sexta-feira, 22 de julho de 2016

A DESPEDIDA DO MESTRE - PARTE 2

Foto: Pinterest
Era para ser "apenas" um post sobre a vida e carreira de Peter Sauber no comando da sua equipe, mas o cidadão aqui se empolgou e resolveu fazer uma retrospectiva da Sauber, desde os primórdios até os dias atuais. No primeiro post, falei da fase inicial da equipe até a chegada na F1 e os primeiros passos.

Bom, estamos em 2001. Depois de três anos horríveis, a parceria Sauber + Ferrari + Petronas estava muito pressionada e precisava de resultados. Eis que a escuderia suíça tratou de receber mais críticas em um movimento arriscado, por muitos irresponsável: A contratação de um jovem finlandês chamado Kimi Raikkonen, de apenas 21 anos, com poucas participações nos monopostos. Kimi recebeu uma superlicença da FIA e a promessa de Peter que o jovem finlandês iria se sair bem. Além dele, foi trazido outro jovem: O campeão da F2000 em 1999 e que estreou na Prost em 2000, Nick Heidfeld.

E como a temporada foi boa: Na corrida de estreia, o alemão largou em quarto e o finlandês em sexto. Os dois pontuaram. No GP Brasil, Heidfeld conquistou um espetacular terceiro lugar. No fim da temporada, a equipe alcançou a maior pontuação e maior colocação na história da Sauber: O 4° lugar, com 21 pontos, atrás de Ferrari, McLaren e Williams. No fim do ano, Raikkonen foi contratado para substituir o compatriota Mika Hakkinen na McLaren. Heidfeld foi mantido e para o lugar de Kimi foi contratado o jovem brasileiro Felipe Massa, piloto de testes da Ferrari.

Raikkonen e Heidfeld no C20. Foto: Auto123
Campeão da F3000 em 2001, o brasileiro não foi tão bem. Aliás, nem a Sauber foi. Apenas 11 pontos na tabela e o 5° lugar nos construtores, também superado pela estreante Renault. Discreto, Massa não agradou e Peter Sauber chamou Heinz-Herald Frentzen novamente para o time. O alemão estava recém saído da Arrows. Heidfeld continua por mais uma temporada.

Mesmo com a nova regra da F1 permitindo pontuação aos oito primeiros colocados, a Sauber manteve-se com desempenho irregular: 19 pontos e o sexto lugar na tabela de construtores. O grande ponto positivo daquele ano foi o GP dos Estados Unidos, onde Frentzen chegou em terceiro (marcando seu último pódio na carreira) e Heidfeld em quinto.

Felipe Massa na Sauber, em 2002. Foto: Getty Images
Para 2004, mudanças: Frentzen foi dispensado e Heidfeld contratado pela Jordan. Com isso, Felipe Massa retornou para a equipe e Peter trouxe Fisichella da própria Jordan, onde venceu o GP Brasil de 2003 e se destacou pela Benetton nos anos 90 e início da década de 2000. Foi uma temporada espetacular. Massa e Fisico marcaram o maior número de pontos da história da Sauber em um mesmo ano: 34, 22 de Fisichella contra 12 de Massa.

Em 2005, Massa permanece na Sauber, enquanto Fisichella é chamado para correr na Renault. Seu substituto é o campeão da temporada de 1997, Jacques Villeneuve. Com Massa e Villeneuve enfrentando problemas de convívio (Massa contou inclusive que chegou a urinar em uma garrafa do canadense). Na pista, 20 pontos para os suíços e o sétimo lugar nos construtores. Foi o último ano da parceria com a Petronas.

Villeneuve na Sauber, em 2005, o último com a parceria da Petronas. Foto: Wikipédia
A Petronas rompeu com a Ferrari e deixou de fornecer motores, mas manteve-se como patrocinadora da equipe. Com isso,  Peter Sauber aproveitou a brecha para vender a equipe para a BMW, que havia recém rompido sua parceria com a Williams. Com isso, iniciava-se uma nova era: A BMW Sauber F1 Team.

Peter Sauber manteve funções administrativas na equipe. Para a temporada, foram escolhidos Jacques Villeneuve e o retorno do velho conhecido Nick Heidfeld. Entretanto, o canadense não era unanimidade dentro da equipe e, após algumas corridas com desempenhos bem abaixo do companheiro, foi demitido e substituído pelo jovem polonês Robert Kubica. Heidfeld manteve-se constante na temporada, marcando bons pontos. No caótico GP da Hungria, o alemão conseguiu o primeiro pódio da temporada. Duas corridas depois foi a vez de Kubica, na Itália. No fim do ano, quinto lugar nos construtores, com 36 pontos.

