sexta-feira, 13 de maio de 2016

GP DA ESPANHA - Programação

O Grande Prêmio da Espanha entrou definitivamente no calendário da Fórmula 1 em 1968. Desde então, já foi disputada em 4 pistas: Jarama, Montjuic, Jerez e Catalunha (desde 1991).

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:21.670 (Ferrari, 2008)
Pole Position: Mark Webber - 1:19.995 (Red Bull, 2010)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1995, 1996, 2001, 2002, 2003 e 2004)

TORO ROSSO HONDA?

Foto: AFP
A equipe satélite da Red Bull pode se tornar a primeira cliente da Honda após o seu retorno à F1. O chefe da equipe de Faenza, Franz Tost, busca um acordo de três anos com a montadora nipônica (de 2017 até 2020). Entretanto, Ron Dennis pode defender uma cláusula de exclusividade no contrato de fornecimento de motores dos japoneses. De acordo com a nova regra da F1, que entrará em vigor a partir do ano que vem, nenhuma equipe ficará sem contrato de fornecimento de motores. Atualmente, a Toro Rosso utiliza o motor de 2015 da Ferrari.

KUBICA PODE PARTICIPAR DOS TESTES DA PIRELLI

Foto: Reprodução
Piloto polonês, afastado da F1 desde 2011 quando sofreu um grave acidente no braço em uma disputa de rally, pode estar envolvido nos testes dos novos pneus da Pirelli para a temporada 2017. O que já foi confirmado pela empresa italiana foram os testes em uma Ferrari de 2014 pilotada por Jean-Éric Vergne na pista de Fiorano. Outra informação certa é de que Pastor Maldonado (ele mesmo!) testou os carros de GP2 em Mugello e Barcelona (Deve ter sido testes pra cardíaco, amigo!). Kubica seria convidado para "andar por um dia". O polonês atualmente disputa competições de rally e frequentemente mas admitiu que sente falta da F1. Realmente, era um grande talento que certamente, no mínimo, estaria em uma equipe grande brigando por títulos.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 100 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 57 pontos
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 43 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 36 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 33 pontos
6 - Felipe Massa (Williams) - 32 pontos
7 - Romain Grosjean (Haas) - 22 pontos
8 - Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 21 pontos
9 - Valtteri Bottas (Williams) - 19 pontos
10- Max Verstappen (Red Bull) - 13 pontos
11- Fernando Alonso (McLaren) - 8 pontos
12- Nico Hulkenberg (Force India) - 6 pontos
13- Kevin Magnussen (Renault) - 6 pontos
14- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 4 pontos
15- Sérgio Pérez (Force India) - 2 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto
17- Jenson Button (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 157 pontos
2 - Ferrari - 76 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 57 pontos
4 - Williams Mercedes - 51 pontos
5 - Haas Ferrari - 22 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 17 pontos
7 - McLaren Honda - 10 pontos
8 - Force India Mercedes - 8 pontos
9 - Renault - 6 pontos

TRANSMISSÃO


quarta-feira, 11 de maio de 2016

VÍDEOS E CURTINHAS #22

O novo macacão. Foto: Divulgação
Fala galera, tudo certo? Pois bem, a grande expectativa do fim de semana será o desempenho de Max Verstappen no RB12. O holandês só poderá fazer as primeiras voltas no primeiro treino livre de sexta-feira. Então, é natural que Ricciardo deva ser superior, pois está mais adaptado a equipe e é melhor piloto.

Também é hora de conferir se o rebaixamento irá afetar o psicológico de Kvyat. Certamente também será o centro das atenções do paddock. Afinal, não é todo dia que isso acontece na F1.

Essa troca deu o pontapé inicial no famigerado mercado de pilotos. Dessa vez, mais cedo, até porque as equipes deverão decidir rapidamente seus pilotos, tendo em conta o novo regulamento de 2017.

