terça-feira, 17 de maio de 2016

OS DETALHES DO ACIDENTE

Fala galera, tudo bem? O acidente das Mercedes deu o que falar, hein? Enfim, vou tentar detalhar tudo o que aconteceu nos primeiros segundos do GP da Espanha.

Um vídeo elucidativo da SkySports após a corrida mostra, passo a passo, tudo que originou o incidente entre Rosberg e Hamilton na curva 3. Não há legenda, mas Anthony Davidson explica muito bem o que ocorreu. Para quem não é fluente na língua, tentarei eu mostrar o ocorrido:


Rosberg estava com a unidade motriz regulada no modo de segurança. Após largar muitíssimo bem e ultrapassar Hamilton, a luz vermelha de segurança na traseira do carro começou a piscar. O W06 do alemão perdia 180 cavalos e o inglês estava 17 km/h mais veloz que seu companheiro de equipe.

Foto: Reprodução
Com isso, Hamilton percebe que há espaço para a ultrapassagem e joga o carro para a direita, para tentar passar pelo lado de dentro. Rosberg, no mesmo tempo, ajeita o comando do botão do carro no volante para que o carro retorne a potência padrão da unidade motriz e também joga o carro para a direita...

Foto: Reprodução
Rosberg "espreme" Hamilton, que, sem espaço, vai para a grama. O resultado...

Foto: Reprodução
A Mercedes tentou colocar panos quentes e, logo após a reunião no motorhome da equipe depois do acidente, os dois tiveram certa responsabilidade no ocorrido. Nenhum deles foi punido pela FIA, que classificou como acidente de corrida.

A opinião no paddock é bem dividida. Por exemplo, Niki Lauda culpa Hamilton. Alain Prost diz que foi um incidente de corrida. Barrichello e Villeneuve responsabilizam Rosberg.

O inegável é que o clima na Mercedes fica mais pesado ainda. A guerra de Nico e Lewis está mais quente do que nunca. A próxima parada, em Mônaco, já foi palco de rusgas entre os dois nos anos anteriores. A briga pelo título promete. Hamilton, mais do que nunca, precisa reagir. Rosberg vai tentar não deixar e deu o recado: Se quer ser agressivo, também serei. Qualquer incidente entre os dois será favorável ao alemão, por ter 43 pontos de vantagem na tabela. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos...

E para você, quem foi o culpado pelo acidente? Ou ninguém deve ser responsabilizado?

Até!

segunda-feira, 16 de maio de 2016

MAD MAX!

Foto: Getty Images
Helmut Marko e Max Verstappen simplesmente calaram a minha boca e a de muitos que criticaram a repentina troca da Red Bull na semana passada. Sempre bom esclarecer: A crítica não foi pela qualidade dos pilotos, pois todos sabemos que Max tem muito mais potencial que Kvyat, mas o jeito que foi conduzido. Nisso, mantenho minha opinião. Aliás, a vitória dá cada vez mais autonomia para que Helmut Marko conduza suas trocas e siga queimando a carreira de vários pilotos em prol de um só. Mas é inegável que o caolho tem visão diferenciada (humor negro irresistível).

Pois bem, aos 18 anos, 7 meses e 16 dias, Max Verstappen torna-se o mais jovem vencedor da F1 da história, além de ser o mais jovem a ir ao pódio, pontuar e liderar uma volta de corrida. Dificilmente será batido. São recordes inatingíveis (A marca anterior era de Vettel, que venceu o GP da Itália de 2008 com 21 anos). De quebra, tornou-se o primeiro holandês a vencer na categoria, que agora conta com vencedores de 23 nacionalidades diferentes (separando Escócia e Inglaterra, pois são considerados como 'Reino Unido'). Quem é prodígio e tem talento mostra suas credenciais na hora. E Max conseguiu a façanha de estrear numa nova equipe e, sem contato nenhum com o carro antes do final de semana, vencer, sendo que o seu pódio também foi o primeiro. Ouviremos e leremos muito o seu nome por muitos e muitos anos na F1. Em um ano e meio, sua carreira já é mais relevante que a do pai, que em 107 corridas conquistou dois pódios (dois terceiros lugares).

