deixado Ocon, que estava mais rápido, ter passado. Na sequência, muito provavelmente teria conseguido recuperar a volta dada através da bandeira azul. Ou não. Não importa. Dessa vez, Max tinha muito a perder. Uma liderança construída com muito trabalho e uma pilotagem excepcional, superando Ferrari e Mercedes.

Claro que a culpa maior é do francês. Ao ver que Max ia fazer jogo duro, deveria ter recolhido. O toque aconteceu. Ocon vive uma despedida melancólica nesse provável "até breve" na F1, ainda mais agora que foi reportada a provável (agora vai?) contratação de Robert Kubica pela Williams. Max precisa ter jogo de cintura. É isso que separa os grandes campeões de meros vencedores de corridas.

Eu não vou ser hipócrita de criticar Max por empurrar Ocon no pós-corrida. Qualquer pessoa na mesma situação faria a mesma coisa ou até mais. A FIA querer impor punição é ridícula. Ali ninguém é robô, ainda mais com uma vitória brilhante sendo tirada em um incidente fútil. Que fique de lição para o holandês, mas me parece ser difícil. O gênio difícil mimado do progídio é bastante alimentado pelos seus chefes, inclusive Christian Horner incentivou nas entrealinhas que o conflito fosse resolvido na trocação de socos mesmo. Não é papel de dirigente fazer esse tipo de comentário público.

Foto: Lars Baron/ Getty Images

Voltamos para o vencedor da corrida. Mais uma vez, caiu do céu para Lewis Hamilton. Nada é por acaso. Todos os elogios são poucos para esse fantástico piloto. Entretanto, uma coisa preocupa. Desde os Estados Unidos, o desempenho da Mercedes caiu. Problemas com bolhas e a durabilidade dos pneus se tornaram recorrentes. Coincidência ou não, foi logo depois das denúncias da Ferrari. Mesmo assim, o pentacampeonato de construtores veio, com muita festa.

A Red Bull deveria ter ganho dessa vez. Pode se até dizer que seria dobradinha tanto no México quanto hoje, se não fossem os problemas com Verstappen e Ricciardo em cada prova. O australiano voltou a sorrir, fez grande prova e quase foi para o pódio, mais uma vez ocupado por Kimi Raikkonen. Pode ter sido o seu último na categoria, sempre é importante lembrar desse detalhe.

Vettel e Bottas é que estiveram um degrau abaixo. Corrida pavorosa de Vettel. Superado na largada, perdeu posições na pista e nem mesmo com preferência na estratégia conseguiu bom ritmo, tendo que novamente deixar o finlandês passar. De longe a pior temporada do tetracampeão. Com Leclerc, como que vai ser?

Foto: Getty Images
O melhor do resto vem mostrando que é mesmo diferenciado, o tempo no Q2 diante da chuva prova isso. Sétimo lugar, acompanhado das Haas e de Sergio Pérez nos pontos. Alonso se despede do palco onde foi bicampeão brigando arduamente com as Williams para não ficar em último. Isso resume o que virou a McLaren. Apesar dos pesares, o espanhol segue firme e forte com os ingleses para mais um desafio na Indy 500 em 2019.

Confira a classificação final do GP do Brasil:


Até!

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

TESTES

Foto: Getty Images
F1 depois que um título antecipadamente é assim: clima de quase férias coletivas. Todo mundo pensando no ano que vem. Claro que isso prejudica um pouco o espetáculo, principalmente para nós brasileiros que aguardamos ansiosamente esse momento, mas faz parte.

Um pouco do clima de fim de festa ficou evidente na entrevista coletiva de quinta. Só pilotos que foram chutados da categoria e o Hartley, que deve seguir o mesmo caminho. As equipes, claro, já pensam no ano que vem.

A notícia do Pietro foi em cima da hora e não deu para comentar antes. Ele será piloto de testes da Haas e já irá fazer o primeiro teste na equipe logo na semana seguinte ao GP de Abu Dhabi, daqui três semanas.

