sexta-feira, 12 de julho de 2019

O MUNDO NÃO É O BASTANTE

Foto: Getty Images
Depois de muita novela e jogo de cena, finalmente confirmaram o autódromo de Silverstone na F1 até 2024. Ruim ou não, é parte da história, e nela não se pode tocar. É tradição, simples.

Bom, não vi nenhum dos treinos, mas pelo vi pode (ou deve) ser mais um passeio no parque das Mercedes. A Ferrari não parece competitiva com os pneus mais macios, ou seja, já é carta fora do baralho para o qualyfing. No entanto, na corrida a coisa pode ficar um pouco melhor mas nem muito, até porque estamos tratando da Ferrari, né.

O mais interessante desse treino foram os franceses. Pierre Gasly, obrigado a usar o setup de Max Verstappen, superou o holandês nos dois treinos. Será que temos uma "gaslada", uma carta na manga, um segredo revelado? Coincidência ou não, isso acontece justamente na semana onde a Red Bull terá o patrocínio do filme 007, que tem parceria com a Aston Martin, em comemoração ao 1007 GP da história da Fórmula 1. Boa sacada.

Foto: Getty Images
Já faz anos que escrevo que Grosjean já não tem mais condições de estar na F1. Sempre cometeu cagadas, mas ao menos era razoavelmente veloz. Hoje, comete mais cagadas ainda e é lento, constantemente batido por Magnussen, além de muito chato. Com a idade, passou a ser mais errático ainda, o que é inacreditável. Virou um Maldonado blasé. A Haas, que vive todo esse imbróglio bizarro com essa marca de energéticos picareta que só lava dinheiro (se é que tem), precisa de resultados e do mínimo de erro possível, e já faz tempo que o francês não é esse cara. Não entendo como o Gunther Steiner tem tanta paciência com ele. Hoje, Grosjean conseguiu a proeza de bater nos boxes e só foi mais rápido que as Williams.

Nesse contexto de 007 e cia, aproveito para encerrar escrevendo o seguinte: o mundo não é o bastante para Lewis Hamilton. Ele já o conquistou cinco vezes e agora caminha para a sexta vez, sem concorrentes, sem nada. Será que ele vai vencer pela sexta vez também em Silverstone e tornar-se o maior vencedor do GP da Inglaterra?

Confira a classificação dos treinos livres:



Até!


quinta-feira, 11 de julho de 2019

GP DA INGLATERRA - PROGRAMAÇÃO

O Grande Prêmio da Inglaterra foi disputado pela primeira vez em 1948. Atualmente é disputado em Silverstone, perto da cidade de mesmo nome, em Northamptonshire. Juntamente com o GP Italiano, são as duas únicas corridas que figuram no calendário de todas as temporadas da Fórmula 1, desde 1950.

Já foi disputado em Aintree (1955, 1957, 1959, 1961 e 1962), Brands Hatch (1964, 1966, 1968, 1970, 1972, 1974, 1976, 1978, 1980, 1982, 1984 e 1986) e Silverstone (1950 até 1954, 1956, 1958, 1960, 1963, 1965, 1967, 1969, 1971 1973, 1975, 1977, 1979, 1981, 1983, 1985, 1987 - presente), que teve seu traçado reformado em 2010.


ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Lewis Hamilton - 1:30.621 (Mercedes, 2017)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:25.892 (Mercedes, 2018)
Último vencedor: Sebastian Vettel (Ferrari)
Maior vencedor: Jim Clark (1962, 1963, 1964, 1965, 1967), Alain Prost (1983, 1985, 1989, 1990 e 1993) e Lewis Hamilton (2008, 2014, 2015, 2016 e 2017) - 5x

EMPOLGOU

Foto: Getty Images
Depois da primeira vitória no retorno à Fórmula 1, a Honda ainda assim sabe que precisa melhorar bastante para ser plenamente competitiva na categoria, principalmente em relação a Mercedes e Ferrari. Mesmo com menos potência, os taurinos estão conseguindo incomodar (e agora superar) os ferraristas. Tudo isto faz com os japoneses também tenham planos de desenvolver um motor "modo festa", exclusivamente para o Q3 dos treinos classificatórios, visando uma melhor posição de largada e, portanto, maior possibilidade de ter um melhor resultado nas corridas.