Foto: Getty Images
Tudo isso aconteceu graças a dois fatores: Primeiro, a barbeiragem incrível das Mercedes. Hamilton acertou Rosberg e ambos abandonaram logo na curva 3. Inicialmente, parecia que o inglês havia cometido mais um erro incrivelmente estúpido. Todavia, depois de analisar as imagens, mudei minha visão. Primeiro, Nico novamente fez uma largada excepcional, e Lewis de novo foi péssimo. Estranho ver o inglês deixar tanto espaço para o alemão usar o vácuo e ultrapassar por fora. Agora, as explicações:
1 - Rosberg largou com a configuração de motor errada, o que lhe dava menos potência. Mesmo assim, conseguiu passar o companheiro. Como? Não sei.
2 - No meio da curva 1, a luz traseira do carro de Rosberg começa a piscar, o que indica a diminuição da velocidade.
3 -  Se encaminhando para a curva 3, Hamilton vê o espaço livre na direita e parte para cima. Rosberg, "distraído", mexe nos botões do volante para tentar consertar o problema e acaba espalhando Hamilton. O resultado, todos vimos...
Resumindo: O Rosberg largou na configuração errada do motor, na hora de alinhar no grid ele esqueceu de colocar o motor em máxima potência, sendo que ele só notou o erro no meio da curva 3 onde você viu ele ajustando no volante.

Ou seja, no final, foi um acidente de corrida. Nenhum dos dois teve tanta culpa. O certo é que levaram um esporro federal de Niki Lauda, Toto Wolff e o presidente bigodudo da Mercedes que esqueci o nome Dieter Zetsche. Ambos, nas entrevistas, pediram desculpas pelo ocorrido. Na verdade, os fãs agradecem: Todo mundo quer ver disputa quente entre os pilotos, e no final das contas, um botão errado de Rosberg foi fundamental para a vitória histórica de Max. Ninguém foi punido, mas o incidente foi "bom e ruim" para os dois: Rosberg podia estar se encaminhando para a oitava vitória seguida e aumentar a vantagem para 50 pontos. No fim, manteve os 43, agora com uma corrida a menos. Hamilton tem, agora, 16 provas para se recuperar, mas a pressão só aumenta...

Foto: Reprodução
Outra situação que decidiu a prova em favor do holandês foram as estratégias equivocadas de Vettel e Ricciardo. Os dois fizeram três paradas, o que geralmente seria o correto. Não em Barcelona, um circuito travado e de difícil ultrapassagem. Vettel andou inexplicáveis 8 voltas de macios para fazer um novo pit-stop, repetindo a estratégia de Ricciardo, Ali eles perderam a chance de vencer. Além do mais, Ricciardo tentou passar Vettel, mas o alemão segurou com muita maestria. Numa tentativa ousada, o australiano chegou a fritar pneus para não bater no alemão, que se irritou e reclamou no rádio. Seb está muito histérico e chorão para o meu gosto. Corrida é assim: Se houver o mínimo espaço para realizar a ultrapassagem, é válida a tentativa. No fim, Ric gastou tanto o pneu que o traseiro direito estourou na volta final. Ainda assim, conseguiu ir aos boxes e terminar em quarto. Entretanto, o australiano deve se preocupar: Terá um companheiro muito forte e que, com o tempo, será o número 1 da equipe. Como lidará com a pressão?

Verstappen e Raikkonen optaram por duas paradas e se deram bem. O Iceman, entretanto, não conseguiu atacar Max e não ousou nada. Parecia satisfeito com o segundo lugar. O clima na exigente Ferrari esquenta: Marchionne não está nada satisfeito, mas berrar para os quatro cantos que exige vitórias não fará com que o cavalinho rampante saia vencendo a partir de agora... O finlandês, aliás, assumiu a segunda posição no campeonato.