Em 2007, os suíços se afirmaram como terceira força, atrás de McLaren e Ferrari, com os dois praticamente garantindo a quinta e sexta posição das corridas. Heidfeld conseguiu os únicos dois pódios da equipe, na Hungria e no Canadá, circuito este marcado pelo fortíssimo acidente de Kubica, que quebrou o tornozelo e ficou ausente de algumas provas. Seu substituto? Um jovem alemão chamado Sebastian Vettel. Em sua estreia, nos Estados Unidos, conseguiu pontuar, sendo até então o mais jovem da história da categoria a atingir tal feito, com 19 anos. Kubica retornou e a Sauber somou 101 pontos, sendo vice-campeã dos construtores após a McLaren ter sido excluída da classificação, em virtude do escândalo de espionagem.


Heidfeld. em 2007. Foto: Wikipédia
2008 foi o grande ano da escuderia. Ironicamente, as melhores temporadas da Sauber foi quando Peter não era o "chefão". Na Austrália, Kubica larga em segundo e Heidfeld completa a corrida nesta posição. Na Malásia, Kubica foi o segundo. No Bahrein, a primeira pole da equipe, também com o polonês. Até que surge o momento histórico: Exatamente na mesma pista onde havia sofrido um gravíssimo acidente no ano anterior, Robert Kubica venceu no Canadá pela primeira vez na carreira (e da Sauber, claro), com Heidfeld em segundo (e, portanto, uma dobradinha!). Naquele momento, o polonês era o líder do campeonato. Entretanto, a Sauber perdeu rendimento na segunda metade da temporada e ficou para trás.



Em 2009, a BMW Sauber surgia como favorita ao título. Após desenvolver bem o sistema do KERS e andar na pré-temporada, parecia tudo pronto para que os suíços e alemães finalmente pudessem ser protagonistas. Kubica brigava com Vettel pela segunda posição na Austrália, quando bateram. Depois, a equipe caiu muito de rendimento. Na metade da temporada, Kubica tinha apenas dois pontos e Heidfeld seis. Patético. Diante disso, a BMW Sauber anuncia que iria se retirar da F1 no final da temporada.

Curiosamente, o desempenho da equipe melhorou na metade final, com as atualizações dos componentes dos carros. Entretanto, a equipe somou apenas 36 pontos (19 de Heidfeld e 17 de Kubica). O grande drama era a manutenção da Sauber. Sem o apoio da BMW, que se retirava em definitivo da F1, Peter Sauber tinha uma grave dificuldade para recomprar sua equipe: O fato dos alemães não terem inscrito a BMW Sauber para a próxima temporada da F1. Com isso, perderam a vaga para a Lotus. A BMW, a princípio, tentou negociar com a empresa Qadbak. Diante do insucesso, restou aos alemães revenderem para Peter Sauber, que em novembro de 2009 reassumiu o controle absoluto de sua equipe. Entretanto, a Sauber só conseguiu a vaga para F1 em 2010 com a desistência da Toyota.

Mesmo com a parceria desfeita, em 2010 os suíços utilizaram o nome BMW Sauber F1 Team, para que não fossem perdidos os benefícios financeiros oriundos da última temporada, quando terminaram em sexto lugar nos construtores.

Na última parte da nossa saga, contaremos os últimos anos da equipe e o desfecho da grave crise financeira da equipe suíça! Até lá!

quinta-feira, 21 de julho de 2016

GP DA HUNGRIA - Programação

O Grande Prêmio da Hungria (Magyar Nagydíj, em húngaro) foi disputado pela primeira vez em 1936, no circuito urbano de Népliget, na cidade de Budapeste. Somente em 1986 voltou a ser disputado, quando entrou para o calendário da Fórmula 1, agora no sinuoso e travado circuito de Hungaroring.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:19.071 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:18.773 (RBR, 2010)
Último vencedor: Sebastian Vettel (Ferrari)
Maior vencedor: Michael Schumacher (1994, 1998, 2001 e 2004) e Lewis Hamilton (2007, 2009, 2012 e 2013) - 4x

FITTIPALDI CONSEGUE SUSPENSÃO DA PENHORA DE CARROS E TROFÉUS

Foto: Grande Prêmio
De acordo com as informações do UOL Esporte, os objetos devem retornar ao Museu Fittipaldi, local onde originalmente ficavam os pertences. A Copersucar Fittipaldi de 1977 e a Penske de 1989 estavam no galpão do banco ABC, empresa que iniciou o processo judicial. 