Segundo meus cálculos mentais da madrugada, apenas Hamilton, Vettel e a dupla já citada da Red Bull estão garantidos para a próxima temporada nas suas equipes. O resto, muitas incertezas e especulações: Rosberg, Alonso, Button, Raikkonen, Massa, Bottas, Nasr, Grosjean, Pérez, Hulkenberg, Vergne, Sainz, Kvyat, Vandoorne e tantos outros foram especulados em diversas equipes. No meio do ano, tentarei fazer o tradicional post das especulações e confirmações. Me cobrem.

Testes de pneus: Algumas equipes já confirmaram a dupla de pilotos que correrão em Barcelona, nos dias 17 e 18 de maio, com os novos compostos da Pirelli para 2017. Vamos a elas:
Afonso Celis Jr vai representar a Force India; Na McLaren, Button e Vandoorne; Na Mercedes, Rosberg e Esteban Ocon, que também irá defender a Renault, ao lado de Magnussen; A Williams mandará Felipe Massa e Alex Lynn; A Haas irá com seus dois titulares (Grosjean e Gutiérrez).
Red Bull, Manor, Ferrari e Toro Rosso ainda não anunciaram seus pilotos e a Sauber, com sérios problemas financeiros, está fora.

PARA FINALIZAR: Hora de relembrar uma das vitórias mais surpreendentes dos últimos anos: Estou falando de Pastor Maldonado, é claro! O venezuelano conquistou sua única vitória na F1 na Espanha, em 2012. Foi também a última vitória da Williams e de um sul-americano na F1. Relembre (a imagem não é das melhores, mas o que vale é o registro):


NA JORDÂNIA: Em mais uma campanha de publicidade e aventura, a Red Bull resolveu andar em outro extremo: Depois de performar no gelo e na altitude, chegou a hora de andar no deserto da Jordânia. Coube ao ex-piloto da equipe, David Coulthard, a missão. A jornada começou no norte da Jordânia, na cidade de Jerash, onde Coulthard visitou as ruínas greco-romanas da Velha Gerasa. A parada seguinte foi no sul do país, em Petra. Para encerrar, o escocês acelerou em Wadi Rum, cenário de vários filmes de Hollywood, como "Perdido em Marte", com Matt Damon e dirigido por Ridley Scott, e "A Hora Mais Escura", dirigido por Kathryn Bigelow, primeira mulher a vencer a disputa pelo Oscar de melhor direção. O resultado? DESCUBRA:



Até!

sexta-feira, 6 de maio de 2016

CRIME E CASTIGO

Agora com os macacões invertidos. Foto: Racing Fanatic
Os envolvidos na trama: Daniil Kvyat, Max Verstappen, Helmut Marko e Christian Horner

O que parecia uma especulação tornou-se verdade: Na manhã de ontem, a Red Bull anunciou a substituição de seus pilotos: Agora, Verstappen é piloto da Red Bull, enquanto Kvyat foi rebaixado e retorna para a Toro Rosso.

Que fique bem claro: A troca dos dois pilotos já estava prevista para 2017. No entanto, ela foi antecipada (e muito!). Por quê?

Pela  rapidez e a sucessão dos últimos acontecimentos, parece que o incidente da Rússia teve um peso enorme na tomada de decisão. Todavia, existem outras situações por trás disso, e tentarei explicar: 

Primeiro - A Red Bull, desde cedo, deseja transformar Verstappen em uma estrela da companhia. Desde sua meteórica ascensão, os taurinos divulgam muitos materiais para alavancar a fama do piloto holandês entre os fãs (e da própria companhia, é claro), desde documentários e vídeos. Além de sua grande capacidade como piloto, já existia uma pressão muito grande para Max ser promovido na equipe mãe ainda esse ano.

Segundo - Não é de hoje que circulam rumores de um possível interesse de Mercedes e Ferrari para contar com os serviços de Verstappen. Vale lembrar que Rosberg ainda não está garantido nas flechas de prata e Kimi provavelmente irá se aposentar no final da temporada. A antecipação da promoção de Verstappen é uma atitude que freia e praticamente encerra esses boatos, até porque o holandês possui um contrato de muitos anos com a Red Bull.

Foto: BBC
Helmut Marko tentou explicar a decisão, dizendo que "Kvyat sentiu a pressão de Ricciardo". Deve ter sentido mesmo, pois ano passado terminou o campeonato na frente do australiano (95 x 92) e nessa temporada conquistou o melhor resultado da equipe no ano (2° na China, três semanas atrás!). A não ser que ele esteja falando de outro tipo de pressão...