“Nós vemos uma grande distância na classificação, comparando com os outros”, disse Toyoharu Tanabe, diretor da Honda na F1. “Ainda estamos atrás na corrida, mas não tanto quanto na classificação. Isso significa que o próximo passo que precisamos dar correr atrás com um modo de classificação ou algo assim, mas não é fácil”, seguiu.

Mesmo sem grandes posições de largada, Max Verstappen entrega tudo o que pode e mais um pouco, como ficou evidenciado na última corrida. No entanto, o tal "modo festa" vai demorar para ser implantado.

“Nós tentamos levar nosso motor ao máximo possível. Não é fácil aumentar [a potência] imediatamente, mas estamos melhorando, talvez com a próxima atualização. Mas não é algo que acontece para a próxima corrida”, encerrou.


Tomara que Honda e Red Bull consigam evoluir a passos largos para se tornar uma terceira força que brigue mais constantemente com as duas outras, ou no caso a Mercedes. Max é o cara que vai trazer os resultados, mesmo ainda existindo dúvidas sobre se é capaz de se manter constante ao longo da temporada, algo que atualmente ele está conseguindo. Seria uma linda história de superação e volta por cima de quem até pouco tempo era vista como chacota.

WILLIAMS QUER MOTORES RENAULT PARA 2020

Foto: Getty Images
Provavelmente zerada até o fim do ano, a Williams já pensa em mudanças para a próxima temporada. Uma delas é a provável saida de Robert Kubica, que pode acontecer ainda neste ano. No entanto, a equipe de Grove já trabalha com a possibilidade de um novo fornecedor de motores.

Segundo o jornal alemão 'Autobild', os britânicos já iniciaram tratativas com a Renault. Os motivos são vários: apesar do motor Mercedes ser o melhor, ele é muito caro para a Williams, ainda mais nessa situação quase falimentar. Um motor Renault, mais barato e mostrando claros sinais de evolução com a McLaren, pode ser uma medida interessante para a equipe despejar o dinheiro que poupar em possíveis melhorias aerodinâmicas.

Uma situação curiosa é que a equipe, que usa motor Mercedes desde 2014, tem George Russell muito em virtude desta parceria. Será que o britânico também deixaria o time no fim do ano por essas questões políticas e contratuais?


Outra informação do jornal alemão é que, se essa troca acontecer, haveria uma possibilidade do retorno da dobradinha McLaren Mercedes, o que duvido que aconteça, diante dos acontecimentos dos últimos dias.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 197 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 166 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 126 pontos
4 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 123 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 105 pontos
6 - Pierre Gasly (Red Bull) - 43 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 30 pontos
8 - Lando Norris (McLaren) - 22 pontos
9 - Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 21 pontos
10- Daniel Ricciardo (Renault) - 16 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 16 pontos
12- Kevin Magnussen (Haas) - 14 pontos
13- Sérgio Pérez (Racing Point) - 13 pontos
14- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 10 pontos
15- Alexander Albon (Toro Rosso) - 7 pontos
16- Lance Stroll (Racing Point) - 6 pontos
17- Romain Grosjean (Haas) - 2 pontos
18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 363 pontos
2 - Ferrari - 228 pontos
3 - Red Bull Honda - 169 pontos
4 - McLaren Renault - 52 pontos
5 - Renault - 32 pontos
6 - Alfa Romeo Ferrari - 22 pontos
7 - Racing Point Mercedes - 19 pontos
8 - Toro Rosso Honda - 17 pontos
9 - Haas Ferrari - 16 pontos

TRANSMISSÃO










quarta-feira, 10 de julho de 2019

O FUTURO JÁ COMEÇOU

Foto: Grande Prêmio
Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa...

