Foto: Jared C. Tilton/ Getty Images |
Nesse fim de festa que virou a F1 2023, há apenas um ritmo de espera quase torturante para definir coisas não tão importantes. Faltam duas vagas do grid para serem preenchidas e a disputa dos construtores está quase matematicamente selada.
Esse horário esquisito. É publicar o texto e curtir a sexta.
Inventaram de colocar mais 30 minutos no segundo treino livre para testar os
pneus Pirelli de 2023. Amanhã tem UFC e domingo Roma x Napoli. Com o campeonato
decidido, a corrida fica em segundo plano, até mesmo para a F1.
Em Austin, as equipes optaram por alguns testes de novatos
obrigatórios. A Ferrari lançou Robert Shwartzman, russo nascido em Israel, um
dos grandes prejudicados pela guerra. A Williams colocou o piloto da casa,
Logan Sargeant. Já estão pensando em 2023? A McLaren fez uma escolha
surpreendente: o espanhol Alex Palou, campeão da Indy ano passado e pivô de
polêmica contratual inclusive com os ingleses por lá, pegou a vaga de
Ricciardo. Ah, também tivemos Theo Pourchaire na Alfa Romeo.
O interessante é que o campeão da F2, Felipe Drugovich, só participa dos testes em Abu Dhabi, em novembro.
Na Haas, não houve um novato, mas agiu como se fosse um. Bancado
pela Ferrari, Giovinazzi durou cinco minutos: bateu sozinho e deu mais prejuízo
para o time de Gene. É a Ferrari quem vai escolher o piloto pela parceria que
possuem, mas Gunther e Gene já devem estar preocupados com os candidatos que só
batem, ainda mais Giovinazzi, experiente, mas que infelizmente nunca confirmou
o potencial da F2 na F1.
Sainz foi o mais rápido do TL1, com Verstappen em segundo e
reclamando de algumas coisas.
A segunda sessão foi basicamente testar os pneus Pirelli de
2023, mais lentos, além dos tradicionais stints de corrida, visando domingo. A
mesma coisa de sempre: Ferrari e Red Bull acima do resto. Resta saber se o
ritmo de férias e ressaca dos taurinos e do holandês vai deixar brechar para os
italianos garantirem o vice-campeonato de pilotos e construtores. Leclerc briga
com Pérez pela medalha de prata. Leclerc foi o mais rápido, um dos poucos a
também usar os pneus atuais.
Austin vai ter shows, espetáculos, aquela coisa americana da
Liberty e recorde de público. No externo, um sucesso absoluto. No interno, não
há grandes emoções. Todo mundo está com a cabeça em outro lugar. É um circuito
legal de pilotar, seja assistindo pelo on board ou jogando pelo videogame, mas
não tem corridas memoráveis.
Até março de 2023, a F1 fica em segundo plano, mas precisamos
terminar isso, porque somos loucos, viciados, desocupados e masoquistas.
Confira o tempo dos treinos livres do GP dos EUA:
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