Para mim, fica evidente que a Red Bull já tinha decidido a promoção de Verstappen há muito tempo e estavam arrependidos de não ter feito já no início do ano. Esperaram apenas um pretexto (ou seja, um erro de Kvyat) para o descartarem imediatamente.

Agora, fico curioso para saber como o russo irá reagir na próxima corrida, na semana que vem. Como está seu psicológico depois de ser rebaixado? Qual a sua motivação, agora que praticamente não tem mais chances de voltar a equipe mãe (Ele e Carlos Sainz também)? Kvyat é mais uma vítima do programa de pilotos da Red Bull, que lança e queima seus pilotos de forma tão precoce. Só para relembrar: Speed, Vergne, Bourdais, Klien, Alguersuari, Buemi, Vergne e Antônio Félix da Costa (este sequer chegou a estrear na F1). A exceção de Bourdais, todos entraram jovens na F1 e saíram de lá ainda jovens e, por incrível que pareça, sem chance alguma de seguir na categoria no futuro. Kvyat pode ter se tornado um piloto aposentado da F1 com 22 anos de idade. É um absurdo.

A esperança do russo é conseguir um grande desempenho para sair da Red Bull e tentar uma vaga na Renault ou na Haas, até porque não ficará muito tempo na Toro Rosso. Servirá apenas como "esquenta-banco" de um futuro piloto promissor que chegará no ano que vem (Será Pierre Gasly? A conferir).

Resumindo: Kvyat foi vítima de um golpe orquestrado por Max e Jos Verstappen, Helmut Marko e Christian Horner rsrsrsrs

Até!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

O KNOCKDOWN DE NICO

Foto: Autoracing
Sete vitórias seguidas, igualando a sequência de Schumacher e Ascari. Quatro triunfos na temporada, 100% de aproveitamento. 43 pontos de vantagem para seu companheiro de equipe. E, para completar, o primeiro "grand chelem" da carreira (quando o piloto é pole, vence e faz a volta mais rápida). Se fosse uma luta de boxe, esse é o ponto em que Rosberg derruba Hamilton pela primeira vez, mas o inglês se levanta, grogue, antes de ser nocauteado.

Deve-se, claro, levar em considerações os inúmeros problemas que Hamilton está enfrentando nesse início de ano. Por exemplo, o inglês estava diminuindo a vantagem de 13s5 para 7s5 quando foi informado de um suposto problema no carro. Depois de tirar o pé, o inglês foi avisado de que tudo estava normalizado. A situação está ficando complicada para o tricampeão. Embora falte 17 corridas, Hamilton precisa começar a reagir e, mais do que nunca, "torcer" para que os mesmos problemas que o atormentam respingue no alemão. Mesmo diante de tudo isso, Rosberg é extremamente merecedor do momento que vive.

Foto: Getty Images
Ainda nesse clima de lutas, tivemos o round 2 de Kyvat e Vettel. Se no primeiro encontro o alemão errou, dessa vez ele tem total direito de estar puto da vida com o russo. Não bastasse ter sido acertado pela Red Bull na primeira curva (que também praticamente acabou com a prova de seu parceiro Ricciardo), nos metros seguintes houve novo toque na traseira do SF16-H, que bateu e abandonou. No rádio, Vettel xingou pra caramba, com muitos palavrões. Acho que ele já sabia quem tinha sido o responsável por tudo isso. Quando voltou aos boxes, conversou com Christian Horner, dando entender que "Deem um jeito nesse moleque aí". Kvyat foi punido com um stop and go de 10 segundos. Até que ficou barato.

Aliás, pelas declarações públicas que o chefão da Red Bull deu ("Ele ferrou nossa corrida"), começa a ficar claro que a batata do russo está assando (se é que não assou) e que Verstappen irá, de fato, substituí-lo em 2017. Talvez até por isso que o russo tenha agido dessa forma hoje, mas são apenas suposições...