A vitória do holandês ofuscou outros bons desempenhos na Catalunha: O dono da casa, Carlos Sainz, fez uma ótima largada, chegando a ficar em terceiro. Ficou em sexto. O espanhol está crescendo de produção e foi muito superior ao seu novo companheiro de equipe, Kvyat, que chegou em décimo. Aliás, coitado do russo. Na corrida seguinte em que foi rebaixado, viu o seu "algoz" vencer na estreia em uma corrida em que poderia ter vencido e foi superado pelo seu companheiro de equipe... Alonso vinha muito bem até abandonar, por problemas de confiabilidade. Coube a Button marcar dois pontos para a equipe de Woking, que evolui a passos lentos e graduais.

Massa fez uma boa corrida de recuperação e conseguiu chegar em oitavo, depois de um péssimo qualyfing. Sérgio Pérez parece estar se recuperando: Sétimo lugar, enquanto que Nico Hulkenberg sofreu com o estouro do motor Mercedes. Pela primeira vez na temporada, Gutiérrez foi superior a Grosjean, que também abandonou. mas não foi suficiente para pontuar. Bottas fez o que pode e chegou em quinto. A Williams é, definitivamente, a quarta força da F1.

A Sauber segue o seu calvário e Nasr segue perdendo para Ericsson: 15° e 12°, respectivamente. O futuro dos três, equipe e pilotos, são incertos. É triste ver uma equipe tão tradicional e de um dono tão apaixonado pelo que faz se arrastar pelo grid desde 2014... Estão pagando os erros administrativos da Monisha e o caro preço que é se manter na F1 atual.

Para finalizar, a imagem do fim de semana:

Foto: Reprodução

Confira a classificação final do Grande Prêmio da Espanha:


A próxima prova é o Grande Prêmio de Mônaco, em Monte Carlo, que será realizado nos dias 26, 28 e 29 de maio. Até lá!

sábado, 14 de maio de 2016

SEM MUITO A ACRESCENTAR

Foto: Getty Images
GP da Espanha e treinos livres são apenas uma consolidação do que é feito na pré-temporada. Foi um treino sem muitas emoções e poucos resultados que possam ser levados em conta para a classificação e a corrida. Por exemplo, Vettel foi o mais rápido no primeiro treino, Rosberg liderou o segundo. A diferença de tempos entre a Mercedes e a Ferrari é pequena, cerca de dois décimos. O problema é que os alemães não forçam muito nos treinos e os italianos sempre vão bem na sexta. Creio que a diferença será maior durante a corrida. Se não for, ótimo, é sinal de que podemos ter uma corrida mais competitiva.

O que todo mundo queria ver era o desempenho de Max Verstappen em seu primeiro treino na Red Bull. E o Holandês saiu-se muito bem. É inegável o seu talento. Nos dois treinos ele foi apenas dois décimos mais lento que o experiente Ricciardo. Enquanto isso, na Toro Rosso, Kvyat ficou bem atrás de Carlos Sainz (um dos destaques do treino, chegando a ficar em 5° no TL2) nas duas sessões. Para ambos, a adaptação vai custar um ou talvez duas corridas. Entretanto, não dá para levar em conta que o russo será tão mais lento que seu companheiro espanhol. Muita calma.

Foto: Mark Thompson/ Getty Images
Alonso parece estar esperançoso. O bicampeão afirmou que o MP4-32 tem condições de chegar ao Q3, o que seria inédito desde que a McLaren reeditou a parceria com a Honda. No entanto, "são necessários alguns ajustes". Por outro lado, Button disse que a McLaren terá dificuldades até para pontuar no circuito da Catalunha. Quem está com a razão? O desempenho da McLaren pode melhorar mais ainda caso o novo motor nipônico, que será disponibilizado a partir do Canadá, seja mais potente e menos problemático. A Williams, discreta como sempre nas sextas, teve Bottas a frente de Massa nas duas sessões (7°, 11° e 9° e 16°, respectivamente). A expectativa é largar na quarta fila do grid, quem sabe brigando com a Red Bull pelo quinto e sexto lugares na largada.

