segunda-feira, 11 de julho de 2016

RESTA 1 PONTO

Foto: Getty Images

A comemoração de Hamilton após vencer pela quarta vez em Silverstone (a terceira seguida, igualando com Mansell) foi lindo. É tudo aquilo que os velhotes e engravatados da F1 odeiam: Quebra de protocolo, vibração efusiva e o inglês indo para os braços do povo. A rivalidade com Rosberg é tanta que o alemão foi vaiado pela torcida na cerimônia. A incrível vantagem que já chegou a ser de 43 pontos, agora é de somente um... Rosberg tá sentindo a pressão.

O alemão foi dominado o fim de semana inteiro e chegou a ser o segundo colocado. Entretanto. nas voltas finais, o carro travou na sétima marcha e perdeu rendimento. Certamente iria perder a posição para Max Verstappen e talvez nem terminasse a prova. Ao avisar os problemas a equipe, Rosberg foi orientado pela equipe a fazer ajustes e "evitar a sétima marcha", infringindo o artigo 27.1 do regulamento, que estabelece limitações na comunicação de rádio entre engenheiros e pilotos. Com isso, Nico foi penalizado em 10 segundos e perdeu o segundo lugar para Verstappen, caindo para terceiro e perdendo três pontos importantes na briga pelo título, graças ao erro da equipe.

Foto: Reuters
Por falar em Max, mais uma atuação impressionante. Está pulverizando Ricciardo. Se a pista não tivesse secado, teria até incomodado Hamilton. Passou Rosberg de forma linda e vendeu caro a posição para o alemão depois. É um talento incrível. É questão de tempo para ser campeão mundial. Foi o seu terceiro pódio na carreira, superando o feito do pai Jos, que conquistou apenas dois. É capaz de terminar o campeonato na terceira posição (atualmente, é o quinto).

Aliás, a FIA quer acabar de vez com a Fórmula 1. Situação ridícula de largar com Safety Car na chuva. Depois de Suzuka/2014, parece que é proibido correr em condições minimamente adversas. Bom, se não deixam correr quando há chuva forte, qual o sentido de produzir os tais pneus azuis? É melhor dar bandeira vermelha e esperar secar do que perder voltas da corrida com essa atitude absurda. Coisas como essas que afastam os fãs da categoria. A corrida poderia ter sido bem melhor do que foi se houvesse disputa na largada, por exemplo. Com a pista escorregadia, quase todo mundo escapou e rodou, imagina se fosse assim desde o começo...

Raikkonen fez seu papel e foi quinto. Vettel, por outro lado, não foi nada bem. Uma das piores atuações da carreira do tetracampeão. Tentando ganhar posições após ter largado em 11°, errou demais, rodou e levou punição ao jogar Massa para fora da pista. Foi apenas o nono. A temporada de Seb está complicada. Diante de muitos problemas no carro, está sendo superado por Kimi na tabela, mas ainda falta muito para o fim do campeonato e é provável que consiga reagir.

Sérgio Pérez aproveitou a estratégia da chuva/pista molhada para escalar o pelotão. Chegou a ser o quarto, mas terminou em sexto mesmo, em mais uma ótima atuação. Uma pena que não possa ir a Ferrari. Que não perca a cabeça e continue mantendo o ritmo. Vai que a Renault se interesse... Mesmo largando atrás, superou Hulk (de novo), que foi o sétimo. Os dois carros da Toro Rosso conseguiram pontuar: Sainz em oitavo e Kvyat em décimo. Mesmo com um motor defasado, os "mini taurinos" conseguiram cinco pontos importantes para os construtores.

Foto: Divulgação
A McLaren impressionou por ter sido tão combativa. Alonso praticamente atacou Massa a corrida inteira, mesmo com o motor Honda estar longe da potência da Mercedes, Ferrari ou até mesmo Renault. Mesmo assim, a equipe de Woking não conseguiu marcar pontos, mas o ritmo de corrida foi bom. A Williams, por outro lado, está em queda livre. Massa não foi bem. Embora tenha ganhado algumas posições no início da corrida, foi pressionado por Force India, McLaren, Ferrari e Toro Rosso e foi caindo. O fato de não conseguir aquecer os pneus e a tradicional dificuldade em circuitos úmidos também contribuíram para isso. Bottas foi pior. Uma corrida para esquecer. Rodou e errou várias vezes, terminando em 14° (Massa foi o 11°). É preocupante o momento do pessoal de Grove.