Foto: Getty Images
O melhor fim de semana do ano para a Williams: 22 pontos na conta. Bottas segurou Hamilton e Raikkonen o quanto pode, mas seu equipamento inferior não foi o suficiente para se manter na segunda posição. Restou o quarto lugar, sua melhor atuação e resultado (consequentemente) no ano. Massa não fez nenhuma ultrassagem na corrida. Foi superado por Hamilton no início e se manteve até o fim em quinto, com vantagem segura para o sexto colocado, mas um pouco distante de Bottas. Assim como no ano passado, o brasileiro começa muito bem a temporada: Sendo regular e marcando os pontos possíveis para a situação atual da equipe de Grove. Agora, está 32 x 19 para Massa.

A corrida foi a mais chata do ano até aqui, mas tivemos alguns desempenhos encorajantes. Por exemplo, a McLaren e a Renault desencantaram: Alonso, como uma fênix, conseguiu um grande sexto lugar. O espanhol herdou a posição de Verstappen, que abandonou após seu motor Ferrari estourar. O bicampeão manteve um ritmo constante e evidencia a tímida evolução da McLaren em relação ao ano passado. Logo atrás, Kevin Magnussen marcou os primeiros pontos da Renault no retorno à F1. O dinamarquês brigou muito durante a prova e conseguiu uma bela ultrapassagem em cima de Ricciardo. É importantíssimo para Magnussen bater seu companheiro Palmer com propriedade, porque até sua vaga está ameaçada para o ano que vem (Dizem que os jovens Sergey Sirotkin - russo - e Esteban Ocon - francês - são cotados, além de um piloto 'experiente', para liderar o time). Encorajador para uma equipe que atualmente não consegue ir sequer para o Q2.

Romain Grosjean pontuou pela terceira vez em quatro corridas pela Haas. Após um GP apagado na China, o francês voltou a ser combativo e ficou em oitavo, marcando mais quatro pontos na tabela e se credenciando cada vez mais para, quem sabe, substituir Raikkonen na Ferrari em um futuro próximo. Sérgio Pérez também estreou nos pontos no ano. Após ser atingido na largada, o mexicano fez uma ótima corrida de recuperação e ficou em nono. Embora a Force India esteja muito abaixo do que imaginamos, a Rússia parece ser um lugar de sorte para Checo. Button fechou o top-10 com o seu primeiro pontinho no ano também.

Foto: Divulgação
Com o novo chassi, Nasr se aproveitou da confusão da primeira curva para pular a 12a posição. Todavia, teve um pneu furado na volta 12 e antecipou a parada. Foi até o fim com os pneus macios. Acabou perdendo rendimento e foi superado, terminando em 16°, atrás de Ericsson, o 14°. Ambos enfrentaram problemas na prova, mas novamente o brasileiro foi batido pelo sueco. A esperança, agora, é que com o chassi mais equilibrado Nasr possa recuperar o terreno e virar a briga interna, até para mostrar serviço para possíveis equipes interessadas no seu serviço para o ano que vem.

A luta continua, e o quinto round da F1 será o Grande Prêmio da Espanha, nos dias 13, 14 e 15 de maio. Até lá!





sábado, 30 de abril de 2016

MAIS PROBLEMAS PARA SEB

Foto: Divulgação
Quarta corrida na temporada e Sebastian Vettel está utilizando o seu segundo motor (são cinco até o final da temporada). Agora, irá utilizar a segunda caixa de câmbio (que pode ser trocada sem punições depois de seis provas). O SF16-H do alemão parou na reta dos boxes durante o segundo treino livre, após completar dez voltas. O carro foi empurrado pelos comissários da pista e os mecânicos da equipe italiana. Com isso, Seb foi punido com cinco posições no grid. Pela Ferrari ser a segunda força da F1, sua tarefa para brigar por vitória e até pódio com seu companheiro de equipe complicou um pouco. Em um circuito que desgasta pouco os pneus, o tetracampeão terá que conquistar as posições no braço, partindo para cima de seus adversários.

