Foto: Divulgação/Williams |
Uma notícia meio despercebida do
final de semana, entre a morte de Mateschitz e o UFC 280 (muito triste), foi a
confirmação da Williams em colocar Logan Sargeant como companheiro de equipe de
Alexander Albon para 2023.
Com uma condição: o americano
precisa ter os 40 pontos exigidos da superlicença.
Para conquistar a vaga, basta terminar
a F2 entre os sete primeiros (atualmente é o terceiro) e completar mais 200 km
de testes na F1, o que vai ser feito nos treinos livres do México, já na
sexta-feira, e também de Abu Dhabi, no final da temporada.
A questão para o grande público é:
quem é Logan Sargeant?
Atento as informações, talvez a
mais relevante até aqui: ele é americano, o que a Liberty tanto deseja. Nascido
no dia 31 de dezembro de 2000, na Flórida. Aos nove anos já foi para a Europa.
Teve passagens pela F4 britânica, a F3 (na Prema e na Carlin, onde competiu com
Felipe Drugovich e Oscar Piastri, por exemplo) e chegou nesse ano somente na
F2, apesar de ter estreado no fim do ano passado.
Portanto, é alguém que está
impressionando na temporada de estreia, o que é importante, além da
nacionalidade.
Outro fato alinhado: desde o ano
passado, Logan virou piloto da academia da Williams, talvez o ficha um depois
do Jake Aitken ter substituído o Russell em 2021. Com a saída de Latifi, a
equipe de Grove simboliza que o dinheiro não faz tanta diferença perante a
recuperação financeira que está em curso desde que a família Williams não
administra mais, virou somente o nome.
Com 22 anos, Sargeant estreia
relativamente “velho” na F1, embora vocês possam me lembrar que De Vries vai
chegar aos 27. No entanto, com apenas um ano de F2 e um desempenho razoável
considerando a qualidade do grid (provavelmente vai ficar atrás também de Theo
Pourchaire, já protegido da Sauber/Alfa Romeo), a impressão é que Sargeant foi
acelerado pela Williams.
O motivo? Financeiro, talvez. Não
sei. É um cara barato, sem dúvidas. Sem a grana de Latifi e toda a operação que
permitiu a permanência de Albon, uma solução caseira é um alento para uma
equipe que ainda não saiu da linha da pobreza.
O que esperar desse jovem americano
no pior carro do grid contra o tailandês nascido e criado na Inglaterra que tem
muito mais rodagem e talento? Quase nada. 2023 será um ano de aprendizado para
Logan. A coisa não é fácil para os novatos.
No entanto, há algo positivo: como
Sargeant está na pior equipe do grid e ninguém espera nada dele, esse é
justamente o trunfo. Logan será superado por Albon e vai figurar no grid. Se
não bater e não for muito lento, já está no lucro. Não é pagante, apenas
americano, no lugar certo, na hora certa.
Um nome novo no grid que, diante
das opções, causa estranheza. Tão estranho quanto a Williams ter uma academia
de pilotos. Bom, pelo menos ela está sendo utilizada e Sargeant vai ser o
primeiro a passar na peneira. Se for apenas um piloto normal, será aprovado.
Apesar de ocupar o pior carro do
grid sem nenhuma experiência ou grande currículo, Sargeant não vai ser nem de
longe o piloto mais pressionado do grid. Assunto para o fim do ano.
Até!
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