terça-feira, 24 de outubro de 2023

COMUNICADO

 


Pessoal, preciso escrever uma coisa importante aqui.

São quase dez anos publicando e escrevendo textos e matérias sobre a F1 e outras coisas. Tudo começou com um projeto de design no segundo semestre de 2014, mais especificamente em setembro, até chegarmos aqui.

Sempre escrevendo. Sempre. Um compromisso, um prazer, mesmo quando tinha outras situações e as vezes não conseguia assistir as corridas.

Enfim, chegou o momento de fazer uma pausa até o fim do ano. A temporada está chatíssima, já temos os campeões definidos com muita antecipação, são muitas corridas e por isso não há motivo para escrever sobre algo sem grande valor, tirando Interlagos, talvez.

Nah, eu penso assim, mas não exatamente. A verdade é que vou partir para uma viagem familiar e irei retornar só depois da última corrida. Estarei no avião quando o último carro receber a bandeirada em Abu Dhabi, eu espero.

Então, vejo vocês em dezembro. Nesse fim de ano, obviamente não vou fazer as análises da temporada e das corridas que não assistirei por motivos óbvios, mas vou pensar em aparecer com alguma coisa que eu considere interessante, nem que seja uma crônica e menos sobre o factual.

Até breve!

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

O SONHO DO PAI

 

Foto: Getty Images

De tanto escrever sobre Stroll e os perigos que a jurisprudência do caso de ascensão dele poderiam proporcionar para o esporte, ainda olhei para o outro lado.

O óbvio está aí: Stroll está apanhando de Alonso (o que não é novidade), mas sequer consegue ir para o Q3 depois das férias. No Catar, estava nervoso, tratou mal a equipe e mal respondia as perguntas da imprensa. Estava irritado e de saco cheio, aparentemente. Faz parte, ele não deve estar satisfeito com o próprio rendimento.

No entanto, há meses que surgem notícias de que Stroll vai abandonar a carreira. Dizem que vai jogar tênis, dizem que cansou da F1. Dizem que é um pedido da mãe. Dizem que ele pediu para o pai, que não deixou.

Chegamos na figura do texto: o responsável, Lawrence Stroll. O homem que primeiro comprou uma vaga (Williams) e depois comprou um time para alocar o filho nem tão talentoso. Um pai que faz de tudo, inegavelmente. Está investindo pesado na estrutura da Aston Martin para a equipe ser protagonista no médio prazo. Do contrário, não teria trazido Vettel e depois Alonso. 6 títulos, somente.

Bom, se Lance não quer mais a F1, então é óbvio que Lawrence pularia fora, certo? Ele é um cara de negócios e bem sucedido, não rasgaria dinheiro por algo que não fosse a própria família.

Então, diante de todas essas informações e a postura do filho Lance, fiquei pensando: será que Lawrence e Lance não pode ser o caso do pai que vive o sonho do filho? Tipo mãe de miss ou pai de jogador, que jogam as frustrações da juventude na esperança através dos filhos para realizar o que eles não puderam ou conseguiram?

Bom, a diferença aí é que não se trata de dinheiro, e sim ambição, projeto de vida. Há negócios, claro, afinal Lawrence é acionista da Aston Martin e Mercedes e fez o maior investimento por um piloto na história, desde a base. Não falo somente de comprar vagas e equipes, mas tudo: equipamentos, estruturas, simuladores, profissionais gabaritados para extrair alguma coisa de Lance.

Não há talento que justifique a presença no grid. Todos sabem. Claro, com dinheiro e profissionais infinitos na preparação, é possível fazer um papel decente ou quase isso. Acontece que Stroll bateu no teto. Não tem mais a desculpa da inexperiência. Acreditou quem quis.

Quando que o sonho dele ou o do pai vão acabar? Estamos próximos do fim da jornada ou são apenas devaneios produzidos pela falta de relevância numa temporada chatíssima? Os dois? O meio do caminho?