É um alento para quem, há três meses, via o mundo cair após a veiculação da reportagem da TV Record. Na ocasião, a emissora afirmou que o ex-piloto deve cerca de R$ 27 milhões a Justiça, com muitos credores entrando na Justiça para reaver o dinheiro devido.

Boa parte das dívidas se deu quando Emerson foi um dos organizadores das 6 Horas de São Paulo do Mundial de Endurance (WEC), em Interlagos, nos anos de 2012, 2013 e 2014. Em virtude disso, a FIA retirou o circuito do calendário. Tomara que Emerson consiga resolver seus problemas financeiros.

HARYANTO PODE SE DESPEDIR DA MANOR APÓS GP DA HUNGRIA

Foto: Motorsport
A informação é da revista italiana Motorsport.it. Segundo informações, o prazo que a Manor deu para que os patrocinadores do indonésio paguem o valor de 7 milhões de euros (R$ 24 milhões). Os potenciais substitutos de Haryanto seriam Alexander Rossi, que recentemente venceu as 500 milhas de Indianapólis e mantém contrato com a equipe, e o britânico Will Stevens. Ambos formavam a dupla da Manor no final da temporada passada.

Segundo o agente de Haryanto, Piers Hunniset, o indonésio deve ser substituído no GP da Alemanha (na semana que vem) e admitiu que não tem certeza sobre como "essa história vai terminar". A Manor não se manifestou oficialmente. Equipe pequena precisa de dinheiro. Sem dinheiro, sem equipe. A frase vale tanto para a Manor quanto para Haryanto.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 168 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 167 pontos
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 106 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 100 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 98 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 90 pontos
7 - Valtteri Bottas (Williams) - 54 pontos
8 - Sérgio Pérez (Force India) - 47 pontos
9 - Felipe Massa (Williams) - 38 pontos
10- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
11- Nico Hulkenberg (Force India) - 26 pontos
12- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 26 pontos
13- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 23 pontos
14- Fernando Alonso (McLaren) - 18 pontos
15- Jenson Button (McLaren) - 13 pontos
16- Kevin Magnussen (Renault) - 6 pontos
17- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto
18- Pascal Wehrlein (Manor) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 335 pontos
2 - Ferrari - 204 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 190 pontos
4 - Williams Mercedes - 92 pontos
5 - Force India Mercedes - 73 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 49 pontos
7 - McLaren Honda - 32 pontos
8 - Haas Ferrari - 28 pontos
9 - Renault - 6 pontos
10- Manor Mercedes - 1 ponto

TRANSMISSÃO








A DESPEDIDA DO MESTRE - PARTE 1

Foto: Divulgação
Mais relevante que a venda da Sauber para o tal grupo Longbow Finance (que não tem site, tampouco redes sociais - é apenas o braço direito da empresa sueca Tetra Pak), a notícia impactante do dia no mundo do automobilismo é o adeus em definitivo do mentor Peter Sauber da sua própria equipe. Não, ele não morreu. Apenas irá curtir a aposentadoria, aos 73 anos de idade.

A história de Peter com o automobilismo começa nos anos 1970, quando ele cria o C1, o primeiro carro. O ''C" desde sempre acompanhou o nome dos carros da equipe, uma homenagem de Peter a esposa, Christiane. Começou competindo nos campeonatos suíços. Depois, passou a partir das 24 horas de Le Mans, em 1977. 

Nos anos 1980, passou a construir os carros da BMW M1, vencendo os 1000 km de Nurburgring em 1981. Em 1985, começaram a parceria com a Mercedes. Em 1989, a consagração: Vitória em Le Mans, com o trio Jochen Mass, Manuel Reuter (alemães) e Stanley Dickens (sueco). Aliás, Michael Schumacher pilotou pela equipe na Sportscar Championship de 1990, além de Karl Wendlinger.

Sauber C9, 1989. Foto: Rodrigo Mattar
Em 1991, Peter tinha o desejo de ingressar na F1. A Mercedes foi contra. Com isso, Sauber entrou na categoria por conta própria, estreando em 1993, com motores Ilmor. A dupla de pilotos foram o finlandês J.J. Lehto e o "protegido" Wendlinger. A equipe ficou em sexto lugar, com 12 pontos - 7 de Wendlinger (11°) e 5 de Lehto (13°). O bom desempenho na temporada inaugural convenceu a Mercedes a bancar o projeto, comprando 25% que a Chevrolet detinha sobre a Ilmor, tomando a montadora e rebatizando o motor para "Mercedes-Ilmor".