Trata-se de uma ótima notícia para o brasileiro, que teve o ano prejudicado pelo grave acidente sofrido em Spa pela WEC. Em uma recuperação impressionante, conseguiu disputar algumas corridas da Indy e não foi mal. Igual Sette Câmara, ser reserva hoje significa apenas passar horas e horas no simulador. Ainda assim, é um alento. Se Pietro vai ser o quarto do clã Fittipaldi a ser titular na F1, não sabemos, mas é uma ótima notícia para quem teve uma temporada tão atribulada.

Na pista: Verstappen foi o mais rápido no TL1, Bottas no TL2. Hulkenberg bateu logo no início. Como sempre, não se sabe se vai chover ou quais serão as forças dominantes, principalmente se o piso estiver molhado. Vale acompanhar mais uma tentativa da primeira pole de Verstappen, que apesar de tudo disse não estar confiante para as duas últimas etapas do ano. Blefe?

Confira os tempos dos treinos livres do GP do Brasil:



Ah, amanhã tem um evento muito legal da Heineken aqui em Porto Alegre. A exemplo do Rio de Janeiro, uma Williams vai rasgar a reta aqui no Gasômetro, pilotada por Rubens Barrichello. Mais fotos e informações serão trazidos por aqui na semana que vem.

Até!

GP DO BRASIL - Programação

O Grande Prêmio do Brasil é disputado desde 1972 (1973 na F1), sendo realizado em Interlagos (1972-1977, 1979, 1980, 1990-atualmente) e já foi sediado em Jacarepaguá (1978, 1981-1989).

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Max Verstappen - 1:11.044 (Red Bull, 2017)
Pole Position: Valtteri Bottas - 1:08.322 (Mercedes, 2017)
Último vencedor: Sebastian Vettel (Ferrari)
Maior vencedor: Alain Prost - 6x ( 1982, 1984, 1985, 1987, 1988 e 1990)


O ÚLTIMO A SAIR...

Foto: Reprodução/Williams

Na manhã desta segunda-feira (5), a Williams anunciou que Rob Smedley, engenheiro britânico de 44 anos, vai deixar a equipe no final da temporada. No início do ano, Smedley passou a trabalhar no desenvolvimento do design e da aerodinâmica, além de diretor de perfomance, cargo pelo qual o britânico foi contratado em 2014 e chegou junto com Felipe Massa da Ferrari.

Rob começou a carreira na F1 em 2002, quando era engenheiro de pista da Jordan. No ano seguinte, foi contratado pela Ferrari para trabalhar na equipe de testes. Em 2006, virou o engenheiro de pista de Felipe Massa. A relação dos dois cresceu demais dentro e fora das pistas até que ambos foram para a Williams em 2014.

Smedley justificou a saída da Williams para ficar mais tempo com a família a partir do ano que vem. "Depois de 20 anos na F1, no entanto, sinto que é chegada a hora certa de refletir sobre as coisas e avaliar qual é o próximo passo a dar. Estou ansioso para passar mais tempo com minha família antes de decidir sobre as oportunidades para o futuro”, disse.

Além do engenheiro, já deixaram a equipe Ed Wood (chefe de design), Dirk de Beer (engenheiro-chefe de aerodinâmica), além do fim do patrocínio da Martini no final do ano e o aporte de Lawrence Stroll, que leva o dinheiro e o filho para a Force India/Racing Point. Além do mais, Sergey Sirotkin, outro piloto que trazia boa quantia monetária, não deve permanecer na próxima temporada.


A Williams vai precisar fazer um acordo com a Mercedes para ter os dois pilotos da academia dos alemães, o já anunciado George Russell e o ainda em negociação Esteban Ocon. Diante de todos esses fatores, a Williams se vê forçada a começar do zero em 2019 em virtude de seus erros e incompetência. Resta olhar o exemplo da Sauber ou a própria Williams pós-2013 e renascer. Dessa vez, não há aporte financeiro de uma petrolífera venezuelana, tampouco uma parceria estruturada com uma montadora.

McLAREN ANUNCIA SETTE CÂMARA COMO PILOTO RESERVA EM 2019

Foto: Youse
A informação realmente se confirmou. Na semana do GP do Brasil, a McLaren anunciou que o brasileiro Sérgio Sette Câmara será piloto reserva da equipe a partir do ano que vem. Sérgio vai participar de alguns testes com o carro da F1 e sessões no simulador, em Woking. 