Tivemos mais um domínio da Mercedes nos treinos livres. Entretanto, a distância entre os tempos dos alemães e dos italianos (um segundo) não deve condizer com a realidade. A Ferrari não utilizou muito os pneus supermacios. A vantagem do W07 deve ser de meio segundo, no mínimo. Ou seja: Se nada der errado, mais uma dobradinha das flechas de prata na primeira fila. No TL1, Rosberg meteu sete décimos em Hamilton, que retribuiu a gentileza e foi oito décimos mais rápido no TL2. Nico foi o terceiro, atrás da Ferrari problemática de Vettel. No TL1, Massa superou as Red Bulls e ficou em um bom quinto lugar. No TL2, foi o nono, enquanto Bottas foi o sétimo no TL1 e sexto no TL2. Diante das características da pista, dá para o FW37 sonhar com a terceira fila da largada.

Foto: Divulgação
O que todo mundo estava aguardando para ver era o aeroscreen na Red Bull de Daniel Ricciardo. Trata-se de uma tela aerodinâmica composta por um painel translúcido, sustentado por hastes laterais e uma superior. O australiano fez uma volta inaugural e retornou aos boxes. O aeroscreen da Red Bull é muito mais bonito, agradável e eficiente que o tal halo "havaianas" da Mercedes. Se for para escolher um modelo, que seja esse. Todavia, gostaria que não tivesse tela nenhuma. F1 é um esporte de risco e tenho minhas dúvidas se esses aparatos seriam tão eficientes nos acidentes. Me parece coisa para "família do Bianchi" ver...

Por fim, Felipe Nasr finalmente teve a disposição um novo chassi para seu C35, o terceiro construído pela equipe na temporada. Foi o que bastava para o brasileiro andar bem na frente de seu companheiro de equipe, Sony Ericsson. No TL1, foi o 14°, cinco posições (e quase um segundo) à frente do sueco. No TL2, 19° colocação, enquanto Ericsson foi o lanterna (também nove décimos de vantagem). Não sabemos se o novo chassi proporciona essa disparidade entre o rendimento dos dois carros. Creio que não. Todavia, é bom o brasileiro voltar a pelo menos andar na frente do companheiro. Entretanto, apenas esse chassi não será o suficiente para que a Sauber pontue, e os próprios suíços devem saber disso. Ah, e que a equipe dê igualdade de condições para que seus pilotos disponham do mesmo equipamento e corram de forma justa na pista, né?

Confira os tempos dos dois primeiros treinos livres:



Até!


sexta-feira, 29 de abril de 2016

GP DA RÚSSIA - Programação

A Rússia entrou no calendário da Fórmula 1 pela primeira vez em sua história em 2014, com o GP disputado no circuito urbano de Sochi. A cidade fica às margens do Mar Negro, no sudoeste do país. A estrutura para o circuito se aproveita do que foi construído visando as Olimpíadas de Inverno, realizadas no mesmo ano.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Sebastian Vettel - 1:40.071 (Ferrari, 2015)
Pole Position: Nico Rosberg - 1:37.113 (Mercedes, 2015)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 2x (2014 e 2015)

DEFINIÇÃO DAS REGRAS DOS CARROS PARA 2017

Foto: Getty Images
Na última terça-feira (26), foi realizada uma reunião entre as principais lideranças da F1, no aeroporto de Biggin Hill, no sul de Londres. Foram debatidas as regras sobre as dimensões dos carros e pneus para o ano que vem. Além disso, existe uma grande disputa política entre Bernie Ecclestone e Jean Todt contra as montadoras, principalmente Ferrari e Mercedes.

Os carros serão mais largos e rápidos, muito mais velozes nas curvas. Dizem que será cinco segundos mais rápido que o carro atual. O grande empecilho é a questão dos motores: Ferrari, Mercedes e Renault cobram 22 milhões de euros (R$ 100 milhões) para seus clientes. Todt e Ecclestone desejam baixar esse valor para 12 milhões (R$ 55 milhões). Segundo fontes, as equipes aceitariam apenas a partir de 2018 e com a utilização de apenas três unidades motrizes por temporada (atualmente, são cinco), em um extenso calendário com 21 GPs.