Rosberg, a caminho da oitava vitória seguida? Foto: Getty Images
Já a Sauber parece estar, aos poucos, se despedindo da F1. Sem recursos para fazer atualizações aerodinâmicas (fato já reclamado por Felipe Nasr), os suíços podem estar se tornando a última força da categoria. No segundo treino, ficaram atrás das duas Manor. Não se sabe se chegarão até o fim da temporada. Nasr precisa dar um jeito de salvar sua carreira na F1. Como? Apenas Steve Robertson, seu empresário, deve ter a resposta.

Confira a classificação dos dois primeiros treinos livres:



Até!


sexta-feira, 13 de maio de 2016

GP DA ESPANHA - Programação

O Grande Prêmio da Espanha entrou definitivamente no calendário da Fórmula 1 em 1968. Desde então, já foi disputada em 4 pistas: Jarama, Montjuic, Jerez e Catalunha (desde 1991).

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:21.670 (Ferrari, 2008)
Pole Position: Mark Webber - 1:19.995 (Red Bull, 2010)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1995, 1996, 2001, 2002, 2003 e 2004)

TORO ROSSO HONDA?

Foto: AFP
A equipe satélite da Red Bull pode se tornar a primeira cliente da Honda após o seu retorno à F1. O chefe da equipe de Faenza, Franz Tost, busca um acordo de três anos com a montadora nipônica (de 2017 até 2020). Entretanto, Ron Dennis pode defender uma cláusula de exclusividade no contrato de fornecimento de motores dos japoneses. De acordo com a nova regra da F1, que entrará em vigor a partir do ano que vem, nenhuma equipe ficará sem contrato de fornecimento de motores. Atualmente, a Toro Rosso utiliza o motor de 2015 da Ferrari.

KUBICA PODE PARTICIPAR DOS TESTES DA PIRELLI

Foto: Reprodução
Piloto polonês, afastado da F1 desde 2011 quando sofreu um grave acidente no braço em uma disputa de rally, pode estar envolvido nos testes dos novos pneus da Pirelli para a temporada 2017. O que já foi confirmado pela empresa italiana foram os testes em uma Ferrari de 2014 pilotada por Jean-Éric Vergne na pista de Fiorano. Outra informação certa é de que Pastor Maldonado (ele mesmo!) testou os carros de GP2 em Mugello e Barcelona (Deve ter sido testes pra cardíaco, amigo!). Kubica seria convidado para "andar por um dia". O polonês atualmente disputa competições de rally e frequentemente mas admitiu que sente falta da F1. Realmente, era um grande talento que certamente, no mínimo, estaria em uma equipe grande brigando por títulos.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 100 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 57 pontos
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 43 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 36 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 33 pontos
6 - Felipe Massa (Williams) - 32 pontos
7 - Romain Grosjean (Haas) - 22 pontos
8 - Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 21 pontos
9 - Valtteri Bottas (Williams) - 19 pontos
10- Max Verstappen (Red Bull) - 13 pontos
11- Fernando Alonso (McLaren) - 8 pontos
12- Nico Hulkenberg (Force India) - 6 pontos
13- Kevin Magnussen (Renault) - 6 pontos
14- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 4 pontos
15- Sérgio Pérez (Force India) - 2 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto
17- Jenson Button (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 157 pontos
2 - Ferrari - 76 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 57 pontos
4 - Williams Mercedes - 51 pontos
5 - Haas Ferrari - 22 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 17 pontos
7 - McLaren Honda - 10 pontos
8 - Force India Mercedes - 8 pontos
9 - Renault - 6 pontos

TRANSMISSÃO


quarta-feira, 11 de maio de 2016

VÍDEOS E CURTINHAS #22

O novo macacão. Foto: Divulgação
Fala galera, tudo certo? Pois bem, a grande expectativa do fim de semana será o desempenho de Max Verstappen no RB12. O holandês só poderá fazer as primeiras voltas no primeiro treino livre de sexta-feira. Então, é natural que Ricciardo deva ser superior, pois está mais adaptado a equipe e é melhor piloto.