Até!

domingo, 22 de outubro de 2023

ASSOALHOS

 

Foto: Chris Grayten/Getty Images

Da série "corridas que não vi": campeonato decidido, trabalhando no jogo do Inter (histórico, aliás...). Bom, li que Verstappen venceu, mesmo largando em sexto. Foi melhor na estratégia dos pit stops e mais agressivo nas ultrapassagens, enquanto Norris e Leclerc abriram alas para ele.

Só Hamilton que tentou lutar e se aproximou de Max, mas sem ser o suficiente para vencer. 15 vitórias no ano e 50 na carreira. Impressionante. 

Bom, estou assistindo o VT da corrida agora. Está na largada. Antes de começar a escrever, li que Hamilton e Leclerc foram desclassificados por irregularidades no assoalho dos carros. 

Segundo o GE, "Hamilton e Leclerc infringiram o artigo 3.5.9.e do regulamento técnico da F1. O texto faz referência à espessura da prancha de madeira no assoalho, que deve ser de pelo menos 10 mm, com tolerância a partir de 9 mm." 

Assim, Norris e Sainz completaram o pódio e, entre outras coisas, permitiu que Logan Sargeant pontuasse pela primeira vez na F1. Logo em casa. Que reviravolta.

Enfim, li que McLaren e Mercedes poderiam ter feito estratégias mais ousadas para ganhar e que Hamilton foi prejudicado na estratégia e também em um pit stop. Piastri abandonou, assim Ocon. Destaque também para os bons pontos de Tsunoda e Stroll e o abandono de Alonso. É um fim de ano difícil para a Fênix, que flertou com as vitórias, mas a Aston Martin termina 2023 bem melancólica.

Bom, assistindo ou não, com estratégias, ritmos diferentes e até menos brilhantismo, ainda assim ninguém quer competir com Max Verstappen. E Norris segue flertando com as vitórias, mas sem vencer de fato. Ainda acho que Piastri vai romper o lacre antes dele.

Confira a classificação atualizada do GP dos EUA:

1 - Max Verstappen (RBR)

2 - Lando Norris (McLaren) +10s730

3 - Carlos Sainz (Ferrari) +15s134

4 - Sergio Pérez (RBR) +18s460

5 - George Russell (Mercedes) +24s999

6 - Pierre Gasly (Alpine) +47s996

7 - Lance Stroll (Aston Martin) +48s696

8 - Yuki Tsunoda (AlphaTauri) +1m14s385*

9 - Alexander Albon (Williams) +1m26s714

10- Logan Sargeant (Williams) +1m27s998

11- Nico Hulkenberg (Haas) +1m29s904

12- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) +1m38s904

13- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) +1 volta

14- Kevin Magnussen (Haas) +1 volta

15- Daniel Ricciardo (AlphaTauri) +1 volta

Fernando Alonso (Aston Martin) - ABANDONOU

Oscar Piastri (McLaren) - ABANDONOU

Esteban Ocon (Alpine) - ABANDONOU

Lewis Hamilton (Mercedes) - DESCLASSIFICADO

Charles Leclerc (Ferrari) - DESCLASSIFICADO

Até!

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

CUMPRINDO TABELA

 

Foto: Mark Thompson/Getty Images

Com o campeonato decidido, difícil encontrar alguma motivação para seguir assistindo a F1 em 2023. Há algumas questões que podem ser interessantes, vamos lá: Max Verstappen vai ganhar tudo até o fim do ano? Alguém vai parar Max e a Red Bull? Teremos alguma surpresa?

Bom, na classificação de agora há pouco, podemos perceber a decadência da Aston Martin. Don Alonso eliminado no Q1, assim como Lance Stroll, como sempre. Isso que as atualizações foram feitas, mas aparentemente não deram resultado... talvez o foco seja 2024 mesmo, mas é o caminho totalmente inverso que a McLaren fez, por exemplo.

Lando Norris ficou no quase de novo. A pole foi de Charles Leclerc, graças a mais um "limite de pista", que tirou a pole de Max Verstappen. Ao menos dessa vez a questão foi resolvida rapidamente e sem constrangimento para os envolvidos. Só isso para brecar a Red Bull.