Nasr novamente fez o que pode. Para pontuar, não é o suficiente, mas talvez seja para agradar possíveis interessados em seus serviços para 2017. Só pelo fato de ter aparecido na transmissão da FOM brigando por posições e ultrapassando Bottas, por exemplo, mostra a ampla evolução do brasileiro em relação as primeiras provas da temporada, quando mal era percebido. Foi o 15°, a frente de Haas e Renault, por exemplo. Creio que Nasr caso não consiga algo melhor, dificilmente deva permanecer na Sauber. A possível saída do Banco do Brasil, seu patrocinador, corrobora para isso. Melhor ser competitivo em outra categoria do que se arrastar no grid por mais um ano.

Confira a classificação (desatualizada; Verstappen foi o 2° e Rosberg foi o 3°!) do Grande Prêmio da Inglaterra:


A próxima corrida será o Grande Prêmio da Hungria, em Hungaroring, nos dias 22, 23 e 24 de julho. Até lá!


domingo, 10 de julho de 2016

A REAÇÃO DE HAMILTON

Foto: Getty Images
Hamilton precisou fazer dois temporais para ser pole pela 55a vez na carreira, a quarta em Silverstone. Tudo porque sua primeira volta do Q3 foi invalidada por não ter respeitado os limites da curva 9. Faltando três minutos para o fim da sessão (e, portanto, com apenas uma chance), Lewis não se intimidou e cravou a pole. Segundo suas próprias palavras, apenas a chuva pode embaralhar tudo. O inglês é o grande favorito para vencer a corrida.

Na segunda fila, a Red Bull, que é a segunda força do final de semana. Verstappen segue superando Ricciardo e larga em terceiro. Me parece improvável que o holandês não supere Vettel para ser o campeão mais jovem da história. Ricciardo não é Webber, mas deve, com o tempo, ser o piloto "1-B". Nenhum demérito para o australiano, mas frustrante para quem já está beirando os 30, idade "jurássica" para os padrões precoces da Fórmula 1.

Na terceira fila, Raikkonen larga em quinto. Com a renovação de contrato, injusta ao meu ver, encerra-se algumas especulações, como a do Pérez, por exemplo. Agora, dizem que a Renault estaria interessada no mexicano. Ainda sobre Raikkonen, agora defendendo-o: Apesar dos problemas de Vettel, o finlandês teve uma melhora de perfomance nessa temporada. A tabela de classificação traduz isso. Entretanto, a Ferrari peca pelo conservadorismo,ao invés de arriscar com um piloto promissor. Vettel curtiu isso. Por falar no alemão, mais uma vez ele teve que trocar o câmbio e irá largar em 11°. Ou seja: Raikkonen o superou no treino, reforçando o que eu escrevi algumas linhas atrás.

Foto: Getty Images
Sainz e Alonso foram muito bem. A McLaren está crescendo e, aos poucos, pode voltar para o topo. A questão é o ritmo de corrida, a potência e a resistência do motor Honda. Entretanto, chegar ao Q3 de forma consistente é um bom indicativo. Bottas fez a sua parte e foi o sexto. Quem não fez foi Felipe Massa. Mais um treino ruim do brasileiro, que segue com dificuldades de aquecimento de pneus. Sai em 12°. Na Sauber, apenas Nasr treinou, pois Ericsson bateu forte no TL3 e ficou no hospital realizando exames durante a classificação. O brasileiro foi o mais lento, superado pelas duas Manor (aliás, Haryanto largará na frente de Wehrlein). É o calvário suíço à espera do dinheiro sueco da Tetra Pak. Enquanto isso, as coisas sempre podem piorar.

