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Foto: F1 |
Quando a Fórmula 1 está de férias, você já sabe: é na hora
de analisar como está a temporada até aqui, com 12 das 21 corridas disputadas.
Hoje, irei escrever sobre Mercedes, Ferrari, Red Bull, Force India e Renault.
Vamos lá:
MERCEDES
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Foto: Mercedes |
Lewis Hamilton – 9,5 = O começo não foi bom. Andando atrás
de Bottas e vencido por Vettel, contou com a sorte e a regularidade para vencer
pela primeira vez no ano, em Baku. Desde então, deslanchou. Tirando o abandono
na Áustria, seguiu regular e com grandes atuações, evidenciada na histórica
vitória do GP da Alemanha, onde aliou a sorte com a oportunidade e o talento
para chegar em primeiro. Se mantiver a consistência e a Mercedes ter um ritmo
melhor tanto nas classificações quanto nas corridas, vai ter grandes chances de
fechar o ano com o pentacampeonato.
Valtteri Bottas – 8,5 = É o segundão do Hamilton. Até
começou, mas o azar com problemas no carro e o estouro do pneu em Baku, onde
iria ganhar, lhe fizeram perder pontos importantes. Apesar dos pesares, já tem
contrato garantido com as flechas de prata para o ano que vem. Somando pontos e
atrapalhando Vettel: essa é a receita para o finlandês seguir na equipe. No
entanto, precisa ser mais rápido e consistente – está zerado no ano – até as
Red Bull já venceram se quiser continuar a médio e longo prazo em uma equipe de
ponta.
FERRARI
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Foto: LAT Images |
Sebastian Vettel – 9,0 = Até a França, tinha um ano
perfeito. Mais rápido e veloz nas corridas, o alemão poderia ter uma vantagem
bastante sólida no campeonato se não fossem os azares e suas barbeiragens em
Paul Ricard e principalmente em Hockenheim, quando estava com a corrida ganha.
Diante desses momentos, Seb parece mostrar maior instabilidade emocional do que
Lewis, que demonstra isso fora do carro. O que poderia ser uma boa vantagem
virou uma incômoda situação de 24 pontos atrás na tabela. É quase uma corrida
de diferença. Muito. Vettel não pode mais errar. Precisa estar no limite e
guiar o máximo que pode para tirar aos poucos a vantagem de Hamilton. Um
pouquinho de sorte poderia cair bem também, mas não se pode depender apenas
disso.
Kimi Raikkonen – 8,5 = Cinco anos sem vitórias (sendo quatro
na Ferrari) e largando atrás do companheiro em todas as corridas até aqui. É
possível acreditar que Raikkonen ainda está na Ferrari? Não só isso, mas também
não é impossível que permaneça mais um ano por lá. Vejamos: se os italianos
mantiveram o finlandês depois de três anos fraquíssimos, é natural que renove
com o IceMan depois de temporadas medianas para boas que ele vem realizando desde
o ano passado. É o segundo com mais pódios na temporada. Apesar de ser o
segundão de Vettel, está faltando maior constância e velocidade. Entretanto, a
imaturidade de Charles Leclerc pode lhe permitir adiar por mais um ano a
aposentadoria. Vai que a vitória finalmente saia até lá? Poderia ser a chave de
ouro do até então último campeão pela Ferrari.
RED BULL
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Foto: Getty Images |
Daniel Ricciardo – 8,5 = Começo de ano mágico, aproveitando
duas oportunidades para vencer (China e Mônaco). Não é possível brigar com
Ferrari e Mercedes, apenas com Max. Juntos, bateram em Baku. Depois de Mônaco,
o sorridente australiano perdeu desempenho e passou a ser batido pelo holandês,
que se aproximou na tabela. As constantes quebras da Red Bull acabam criando
distâncias ilusórias entre os dois pilotos. Mais experiente e o que menos
errou, os taurinos sabem que podem confiar em Ricciardo quando algo diferente
acontecer na pista. A questão é: Ricciardo não parece mais confiar na equipe.
Como serão as últimas nove corridas do australiano pela Red Bull?
Max Verstappen – 8,0 = Começo de ano horrível, medonho, bisonho. Batendo e errando em todas as
corridas. Não parecia honrar o carro que pilota. Como todo talento
temperamental, é oito ou oitenta. Depois, melhorou aos poucos e conseguiu a
vitória na Áustria e alguns pódios. O carro é um limitador, e Max já deixou
claro a sua irritação com os franceses. Não há muito o que fazer nesse ano. O
grande desafio da carreira de Max é o amadurecimento. Se parar de fazer
bobagens na pista e dar declarações ridículas, focado é um dos melhores, e já
vimos isso. Do contrário, vai ser apenas mais um piloto veloz e inconstante.
FORCE INDIA
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Foto: LAT Images |
Sérgio Pérez – 7,5 = Começo de ano da equipe foi bem abaixo
do padrão das últimas temporadas. O mexicano sofreu com isso até “achar” um
pódio em Baku. Dali em diante, as coisas melhoraram. Entretanto, Ocon parecia
mais veloz e constante. Mesmo sem um pódio, estão novamente empatados na
pontuação. Diante da incerteza que vive a equipe, difícil fazer um prognóstico
para o segundo semestre, se é que irão correr em 2018. No entanto, a eterna
certeza é que estão sempre fazendo mais do que é possível, diante das
dificuldades apresentadas.
Esteban Ocon – 7,5 = Não tem um resultado exuberante igual
ao de Pérez, mas conseguiu regularidade na segunda metade da primeira metade do
campeonato, entendeu? O francês é um talento que promete nos próximos anos, mas
se imaginava que pudesse estar na frente do mexicano, o que não está sendo
possível pelo segundo ano seguido. Pode ser também uma das justificativas para
a Mercedes seguir com Bottas. Faltando maturação e uma grande atuação, resta
para o francês terminar o campeonato na frente de Pérez, caso a Force India
ainda exista.
RENAULT
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Foto: Autosport |
Nico Hulkenberg – 7,5 = O maior acumulador de pontos da F1,
mas segue sem pódio. Com a Renault sendo a quinta força, é difícil cobrar algo.
Se até Pérez consegue tirar um coelho da cartola, por que o alemão nunca
conseguiu até hoje? Apesar disso, sua temporada é boa. Finalmente teria um
companheiro de equipe para duelar, e vem tirando Sainz para nada. Numa equipe
de fábrica que aos poucos vai se estruturando, resta para Hulkenberg esperar pelo futuro que talvez não
tenha, além de se preparar nesse semestre para enfrentar Ricciardo no ano que
vem.
Carlos Sainz – 7,0 = Abaixo do que poderia render com a
Renault. Teve bons resultados, mas isolados. No geral, pode e deve conseguir
melhores resultados. Apesar de o futuro reservar diversas possibilidades, tudo
ainda é uma incógnita. Essa pressão pode ou atrapalhá-lo em seus objetivos ou
então o alavancar rumo a uma Red Bull. McLaren como prêmio de consolação. Toro
Rosso nem pensar! Pra isso, precisa pilotar. Até rimou.
E essas foram as primeiras impressões sobre os pilotos nessa
primeira metade da temporada. Concorda? Discorda? Comente!
Até a parte 2, fique ligado!