Ferrari e McLaren muito rápidas, assim como a Mercedes tem boas perspectivas. A Alpine pode incomodar também. Importante lembrar do retorno de Daniel Ricciardo. Tanto tempo parado e agora se recuperando de lesão, vai ser difícil fazer alguma avaliação imediata nesse final de temporada. É evoluir fisicamente e fazer alguns pontos se possível, afinal Liam Lawson conseguiu passando por cima das dificuldades do pior carro do grid.

Nesse clima de fim de feira, vamos ver o que acontece domingo. Com Max largando em quinto, a expectativa é que algumas voltas sejam competitivas até que o tricampeão chegue ao topo. Vamos curtir. Amanhã tem mais uma inesquecível sprint, praticamente no mesmo horário do UFC 294. Imperdível, é claro.

Confira o grid de largada:


Até!

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

GP DOS EUA: Programação

 O Grande Prêmio dos EUA entrou no calendário da Fórmula em 1950. Até 1960, as 500 Milhas de Indianapólis faziam parte do circo da Fórmula 1. Desde então, o GP foi disputado nos circuitos de Riverside (1960), Watkins Glen (1961-1980), Sebring (1959), Phoenix (1989-1991), Indianapólis (2000-2007) e Austin (2012-).

Em 2020, em virtude do coronavírus, a etapa foi cancelada, retornando para o calendário em 2021.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Charles Leclerc - 1:36.069 (Ferrari, 2019)

Pole Position: Valtteri Bottas - 1:32.029 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Lewis Hamilton (2007, 2012, 2014, 2015, 2016 e 2017) - 6x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 433 pontos (CAMPEÃO)

2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 224 pontos

3 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 194 pontos

4 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 183 pontos

5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 153 pontos

6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 145 pontos

7 - Lando Norris (McLaren) - 136 pontos

8 - George Russell (Mercedes) - 132 pontos

9 - Oscar Piastri (McLaren) - 83 pontos

10- Lance Stroll (Aston Martin) - 47 pontos

11- Pierre Gasly (Alpine) - 46 pontos

12- Esteban Ocon (Alpine) - 44 pontos

13- Alexander Albon (Williams) - 23 pontos

14- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 10 pontos

15- Nico Hulkenberg (Haas) - 9 pontos

16- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 6 pontos

17- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 3 pontos

18- Kevin Magnussen (Haas) - 3 pontos

19- Liam Lawson (Alpha Tauri) - 2 pontos


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 657 pontos (CAMPEÃ)

2 - Mercedes - 326 pontos

3 - Ferrari - 298 pontos

4 - Aston Martin Mercedes - 230 pontos

5 - McLaren Mercedes - 219 pontos

6 - Alpine Renault - 90 pontos

7 - Williams Mercedes - 23 pontos

8 - Alfa Romeo Ferrari - 16 pontos

9 - Haas Ferrari - 12 pontos

10- Alpha Tauri RBPT - 5 pontos

FIA GARANTE MOTOR PARA ANDRETTI

Foto: Indycar

Aprovada a candidatura dos americanos pela FIA, o passo seguinte é convencer as dez equipes e assinar o novo Pacto de Concórdia. O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, afirmou que as equipes não podem vetar a Andretti e que vai ajudar os americanos a assinarem com um fornecedor de motor enquanto a General Motors, parceira da Andretti, não estiver pronta para a F1, já em 2025.

Havia um pré-acordo dos americanos com a Renault, mas expirou em março e agora os franceses não têm interesse na parceria. Por regulamento, a FIA pode designar um fornecedor para a Andretti caso os americanos não consigam algum acordo. E duas seriam as possibilidades:

“Não é segredo, e estou certo de que é Alpine ou Honda, um deles venceria porque são as regras. Estou otimista com a GM chegando com a unidade de potência. Muito otimista, não apenas otimista. Nos últimos 20 meses, ter duas grandes OEMs (fabricantes de equipamentos originais, da sigla em inglês), Audi e Andretti/GM, e ter uma unidade de potência da Audi — e estamos na direção certa para ter uma da Cadillac —, é uma conquista", disse.

