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Fala, galera! Com o término da temporada, teremos o
tradicional post analisando o desempenho dos 20 pilotos durante o ano. Nesta
primeira parte, vou começar com Mercedes, Ferrari, Red Bull, Renault e Haas:
MERCEDES
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Lewis Hamilton – 9,5: No auge da forma. Mesmo com “apenas”
cinco poles, teve muito mais vitórias, mostrando que o ritmo de corrida,
consistência e senso de oportunidade estão lá. Tirando Alemanha e Brasil, onde
cometeu erros, no resto sobrou, não a toa conquistou mais um título sem fazer
grande esforço, seja pela incapacidade de Bottas e os inúmeros erros da
Ferrari. No último ano de regulamento, 2020 pode ser histórico para ele e para
a F1.
Valtteri Bottas – 8,5: Tirando poucas corridas onde rendeu
bem, não está no nível de Hamilton. Isso se torna um problema quando o
finlandês passa a ser talvez o único adversário para o campeonato. Bottas não
deixou de tentar, mas a falta de ritmo e outros erros, além de várias corridas
apagadas o transformaram em um vice sem brilho. Ao menos venceu várias corridas
e largou na pole mais vezes que Hamilton até, o que é uma grande evolução em
relação ao ano passado, onde terminou zerado. Talvez tenha a última chance de
brigar por algo grandioso nessa abençoada Mercedes.
FERRARI
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Sebastian Vettel – 7,5: Um tetracampeão com mais baixos do
que altos. A vitória vinda dos céus em Cingapura o livrou de um ano zerado.
Muitos erros injustificáveis e infantis de alguém com mais de 50 poles e
vitórias, principalmente os incidentes patéticos na Itália e em Interlagos.
Vettel está pressionado e sabe disso, parece não conseguir lidar bem com a
competição interna. Prefere ver outro brilhar do que Leclerc, por exemplo. Ao
perder no confronto direto, já começa 2020 enfraquecido. Mesmo com toda a aura
que tem, 2020 também pode ser um ano derradeiro nas pretensões competitivas de
Seb.
Charles Leclerc – 8,5: Entregou mais que o esperado, mesmo
com todos destacando o imenso talento que tem. A velocidade está lá, derrotou o
tetracampeão, mas é normal que ainda falte equilíbrio e experiência. Além
disso, também teve azar em algumas chances. Charles poderia ter vencido muito
mais que apenas duas corridas, mas essas duas foram talvez nos dois palcos mais
icônicos do automobilismo. A mudança de postura na defesa de posições após o
caso Verstappen na Áustria o transformou em um piloto mais “sujo”. Precisa de
mais experiência e se fazer menos de vítima. Charles está no caminho certo e é,
mais do que nunca, o queridinho da Ferrari.
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Max Verstappen – 9,0: Tirando o retorno das férias e a
lamentável “malandragem” do México, Max conseguiu, com um carro inferior,
superar as duas Ferrari. Isso é um feito e tanto e diz quase tudo. Muito mais
cerebral e regular, ainda tem aquela fagulha que pelo jeito é intrínseca a sua
personalidade. Ao colocar tudo a perder em uma curva, oportunidades são
desperdiçadas. Os taurinos ainda não têm carro para título, então isso não é
tão cobrado. Por outro lado, com outro jovem de destaque na mesma posição, os
holofotes podem ser divididos e perdidos. Encarar um personagem sincero de
vilão talvez não seja o suficiente. Max, mais do que nunca, precisa amadurecer
ainda mais.
Alexander Albon – 8,0: Coisas do destino: foi o único piloto
Red Bull da temporada ao não chegar no pódio, mas por incrível que pareça foi o
mais consistente deles. Um início razoável na Toro Rosso o “credenciou” (na
verdade foi Gasly quem se desprestigiou) a vaga de cima. Lá, quase sempre fez o
que era necessário: ficar em quinto ou sexto, aproveitando as quebras e
acidentes. A grande corrida do Brasil teve um final catártico para o jovem
tailandês, mas é questão de tempo para que brilhe de fato. Não será competição
para Max pela questão técnica e organizacional da Red Bull, então é
imprescindível estar no lugar certo e na hora certa, sem erros, para brilhar.
RENAULT
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Daniel Ricciardo – 7,5: Uma temporada decepcionante onde é
difícil fazer qualquer avaliação. Se não fosse pelo dinheiro, escreveria que
Ricciardo está bastante arrependido da troca. Os franceses não oferecem uma
perspectiva animadora. Na pista, o aussie fez o que pode, como grande destaque
o quarto lugar na Itália. No meio do pelotão, suas ultrapassagens não foram
mais tão cirúrgicas e estar lá também significa mais incidentes. Aguarda
ansiosamente um novo regulamento e novas oportunidades. Não há o que fazer.
Nico Hulkenberg – 7,0: temporada melancólica de despedida.
Na hora H, fraquejou. A corrida na Alemanha foi simbólica e definitiva. Apesar
de bons resultados na base da regularidade, faltou aquela corrida de encher os
olhos, além de ter sido derrotado por Ricciardo na maioria das vezes. Um fim
triste de categoria para quem foi promessa há tanto tempo e sai de mãos vazios,
sem um pódio sequer.
HAAS
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Kevin Magnussen – 6,5: o carro e a gestão tenebrosa da Haas
respingaram no carro. Os pilotos podem não ser uma Brastemp mas também são
reféns e vítimas disso tudo. Um carro veloz em classificação e com um ritmo de
corrida péssimo com pneus que degradam rapidamente só poderiam resultar em algo
catastrófico. O resultado foi esse. Magnussen foi o menos pior deles.
Romain Grosjean – 5,5: “Inacreditável terem renovado com
ele, apenas isso. Uma série incrível de erros e cagadas. Talvez nem o próprio
Grosjean tenha contado com a renovação através do duro Gunther Steiner. Com um
grid extremamente jovem e dominado pelas “academias de pilotos”, talvez a única
coisa positiva da Haas é ainda manter essa independência no que tange a escolha
dos pilotos. Que venha mais um ano de trapalhadas do francês, talvez pode ser a
última, pense nisso.” Escrevi exatamente isso ano passado e nada mudou. Nenhuma
palavra a mais ou a menos.
E essa foi a primeira parte da minha análise. Concorda?
Discorda? Comente aí! Até mais, com o resto dos resumos!
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