Foto: Getty Images |
Fala, galera! Estou de volta com a parte final da minha
análise da temporada 2019 com as equipes que faltaram. Vamos lá!
McLAREN
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Carlos Sainz – 9,0: o melhor do resto, sem dúvida. Em
Interlagos, o pódio que faltava para coroar um grande trabalho. Se o espanhol
foi vítima de desconfianças ao ser superado por Max e Hulk na Toro Rosso e
Renault, na McLaren o “sucessor de Alonso” foi quase perfeito. Apesar de não
muito rápido nas voltas rápidas, soube usar o grande ritmo de corrida para se
afirmar perante a competição de seu calibre. Com a evolução dos ingleses, pode
ser questão de tempo para que o espanhol seja o novo piloto regular mas com uma
pitada de sorte, estilo Pérez, mas a concorrência é dura.
Lando Norris – 7,5: a temporada decepcionante na F2 me
deixou com desconfiança, mas Lando foi muito melhor nesta temporada do que na
anterior. Parece que a qualidade e o desafio que enfrentaria o fizeram entrar
no nível. Muito rápido, ele mesmo admite que falta administrar melhor os pneus
e o ritmo de corrida nos domingos. É normal, faz parte do processo, é da
juventude. Com uma McLaren melhor estruturada, um companheiro comprovadamente
capaz e um Lando mais experiente é a receita ideal para que as coisas sejam no
mínimo iguais em 2020, mas a expectativa é de superação.
RACING POINT
Foto: Reprodução/Racing Point |
Sérgio Pérez – 8,0: Uma primeira metade de campeonato bem
apagada, onde chegou a ser superado por Stroll, o que seria uma aberração. O
pódio anual não veio, mas no segundo semestre o mexicano voltou a ser regular,
junto com a melhora do carro. Mesmo com o aporte do pai Stroll, a Racing Point
não conseguiu superar McLaren e Renault, o que talvez seja normal. No próximo
ano, a expectativa é a mesma: somar pontos e bater Stroll, o que não é difícil.
Lance Stroll – 6,5: tirando o aborto que foi o quarto lugar
na Alemanha, foi o de sempre. Lento e sem ritmo de corrida, somando poucos
pontos com o carro que tinha a disposição. Sorte dele (e azar o nosso) que seu
emprego nunca está sob risco, mas isso prova uma questão: por mais que exista
estrutura e repetição de trabalho, se não existir talento, já era.
ALFA ROMEO
Foto: Getty Images |
Kimi Raikkonen – 7,0: funcionário público batendo carteira.
É bom e também estranha a longevidade do IceMan. No primeiro semestre, foi
quase perfeito. Aproveitou as oportunidades e somou pontos como um líder de equipe.
No verão europeu, ele e a Alfa tiveram uma queda vertiginosa, sendo Raikkonen
mais lento que o próprio Giovinazzi. Pra 2020, temos que somente desfrutar da
carreira e do grande personagem que é esse finlandês para a F1, não a toa será
o piloto com mais largadas na história.
Antonio Giovinazzi – 6,5: Um começo muito aquém das
credenciais que tem na base. Pode se dizer que os dois anos inativos podem ter
influenciado, mas Antonio foi lento e só começou a ter melhores resultados no
final do ano. Para sua sorte, parece que fica mais por falta de opção e a
perspectiva somente para 2021 do que qualquer outra coisa. Essa rápida
melhorada no fim do ano pode ser o combustível que faltava para engrenar de vez
na categoria.
TORO ROSSO
Foto: Motorsport |
Daniil Kvyat – 7,0: O pódio inesperado da Alemanha foi um
grande alento para aquele que só estava vendo o lado ruim das coisas. Com
experiência, estava superando Albon em pontos e fez boas corridas. Na segunda
metade, com Kvyat, perdeu um pouco da regularidade e conseguiu poucos pontos,
com alguns erros. Talvez Kvyat seja isso mesmo, um piloto irregular mas que
agora ganhou mais um ano de sobrevida, graças também a estagnação do programa
de pilotos da Red Bull. Seguirei na torcida.
Pierre Gasly – 7,0: se não fosse o pódio no Brasil, seria um
dos piores do ano. Na Red Bull, foi uma tragédia, mas na Toro Rosso voltou a
normalidade e foi brindado com um pódio. Talvez Gasly também esteja na mesma
prateleira que Kvyat: irregular demais para voos maiores. No entanto, é mais jovem
e ainda tem o benefício da dúvida. No entanto, com os dois rejeitados, fica
improvável uma segunda chance, mesmo se acontecer algo na equipe mãe.
WILLIAMS
Foto: Autoracing |
George Russell – 6,5: na verdade a nota é porque basicamente
é impossível ter um critério objetivo para avaliar o inglês. Superou Kubica em
todas as corridas mas não pontuou. É cruel. Com o carro fraco da Williams e um
companheiro com limitações físicas, fica complicado traçar um parâmetro, apesar
dos predicados da F2 serem animadores. Pra 2020 a situação não vai ser muito
diferente, a não ser que talvez tenha virado o novo “ficha 1” da Mercedes, se é
que isso ainda vale alguma coisa.
Robert Kubica – 6,5: o retorno valeu pela superação pessoal
e o ponto conquistado na Alemanha. É o que entra nos livros de história. De
resto, se não fosse pelo histórico e pela ciência de suas limitações (além do
dinheiro), Robert teria sido dispensado no meio da temporada. Com um carro
ruim, pertencia a outra categoria e isso é até bom, porque também foi
prejudicado por ter poucos parâmetros, mas ser brutalizado por Russell não é
positivo. Que seja feliz em outra categoria com o alento de que o tal Latifi
não vai fazer muita coisa diferente, isso que este está com 100% das
capacidades físicas e técnicas.
E essa foi a minha análise. Concorda? Discorda? Comente!
Até mais!
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