Também é hora de conferir se o rebaixamento irá afetar o psicológico de Kvyat. Certamente também será o centro das atenções do paddock. Afinal, não é todo dia que isso acontece na F1.

Essa troca deu o pontapé inicial no famigerado mercado de pilotos. Dessa vez, mais cedo, até porque as equipes deverão decidir rapidamente seus pilotos, tendo em conta o novo regulamento de 2017.

Segundo meus cálculos mentais da madrugada, apenas Hamilton, Vettel e a dupla já citada da Red Bull estão garantidos para a próxima temporada nas suas equipes. O resto, muitas incertezas e especulações: Rosberg, Alonso, Button, Raikkonen, Massa, Bottas, Nasr, Grosjean, Pérez, Hulkenberg, Vergne, Sainz, Kvyat, Vandoorne e tantos outros foram especulados em diversas equipes. No meio do ano, tentarei fazer o tradicional post das especulações e confirmações. Me cobrem.

Testes de pneus: Algumas equipes já confirmaram a dupla de pilotos que correrão em Barcelona, nos dias 17 e 18 de maio, com os novos compostos da Pirelli para 2017. Vamos a elas:
Afonso Celis Jr vai representar a Force India; Na McLaren, Button e Vandoorne; Na Mercedes, Rosberg e Esteban Ocon, que também irá defender a Renault, ao lado de Magnussen; A Williams mandará Felipe Massa e Alex Lynn; A Haas irá com seus dois titulares (Grosjean e Gutiérrez).
Red Bull, Manor, Ferrari e Toro Rosso ainda não anunciaram seus pilotos e a Sauber, com sérios problemas financeiros, está fora.

PARA FINALIZAR: Hora de relembrar uma das vitórias mais surpreendentes dos últimos anos: Estou falando de Pastor Maldonado, é claro! O venezuelano conquistou sua única vitória na F1 na Espanha, em 2012. Foi também a última vitória da Williams e de um sul-americano na F1. Relembre (a imagem não é das melhores, mas o que vale é o registro):


NA JORDÂNIA: Em mais uma campanha de publicidade e aventura, a Red Bull resolveu andar em outro extremo: Depois de performar no gelo e na altitude, chegou a hora de andar no deserto da Jordânia. Coube ao ex-piloto da equipe, David Coulthard, a missão. A jornada começou no norte da Jordânia, na cidade de Jerash, onde Coulthard visitou as ruínas greco-romanas da Velha Gerasa. A parada seguinte foi no sul do país, em Petra. Para encerrar, o escocês acelerou em Wadi Rum, cenário de vários filmes de Hollywood, como "Perdido em Marte", com Matt Damon e dirigido por Ridley Scott, e "A Hora Mais Escura", dirigido por Kathryn Bigelow, primeira mulher a vencer a disputa pelo Oscar de melhor direção. O resultado? DESCUBRA:



Até!

sexta-feira, 6 de maio de 2016

CRIME E CASTIGO

Agora com os macacões invertidos. Foto: Racing Fanatic
Os envolvidos na trama: Daniil Kvyat, Max Verstappen, Helmut Marko e Christian Horner

O que parecia uma especulação tornou-se verdade: Na manhã de ontem, a Red Bull anunciou a substituição de seus pilotos: Agora, Verstappen é piloto da Red Bull, enquanto Kvyat foi rebaixado e retorna para a Toro Rosso.

Que fique bem claro: A troca dos dois pilotos já estava prevista para 2017. No entanto, ela foi antecipada (e muito!). Por quê?

Pela  rapidez e a sucessão dos últimos acontecimentos, parece que o incidente da Rússia teve um peso enorme na tomada de decisão. Todavia, existem outras situações por trás disso, e tentarei explicar: 

Primeiro - A Red Bull, desde cedo, deseja transformar Verstappen em uma estrela da companhia. Desde sua meteórica ascensão, os taurinos divulgam muitos materiais para alavancar a fama do piloto holandês entre os fãs (e da própria companhia, é claro), desde documentários e vídeos. Além de sua grande capacidade como piloto, já existia uma pressão muito grande para Max ser promovido na equipe mãe ainda esse ano.