Sette Câmara atualmente está em sua segunda temporada na F2, onde é companheiro de equipe de Lando Norris, que será titular da McLaren junto com Carlos Sainz no ano que vem. O brasileiro é o sexto colocado com 164 pontos e enfrentou alguns erros da Carlin durante a temporada, além da lesão no punho sofrido durante o treino para as corridas de Mônaco. Ainda assim, conquistou oito pódios. As únicas vitórias na categorias foram no ano passado, quando estreou na categoria, vencendo em Monza e em Spa.

"Gostaria de agradecer à McLaren por me dar essa incrível oportunidade. Meu desejo é me integrar à equipe e trabalhar o mais próximo possível deles; ouvir, aprender e ajudar a desenvolver como um piloto, assim como apoiar a McLaren", disse o brasileiro. Sérgio será chefiado por outro brasileiro: Gil de Ferran. 

É uma ponte interessante para quem já foi dispensado pela academia da Red Bull alguns anos atrás. Se isso tem a ver com a Petrobras, não sei. Entretanto, Sérgio vem mostrando bom potencial na F2, sempre andando perto ou por vezes superando Lando Norris nos treinos e corridas. Se não tivesse tanto azar ou fosse prejudicado por erros da Carlin, poderia estar mais na frente na tabela e com algumas vitórias.

Ser reserva hoje na F1 não significa muita coisa a não ser fazer testes em simuladores. Pois bem, mesmo assim, que seja a porta de entrada para Sérgio ingressar na F1, seja na McLaren ou em alguma outra equipe.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 358 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 294 pontos
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 236 pontos
4 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 227 pontos
5 - Max Verstappen (Red Bull) - 216 pontos
6 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 146 pontos
7 - Nico Hulkenberg (Renault) - 69 pontos
8 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 57 pontos *
9 - Kevin Magnussen (Haas) - 53 pontos
10- Fernando Alonso (McLaren) - 50 pontos
11- Esteban Ocon (Racing Point) - 49 pontos *
12- Carlos Sainz Jr (Renault) - 45 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 31 pontos
14- Pierre Gasly (Toro Rosso) - 29 pontos
15- Charles Leclerc (Sauber) - 27 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 12 pontos
17- Marcus Ericsson (Sauber) - 9 pontos
18- Lance Stroll (Williams) - 6 pontos
19- Brendon Hartley (Toro Rosso) - 4 pontos
20- Sergey Sirotkin (Williams) - 1 ponto

* Com a venda da Force India, a equipe foi rebatizada de Racing Point Force India e teve a pontuação dos construtores zerada. No entanto, os pilotos mantiveram os pontos que conquistaram até o GP da Hungria, quando a equipe era Force India.

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 585 pontos
2 - Ferrari - 530 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 362 pontos
4 - Renault - 114 pontos
5 - Haas Ferrari - 84 pontos
6 - McLaren Renault - 62 pontos
7 - Racing Point Force India - 47 pontos *
8 - Sauber Ferrari - 36 pontos
9 - Toro Rosso Honda - 33 pontos
10- Williams Mercedes - 7 pontos

* Com a venda da Force India, a equipe foi rebatizada de Racing Point Force India e teve a pontuação dos construtores zerada. No entanto, os pilotos mantiveram os pontos que conquistaram até o GP da Hungria, quando a equipe era Force India.

TRANSMISSÃO:







quarta-feira, 7 de novembro de 2018

BOM DIA, VIETNÃ

Foto: Reprodução
O Vietnã no inconsciente mundial significa a guerra onde eles derrotaram e humilharam o exército americano, que bateu em retirada nos anos 1970. As consequências resultaram em uma série de reflexões e mudanças acerca do comportamento e da contra-cultura estadunidense nas décadas seguintes.

Um efeito claro disso são os clássicos do cinema como Platoon, Apocalypse Now, o próprio título do post, Forrest Gump, entre outros. No Brasil, Vietnã é sinônimo de José Hamilton Ribeiro, jornalista que perdeu uma das pernas ao pisar em uma mina durante a coberta da guerra no país e que rendeu a todos nós "O Gosto da Guerra".