Bernie Ecclestone e Todt simpatizam com a ideia de um fornecedor externo, independente e sem ser um motor híbrido, apenas turbo. O valor dessa unidade motriz custaria a metade dos motores de Ferrari e Mercedes, sendo que o motor turbo teria mais cavalos. Seria interessante observar a disputa entre as diferentes unidades. O que está em jogo é a hegemonia política: Bernie/Todt x Ferrari/Mercedes. Resta saber quem vai levar a melhor.

DICA: Confira o post do Lívio Oricchio, que obtém informações exclusivas e técnicas dos bastidores e outras situações :) 

ESPECULAÇÕES...

Foto: Divulgação

Ao que tudo indica, Max Verstappen será promovido a "equipe-mãe" Red Bull no ano que vem, no lugar de Daniil Kvyat. Para mim, uma grande injustiça. O russo superou o ótimo Ricciardo ano passado e, mesmo enfrentando diversos problemas em seu carro nas duas temporadas em que está na equipe taurina, merece sequência. É um piloto com muito potencial, assim como Max. O holandês é muito jovem e não precisa ser alçado tão precocemente a uma grande equipe que dispõe de dois grandes pilotos. Enfim, não é de hoje que Helmut Marko adora incinerar seus jovens talentos.

Nico Rosberg ainda não renovou com a Mercedes. Seu contrato encerra-se no fim da temporada. Diante da (improvável) incerteza na permanência da equipe, os alemães já estariam buscando alternativas. Uma delas é Valtteri Bottas, da Williams, e empresariado por Toto Wolff, chefão da escuderia alemã. Como sempre, saiu uma notícia na imprensa espanhola ligando Alonso a Mercedes... Vou soltar um spoiler: Rosberg vai renovar com os alemães.

Lembrando que Raikkonen, Button e Massa também terão seus contratos encerrando no final do ano e o futuro dos três é um grande ponto de interrogação. Indícios apontam que Raikkonen irá se aposentar. Já o britânico e o brasileiro... Certamente isso será um tema de um post no meio ou fim da temporada.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 75 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 39 pontos
3 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 36 pontos
4 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 33 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 28 pontos
6 - Felipe Massa (Williams) - 22 pontos
7 - Daniil Kvyat (Red Bull) - 21 pontos
8 - Romain Grosjean (Haas) - 18 pontos
9 - Max Verstappen (Toro Rosso) - 13 pontos
10- Valtteri Bottas (Williams) - 7 pontos
11- Nico Hulkenberg (Force India) - 6 pontos
12- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 4 pontos
13- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 114 pontos
2 - Ferrari - 61 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 57 pontos
4 - Williams Mercedes - 29 pontos
5 - Haas Ferrari - 18 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 17 pontos
7 - Force India Mercedes - 6 pontos
8 - McLaren Honda - 1 ponto

TRANSMISSÃO



segunda-feira, 18 de abril de 2016

DESPONTANDO PARA A GLÓRIA

Foto: Blog do Fábio Seixas
Diante da catarse política que vive o país, esperei para fazer o texto logo depois da votação. Enfim, vou para o que interessa:

O GP da China foi espetacular, talvez o mais movimentado dos últimos anos. Todavia, faltou a disputa pela vitória. Nico Rosberg dominou alheio, de ponta a ponta, as confusões que praticamente todos os pilotos enfrentaram na pista. O alemão alcançou marcas importantes: Sexta vitória consecutiva - Perde apenas para Ascari, Schumacher (7) e Vettel (9), podendo superá-los (?), a 17a vitória na carreira - Agora é o piloto não-campeão (até quando?) com maior número de vitórias na categoria, superando Stirling Moss; Outra, mais animadora: Sempre que um piloto começou a temporada vencendo as primeiras três corridas, ele sagrou-se campeão.

Nico abre uma considerável vantagem para Hamilton: 75 a 39. Já são 36 pontos (ou mais que uma corrida). Faltam 18 corridas, mas o sinal de alerta do tricampeão já está quase no vermelho. Rosberg não desperdiçou as oportunidades que apareceram e agora pode tanto aumentar a distância quanto administrar moderadamente. Contudo, o inglês pode (e deve) reagir, para o bem do campeonato.