Segundo - Não é de hoje que circulam rumores de um possível interesse de Mercedes e Ferrari para contar com os serviços de Verstappen. Vale lembrar que Rosberg ainda não está garantido nas flechas de prata e Kimi provavelmente irá se aposentar no final da temporada. A antecipação da promoção de Verstappen é uma atitude que freia e praticamente encerra esses boatos, até porque o holandês possui um contrato de muitos anos com a Red Bull.

Foto: BBC
Helmut Marko tentou explicar a decisão, dizendo que "Kvyat sentiu a pressão de Ricciardo". Deve ter sentido mesmo, pois ano passado terminou o campeonato na frente do australiano (95 x 92) e nessa temporada conquistou o melhor resultado da equipe no ano (2° na China, três semanas atrás!). A não ser que ele esteja falando de outro tipo de pressão...

Para mim, fica evidente que a Red Bull já tinha decidido a promoção de Verstappen há muito tempo e estavam arrependidos de não ter feito já no início do ano. Esperaram apenas um pretexto (ou seja, um erro de Kvyat) para o descartarem imediatamente.

Agora, fico curioso para saber como o russo irá reagir na próxima corrida, na semana que vem. Como está seu psicológico depois de ser rebaixado? Qual a sua motivação, agora que praticamente não tem mais chances de voltar a equipe mãe (Ele e Carlos Sainz também)? Kvyat é mais uma vítima do programa de pilotos da Red Bull, que lança e queima seus pilotos de forma tão precoce. Só para relembrar: Speed, Vergne, Bourdais, Klien, Alguersuari, Buemi, Vergne e Antônio Félix da Costa (este sequer chegou a estrear na F1). A exceção de Bourdais, todos entraram jovens na F1 e saíram de lá ainda jovens e, por incrível que pareça, sem chance alguma de seguir na categoria no futuro. Kvyat pode ter se tornado um piloto aposentado da F1 com 22 anos de idade. É um absurdo.

A esperança do russo é conseguir um grande desempenho para sair da Red Bull e tentar uma vaga na Renault ou na Haas, até porque não ficará muito tempo na Toro Rosso. Servirá apenas como "esquenta-banco" de um futuro piloto promissor que chegará no ano que vem (Será Pierre Gasly? A conferir).

Resumindo: Kvyat foi vítima de um golpe orquestrado por Max e Jos Verstappen, Helmut Marko e Christian Horner rsrsrsrs

Até!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

O KNOCKDOWN DE NICO

Foto: Autoracing
Sete vitórias seguidas, igualando a sequência de Schumacher e Ascari. Quatro triunfos na temporada, 100% de aproveitamento. 43 pontos de vantagem para seu companheiro de equipe. E, para completar, o primeiro "grand chelem" da carreira (quando o piloto é pole, vence e faz a volta mais rápida). Se fosse uma luta de boxe, esse é o ponto em que Rosberg derruba Hamilton pela primeira vez, mas o inglês se levanta, grogue, antes de ser nocauteado.

Deve-se, claro, levar em considerações os inúmeros problemas que Hamilton está enfrentando nesse início de ano. Por exemplo, o inglês estava diminuindo a vantagem de 13s5 para 7s5 quando foi informado de um suposto problema no carro. Depois de tirar o pé, o inglês foi avisado de que tudo estava normalizado. A situação está ficando complicada para o tricampeão. Embora falte 17 corridas, Hamilton precisa começar a reagir e, mais do que nunca, "torcer" para que os mesmos problemas que o atormentam respingue no alemão. Mesmo diante de tudo isso, Rosberg é extremamente merecedor do momento que vive.