Com o estreante Heinz-Herald Frentzen e Wendlinger, a equipe manteve os mesmos 12 pontos da temporada anterior, mas dessa vez ficando na 8a posição nos construtores. No GP de Mônaco, corrida seguinte ao fatídico GP em Ímola, outro susto: Wendlinger bate forte na saída do túnel. Ele ficou em coma por várias semanas e não correu mais naquela temporada. Peter deu ordem para Frentzen não participar da corrida de domingo. Foi substituído rapidamente por De Cesaris, que posteriormente deu lugar ao retorno de Lehto.



Schumacher testando o C16 em um teste secreto em Mugello, 1997. Foto: Pezzolo.TV
Naquele mesmo ano, a Mercedes fez um acordo de fornecimento de motores com a McLaren, o que obrigou a Sauber a fechar contrato com outra montadora para 1995, a Ford. Frentzen foi mantido e Wendlinger voltou recuperado do acidente. Entretanto, o austríaco não voltou a ter os mesmos desempenhos de anteriormente, abandonando 3 das 4 etapas inciais do campeonato. Foi substituído pelo francês campeão da F3000 em 1994, Jean-Christophe Boullion. Finalmente a equipe alcançou o primeiro pódio: o terceiro lugar de Frentzen no GP da Itália. Wendlinger retorna, mas desmotivado, não pontuou e abandonou a F1. A Sauber fez 18 pontos e ficou em sexto lugar nos construtores.

Em 1996, o experiente Johnny Herbert foi contratado e a equipe passou a utilizar a pintura que ficou tão conhecida. Entretanto, foi um ano péssimo: Muitos abandonos (a equipe pontuou em apenas 3 das 16 etapas). A única coisa boa foi o terceiro lugar de Herbert no histórico GP de Mônaco vencido pela Ligier de Olivier Panis.

Em 1997, Peter acerta uma parceria para utilizar os antigos motores da Ferrari, rebatizando de Petronas, a empresa estatal de gás e petróleo da Malásia. Herbert foi mantido e conseguiu outro pódio, o terceiro lugar no GP da Hungria, também marcado pela quase vitória de Damon Hill pela Arrows. O inglês fez 15 dos 16 pontos da escuderia suíça naquela temporada (7° lugar nos construtores), marcada pela presença de outros três pilotos: O começo com o italiano Nicola Larini, que brigou com Peter após o GP de Mônaco e foi demitido e também a presença do compatriota Gianni Morbidelli (afastado da F1 desde 1995) e do argentino Norberto Fontana, que não pontuaram.

Herbert e o C17, em Melbourne/1998. Foto: Pinterest
Os três anos seguintes foram horríveis para a Sauber. Em 1998, o experiente francês Jean Alesi foi contratado para fazer dupla com Herbert. Parecia que ia dar certo, porém foram conquistados apenas 10 pontos (4 do terceiro lugar de Alesi na Bélgica), enquanto Herbert pontuou apenas na Austrália, com um quinto lugar. A equipe ficou em sexto lugar nos construtores, muito em conta da ampla superioridade de McLaren e Ferrari que, juntas, somaram 289 pontos.

Alesi foi mantido e o brasileiro Pedro Paulo Diniz foi contratado para a temporada de 1999, a pior da equipe até então. A equipe teve apenas 5 sexto lugares, marcando apenas 5 pontos no ano. Os carros quebraram em cerca de 75% das corridas da temporada. Os suíços só ficaram a frente da Minardi e da Arrows, que marcaram 1 ponto cada uma. 

Em 2000, Mika Salo, vindo de passagens na Ferrari e BAR como tampão, se juntou a Diniz. O brasileiro passou zerado, enquanto Salo conquistou 6 pontos (dois quinto lugares e dois sextos), um a mais que no ano anterior. Se o desempenho não foi tão exuberante, ao menos o carro não quebrou tanto, o que indicava um caminho para evolução.

Jean Alesi e o C18 em Magny Cours/1999. Foto: Getty Images

Adoraria poder escrever mais. Todavia, está tarde e já deveria estar dormindo há algum tempo. Prometo que em breve continuarei o post, que era apenas para falar de Peter Sauber, mas que no fim virou a "saga da Sauber" hahaha

Até mais!

terça-feira, 19 de julho de 2016

RETORNOS DE VELHOS CONHECIDOS?