Na largada, Ricciardo pulou para a ponta. Na disputa das Ferraris, a Red Bull de Kvyat foi mais esperta e passou ambos. Vettel, para não "bater" no russo, acertou a Ferrari de Raikkonen, que rodou, e o alemão perdeu diversas posições. Largando em último e no meio da confusão, Hamilton acertou Nasr e perdeu o bico, precisando ir para os boxes reparar os danos. No fim da segunda volta, o pneu do líder Ricciardo estourou, forçando o RB12 ir aos boxes e acionar o Safety Car.

Foto: Divulgação
O grid embaralhou tudo, o que proporcionou belas disputas e muitas ultrapassagens. Mesmo na madrugada, não foi uma corrida sonolenta e, apesar do horário, todos que assistiram estavam bem acordados. No fim das contas, As Ferraris e Ricciardo se recuperaram. Vettel foi o segundo e o russo conquistou seu segundo pódio na carreira ao chegar em terceiro, desencantando na temporada. Kvyat parece demorar a pegar no tranco, mas quando vai bem... Após a corrida, o alemão tentou enquadrar o jovem russo pelo incidente da primeira curva, que respondia sorrindo as acusações. Vettel errou. Kvyat foi mais esperto e passou os dois sem nenhum problema. Isso é corrida. Ricciardo escalou o pelotão e terminou em quarto, evidenciando a ascensão da Red Bull. Mesmo sem um motor potente, o chassi do RB12 projetado por Adrian Newey está mostrando resultados muito bons. Os franceses prometem um novo pacote para o GP do Canadá. Quando os austríacos disporem de um motor competitivo, certamente irão brigar pelo título nas próximas temporadas.

O grande "pega" da corrida foi protagonizado por Felipe Massa e Lewis Hamilton. O brasileiro, que chegou a ser segundo após a parada dos demais carros após a entrada do Safety Car, apostou em duas paradas, utilizando os pneus macios e médios. Com o desgaste dos compostos e os carros de trás virando mais rápido por usarem pneus mais novos e macios (ou supermacios), Massa foi despencando até a 5° posição, quando passou a ser atacado pelo inglês, que parou cinco vezes. Com ambos utilizando os pneus médios, Hamilton forçava e não conseguia ultrapassar. Raikkonen e Ricciaardo, vieram de trás e ultrapassaram ambos (estavam com pneus melhores). Hamilton não foi bem. Não fez a melhor estratégia, errou demais ao tentar passar Massa que desgastou rapidamente os pneus médios e perdeu pontos importantes na briga pelo título. O brasileiro da Williams fez uma ótima prova e conquistou um bom resultado, vista a condição do carro no momento, que alterna entre a quarta e a quinta força junto com a Toro Rosso. Mais importante: Massa está 100% na temporada a frente de Bottas (22 a 7 no campeonato). O finlandês teve uma corrida apática e foi o décimo.

Foto: Voando Baixo
No fim do grid, o calvário da Sauber será longo e agoniante. Depois do toque com Hamilton, Nasr desapareceu da transmissão. Com sérios problemas de chassi (o brasileiro "acusa" a equipe de dar a Ericsson o melhor carro; o Sueco traz mais grana para a equipe que Nasr), foi apenas o 20°, somente a frente de Haryanto e Palmer, enquanto que Ericsson foi o 16°. É preocupante o fato de Nasr estar perdendo com frequência de um companheiro de equipe não tão talentoso assim. Se com um carro ruim é difícil de chamar a atenção das outras equipes, imagina perder sem contestações para a Ericsson... Isso não vai ajudar o brasileiro na busca por outras equipes no ano que vem (dizem que a Renault estaria interessada, mas não saiu nada concreto). O C35 precisa de uma mudança estrutural urgente no chassi, ou que seja disponibilizado ao brasileiro o mesmo equipamento de Ericsson pois, aparentemente, o carro do Sueco é a versão mais atualizada do problemático bólido suíço.

Confira a classificação final do GP da China:


A próxima corrida será o Grande Prêmio da Rússia, em Sochi, nos dias 29 e 30 de abril e 1 de maio. Até lá!