Foto: Divulgação |
Olá, pessoal! Agora, a segunda parte da análise do que vimos
até aqui nessa temporada 2018 da F1. Vamos com o resto: Williams, Toro Rosso,
Haas, McLaren e Sauber.
WILLIAMS
Foto: LAT Images |
Lance Stroll – 5,5 – O carro é ruim e o piloto é ruim, ou
então o menos pior da Williams. O problema aqui nem são os pilotos. Ou melhor,
são as causas deles. Ao optar pelo dinheiro de ricos sem talento, não há
perspectiva de melhora no futuro próximo. Virar uma Mercedes B é uma realidade,
a única para que a equipe ainda exista. Depois de sugar toda a energia vital da
vítima, parece que Stroll vai se alimentar da saudável porém quase falida Force
India no ano que vem. O piloto cliente vai seguir sendo bancado até o papai
cansar da brincadeira. Ao menos pontuou uma vez nesse ano, o que não diminui a
falta de qualidade que existe como piloto.
Sergey Sirotkin – 5,0 – Carro ruim e piloto inexpressivo,
ignorado pelas transmissões por motivos óbvios. Quando não está com problemas,
está atrás de Stroll e raras vezes a frente. Pegou uma bucha de canhão. E o
pior: pagou caro por isso. Espera que tenha valido a pena dar uma volta ao
mundo para correr com os melhores porque vai ser difícil que esteja por lá como
titular no ano que vem. P.S.: torcendo para que vença Stroll, embora saiba que
é difícil.
TORO ROSSO
Foto: Sky Sports |
Pierre Gasly – 7,5 – A Honda ainda segue como um motor
instável e com muitas falhas, mas é inegável também que está evoluindo. Não é
absurdo escrever que, talvez, esteja no mesmo nível da Renault. Diante disso, o
francês pontuou “só” três vezes, mas foram resultados expressivos: um quarto e
dois sextos lugares. Gasly vem agradando a alta cúpula da Red Bull e talvez
possa ser recompensado com uma até então improvável ascensão à equipe mãe de
forma tão rápida. Para que isso seja possível, basta manter a regularidade e
aproveitar as chances que aparecem.
Brendon Hartley – 5,0 – Veio para tapar buraco de Kvyat e
ganhou a vaga para esse ano. Só não saiu ainda porque a Toro Rosso não consegue
substituí-lo (tentou Lando Norris). Conseguiu ser recontratado pelo grupo que o
chutou quando jovem. Vencedor em Endurance, estava pronto para ir a Chip
Ganassi pela Indy. Muitos problemas no carro, acidentes e pouquíssimos pontos,
sempre mais lento que Gasly. Não pode reclamar. Sabe que está no lucro e parece
estar se divertindo nesse mundo que parecia tão irreal nos últimos anos.
HAAS
Foto: Autosport |
Romain Grosjean – 5,0 – Acidentes e oportunidades
desperdiçadas. Tirando o erro de pit stop na Austrália, tudo foi culpa dele.
Acidente na Espanha, batida em Baku e outras diversas barbeiragens. Perdeu a
confiança do Gunther Steiner. Será trocado no final do ano. Também não pode
reclamar. Acho que seu tempo na F1 acabou. Até que foi bastante. A não ser que
aquele Grosjean da Lotus ressurja. Não parece ser o caso.
Kevin Magnussen – 7,0 – Poderia estar mais na frente na
tabela. O carro da Haas oferece essas condições. No entanto, está fazendo a sua
parte. Veloz e constante. Também, basta não bater para ser suficiente a superar
Grosjean. Para garantir sua vaga de vez na equipe americana, é preciso
continuar somando pontos valiosos para os construtores, o que é também dinheiro
valioso para Gene.
McLAREN
Foto: Motorsport |
Fernando Alonso – 7,5 – Estávamos enganados. O problema não
era só a Honda. O chassi também é ruim. Assim, nem mesmo a potência da Renault
fez a McLaren andar muito para frente. Apesar disso, Alonso parece estar
disposto a ainda ser melhor que o MCL33. Aparentemente desmotivado da F1 e mais
preocupado em completar a Tríplice Coroa, a categoria virou mais um hobby do
espanhol, também focado no WEC. A McLaren vai ter mais algumas corridas para
lhe convencer a ficar. Na F1, é o único espaço disponível. Do contrário, foi um
prazer ter visto Fernando Alonso correr por aqui. Espero que o espanhol e a equipe
de Woking façam suas partes.
Stoffel Vandoorne – 5,5 – Difícil de defender. Até começou
razoável, depois foi ladeira abaixo. Segue com problemas na McLaren e sempre
muito abaixo de Alonso, que continua fazendo milagres. No entanto, isso parece
ser a tônica de todos os companheiros do espanhol: serem piores do que
realmente são. De um lado, Lando Norris, apoiado pelo chefe Zak Brown. Do
outro, Pérez e outros abutres de olho na sua vaga. Parece improvável que
permaneça para 2019. Precisa ser um pouco Alonso para convencer a cúpula de
Woking a seguir acreditando no seu potencial e histórico vencedor na base.
SAUBER
Foto: F1i |
Marcus Ericsson – 6,0 – Com o carro um pouquinho melhor,
pontuou algumas vezes. Ainda assim, vai ser dominado por mais um companheiro de
equipe. Ao menos, dessa vez, Leclerc não será chutado da categoria como
recompensa. O acordo com a Alfa Romeo nos faz ter dúvidas quanto ao poder do
sueco frente a equipe. Talvez não apite mais nada por lá e esteja com os dias
contados. Giovinazzi deve substituir Leclerc. Vários estão de olho na outra
vaga. Haja dinheiro para continuar na F1.
Charles Leclerc – 7,5 – A revelação do ano. A Sauber,
novamente com o apoio da Ferrari, voltou a crescer, o que deu condições para o
monegasco se destacar. É evidente que o talento do campeão da F2 no ano passado
é maior que isso. Tão maior a ponto de ir direto para a Ferrari? As chances são
boas, mas ainda não sabemos. Se continuar mágico assim, junto com a evolução do
C37, a resposta pode ser positiva. Em todo caso, se algo der errado, já vai ter
garantida a “pequena promoção” para a Haas.
Pessoal, essas foram as minhas análises. Gostaram?
Discordaram? Comentem! Até o retorno da F1. Fui!
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