Essa guerra política parece ter um lado mais forte: a FIA, é claro. O desafio para a Andretti é não chegar tão atrasada na F1. É lógico que os primeiros anos, sem testes e pouco dinheiro, serão muito complicados. Lembram da Haas? Então, é melhor que Michael e companhia estejam preparados. Se a entrada já parece algo desgastante e difícil, permanecer na F1 sendo minimamente competitiva vai ser mais complicado ainda.

A ÚNICA ESCOLHA

Foto: Divulgação

No meio do imbróglio entre a opção de renovar com Alonso ou promover Oscar Piastri, a Alpine ficou sem as duas opções. Todo mundo lembra do drama do ano passado: os franceses queriam promover o australiano e enrolaram Alonso. 

Sem garantias de subir para o time, Piastri não queria ficar outro ano sem estar no grid e foi negociar com a McLaren, que iria se livrar do compatriota Daniel Ricciardo. O resto é história. E o agora empresário Mark Webber falou sobre essa decisão:

"Foi a única escolha que tivemos. Não foi muito reconfortante para nós no ano passado saber onde ele poderia acabar. Fiquei extremamente nervoso e frustrado por ele não ter corrido em 2022. Vemos o que perdemos. Ter um cara assim sem correr era uma farsa e estava me matando por dentro. A McLaren foi brilhante desde o início. Os acionistas, o tempo todo para garantir que ficariam com ele. Agora eles têm dois pilotos fenomenais", disse.

Ficou evidente a decisão arriscada de mudar de ares. Claro, Piastri chegaria com uma pressão muito granda ao "trair" a equipe que pavimentou o caminho desde a base. No entanto, os franceses se enrolaram com o excesso de opções e indefinições e Oscar aproveitou a chance que tinha. O tempo mostrou que o campeão da F3 em 2020 e da F2 em 2021 estava certo. Uma virada de chave na carreira.

TRANSMISSÃO:
20/10 - Treino Livre 1: 14h30 (Band Sports)
20/10 - Classificação: 18h (Band Sports)
21/10 - Classificação Sprint: 14h30 (Band Sports)
21/10 - Sprint: 19h (Band e Band Sports)
22/10 - Corrida: 16h (Band)



terça-feira, 17 de outubro de 2023

TANTA COISA ERRADA

 

Foto: Reprodução

Ao mesmo tempo que a F1 cresce em audiência e no sentido de espetáculo nos últimos anos graças a entrada da Liberty Media na categoria e a administração à la Hollywood, essa tentativa de transformar tudo em show também traz consequências embaraçosas para a F1.

2021 mesmo terminou com um erro humano de Michael Masi, que passou por cima do regulamento para transformar o fim da corrida de Abu Dhabi em algo de cinema. Foi tão equivocado que acabou sendo demitido, não só por isso, mas por uma série de regras e interpretações errôneas nas corridas durante aquele ano, juntamente com os comissários.

Talvez seja até repetitivo escrever isso aqui, mas temos novos elementos para mostrar como a F1 está indo por um caminho esportivamente equivocado. As punições (ou a falta delas), proibição de correr na chuva e agora casos que ficaram extremos e ridicularizaram a F1 no Catar.

Primeiro: correr num calor desgraçado onde diversos pilotos passaram mal, vomitaram e/ou quase desmaiaram durante e depois da corrida, no centro médico. Sargeant desistiu da corrida, por exemplo. Outros diziam que apagavam nas retas. Enfim, num clima desses, não deveria ter corrida. É colocar a saúde de todo mundo em risco. Imagina se o cara desmaia na reta e passa reto na curva?

A outra é o já conhecido limite de pista. Sem zebras ou britas, a F1 tem que ficar colocando sensor pra ver se o carro fica com as quatro rodas na pista. Se não, haja punições. Tivemos a questão ridícula de Piastri e Norris punidos enquanto davam entrevista na classificação de sexta e a mudança de resultados muito depois do fim da corrida.