Foto: Wikipédia
A informação é da imprensa italiana: O contrato entre os administradores do Autódromo Enzo e Dino Ferrari (Ímola) e Bernie Ecclestone já foi assinado. Ímola estaria retornando para a F1 no ano que vem, substituindo a icônica pista de Monza.

Entretanto, o presidente do Automobile Club D'Italia (ACI), Angelo Sticchi Damiani continua apoiando Monza, apesar dos problemas financeiros do local. Não se descarta uma solução semelhante a Alemanha: A alternância entre circuitos.

A última vez que a F1 visitou Ímola foi em 2006. O circuito saiu do calendário em virtude da exigência de Bernie na realização de reformas no local, que estava defasado para receber a categoria. Monza não pode sair da F1 de jeito nenhum! Entretanto, o retorno de Ímola não seria ruim.. Aliás, o ideal é que as duas estivessem no calendário e retirassem uma (ou várias) daquelas pistas chatas do Hermann Tilke no Oriente Médio e Ásia, onde não existem fãs da categoria, apenas sheiks interessados em tirar fotos com um carro de F1 no fundo e torrar a grana do petróleo. Uma pena, mas vamos aguardar o que há por vir...

Foto: Turkiye F1
A outra especulação também vem da Itália: Diante da falta de vitórias, a Ferrari busca soluções para apaziguar os ânimos. Em reuniões, Maurizio Arrivabene e Sérgio Manchionne desejam o retorno de Ross Brawn para o cargo de consultor da equipe. O inglês está afastado da F1 desde 2013, quando deixou a Mercedes. Ele recusou a primeira proposta dos italianos e atualmente curte a aposentadoria.

Ross Brawn era um dos cabeças da grande hegemonia da Ferrari entre 2000 e 2004. Deixou a escuderia em 2006, passou por um ano sabático em 2007 e retornou a F1 na Honda, em 2008. Em 2009, foi chefe da própria equipe, a Brawn GP, e depois manteve-se na Mercedes, que comprou o seu espólio.

O momento da Ferrari é conturbado: Apenas uma boa temporada no ano passado, quando venceu três corridas com Vettel, a equipe ainda não desencantou nesse ano. Pior: Diversos problemas de confiabilidade afetam o desempenho da Scuderia (principalmente de Vettel). A imprensa e a própria cúpula criticam e cobram resultados imediatos. Brawn atualmente tem 61 e declarou que não sente mais vontade de viajar para 21 corridas e nem assumir um tipo de compromisso necessário para um projeto vitorioso na F1, como anteriormente. O acordo é difícil, mas a Ferrari segue tentando.

É a velha fórmula da solução mágica + saudosismo que tanto assola os clubes de futebol do Brasil, que também age na Ferrari. Se é para trazer Ross Brawn, tragam de volta também Jean Todt, Rory Bryne e Michael Schumacher, permitindo os testes durante toda a temporada. Assim fica mais fácil.

Até a próxima!


segunda-feira, 18 de julho de 2016

1 ANO SEM JULES

Foto: Car Throttle
17 de julho de 2015. Há um ano, Jules Bianchi sucumbia após 9 meses em coma, em Nice (onde, nesta semana, houve o ataque no Dia da Bastilha). A primeira morte em um evento da F1 desde Senna, logo na estreia deste blog querido... Pesado, principalmente para quem não está acostumado com a morte, como eu.

A notícia da morte de Jules não foi uma novidade. Era como se fosse um ritual, uma mera formalidade. O fim do sofrimento da família. Impossível não lembrar de Michael Schumacher, cujo situação é um mistério. Há meses não sai nenhuma informação oficial, por opção da família. O que resta é torcer e rezar para a recuperação do heptacampeão mundial.

Jules tinha um potencial enorme. Meses antes, fez história ao chegar em nono lugar em Mônaco e marcar os únicos dois pontos da finada Marussia (dois anos depois, coube a Pascal Wehrlein repetir a façanha, ao marcar um pontinho na Áustria, pela Manor). Membro da academia de pilotos da Ferrari, cedo ou tarde faria dupla com Sebastian Vettel (Provavelmente estaria duelando com ele agora). Antes, iria ficar um ano na Sauber, segundo consta os milhares de contratos assinados por Monisha Kaltenborn naquela temporada. Depois, apenas exercícios de imaginação para traçar a trajetória do piloto francês.

