sexta-feira, 30 de junho de 2023

LIMITES

 

Foto: Vladmir Simicek/AFP

É inacreditável que uma categoria de elite como a F1 tenha que ter corrida Sprint, tal qual uma categoria de base ou de turismo. E o pior: tem bastante gente que acha isso o máximo. O pessoal realmente acredita que é emocionante ver os caras dando voltas sem forçar muito no sábado, pensando no domingo. Realmente, que emoção.

Outra coisa inacreditável é ter "limite de pista" em pleno 2023. Se colocarem grama, brita e subirem as zebras, é natural que os carros irão diminuir a velocidade e não se aproveitar dos tais "limites". A F1 cria essas coisas idiotas e precisa consertar os próprios erros que cometem. Alguém achou isso uma boa ideia, afinal, grama e terra são muito perigosas, aparentemente.

Bom, o principal treino do dia definiu o grid de domingo. Amanhã é perfumaria. Acordar para ver sprint... enfim, a lógica de sempre: Max Verstappen na pole e a Ferrari, num circuito veloz, por perto. O problema é o ritmo de corrida. Aí é que Mercedes e Aston Martin, tímidas, crescem. Norris também é muito veloz, mas fica difícil se sobressair no domingo.

De positivo, a Williams muito bem nas retas com Albon. De Vries transforma Tsunoda em um valor interessante. Hulkenberg surra Magnussen em velocidade e a Alfa Romeo/Sauber/Audi já pensa no futuro sem fazer nada no presente.

A Red Bull não tem limites. Mais uma pole e provável vitória para Max na corrida da casa, repleta de belgas e holandesas, e Sérgio Pérez foi traído pelo limite. A má fase não termina. Eliminado no Q2 porque não conseguiu completar uma volta limpa. Incompetência. Se tivesse brita por ali, nem ele e nem ninguém tentariam levar vantagem. Até quando esse negócio ridículo?

Amanhã teremos a interessantíssima corrida classificatória. Antes disso, o qualyfing. Programa trepidante, assim como o domingo. Bom, a expectativa é que talvez chova no final de semana. 

E isso faria alguma diferença? Max Verstappen, diferentemente de Spielberg, não tem limites.

Confira o grid de largada do GP da Áustria:


Até!

quinta-feira, 29 de junho de 2023

GP DA ÁUSTRIA: Programação

 O circo da Fórmula 1 voltou a Áustria em 2014, após a Red Bull comprar e reformular o complexo que abriga o circuito, rebatizando-o de Red Bull Ring. A prova não acontecia no país desde 2003. Assim como em 2020, em 2021 o Red Bull Ring recebeu duas etapas: Estíria e o GP da Áustria.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Max Verstappen - 1:06.200 (Red Bull, 2021)
Pole Position: Valtteri Bottas - 1:02.939 (Mercedes, 2020)
Último vencedor: Charles Leclerc (Ferrari)
Maior vencedor: Alain Prost (1983, 1985 e 1986) e Max Verstappen (2018, 2019 e 2021) - 3x

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 195 pontos
2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 126 pontos
3 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 117 pontos
4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 102 pontos
5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 68 pontos
6 - George Russell (Mercedes) - 65 pontos
7 - Charles Leclerc (Ferrari) - 54 pontos
8 - Lance Stroll (Aston Martin) - 37 pontos
9 - Esteban Ocon (Alpine) - 29 pontos
10- Pierre Gasly (Alpine) - 15 pontos
11- Lando Norris (McLaren) - 12 pontos
12- Alexander Albon (Williams) - 7 pontos
13- Nico Hulkenberg (Haas) - 6 pontos
14- Oscar Piastri (McLaren) - 5 pontos
15- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 5 pontos
16- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 4 pontos
17- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos
18- Kevin Magnussen (Haas) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Red Bull RBPT - 321 pontos
2 - Mercedes - 167 pontos
3 - Aston Martin Mercedes - 154 pontos
4 - Ferrari - 122 pontos
5 - Alpine Renault - 44 pontos
6 - McLaren Mercedes - 17 pontos
7 - Alfa Romeo Ferrari - 9 pontos
8 - Haas Ferrari - 8 pontos
9 - Williams Mercedes - 7 pontos
10- Alpha Tauri RBPT - 2 pontos