Pois bem, além desses fatores históricos-culturais, ao que tudo indica o amante da velocidade também vai se lembrar do Vietnã pelo fato do país estar prestes a sediar uma corrida de Fórmula 1 nas ruas da capital, Hanói.

Nada foi oficializado pelo lado da Liberty. Por outro lado, na semana passada, a prefeitura da cidade anunciou um acordo e oficializou a corrida, que aconteceria em abril de 2020. Não é de hoje que a FIA/FOM busca no mercado asiático dinheiro e fãs, especialmente o primeiro. No entanto, a notícia não deixa de ser surpreendente, principalmente pelo fato da atual gestão dos americanos Chase Carey e cia se voltarem para os Estados Unidos e a Europa, como foram os casos dos retornos de França e Alemanha e as sondagens em Holanda e Dinamarca.

Portanto, dá para afirmar que a Liberty "berniezou". A imagem do post mostra o suposto traçado nas ruas de Hanói, sempre desenhadas por Hermann Tilke e que tem certa semelhança com o Azerbaijão (e não estou falando do quê "exótico" em si). A corrida da China será a milésima da história da categoria e de certa forma o Vietnã chega para substituir a Malásia, um lugar que muitos só conheceram graças a F1 (quem normal sabe que a capital de lá é Kuala Lumpur?).

"Good morning, Vietnam! Hey, this is not a test. This is rock and roll. Time to rock it from the delta to the DMZ!"

Bom dia, Vietnã. Isso não é um teste. Isso é F1 e em breve eles estarão acelerando nas ruas de Hanói.



Até!

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

SEM SORRISOS

Foto: Sky Sports

3 de agosto de 2018. Surpreendendo o mundo, a Renault anuncia a contratação de Daniel Ricciardo por 2 anos.  O anúncio foi feito dias depois do GP da Hungria, quando a F1 parou nas férias do verão europeu.  Na ocasião, o australiano tinha duas vitórias na temporada: na China, quando caiu do céu e em Mônaco, quando reverteu uma injustiça histórica de dois anos atrás, mesmo com o carro repleto de problemas. Max Verstappen tinha vencido somente na Áustria.

Ricciardo já tinha 4 abandonos na temporada, enquanto Verstappen teve três. Na classificação: 118 a 105 para o australiano, que sempre esteve a frente desde que os dois viraram parceiros de Red Bull.

Coincidência ou não, algo mudou depois das férias, e isso está evidenciado nos números: em sete corridas, Max pontuou em todas, sem problemas. Ricciardo abandonou em quatro, sendo metade logo no início da prova. Ou seja, nem deu para o cheiro. Em dado momento do ano passado era Max quem sofria com os problemas dos taurinos. Nesse ano, parece que a gangorra pendeu para o ex-sorridente, ainda mais de forma tão assustadora coincidentemente após o anúncio de mudança de equipe.

Desde então, Max somou 111 pontos e a vitória no domingo, no México, foi a cereja do bolo. Ricciardo teve dois sextos lugares e um quarto lugar, no Japão, como melhor resultado. Assustadores 28 pontos em 7 corridas. Média de quatro pontos, como se o australiano chegasse em oitavo em todas elas. No total, incríveis 70 pontos de vantagem de Max na tabela.

Por isso a irritação e frustração de Ricciardo. Não é acusação, mas simplesmente o australiano está sendo impedido de correr. Por quê tantos erros? Desleixo por já estar de saída ou pura e simplesmente azar? A Red Bull não pode tratar alguém com o talento do australiano e que tanto contribuiu nesses anos de dificuldade de forma tão desrespeitosa. Ricciardo não participa mais das reuniões da equipe, que já pensa no ano que vem, e tampouco será liberado para testar pela Renault no fim do ano, nos testes coletivos de Abu Dhabi. O australiano cogita não correr mais nesse carro amaldiçoado.

Talvez tirar umas férias e sair desse clima pesado e de urucubaca seja uma solução bem passional. Resta para Ricciardo mais duas oportunidades de despedida digna do grupo que o formou como homem e piloto. Se tentarem lhe ajudar a construir algo positivo, ótimo; do contrário, paciência. Pior do que tá não fica e a Renault é logo ali, só não sei se isso é uma coisa boa.

Até!