Digo, vamos começar pela ordem cronológica: McLaren e Alonso rescindiram o contrato e agora o espanhol está oficialmente sem equipe e categoria alguma, diante do término do WEC. Claro que a péssima participação com a parceria da Carlin na Indy 500 foi o estopim para tudo isso. O espanhol deve continuar tentando a participação, apesar do futuro ser um grande mistério. Existem datas marcadas para o segundo semestre, mas onde? Indy o ano todo ele não quer e o resto são apenas testes. Ou seja, a F1 seria um caminho natural, mas...

Nesta terça, a McLaren foi a primeira equipe a se movimentar no mercado de pilotos para 2020, ou, melhor escrevendo, a manter. Carlos Sainz e Lando Norris seguem na equipe para o ano que vem, fruto da surpreendente e rápida evolução da McLaren com um novo chassi aliado ao motor Renault.

O resultado, por enquanto, é o time de Woking sendo a quarta força nos construtores e com Sainz "o melhor do resto" na tabela de classificação, mesmo abandonando várias corridas no início do ano. Apesar de não ser vistoso, o espanhol cumpre muito bem seu papel. Apesar de uma temporada decepcionante na F2 e a ascensão para a F1 ter sido vista como um passo além da perna, Norris está mostrando que não é bem assim, crescendo a cada corrida e confirmando o status de promessa que carrega há alguns anos. Em time que está ganhando não se mexe, certo?

Alonso poderia voltar para a McLaren, mas como a onda de acontecimentos mostrou, não é bem assim. Outra alternativa era a Red Bull, onde Pierre Gasly é a bola da vez do verão europeu. Diante da falta de talentos ou destes serem muito crus para ascender aos taurinos, um bicampeão livre no mercado para disputar posição com Max Verstappen seria tudo o que a categoria queria, não? A Red Bull poderia pensar o mesmo, mas o problema é a Honda. Ou melhor: a relação que inexiste entre Honda e Alonso depois de anos desgastantes na McLaren. Mais uma vez o péssimo timing e gerenciamento de carreira fazendo a diferença na vida de Alonso... E aí, qual o futuro do espanhol? E Gasly? Hulkenberg seria o substituto? Com Hulk saindo da Renault, entraria Ocon?

Na Mercedes, Bottas parece murchar cada vez mais. A pressão do contrato de um ano e o fato de disputar com o melhor da atualidade sempre são fatores "acentuantes". Soma-se a isso o fato de Esteban Ocon estar sem uma cadeira e, diante da impossibilidade de Toto Wolff o devolver para o grid, é bem possível que o francês seja alçado a titular no próximo ano. Ocon não fez o suficiente para subir para o principal carro da categoria, mas na neoF1, "a base vem forte". Numa hipotética saída, para onde iria Bottas?

Ricciardo segue preocupado com o desempenho da Renault na temporada. O pior de tudo é que ninguém sabe qual é realmente o problema do chassi, e por isso é que a cada corrida é uma incógnita: pode ser algo como o GP do Canadá ou então o GP da França. Mesmo assim, o australiano deixou claro que vai cumprir os dois anos de contrato e rechaçou uma possível ida para substituir Vettel na Ferrari. E para 2021? O que será de Ricciardo? Terá espaço em uma equipe de ponta? A Renault irá se tornar uma equipe de ponta?

Algumas perguntas soltas para vocês, até porque a silly season deste ano promete ser mais agitada do que a do ano passado. Tirando Hamilton, Vettel, Leclerc, Raikkonen, Verstappen, Stroll e a dupla da McLaren, o resto ainda carece de confirmações durante os próximos meses.

Até!

terça-feira, 2 de julho de 2019

MAX MUDOU

Foto: Getty Images
No início da temporada passada, escrevi este texto aqui sobre o péssimo início de temporada de Max Verstappen, repleto de erros e acidentes em tão poucas corridas. Ali, resumidamente, escrevi que Max precisava mudar o estilo de pilotagem: mais cerebral e menos porra louca inconsequente.