Foto: Sauber

Confira o grid de largada do Grande Prêmio da Inglaterra:


quinta-feira, 7 de julho de 2016

GP DA INGLATERRA - Programação

O Grande Prêmio da Inglaterra foi disputado pela primeira vez em 1948. Atualmente é disputado em Silverstone, perto da cidade de mesmo nome, em Northamptonshire. Juntamente com o GP Italiano, são as duas únicas corridas que figuram no calendário de todas as temporadas da Fórmula 1, desde 1950.
Já foi disputado em Aintree (1955, 1957, 1959, 1961 e 1962), Brands Hatch (1964, 1966, 1968, 1970, 1972, 1974, 1976, 1978, 1980, 1982, 1984 e 1986) e Silverstone (1950 até 1954, 1956, 1958, 1960, 1963, 1965, 1967, 1969, 1971 1973, 1975, 1977, 1979, 1981, 1983, 1985, 1987 - presente), que teve seu traçado reformado em 2010.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Fernando Alonso - 1:30.874 (Ferrari, 2010)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:29.607 (Mercedes, 2013)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Jim Clark (1962, 1963, 1964, 1965, 1967) e Alain Prost (1983, 1985, 1989, 1990 e 1993).

HAMILTON É CONTRA JOGO DE EQUIPE

Foto: La Presse
Depois de mais um incidente envolvendo uma colisão entre as duas Mercedes, Toto Wolff chegou a cogitar que a partir de agora a equipe alemã irá instaurar as famigeradas "ordens de equipe", para evitar mais problemas entre os pilotos. O tricampeão disse que é contra as ordens: Isso vai contra todos os valores da competição, contra todas as regras e as bases do automobilismo. Além disso, tira toda a alegria de correr", afirmou.

Hamilton prosseguiu: "Isso tiraria toda a alegria de correr e me sentiria mal pelos fãs. Seria como roubá-los. Eles também pagam caro por isso. Eles economizam o ano inteiro para ir ao GP. E adotar ordens de equipe certamente vai privá-los de toda a alegria e emoção da corrida. As corridas são assim. É isso que desperta paixão no público, que faz a pessoa sentar no chão, na terra, acampar em um autódromo como Silverstone". Obviamente, Hamilton está certo. E, como já disse antes, duvido que irá cumprir ordem de equipe. Pelo estofo de ser tricampeão, Hamilton tem peito para ser insubordinado. Se ele não obedeceu ordens contra Alonso quando era novato, em 2007, não é contra Rosberg que irá ceder.

ALERTA NA SAUBER

Foto: AP

Apesar de ter sido supostamente comprada pela empresa sueca de plásticos Tetra Pak, a Sauber tem que conviver com um duro baque: O pontinho de Pascal Wehrlein pela Manor deixou a Sauber na última posição do campeonato de construtores, zerada. Em 11° na tabela, os suíços não receberiam verbas para o ano que vem e deixariam de ser isentados para transporte de equipamentos para os circuitos. Diante dessa preocupação, Felipe Nasr afirmou que é necessário atualizar o C35. 

Em uma entrevista veiculada pelo site "GPUpdate.net", o brasileiro comentou sobre o momento da equipe: "“É claro que isso é algo que abre nossos olhos, vamos dizer assim. Nós definitivamente temos de subir o nível e para isso nós precisamos das atualizações no carro”, clamou. Sem verba e atualizações, será difícil para a Sauber pontuar. A possível compra da Tetra Pak dá uma pequena melhorada na parte financeira. Os funcionários foram pagos e existe a possibilidade de serem realizadas atualizações. 

Mesmo assim, Nasr precisa ter um desempenho melhor. Embora tenha crescido nas últimas etapas, não é bom ser superado por Ericsson nos treinos, não só na disputa interna como na briga por uma vaga (provavelmente) na Renault em 2017. Os suíços vivem um drama, e o trabalho de Monisha Kalterborn precisa ser reavaliado. Desde 2012, cometeu muitos erros financeiros e administrativos, levando a Sauber até essa situação. Não é tudo culpa dela, mas uma boa parte, senão a maioria, sim. Reage, Sauber!