É tão simples brita ou zebra? Ah, mas danifica o carro. É lógico, é por isso que os pilotos não podem errar e são muito bem pagos para isso, desde que o mundo é mundo. O que não faz sentido é não existir diferença entre estar ou não na pista.

Aliás, outra punição inútil é o tal dos segundos acrescentados no fim da prova para o infrator. Parece até uma tática: pega a Red Bull do Pérez, sai batendo por todo mundo e que as “punições” não vão ser suficientes para nada, pois o carro é tão mais rápido que os demais que é fácil fazer mais tempo que a punição imposta pela FIA. Quem se ferra, na verdade, é só quem teve o carro batido.

Por uma F1 menos artificial, não custa repetir. O presidente da FIA falou que são situações inaceitáveis e que até ameaçou tirar Catar e Áustria do calendário se algo não for feito, por exemplo.

O chefão também disse que tem muitas corridas no calendário. Concordo demais. O problema é que sabemos o que é mais fácil de ser feito para desinchar o calendário: tirar as corridas tradicionais como Interlagos, Spa, Suzuka, Monte Carlo e manter aberrações como Miami, Arábia Saudita, Catar, Holanda, entre tantas outras, porque elas pagam mais e sustentam toda essa brincadeira.

Bom, pelo menos Spa está garantida por mais dois anos. Vamos aproveitar enquanto dá tempo, afinal a campanha por vilanizar uma reta curva (Eau Rouge) é uma das maiores bizarrices que eu já vi na imprensa e nas redes sociais em muito tempo.

Até!

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

MEMBERS ONLY

 

Foto: Getty Images

Max Verstappen parecia, desde o início, alguém fadado a ser diferente. Claro, essa história é antiga e já contei aqui trocentas vezes porque acompanhamos juntos o surgimento de um talento geracional. Ninguém estreia na F1 menor de idade sem ser, no mínimo, alguém diferente.

O grande porém de Max nunca foi o talento, mas o comportamento. Claro, subir para a F1 muito jovem deu ao holandês grandes responsabilidades e imaturidades naturais para alguém que ainda não era um adulto.

Teve um tempo que o holandês parecia ainda imaturo e sem margem para progressão, tanto que até cheguei a escrever sobre Leclerc ser alguém mais completo, cerebral e equilibrado. Bem, se formos comparar, Verstappen e Hamilton foram criticados quando jovens pelos mesmos motivos: muita velocidade e ímpeto e falta de freio (literalmente), pensar melhor as situações de corridas.

Na temporada onde conquistou o primeiro título, tivemos alguns resquícios desse jogo duro de Max, mas isso foi suavizado. É evidente que ele continua o mesmo cara e que estar na frente maquia muita coisa. O que quero escrever é sobre a maturidade e a forma esplendorosa que vive Max.

Nunca alguém venceu um campeonato de forma tão assustadoramente fácil. Nem jogando no fácil no modo carreira alguém vence 14 de 17 corridas. Geralmente a gente encerraria o save e partiria para outra, mas é uma simbiose tão rara e especial que faz a gente refletir.

É evidente que ter o melhor carro é um grande ponto de influência, mas o bom piloto não vence 14 de 17 corridas em um ano. O bom piloto não vence aos 18 anos na estreia na Red Bull depois de ter subido puramente por política e a pressão de perder o talento para outra equipe no futuro.

Max já chegou no clube dos tricampeões como Ayrton Senna, Nelson Piquet, Niki Lauda, Jackie Stewart e Jack Brabham. Olha o tamanho desses caras.

Sim, Max Verstappen chegou no clubinho dos grandes campeões e dos melhores pilotos de todos os tempos. Qual o tamanho comparado aos outros? Sei lá, só quando ele se aposentar é que teremos essa dimensão.

Em certo momento, Hamilton parecia uma eterna promessa de um título só e Sebastian Vettel seria o grande nome de uma geração. Até Alonso era o “novo Schumacher”. Entenderam?

Mas é inegável o tamanho que o jovem Max Verstappen já tem. E assusta pensar no que ele ainda pode ser, se a Red Bull permitir (e provavelmente isso vai acontecer).

Até!