Durante a temporada, Max ainda bateu nos treinos em Mônaco, corrida que o companheiro dele, Ricciardo, venceu. De lá pra cá, tudo mudou: o holandês chegou a experimentar não ter a presença do pai nas corridas e o desempenho melhorou. Mais constante e fazendo o máximo que podia com a terceira força que era (e ainda é) o carro da Red Bull. Muitos pódios e uma vitória que caiu dos céus na Áustria, um domínio no México e uma vitória tirada no Brasil graças a idiotice do Ocon.

Meu grande ponto de interrogação era saber se Max manteria essa constância para este ano. Diante das atuações e resultados que teve, já estava na vontade de escrever este texto, mas esperei até vir alguma vitória que parecia improvável, não para Max.

Contrariando o meu título, talvez Max não tenha mudado. Ele continua selvagem e agressivo, sem desperdiçar toda e qualquer chance de ultrapassagem que existe. Não costuma negociar e é bem duro quando preciso, como ficou evidenciado na última corrida. Max na verdade amadureceu. Apesar de apenas 21 anos (vai ter 22 em setembro), já é a quinta temporada na Fórmula 1. Parece um jovem veterano, pois é isso que a categoria faz, cada vez mais precoce.

Como o próprio disse em uma entrevista bem recente, a própria Fórmula 1 foi o tubo de ensaio de Max. Os erros bobos e infantis, natural de alguém bem jovem, foram cometidos todos para o mundo inteiro ver, onde a cobrança é maior e algumas questões são quase intoleráveis. Não é bem esse o padrão, até porque Max deve ser o único da história a estrear na categoria com menos de 18 anos. Todos os outros já chegam na categoria com alguma razoável experiência e ambientação, sendo assim, improvável de cometer tantos erros "bobos". Leclerc e Russell, novatos desta temporada, são exemplos.

O desafio final de Max, hoje, depende mais da Red Bull e da Honda do que dele. Se mesmo com a terceira força o cara já conseguiu seis vitórias em quatro temporadas, além de outras atuações exuberantes e tirando tudo o que o carro pode e mais um pouco (principalmente em 2019), o que Max faria com um carro um pouco mais competitivo? Aí sim seria o grande de Max: como ele se comportaria sendo a vidraça e o candidato a título ao invés de apenas mais um franco atirador selvagem e talentoso que não quer desperdiçar as poucas chances que tem de vencer.

É o que todos estão torcendo que aconteça, eu suponho.

Até!

segunda-feira, 1 de julho de 2019

CRUELDADE - PARTE 2


Foto: Getty Images
Em mais um raro momento onde a Mercedes parecia não ser páreo para a vitória, o jovem monegasco Charles Leclerc conseguiu sua segunda pole no ano, diante de um Vettel que tinha problemas no SF90-H. A única ameaça era Max Verstappen, que largava do seu lado na primeira fila.

Na largada, Max foi tão mal que caiu para sétimo. Com Vettel lá atrás, certamente o alemão perderia algum tempo ao escalar o grid repleto de McLarens e Kimi Raikkonen. Com uma distância segura sobre Bottas e Hamilton, os alemães eram inofensivos. Com os pneus macios, Leclerc controlava a corrida como só no Bahrein havia conseguido.

A Mercedes resolveu parar cedo e a Ferrari marcou. Com isso, Max, que estava também se recuperando, pulou para a liderança e andou dez voltas a mais com os macios. Isso fez a diferença. Com um problema no assoalho, Hamilton parou de novo e saiu da corrida de vez, fato raro.

Com os pneus duros, a Ferrari perde um pouco do rendimento. Não sei se mais perde ou é Verstappen (não a Red Bull) que simplesmente começa a sobrar na pista, tirando quase um segundo por volta. Começou a passar Vettel e Bottas como quem tira doce de criança. Faltando cinco voltas, a chance de uma nova e consagradora vitória em Spielberg diante do fanático mar laranja era mais do que real.