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 153 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 142 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 96 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 96 pontos
5 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 88 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 72 pontos
7 - Valtteri Bottas (Williams) - 54 pontos
8 - Sérgio Pérez (Force India) - 39 pontos
9 - Felipe Massa (Williams) - 38 pontos
10- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
11- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 22 pontos
12- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 22 pontos
13- Nico Hulkenberg (Force India) - 20 pontos
14- Fernando Alonso (McLaren) - 18 pontos
15- Jenson Button (McLaren) - 13 pontos
16- Kevin Magnussen (Renault) - 6 pontos
17- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto
18- Pascal Wehrlein (Manor) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 295 pontos
2 - Ferrari - 192 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 168 pontos
4 - Williams Mercedes - 92 pontos
5 - Force India Mercedes - 59 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 36 pontos
7 - McLaren Honda - 32 pontos
8 - Haas Ferrari - 28 pontos
9 - Renault - 6 pontos
10- Manor Mercedes - 1 ponto

TRANSMISSÃO

Foto: Arte Globoesporte.com





quarta-feira, 6 de julho de 2016

VÍDEOS E CURTINHAS #24


Absolutamente imperdoável o que fez Lucas Di Grassi na decisão da Fórmula E, em Londres. Sujo, simplesmente lamentável, indesculpável. O brasileiro não precisava jogar de forma tão feia para ser campeão.Toda a excelente temporada que fez foi por água abaixo nesse incidente lamentável. Mereceu perder o título para Buemi. O suíço vive momentos turbulentos a carreira inteira. Dispensado da Toro Rosso na F1, foi para o Endurance, sagrando-se campeão com Toyota, mas recentemente perdeu de forma trágica as 24 Horas de Le Mans e já havia sido vice-campeão na F-E do ano passado, perdendo para Nelsinho Piquet. Campeão justo.

Foto: Reprodução
Esse é o  protótipo do AM-RB 001, produzido pela Aston Martin em parceria com a Red Bull e a supervisão de Adrian Newey. Ele foi concedido para ser o carro mais rápido do mundo. Não foram divulgadas muitas informações, mas acredita-se que o veículo deve ser empurrado por um motor V12. A produção não deverá passar de 100 carros, sendo que mais 25 serão construídos exclusivamente para serem utilizados em circuitos. O protótipo não deve mudar muita coisa em relação ao carro, que será lançado somente em 2018. Realmente, é muito bonito. Ansioso para ver tanto nas ruas quanto nas pistas.

Foto: Alchetron
Depois de 20 anos, o vice-diretor de prova da F1 Herbie Blash irá deixar o cargo, no final da temporada. Ele será substituído por Laurent Merkes. Herbie iniciou a carreira em 1965, como mecânico da equipe de Rob Walker. Em 1968, foi para a Lotus e chegou a trabalhar com Frank Williams antes de ir para a Brabham em 1972, onde trabalhou com Bernie Ecclestone e o projetista Gordon Murray até 1988. Desde 1995, Blash fez parte do departamento de provas da FIA, conduzindo as corridas com Charlie Whiting. Todo o respeito para quem dedicou mais de 50 anos para a F1, mas quem sabe a entrada de alguém mais jovem no comando consiga arejar o clima na FIA, tornando a categoria mais atual e moderna.

Por enquanto é isso, até!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

CONTRA TUDO E TODOS

Foto: Reprodução
A imagem diz tudo. É emblética. Nico Rosberg se encaminhava para a maior vitória da carreira. Após largar em sexto, fez uma grande corrida de recuperação e contou com erros da Mercedes nos pits e na estratégia de Hamilton. Com os pneus supermacios deteriorados, o alemão tentava conter a pressão do inglês, que estava com o pneu macio (na parada de Rosberg, perguntou para a equipe: "Por que os pneus supermacios para Nico e não para mim também? O engenheiro respondeu que Lewis tinha um desempenho superior com o pneu amarelo, e ele tinha razão). Última volta. Rosberg espalha um pouquinho na curva 1, o que permite para Hamilton o último ataque para tentar vencer a prova que deveria ter sido ganha com mais tranquilidade. E aí, aconteceu.

Nico alegou problemas nos freios. Difícil de engolir. O alemão tentou copiar as fechadas fortes de Hamilton, mas não conseguiu. Ele sequer faz a curva, esperando Hamilton chegar por fora para fazer a tangência. Acontece o toque. Hamilton espalha e Rosberg tem um dano na asa dianteira. Sua Mercedes W06 Hybrid se arrasta pela pista até a linha de chegada e Hamilton parte para 46a vitória da carreira, a terceira no ano. Em uma volta, a vantagem de Rosberg no campeonato caiu de 31 para 11 pontos, pois além de perder a liderança, o alemão ficou fora do pódio, ultrapassado por Verstappen e Raikkonen. Acusado de ser um piloto burocrático, Rosberg decidiu arriscar tudo. Dá a impressão de que não irá aceitar ser superado por Hamilton. Ao tentar excluí-lo da prova (igual Schumacher x Villeneuve em 1997), acabou se prejudicando e perdendo pontos importantes que podem fazer falta no final do campeonato. Toto Wolff chegou a dizer que pensa em ordens de equipe para apaziguar os ânimos na Mercedes. Vocês acham que Hamilton, que peitou Alonso em seu primeiro ano na F1, vai acatar ordens contra Rosberg depois de tricampeão? Não, né? Lewis venceu a batalha de hoje, e os efeitos psicológicos serão sentidos no decorrer da temporada.