De forma covarde, a FIA o considerou culpado no relatório do incidente. Entretanto, todos sabemos que ele não é. Passados um ano da morte, a F1 está paranoica com a questão da segurança. Paranoica mesmo, demais, chegando ao ponto de ser ridícula. Era apenas evitar a presença de um trator no escape em pista molhada e não ter reiniciado a corrida naquele instante. Mas não. Impactada com a tragédia, a FIA vai enfiar goela abaixo o tal Halo, que não oferece, ao menos agora, garantias de que fato deixe o carro mais seguro. Por enquanto, apenas a crítica de que isso atrapalha a visão dos pilotos. Corrida na chuva? Nem pensar. É necessário andar algumas voltas atrás do Safety Car até que a pista fique quase seco. O Virtual Safety Car é uma medida que ajuda os carros a diminuírem a velocidade em pontos onde há acidentes, evitando a entrada do carro.

Evidente que a segurança sempre é importante. Entretanto, evitar a disputa entre os pilotos é errado. Ora bolas, são as 22 máquinas e os 22 melhores pilotos do mundo. Eles têm condições técnicas de encarar todo o tipo de adversidade (técnica, climática ou qualquer outra) possível. Por mais que as medidas de segurança sejam tomadas e os carros sejam modernos e seguros, uma coisa é certa: O automobilismo é perigoso. Fim.

Enfim, fiquem com a lembrança do onboard das últimas voltas de Jules Bianchi em Mônaco. No vídeo, há os áudios dos rádios que ele e a Marussia trocaram durante o GP. O francês terminou em 8°, mas com a penalidade de 5 segundos por ultrapassagem irregular durante o período de safety car o fez terminar em nono. Quem se importa? A história já estava feita:


#JB17

quinta-feira, 14 de julho de 2016

A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE

Foto: Getty Images
Quarta-feira, 13 de julho de 2016.  Data inesquecível para Sérgio Sette Câmara. Pela primeira vez na carreira, o mineiro de 19 anos testou um carro de F1. Foi em Silverstone, no segundo dia de testes dos pneus Pirelli do ano que vem. Ontem, Alonso havia sido o mais veloz. Membro da academia de pilotos da Red Bull, Sérgio guiou por 80 voltas o STR11. Terminei com o nono tempo, mas foi aprovado pelo engenheiro-chefe da equipe, Phil Charles.

O brasileiro anotou o tempo de 1:34.643 durante a simulação de corrida com os pneus médios. Entretanto, na parte da tarde, o carro apresentou um problema elétrico, o que o impediu de melhorar a marca e utilizar os pneus macios.

-  Foi um bom dia, estou feliz! eu me diverti muito na pista e foi ótimo trabalhar com uma equipe grande em uma pista histórica como Silverstone. Foi ainda mais impressionante pilotar um carro de Fórmula 1 aqui! Foi um dia completo. Eu pilotei consistentemente e saí com uma boa sensação. Gostaria de agradecer a todos da equipe pelo trabalho duro e também à RBR pela oportunidade. É um dia que jamais esquecerei, afirmou o piloto brazuca.

Foto: Getty Images
A sessão contou com outros jovens pilotos. Por exemplo, Esteban Ocon. O francês, campeão da GP3 e provável piloto da Renault na próxima temporada, realizou os testes pela equipe francesa e também pela Mercedes, com o modelo atual. Ele andou 139 voltas durante o dia e foi o segundo mais rápido (1:31.212), atrás apenas de Kimi Raikkonen. Outros novatos presentes foram Pierre Gasly (Red Bull, foi o terceiro), o russo Nikita Mazepin (Force India, quarto), o já carimbado e nem tããããão jovem assim nos padrões da F1, o belga Stoffel Vandoorne (McLaren, quinto) o americano Santino Ferrucci (Haas, sétimo) e o britânico Jordan King (Manor, último).

Outros destaques foram Pascal Wehrlein ter utilizado o modelo 2014 da Mercedes para testar os pneus aro 17, que irão estrear na F1 no ano que vem e a Williams novamente usando um aerofólio traseiro duplo, já utilizado nos testes de Barcelona.

Esperamos todos que esse seja o primeiro dos muitos testes, treinos e corridas que Sérgio Sette Câmara irá realizar na F1! Acelera garoto!

Confira a classificação dos dois dias de testes de Silverstone:



terça-feira, 12 de julho de 2016

O CARINHO DA TORCIDA

Aqui estão belas imagens da vitória do Hamilton ontem e sua comemoração com os fãs. Infelizmente, não sei quem é o autor das fotografias, então irei creditar apenas quando souber. Até mais

Foto: AFP
Foto: Getty Images