Na primeira tentativa, Leclerc deu o lado de fora e se defendeu magistralmente. Uma disputa limpa e segura de dois jovens ácidos por vitórias que não serão frequentes, ao menos no curto prazo. No entanto, faltando duas voltas, Max e sua tradicional agressividade foram pra cima e também contaram com a inocência do monegasco, que deixou o lado de dentro para o holandês. O resultado? Max espalhou, os dois se tocaram levemente e restou a Ferrari ir para a área de escape e perder a corrida que estava praticamente ganha, a exemplo do que foi no Bahrein. Ou seja, outra crueldade.

Foto: Getty Images
Foto: Getty Images
É claro que Leclerc protestou e ficou puto da vida, bem parecido com o que seu colega ferrarista fez algumas semanas atrás. Apesar da manobra ter sido investigada, no fim das contas nada mudou. A FIA é refém de suas bobagens. O que Verstappen fez hoje, ao meu ver, foi mais acintoso que Vettel. Max joga Leclerc para fora da pista. Deveria ter sido punido. Será que a má repercussão do ocorrido no Canadá melindrou os comissários? Mais um erro que decide um vencedor. É claro que é constrangedor ganhar no "tapetão", mas regras são regras. Se fosse uma disputa qualquer, haveria uma punição. A Ferrari não ganha na pista e parece estar sucumbindo até no jogo político. Saudades de chamá-los de Fiarrari.

Se foi uma crueldade Leclerc perder mais uma vitória no ano, será tão ou mais uma atuação espetacular de Max não ter resultado nisso. Se ele tivesse largado normalmente, é certo que seria mais uma corrida monótona. Obrigado Deuses por proporcionar o espetáculo de hoje. É a primeira vitória da parceira com a Honda. Os japoneses não venciam desde 2006. Foi bonito ver o japa no pódio. Ele representa o esforço de uma empresa que se dedica há anos para a F1 neste retorno e só agora começa a ter, de forma lenta, o retorno que imaginava.

O burocrático Bottas se aproveitou de mais um erro da Ferrari com Vettel (agora nos pits, o que custou seis segundos na pista) para ficar no pódio. Hamilton foi um quinto discreto, mas do jeito que as coisas andam, não existem adversários para ele. Ou seja: tanto faz.

A McLaren, pasmem, virou a quarta força. Excelente corrida de Norris, o sexto, e mais incrível ainda foi Sainz, o oitavo, sem que ninguém tivesse percebido isso. Afinal, saiu lá da última posição. Entre eles está o lamentável Gasly, que conseguiu a proeza de levar uma volta do vencedor que utiliza o mesmo equipamento. A última vez que isso aconteceu deve ter sido nos anos 1980. Nem Kubica é tão inferior assim a Russell.

Por fim, a Alfa Romeo completou o top 10, e Giovinazzi conquistou o primeiro suado ponto na categoria. Que isso lhe dê confiança para seguir, porque existe muita gente de olho no assento dele para a próxima temporada. A Renault é uma montanha-russa que neste 2019 só esteve embaixo a maior parte do tempo. Mais uma corrida decepcionante. A Haas virou definitivamente equipe de fundão, com Magnussen conseguindo a proeza de terminar atrás de uma Williams. Kubica não dá mais, infelizmente.

Bem, finalmente tivemos uma corrida boa, graças é claro a uma situação circunstancial: calor e desgaste dos pneus da Mercedes. Vai demorar para que isso se repita. Uma coisa é certa: que os Deuses deem logo a Verstappen um carro capaz de ser campeão. O mundo agradeceria. 

Confira a classificação final do GP da Áustria:




sexta-feira, 28 de junho de 2019

PANCADAS

Foto: Getty Images
A NeoF1 é tão bizarra que os treinos podem proporcionar mais emoções do que a corrida. Foi assim em Baku e pode ser o mesmo caso agora, em Spielberg.