Foto: Reprodução
O locutor oficial do GP anunciou para o público que Hamilton venceu se "envolvendo em um acidente com Rosberg". Resultado: Vaias do público para o inglês, ridículas por sinal. Lewis não se importou muito com isso, e parece ter comemorado mais ainda o triunfo. Max Verstappen não está surpreendendo Helmut Marko, mas sim uma boa parte dos comentaristas. Não é o talento, mas sim a rapidez como as coisas estão acontecendo. Em cinco corridas, está superando de forma precoce seu companheiro de equipe Ricciardo. O holandês tem estrela: Por pouco, quase venceu outra vez. De novo, segurou Kimi nos metros finais. O burocrático finlandês foi premiado com um pódio inesperado, numa corrida onde a Ferrari errou a mão com Vettel: O tetracampeão andou muitas voltas com o supermacio no primeiro stint a ponto do pneu estourar, fazendo a Ferrari rodar, o alemão rodar e bater, justamente no dia do aniversário. Presente de grego. Ricciardo foi o quinto.

Foto: Reprodução

Um dos grandes destaques da prova foi Jenson Button. Largando em terceiro, conseguiu impor um ótimo ritmo de corrida e chegou em sexto. Mesmo que circunstancial, a Honda chegou a passar na reta a Williams... Alonso não teve um bom final de semana e abandonou. É o campeão do mundo reagindo e ainda lutando para permanecer na F1 em 2017, seja na McLaren, Williams ou até Renault... Grosjean novamente conseguiu levar a Haas aos pontos. Aliás, a Haas é Grosjean, porque Gutiérrez é inexistente, não pontua, apenas atrapalha os americanos na pista, mas não nos cofres. Deve ser uma vaga em aberto para a próxima temporada.

Como não falar de Pascal Wehrlein? Com a Manor, largou em 12°, o que era um feito extraordinário. Na corrida, manteve-se no bolo e conseguiu um histórico décimo lugar, graças a pancada de Pérez na volta final. Com isso, a Manor conquista seu primeiro pontinho desde o histórico e saudoso nono lugar de Jules Bianchi no GP de Mônaco, em 2014. A parceria com a Mercedes permitiu a Manor um ponto importantíssimo, que garante ao menos que recursos sejam repassados a equipe para o ano que vem. E Wehrlein, quando será que irá ser integrado a equipe-mãe na F1? Esperamos todos que ele não tenha o mesmo destino de Jules... (ANTI-ZICA)

Foto: Twitter
Ironicamente, essa foi a prova onde a Sauber teve maior possibilidade de ter pontuado. Com sérias dificuldades de performance com o pneu supermacio, Nasr (que saiu da 20° posição), largou com os pneus macios e vinha fazendo uma grande corrida, aparecendo no top 10. Entretanto, o Safety Car ocasionado pelo acidente de Vettel retirou todas as possibilidades de pontuação. Embora tenha sido combativo e o pneu macio ter durado 41 voltas, não conseguiu manter o desempenho com os problemáticos pneus supermacios, terminando em 13°, duas posições a frente de Ericsson. Massa, por sua vez, teve outro fim de semana ruim. Minutos antes da largada, foi identificada uma rachadura na asa dianteira, forçando-o a largar dos boxes. Após fazer uma corrida de recuperação e figurar entre os dez primeiros, precisou fazer um pit stop faltando sete voltas, em razão de um furo no pneu. Algumas voltas depois, abandonou por problemas no superaquecimento dos freios. Bottas também não foi bem, terminando apenas em nono. Péssima prova para a Williams, que não encontrou o aquecimento ideal dos pneus e foi muito aquém do desempenho nos últimos anos. Queda livre...

A decepção total foi a Force India, que saiu zerada. Pérez teve um pneu estourado na última volta e bateu. Hulkenberg, que largou na primeira fila, fez uma corrida medíocre, horrorosa. Foi perdendo posições até abandonar nas voltas finais. Hulk perdeu a grande chance de fazer uma prova espetacular na F1 desde o GP do Brasil de 2012. O que se explica? O Alemão tem talento. Seria azar? Outro "azarado" é Kvyat. O russo, coitado, depois que foi rebaixado, foi ladeira abaixo (até rimou). Nada dá certo para ele. Sua carreira na F1 pode estar acabando com apenas 22 anos de idade. É a precoce F1, que incinera pilotos e ignora outros com uma facilidade incrível.

Confira a classificação final do GP da Áustria:


 A próxima corrida será o Grande Prêmio da Inglaterra, em Silverstone, na semana que vem, nos dias 8, 9 e 10 de julho. Até lá!

sexta-feira, 1 de julho de 2016

SEGUE O DOMÍNIO DAS MERCEDES

Foto: Reprodução/Twitter
Nico Rosberg venceu os últimos dois GPs da Áustria, e tem tudo para vencer pela terceira vez seguida, igualando o recorde de Alain Prost. O alemão foi o mais rápido nos dois treinos livres. No primeiro, inclusive, chegou a superar o recorde da pista de Schumacher, de 2003 (1:07.908): Fez 1:07.373, três décimos mais rápido que Hamilton, o segundo nas duas sessões.

As grandes notícias estão fora da pista, vamos a elas: Primeiro - Vettel trocou a caixa de câmbio e será punido com a perda de cinco posições no grid de largada. Segundo: A Sauber anunciou que conseguiu pagar os funcionários em dia pela primeira vez no ano. Dizem que, nas próximas semanas, a equipe suíça fará um "grande anúncio". A aguardar.

Terceiro: Bernie Ecclestone contra-ataca. Se foi ou não influenciado pela pressão da Force India e da Sauber na União Europeia sobre a distribuição do dinheiro na F1, não sabemos. Entretanto, o que podemos interpretar é que: Algo aconteceu, e Bernie precisa agir. Não é de hoje que há uma disputa entre Mercedes, Ferrari e Renault e o eterno mandatário da FOM. O inglês é contra o "cartel dos fabricantes", que estipulam cerca de 20 milhões de euros anuais para a distribuição das unidades motrizes, obrigando essas equipes a votarem junto dos seus interesses, para manter o acordo e o motor. Bernie deseja a distribuição mais igualitária do dinheiro da F1 entre as equipes, nos moldes da Premier League: Patrocínio, audiência e desempenho. Assim, diminuiria a diferença entre os ganhos anuais da Ferrari e da Manor, por exemplo. Para que isso aconteça, é necessária a aprovação unânime das equipes, o que é óbvio que não será aceito pelas equipes mais poderosas, que não desejam perder dinheiro. O atual Pacto de Concórdia, que rege os valores da F1, dura até 2020. Jean Todt está junto de Bernie para buscar alguma alternativa. Nas próximas semanas, a questão vai esquentar.

Foto: Reprodução
Voltando para a pista, o circuito do Red Bull Ring é clássico, e ainda possui brita, o que é ótimo: Um erro pode ser fatal. Muito melhor que os "tilkódromos", cheios de áreas de escape chatas e que não forçam o piloto. Os treinos tiveram diversas escapadas e rodadas. Rosberg escapou, Hamiton rodou. Grosjean, que vinha atrás do tricampeão, foi forçado a rodar para não colidir no W06 Hybrid. Max Verstappen teve problemas nos dois treinos: No primeiro, quebrou um pedaço da asa do carro ao atacar a zebra da curva 8. Depois, quebrou a suspensão do carro e ficou atolado na curva 6. No segundo treino livre, saiu da pista duas vezes e rodou. Vettel também escapou e ficou por lá, na brita.

Foto: Reprodução
O segundo treino livre ficou uma boa parte do tempo sem que os carros entrassem na pista, em virtude da chuva. Com isso, as equipes perderam bons minutos de acerto do carro. Com as Mercedes bem à frente, Hulkenberg foi o terceiro, seguido de Vettel e Raikkonen. No TL1, Massa foi o 7°, enquanto Bottas foi o 10°. No TL2, o brasileiro foi o 12°, e o finlandês o 9°. O futuro do brasileiro segue incerto para o ano que vem. Nasr ficou atrás de Ericsson nos dois treinos. Foi 20° e 21°, enquanto o sueco foi o 18° e 19°, respectivamente. O brasileiro se animou com a questão financeira da Sauber e chega a sonhar com os primeiros pontos na temporada. Muita calma. Aguardar.

Confira os tempos dos treinos livres:




GP DA ÁUSTRIA - Programação

O circo da Fórmula 1 voltou a Áustria em 2014, após a Red Bull comprar e reformular o complexo que abriga o circuito, rebatizando-o de Red Bull Ring. A prova não acontecia no país desde 2003.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:08.337 (Ferrari, 2003)
Pole Position: Rubens Barrichello - 1:08.082 (Ferrari, 2002)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Alain Prost - 3x (1983, 1985 e 1986)

"METRALHADORA" BERNIE SEGUE COM AMEAÇAS A EUROPA

Foto: Getty Images
Semana passada, o chefão da F1 já havia afirmado que o calendário de 2017 pode cair para "apenas" 18 provas (atualmente, são 21 corridas). Em entrevista ao jornal italiano "Gazetta dello Sport", Bernie disse que existe a possibilidade de dois circuitos tradicionais europeus caírem, visto que "a F1 é um campeonato mundial, e não europeu". Entretanto, existe a possibilidade das provas europeias serem substituídas por outros circuitos de países não-europeus. Por exemplo, não se descarta a entrada de um outro GP nos Estados Unidos.

Um dos países ameaçados é a Alemanha. De acordo com o sistema de rodízio entre as duas-pistas sede, ano que vem será a vez de Nurburgring. Todavia, os graves problemas financeiros da pista, que já a afastaram do GP da Alemanha do ano passado, pode complicar a realização da prova no país alemão ano que vem. Outras pistas alvos de "ameaças" de Bernie são Monza, Interlagos e Montreal. É um absurdo que esses circuitos tradicionais tenham sequer a possibilidade de estarem fora do grid. A F1 deveria pagar para correr nesses templos, ao invés de ir correr em países sem expressão automobilística com traçados enfadonhos.

SETTE CÂMARA IRÁ PILOTAR TORO ROSSO EM TESTE OFICIAL

Foto: Reprodução
O brasileiro, membro da academia de pilotos da Red Bull, tem data para estrear em um evento oficial da F1: 13 de julho, após o GP da Inglaterra. Ele vai guiar o bólido de Carlos Sainz Jr. Nessa semana, ele foi a fábrica da equipe, em Faenza, realizar os ajustes no banco do carro e conhecer as instalações da equipe. Atualmente, Sette Câmara está disputando sua segunda temporada na Fórmula 3 Europeia, sendo atualmente o 7° colocado na tabela de classificação. Na última prova em Nuremberg, foi o terceiro em uma das provas da corrida tripla e nas outras duas chegou a andar entre os primeiros, quando abandonou (pneu furado e foi acertado por outro carro). Boa sorte!

CURTINHA: Carlos Sainz Jr irá permanecer na Toro Rosso na próxima temporada. Com isso, um piloto a menos na especulação para as vagas da Renault.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 141 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 117 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 96 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 81 pontos
5 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 78 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 54 pontos
7 - Valtteri Bottas (Williams) - 52 pontos
8 - Sérgio Pérez (Force India) - 39 pontos
9 - Felipe Massa (Williams) - 38 pontos
10- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 22 pontos
11- Romain Grosjean (Haas) - 22 pontos
12- Nico Hulkenberg (Force India) - 20 pontos
13- Fernando Alonso (McLaren) - 18 pontos
14- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 18 pontos
15- Kevin Magnussen (Renault) - 6 pontos
16- Jenson Button (McLaren) - 5 pontos
17- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 258 pontos
2 - Ferrari - 177 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 140 pontos
4 - Williams Mercedes - 90 pontos
5 - Force India Mercedes - 59 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 32 pontos
7 - McLaren Honda - 24 pontos
8 - Haas Ferrari - 22 pontos
9 - Renault - 6 pontos

TRANSMISSÃO