"SOB CIRCUNSTÂNCIAS CERTAS"

Foto: Getty Images

A FIA se vê pressionada. Por um lado, há várias equipes de olho para entrar na F1 a partir de 2026, quando o novo regulamento de motores entra em vigor. Por outro, enfrenta a resistência das equipes, que não querem dividir o bolo dos lucros, mesmo recebendo um percentual significativo da taxa de inscrição para as novatas, avaliadas em 200 milhões de dólares.

Resumindo: a FIA até se vê aberta para ter uma 11a equipe, mas o processo não vai ser do dia para a noite. E há muitas variáveis.

Além da Andretti, outro time que oficializou interesse na F1 foi a Hitech. Experiente e tradicional nas categorias de base, a equipe tem o aporte do investidor cazaque Vladimir Kim, que detém 25% do grupo Hitech. As principais atuações de Kim estão nos setores de mineração, bancos e aviação por meio da Kazakhmys, holding voltada para a indústria de mineração e metalurgia, e do KAZ Minerals Group, uma das dez maiores produtoras de cobre do mundo. 

Em participação no podcast Waker Webcast, Greg Maffei, CEO da Liberty Media, foi além nos motivos:

“O verdadeiro problema é a forma como a estrutura funciona atualmente. Provavelmente há quatro ou cinco garagens, áreas de paddock onde seria difícil colocar uma 11ª baia. Talvez isso se resolva com dinheiro e tempo, mas não é algo que você estala os dedos e pronto.

A outra questão é que as dez equipes dividem os lucros entre elas, e dividir de 11 formas não é algo que as entusiasma, particularmente.

As equipes agora olham e dizem ‘Bom, espere um pouco, não queremos dividir em 11, estamos muito satisfeitas’, e tudo o que está sendo proposto sobre pagar uma taxa de franquia não as compensa o suficiente pela diluição que haverá com a 11ª equipe", disse.

Então, como seria possível que uma nova equipe consiga convencer FIA, Liberty e as outras concorrentes para se juntar ao clubinho?

“Bom, acho que, nas circunstâncias certas, trabalharemos para ter a 11ª equipe, alguém que possa agregar muito valor aos fãs pela sua posição e tecnologia, como uma OEM, posição em marketing. Alguma combinação assim e podemos imaginar algum tipo de acordo. Mas não sem controvérsia entre as dez”, concluiu.

Ou seja: não temos interesse e iremos dificultar o máximo possível. A F1, com a anuência dos agora nem tão novos donos, é um clubinho administrado por Ferrari, Red Bull e Mercedes. Eles quem mandam e decidem o que fazer, com seus tentáculos e influências, como se fosse a WEC e as equipes satélites. Saudades quando as equipes comiam na mão da FIA e de Bernie Ecclestone, e não o contrário.

MUITAS ALTERNATIVAS

Foto: Divulgação/Red Bull Content Pool

O mercado de pilotos da F1 segue sempre aquecido, com grandes especulações nos períodos entre corridas e principalmente a partir da chegada do verão europeu. A Red Bull e sua academia de pilotos, na Alpha Tauri, é onde mais acontecem as trocas e, como consequência, surgem informações aqui e ali.

Começando por Sérgio Pérez. Três corridas seguidas eliminadas no Q1 e mais próximo do resto do grid que de Max Verstappen já acendem a luz amarela nos taurinos e no sempre exigente Helmut Marko. O reserva é Daniel Ricciardo, um dos maiores pilotos revelados pelo programa. Em julho, em Silverstone, o sorridente australiano vai guiar o carro da Red Bull em testes de pneus. Uma troca seria improvável, visto que Pérez tem contrato até 2024, mas vai servir para analisar e ter um parâmetro do australiano.

Até porque a Alpha Tauri está em processo de quase abandono. Tsunoda corre quase sozinho, enquanto Nyck De Vries sofre para se adaptar a categoria. O holandês pode até mesmo ser sacado durante o ano para a entrada do próprio Ricciardo, o que seria uma espécie de "vestibular", tudo no se: se for para a Alpha Tauri e guiar bem, poderia voltar para o time dos energéticos no próximo ano.

Enquanto isso, Tsunoda quer autonomia e seguir carreira solo. A parceria com a Honda pode ajudar no futuro, quando a Aston Martin e os japoneses começarem a parceria no fornecimento de motores. Até lá, parece apenas um desejo do que algo concreto.

A mesma coisa para Alex Palou. Líder absoluto da Indy e piloto da McLaren, o espanhol deseja se testar na F1 depois de conquistar o provável título na terra do Tio Sam e sabe que a grande vaga disponível seria justamente na Alpha Tauri, embora saiba que outro pupilo dos taurinos esteja na disputa: Liam Lawson, atual vice-líder da Super Fórmula, no Japão.

Resumindo: pode acontecer tudo ou pode acontecer nada. No entanto, o que não vai faltar nos próximos meses são pressão e muitas, mas muitas especulações.

TRANSMISSÃO:
30/06 - Treino Livre: 8h30 (Band Sports)
30/06 - Treino Classificatório: 12h (Band Sports)
01/07 - Classificação para a Sprint: 7h (Band Sports)
01/07 - Corrida Classificatória: 11h30 (Band e Band Sports)
02/07 - Corrida: 10h (Band)





terça-feira, 27 de junho de 2023

ONDE HÁ FUMAÇA...

 

Foto: Getty Images

Nesta semana, a Renault anunciou a venda de 24% das ações da equipe Alpine para um grupo americano de investimentos que incluem a Otro Capital, RedBird Capital Partners e Maximum Effort Investments. Dizem que a operação custou cerca de 200 milhões de euros, sendo que a equipe francesa vale 900 bilhões.

O detalhe interessante é que as ações são sobre o time com sede em Enstone, na Inglaterra. Não tem nada a ver com os motores e a sede francesa da Renault. É estritamente para a F1.

Quem diabos são esse tal grupo americano de investimentos?

A RedBird “tem um portfólio que inclui a terceira maior participação no Fenway Sports Group, dono na equipe de baseball Boston Red Sox e da equipe de futebol Liverpool FC. O grupo também tem parte das ações do AC Milan e do Toulouse.” (trecho retirado de reportagem do Grande Prêmio)

Ainda segundo reportagem veiculada no Grande Prêmio, “a Maximum Effort é liderada pelos atores Ryan Reynolds, de ‘Deadpool’, e Rob McElhenney, de ‘It’s Always Sunny in Philadelphia’, que também é proprietária do Wrexham FC, que tem o ator Michael B. Jordan, de ‘Creed’, como coinvestidor.

Alec Scheiner, co-fundador da Otro Capital, vai se juntar à cúpula de diretores da equipe de Enstone.”

Tudo isso vem a calhar no momento em que a Renault, desde que retornou a F1 como equipe, está avançando em passos muito mais lentos do que os próprios imaginavam. Atualmente, estão brigando ferozmente com a combalida McLaren para serem a quarta força do grid.

A crise provocada pelo covid fez o grupo francês perder muito dinheiro, além do maciço investimento na F1 ainda não ter concretizado grandes feitos, apenas uma vitória solitária de Ocon na Hungria, em 2021. Gastos, gastos e déficit. Vejam só.

Além do mais, no início do ano, o presidente da Renault deu um esporro público em todo mundo do time, responsabilizando e cobrando todos pelo péssimo início de temporada. O cara não tinha descartado nem mesmo fazer mudanças abruptas e radicais, o que não foi feito até agora, mas a insatisfação e a pressão existem.

Lembrem, é a Renault. Uma montadora que gasta muito e, em sete anos, não deu nem de longe o salto que a Aston Martin, que também começou mal, mas finalmente conseguiu alguma reação e notoriedade em 2023, por exemplo.

Vender uma parte do time para os americanos pode ser uma forma de recuperar e maximizar investimentos, mas também pode ser um indício de que a equipe de F1, novamente, não é importante para os franceses. Eles têm esse histórico de pegar, largar e abandonar a categoria. Não seria surpresa.

E, com os americanos assumindo tentáculos relevantes em uma estrutura pra lá de interessante, tem um certo time americano de olho e louco para entrar na F1, com nome, sobrenome, know-how e parceria: a Andretti, com a Cadillac.

Um sonho americano que pode ter uma pitada francesa, por quê não? Se Deadpool e Creed resolverem entrar na parada, todos sairiam ganhando, não? Ok, chega de fantasias por hoje.

Mas onde há fumaça...

Até!

segunda-feira, 19 de junho de 2023

QUEM SABE, UM DIA?

 

Foto: Getty Images

É raro ter dois ou três pilotos de gerações disputando o campeonato e ainda assim irem para o pódio. Quem não lembra da icônica foto com Senna, Prost e o jovem Schumacher na Catalunha? Depois, tivemos outras recriações com Alonso, Vettel, Button, Schumacher, Hamilton, entre outros.

Mais uma vez, em 2023, tivemos um momento de extrema felicidade. Ver os melhores pilotos do grid, em carros diferentes, no topo. O treino, na chuva, mostrou que em circunstâncias desafiadoras, o talento sempre vai prevalecer. Não a toa, eles largaram na frente e dispararam no domingo.

O confronto Alonso vs Hamilton sempre tem nuances de arrepiar. Hamilton passou na largada e o espanhol buscava alguma brecha. Sempre no limite, em poucos décimos de diferença. Com o Safety Car causado por Russell, quase se tocaram. Embora Alonso tenha feito o pit melhor, Hamilton se sobressaiu.

Mas depois não teve jeito. Na única oportunidade, Alonso assumiu a segunda posição em uma disputa limpa e técnica. Todos se respeitam, embora os entreveros acontecem desde 2007. Depois, a situação chegou a se inverter. Com os pneus duros, Alonso viu a vantagem para Hamilton cair.

Nas voltas finais, quando foi alertado sobre isso pela equipe, Alonso mandou um “deixa comigo”. Estava apenas administrando e terminaram assim.

A Mercedes cresceu e é questão de tempo para virar a segunda força de fato, embora a tabela de construtores já mostre isso, devido a capacidade dos engenheiros dos alemães e da dupla de pilotos, a melhor e mais equilibrada do grid.

O foco do texto é uma obviedade: exaltar que, mesmo em condições distintas de carros, mentalidades e carreiras, ver os três melhores do grid no pódio e brigando com lealdade é algo que não podemos esquecer, porque é raro.

Como foi escrito ontem, só falta o time de Stroll e os alemães conseguirem encostar um pouco nos taurinos, até então imunes as mudanças da mãe natureza e os erros humanos (exceto Pérez).

Quem sabe, um dia?

Até!

domingo, 18 de junho de 2023

NÚMEROS E MAIS NÚMEROS

 

Foto: Getty Images

Faça chuva, nublado ou sol, nada vai impedir que Max Verstappen continue vencendo e dominando na F1. Ele consegue superar até a mãe natureza, em um final de semana repleto de desafios logísticos, respondidos com números que impressionam pela precocidade.

No sábado, Max já superou o número de poles de pares como Niki Lauda e Nelson Piquet - observem o que o futuro tricampeão está fazendo. No domingo, Verstappen chegou a vitória número 41, igualando Ayrton Senna e o centésimo triunfo da Red Bull. O primeiro veio em 2009, quatro anos depois da estreia na categoria, quando comprou a Jaguar.

Mesmo com a Red Bull longe do domínio acachapante das outras corridas, Max ainda assim controlou com relativa tranquilidade Alonso e Hamilton. Os dois foram beneficiados pela punição ao então segundo colocado no grid de largada, Nico Hulkenberg, provando que até no sábado o alemão virgem de pódios na F1 não tem mais sorte.

Hamilton passou Alonso na largada, mas o ritmo da Aston Martin fez a Fênix recuperar a posição. Lewis até tentou uma pressão no final, prontamente neutralizada pelo bicampeão. E os três primeiros terminaram assim, em uma corrida longe de grandes emoções.

Um dos pódios mais épicos da história. Assim vai ser quando os três estiverem no topo. Já são 12 títulos (contando o inevitável tri de Max), centenas de poles, vitórias e pódios. Que coisa maravilhosa. Só falta que os alemães e o time do bilionário Lawrence consigam se aproximar um pouquinho em ritmo e velocidade, porque Max está numa fase tão esplendorosa que nem mesmo quebras ou eventuais erros podem ser admitidos, mesmo sabendo que, no final do dia, Verstappen é humano.

A Ferrari acertou na estratégia. O Safety Car causado pela batida de Russell no muro (hoje foi o famoso "dia de crescimento" de George) fez com que os italianos apostassem na durabilidade dos pneus e o trenzinho no grid para ganhar posições importantes, perdidas por inúmeros fatores no sábado (a Ferrari, como sempre e o desastrado Sainz, atrapalhando todo mundo).

Pérez foi outra decepção e precisa lutar bravamente para, dessa vez, ser vice-campeão. A queda de rendimento e ausência de reação não chega a surpreender quem acompanha o mexicano, mas frustra desperdiçar tantas oportunidades no carro mais dominante que dirigiu. Essa pressão de achar que seria páreo para Max claramente pode ser um fator a mais nas causas dessa decadência, olhando por uma particularidade oportunista, obviamente.

Alexander Albon foi o cara do dia. Já tinha brilhado no sábado ao levar a Williams ao Q3. Dessa vez, graças a estratégia, defendeu bravamente os ataques de Ocon e garante pontos fundamentais para a equipe. Uma volta para o time satélite cairia bem no futuro, não? Considerando que De Vries talvez nem termine o ano...

Russell, além de perder pontos importantes para os construtores, ainda teve azar de, mesmo depois de escalar o grid novamente, ter um problema e abandonar. Mesmo assim, a Mercedes parece ser a segunda força porque é a única que possui carro e dupla de pilotos confiáveis (apesar de hoje). A Ferrari é a Ferrari e a outra é Alonso Martin.

Ocon, Stroll e Bottas pontuaram. O filho do dono também constrange por estar tão distante de Alonso, mesmo envelhecido. Também não surpreende. Norris teve uma punição sobre "atitude antidesportiva" e perdeu pontinhos preciosos para a McLaren, que saiu zerada.

No chato GP do Canadá, que teve de quase tudo e mesmo assim não teve como deter Max Verstappen, o que fica é a imagem do pódio. Os três melhores pilotos do grid onde devem estar. E o holandês segue colecionando números, números e mais números.

Confira a classificação final do GP do Canadá:


Até!

sexta-feira, 16 de junho de 2023

AS CÂMERAS DE MONTREAL

 

Foto: Jared C.Tilton/Getty Images

Coisas que não deveriam acontecer em uma etapa da Fórmula 1, mas acontece: basicamente não houve TL1 porque as câmeras internas do circuito pararam de funcionar. Inacreditável. Ah, se isso acontece no Brasil... seria no mínimo de “várzea” e “coisa de país subdesenvolvido” para baixo.

A solução foi antecipar o início do TL2 e, como consequência, aumentar a duração para o antigo formato, de uma hora e meia. Muitos carros trouxeram novas atualizações, então basicamente esse foram os únicos 90 minutos disponíveis para testes. É o caso da Aston Martin.

A sessão foi frenética, onde todas as equipes fizeram praticamente tudo: voltas rápidas e stints. Muito tráfego e dinamismo. Assim como no TL1, a Alpine parece apresentar problemas: os dois pilotos abandonaram a sessão, assim como Nico Hulkenberg. Ocon e o alemão causaram rápidas bandeiras vermelhas no TL2, o que tirou mais alguns minutos de ação de todos.

No final, ainda, veio a chuva, faltando cinco minutos. Dizem que o tempo pode ficar instável no final de semana, o que deixaria tudo ainda mais embaralhado.

Muita expectativa para saber se a Mercedes continuará competitiva. Tudo indica que sim, embora as declarações estratégicas sejam de calma para causar alguma surpresa. Se fazendo de morto para, enfim... Terminaram na frente o TL2, com dobradinha de Hamilton e Russell.

A Ferrari é veloz nas voltas rápidas, mas tem sérios problemas de ritmo. A Aston Martin continua tímida diante do crescimento das Mercedes. Claro, talvez uma sessão única dividida em vários afazeres não seja a melhor métrica do momento. Diante das circunstâncias, o TL3 também será de suma importância para que seja feita uma análise mais apurada.

Tomara que a Mercedes blefe além deles mesmos para que assim haja uma competição com Max Verstappen porque, do contrário, vai ser difícil. A Aston Martin ainda não está pronta e capaz de dar o próximo passo.

Confira os tempos dos treinos livres:

 




Até!

quinta-feira, 15 de junho de 2023

GP DO CANADÁ: Programação

 O Grande Prêmio do Canadá foi disputado pela primeira vez em 1967, sendo disputado até 2008 nos circuitos de Mosport Park, Mont-Tremblant e Montreal (atual), retornando a categoria em 2010.

Em virtude da pandemia do Covid-19, a corrida não foi realizada em 2020 e 2021, retornando em 2022.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Valtteri Bottas - 1:13.078 (Mercedes, 2019)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:10.240 (Ferrari, 2019)
Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)
Maior vencedor: Michael Schumacher (1994, 1997, 1998, 2000, 2002, 2003 e 2004) e Lewis Hamilton (2007, 2010, 2012, 2015, 2016, 2017 e 2019) - 7x

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 170 pontos
2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 117 pontos
3 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 99 pontos
4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 87 pontos
5 - George Russell (Mercedes) - 65 pontos
6 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 58 pontos
7 - Charles Leclerc (Ferrari) - 42 pontos
8 - Lance Stroll (Aston Martin) - 35 pontos
9 - Esteban Ocon (Alpine) - 25 pontos
10- Pierre Gasly (Alpine) - 15 pontos
11- Lando Norris (McLaren) - 12 pontos
12- Nico Hulkenberg (Haas) - 6 pontos
13- Oscar Piastri (McLaren) - 5 pontos
14- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 4 pontos
15- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 4 pontos
16- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos
17- Kevin Magnussen (Haas) - 2 pontos
18- Alexander Albon (Williams) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Red Bull RBPT - 287 pontos
2 - Mercedes - 152 pontos
3 - Aston Martin Mercedes - 134 pontos
4 - Ferrari - 100 pontos
5 - Alpine Renault - 40 pontos
6 - McLaren Mercedes - 17 pontos
7 - Haas Ferrari - 8 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 8 pontos
9 - Alpha Tauri RBPT - 2 pontos
10- Williams Mercedes - 1 ponto

IMAGINA SE...

Foto: Getty Images

Antes de assinar com a Red Bull e estrear na F1 com 17 anos na Toro Rosso, Max Verstappen já era uma grande promessa do automobilismo e a Mercedes estava de olho no holandês. Diversas reuniões foram realizadas no escritório de Toto Wolff, em Brackley, e também na casa do chefão da equipe alemã, em Viana. O resultado todos já sabemos, mas foi feito o questionamento para Toto: algum arrependimento?

"Certamente, mas não era uma opção na época. Tínhamos dois pilotos com que estava extremamente feliz em Nico e Lewis. Quando Nico saiu, Valtteri era a opção. Max não estava disponível”, disse para a ESPN.

O que pesou na decisão de Max foi o fato dele ter a Toro Rosso, equipe B da Red Bull, para estrear imediatamente na F1, enquanto a Mercedes, apesar de influências e ceder motores para outros times, não tem uma equipe B, de fato.

A ESPN americana também perguntou se, caso tudo desse certo, como seria ter Verstappen e Hamilton nas flechas de prata.

“Se Max e Lewis funcionariam juntos? Talvez não. Lewis é um cara da Mercedes desde sempre, então é difícil responder uma pergunta que nunca me fiz. Tudo acontece por um motivo. Mas eu tinha dois pilotos nos assentos, nenhum acordo com equipe júnior, então era claro que a opção com a Toro Rosso era o que eles precisavam. E fizeram bem”, concluiu.

Realmente, difícil de imaginar. Muitos poréns. Pensando hoje em dia, Verstappen "demorou" para maturar enquanto piloto, apesar de jovem. Era muito inconstante e, enfrentar cru assim um campeão como Hamilton, provavelmente não daria certo. Isso só reforça o quão grandioso Lewis foi quando chegou na categoria, quando encarou um certo bicampeão Fernando Alonso, polêmicas a parte. Uma pena que uma dupla, nesses moldes, é impossível.

RENOVAÇÃO A CAMINHO

Foto: Reprodução/Mercedes

Após o GP da Espanha, Hamilton falou que o acordo de renovação estava bem próximo. Agora, é a vez de Toto Wolff afirmar que as partes estão próximas de um desfecho positivo, e isso pode acontecer antes mesmo do GP do Canadá, no final da semana.

"Ainda estamos conversando, ouvimos essa pergunta basicamente em todo fim de semana de corrida.Temos um relacionamento tão bom que tememos o momento em que vamos precisar falar sobre dinheiro. Então, isso vai acontecer em breve. Acho que estamos falando mais de dias do que de semanas", disse.

O chefão foi além:

"Estamos nos esforçando muito. Vou vê-lo hoje e talvez a gente converse sobre isso. Entramos juntos na equipe em 2013, dez anos já se passaram, e, de uma relação profissional, passamos para a amizade. Tem sido um momento maravilhoso.

Do ponto de vista da equipe, Lewis e Mercedes dão retorno há muito tempo. Ele nunca correu por nenhuma marca além da Mercedes. Lewis é a personalidade mais importante do esporte. Ele é tão multifacetado, não apenas nas corridas, mas também fora das pistas, então precisamos mantê-lo no esporte o maior tempo possível”, concluiu.

Lewis Hamilton é uma marca, o grande embaixador do esporte para furar a bolha dos fãs mais hardcore. A F1 precisa agradecer todos os dias que ele ainda se mantenha motivado e ávido pelo sucesso depois de 2021. 
Claro, quando se está no topo, é fácil querer falar sobre aposentadoria porque não existem desafios. No entanto, bastou estar do outro lado da moeda depois de muito tempo que o Sir voltou a ter a garra do menino que enfrentou Fernando Alonso na McLaren. E os resultados mostram: Hamilton ainda pode fazer muito na Mercedes e na F1.

TRANSMISSÃO:
16/06 - Treino Livre 1: 14h30 (Band Sports)
16/06 - Treino Livre 2: 18h (Band Sports)
17/06 - Treino Livre 3: 13h30 (Band Sports)
17/06 - Classificação: 17h (Band e Band Sports)
18/06 - Corrida: 15h (Band)