Foto: Getty Images
Ainda nesse clima de lutas, tivemos o round 2 de Kyvat e Vettel. Se no primeiro encontro o alemão errou, dessa vez ele tem total direito de estar puto da vida com o russo. Não bastasse ter sido acertado pela Red Bull na primeira curva (que também praticamente acabou com a prova de seu parceiro Ricciardo), nos metros seguintes houve novo toque na traseira do SF16-H, que bateu e abandonou. No rádio, Vettel xingou pra caramba, com muitos palavrões. Acho que ele já sabia quem tinha sido o responsável por tudo isso. Quando voltou aos boxes, conversou com Christian Horner, dando entender que "Deem um jeito nesse moleque aí". Kvyat foi punido com um stop and go de 10 segundos. Até que ficou barato.

Aliás, pelas declarações públicas que o chefão da Red Bull deu ("Ele ferrou nossa corrida"), começa a ficar claro que a batata do russo está assando (se é que não assou) e que Verstappen irá, de fato, substituí-lo em 2017. Talvez até por isso que o russo tenha agido dessa forma hoje, mas são apenas suposições...

Foto: Getty Images
O melhor fim de semana do ano para a Williams: 22 pontos na conta. Bottas segurou Hamilton e Raikkonen o quanto pode, mas seu equipamento inferior não foi o suficiente para se manter na segunda posição. Restou o quarto lugar, sua melhor atuação e resultado (consequentemente) no ano. Massa não fez nenhuma ultrassagem na corrida. Foi superado por Hamilton no início e se manteve até o fim em quinto, com vantagem segura para o sexto colocado, mas um pouco distante de Bottas. Assim como no ano passado, o brasileiro começa muito bem a temporada: Sendo regular e marcando os pontos possíveis para a situação atual da equipe de Grove. Agora, está 32 x 19 para Massa.

A corrida foi a mais chata do ano até aqui, mas tivemos alguns desempenhos encorajantes. Por exemplo, a McLaren e a Renault desencantaram: Alonso, como uma fênix, conseguiu um grande sexto lugar. O espanhol herdou a posição de Verstappen, que abandonou após seu motor Ferrari estourar. O bicampeão manteve um ritmo constante e evidencia a tímida evolução da McLaren em relação ao ano passado. Logo atrás, Kevin Magnussen marcou os primeiros pontos da Renault no retorno à F1. O dinamarquês brigou muito durante a prova e conseguiu uma bela ultrapassagem em cima de Ricciardo. É importantíssimo para Magnussen bater seu companheiro Palmer com propriedade, porque até sua vaga está ameaçada para o ano que vem (Dizem que os jovens Sergey Sirotkin - russo - e Esteban Ocon - francês - são cotados, além de um piloto 'experiente', para liderar o time). Encorajador para uma equipe que atualmente não consegue ir sequer para o Q2.

Romain Grosjean pontuou pela terceira vez em quatro corridas pela Haas. Após um GP apagado na China, o francês voltou a ser combativo e ficou em oitavo, marcando mais quatro pontos na tabela e se credenciando cada vez mais para, quem sabe, substituir Raikkonen na Ferrari em um futuro próximo. Sérgio Pérez também estreou nos pontos no ano. Após ser atingido na largada, o mexicano fez uma ótima corrida de recuperação e ficou em nono. Embora a Force India esteja muito abaixo do que imaginamos, a Rússia parece ser um lugar de sorte para Checo. Button fechou o top-10 com o seu primeiro pontinho no ano também.

Foto: Divulgação
Com o novo chassi, Nasr se aproveitou da confusão da primeira curva para pular a 12a posição. Todavia, teve um pneu furado na volta 12 e antecipou a parada. Foi até o fim com os pneus macios. Acabou perdendo rendimento e foi superado, terminando em 16°, atrás de Ericsson, o 14°. Ambos enfrentaram problemas na prova, mas novamente o brasileiro foi batido pelo sueco. A esperança, agora, é que com o chassi mais equilibrado Nasr possa recuperar o terreno e virar a briga interna, até para mostrar serviço para possíveis equipes interessadas no seu serviço para o ano que vem.

A luta continua, e o quinto round da F1 será o Grande Prêmio da Espanha, nos dias 13, 14 e 15 de maio. Até lá!