Tudo porque no TL2 tivemos dois acidentes relativamente fortes de dois protagonistas: Valtteri Bottas arrebentou a frente do carro num impacto de 25G e foi para o hospital apenas por uma questão protocolar da F1. Tudo bem com ele, mas não com o carro. Os efeitos podem ser sentidos no domingo, com uma possível não plena recuperação da Mercedes em relação ao que estava. Bem, tratando-se da excelência dos alemães, é até capaz que o finlandês seja, agora, uma ameaça maior a Lewis Hamilton.

No mesmo treino, quem escapou de traseira foi Max Verstappen, que culpou os ventos e a altitude do local onde fica o circuito austríaco. Vale ressaltar que os dois até de certa forma "gostaram", ou melhor escrevendo, mostraram-se favoráveis a este circuito, que ainda contém coisas que a FIA abomina: brita e grama. Prevejo para os próximos anos, como medida de segurança, que tudo seja substituído por imensas áreas de escape. Vettel também rodou no mesmo ponto. Por sorte, apenas ficou na brita e não teve danos. Neste caso, qualquer desgraça é pouca.

Sobre o treino, Hamilton liderou um e Leclerc o outro. O clima de desânimo é tanto que logo na coletiva o monegasco e Max trataram de serem taxativos: não há alguma possibilidade de que a Mercedes não saia vencedora e com dobradinha. Pra isso, só o imponderável pode atrapalhar, ou nem isso, afinal até nesta questão a FIA quer intereferir. Que o espírito do "hoje não, hoje sim" sobrevoe a Áustria, embora não saiba o que isso quer dizer.

Confira as classificações dos treinos livres desta sexta-feira:



Até!

quinta-feira, 27 de junho de 2019

GP DA ÁUSTRIA - PROGRAMAÇÃO

O circo da Fórmula 1 voltou a Áustria em 2014, após a Red Bull comprar e reformular o complexo que abriga o circuito, rebatizando-o de Red Bull Ring. A prova não acontecia no país desde 2003.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:06.957 (Ferrari, 2018)
Pole Position: Valtteri Bottas - 1:03.130 (Mercedes, 2018)
Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)
Maior vencedor: Alain Prost - 3x (1983, 1985 e 1986)

BATATA ASSANDO?

Foto: Red Bull Content Pool
Esses tempos, tuitei que a única explicação do desempenho de Pierre Gasly na Red Bull ser tão pífio é o fato de terem pintado uma Toro Rosso com as cores da Red Bull.

Falando sério, é inacreditável e constrangedora a diferença de desempenho entre ele e Max Verstappen. A maior lavada do grid, sem dúvida, até mais que o monobraço Kubica em relação ao jovem Russell.

Na corrida da casa, Gasly só pontuou graças a punição que jogou Ricciardo para 11°, isso que ele largou em oitavo, de macios. Ao parar cedo, perdeu posição para Ricciardo, Hulkenberg e Raikkonen, caindo para 11°, o que frustrou o chefão Christian Horner.

“Ele fez um bom trabalho nas primeiras voltas, com o pneu vermelho, e depois nós os devolvemos numa boa posição de pista”, disse Horner, fazendo referência ao momento em que Gasly aparecia em oitavo na prova. “Foi um trabalho fantástico do pessoal, o pit mais rápido da tarde. Foi 1s9 com o carro parado. Nós o deixamos com posição em relação ao Daniel [Ricciardo], e depois ele simplesmente não conseguiu ir além com o pneu mais duro, e depois ele ainda perdeu posição para os outros caras também. É frustrante não ter um carro na zona de pontos. Tenho certeza de que vamos dar uma olhada nisso com ele [Gasly]”, afirmou.


Do jeito que Helmut Marko adora queimar os pilotos taurinos, não é difícil de imaginar que Gasly deve estar por um fio na equipe já agora, a questão é pensar em um sucessor. O outrora chutado Kvyat ou o jovem Albon, que ainda ascila apesar de ter um grande potencial. Será que seria hora de abrir mão dos "talentos da base" (que na verdade foram somente Vettel e Ricciardo) e buscar algum piloto competente no mercado? Competente eu me refiro a um segundão, porque claramente a Red Bull aposta todas as fichas em Max, e é por isso que Ricciardo pulou mula de lá. Veremos.

NA MERDA

Foto: Getty Images
É o que diz o chefão da Haas, Gunther Steiner. Na França, os carros americanos só foram superiores a Williams. Ou seja, algo muito preocupante. Nas últimas três corridas, apenas um ponto.
O pior é que Steiner não sabe qual é de fato o(s) problema(s) da equipe.

“Nos nossos quatro anos de história, acho que este foi, no geral, nosso pior fim de semana. Na corrida, ainda tivemos dificuldades. Não sei. O que é bizarro para mim é que o carro que era bom o bastante para se classificar em sétimo e oitavo na primeira corrida e aí em sexto em Monte Carlos, de repente, e o penúltimo”, afirmou.

“Não me pergunte o que é isso, eu não sei. Então, por favor, nem pergunte, pois eu não responderia. Nós precisamos descobrir. Para ser honesto, é muito desapontador, porque terminar nessa situação, e não entender isso, é a pior coisa”, continuou.

“Romain comentou que o carro é muito bom de guiar, mas é lento. O carro sai de frente ou de traseira de repente? Não. Está tudo bem. Só é lento, não tem aderência o bastante”, comentou.
E terminou:

“Você precisa se livrar da raiva e apenas continuar trabalhando. Foi isso que eu disse aos rapazes: Você precisa trabalhar muito mais agora do que antes, porque agora nós estamos na merda. Não faz sentido esperar que algo apareça, você precisa voltar agora e entender o motive de estarmos onde estamos. É só isso que você pode fazer. E aí, quando souber o motivo de estar onde está, aí pode encontrar soluções. Se você não sabe isso, como pode trabalhar em soluções? Você trabalha em tudo e aí, com as melhores coisas, você faz um carro novo”, concluiu.

A Haas é uma Ferrari B. Em alguns circuitos a característica não vai encaixar, em outros sim. O grande problema é a dupla de pilotos. Grosjean está fazendo hora extra na F1 faz tempo e Magnussen é apenas regular. Os dois erram e batem muito e fazem a equipe desperdiçar pontos importantes quando há a oportunidade para isso. O outro grande problema é que agora eles estão escassos.

Steiner e Gene precisam pensar nisso. É óbvio que a culpa não é toda deles, mas a Haas poderia anteriormente ter mais condições de contratar pilotos que extraíssem mais do carro, agora é complicado, o que afeta o futuro da tradicional equipe da Indy e Nascar na Europa.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 187 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 151 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 111 pontos
4 - Max Verstappen (Red Bull) - 100 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 87 pontos
6 - Pierre Gasly (Red Bull) - 37 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 26 pontos
8 - Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 19 pontos
9 - Daniel Ricciardo (Renault) - 16 pontos
10- Nico Hulkenberg (Renault) - 16 pontos
11- Kevin Magnussen (Haas) - 14 pontos
12- Lando Norris (McLaren) - 14 pontos
13- Sérgio Pérez (Racing Point) - 13 pontos
14- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 10 pontos
15- Alexander Albon (Toro Rosso) - 7 pontos
16- Lance Stroll (Racing Point) - 6 pontos
17- Romain Grosjean (Haas) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 338 pontos
2 - Ferrari - 198 pontos
3 - Red Bull Honda - 137 pontos
4 - McLaren Renault - 40 pontos
5 - Renault - 32 pontos
6 - Racing Point Mercedes - 19 pontos
7 - Alfa Romeo Ferrari - 19 pontos
8 - Toro Rosso Honda - 17 pontos
9 - Haas Ferrari - 16 pontos

CLASSIFICAÇÃO: