quinta-feira, 16 de julho de 2020

GP DA HUNGRIA: Programação

O Grande Prêmio da Hungria (Magyar Nagydíj, em húngaro) foi disputado pela primeira vez em 1936, no circuito urbano de Népliget, na cidade de Budapeste. Somente em 1986 voltou a ser disputado, quando entrou para o calendário da Fórmula 1, agora no sinuoso e travado circuito de Hungaroring.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Max Verstappen - 1:17.103 (Red Bull, 2019)
Pole Position: Max Verstappen - 1:14.572 (Red Bull, 2019)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 7x (2007, 2009, 2012, 2013, 2016, 2018 e 2019)

MAIS UM CAPÍTULO NOS BASTIDORES

Foto: Getty Images
Desde o início do ano, a Racing Point enfrenta a desconfiança das concorrentes devido a semelhança com a Mercedes do ano passado, afinal o chassi e o motor são os mesmos.

Agora, um novo capítulo dessa guerra de acusações: a Renault entrou com um protesto contra a equipe junto a FIA após o GP da Estíria, acusando a rival de copiar o desenho dos freios da Mercedes do ano passado, o que seria proibido. A Federação aceitou a denúncia e está investigando a questão.

A Racing Point, em comunicado, respondeu que " está extremamente decepcionada por ver seus resultados no GP da Estíria questionados por um protesto mal concebido e desinformado”, afirmou a Racing Point em comunicado. “Toda e qualquer insinuação de transgressão é firmemente rejeitada pela equipe, que vai tomar todas medidas necessárias para assegurar o uso correto do regulamento de acordo com os fatos”.

A equipe relembrou que o RP20 está apto para correr e que havia passado por uma "sabatina" na pré-temporada, onde a FIA assegurou que não havia nada de errado com o carro.

A força política dos franceses é grande. Parece choro, mas é uma questão que vale muito dinheiro envolvido, principalmente agora em tempos de crise. Não coloco a mão no fogo por nada, mas não duvidaria da força da Renault nesse caso, o que seria uma pena para a boa equipe Racing Point, futura Aston Martin.

SEM PORTA DOS FUNDOS

Foto: Getty Images
A fase que piora a cada corrida não parece intimidar Sebastian Vettel. Ainda sem rumo depois da corrida final, em Abu Dhabi, uma coisa é certa: ele vai continuar na Ferrari até o final, não vai pular da barca  porque está numa má fase ou porque o carro está cada vez menos competitivo. É o que o tetracampeão garantiu.

"Não, eu não vou fugir. Eu tenho algo para provar a mim mesmo e por isso que estou aqui. Muita gente se doou por mim dentro do time nos últimos anos. E por respeito, eu quero devolver esse apoio em um final que valha a pena. Então nem passa pela minha cabeça abandonar o desafio. Claro que, agora, meu futuro está aberto. Então tudo é possível", disse.

Vettel também reafirmou que só continua na F1 se houver alguma vaga interessante. Do contrário, sem perspectivas, volta para casa e curte a esposa e os filhos.

"Se surgir uma proposta de um carro bom, então ficarei interessado. Se não acontecer, certamente eu não sou o tipo de cara que vai ficar na F1 apenas para correr ou para ganhar dinheiro. Essas nunca foram minhas intenções", explicou.

A única vaga interessante no momento é a da Racing Point/futura Aston Martin, em tese. E Vettel está certo: já ganhou quase tudo em grana e esportivamente falando. A despedida pode ser amarga e um pouco triste? Talvez, mas a história é eterna.

CLASSIFICAÇÃO:

1 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 43 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 37 pontos
3 - Lando Norris (McLaren) - 26 pontos
4 - Max Verstappen (Red Bull) - 18 pontos
4 - Charles Leclerc (Ferrari) - 18 pontos
6 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 16 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 13 pontos
8 - Alexander Albon (Red Bull) - 12 pontos
9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 6 pontos
10- Lance Stroll (Racing Point) - 6 pontos
11- Daniel Ricciardo (Renault) - 4 pontos
11- Esteban Ocon (Renault) - 4 pontos
13- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 2 pontos
14- Sebastian Vettel (Ferrari) - 1 ponto
14- Daniil Kvyat (Alpha Tauri) - 1 ponto

CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 80 pontos
2 - McLaren Renault - 39 pontos
3 - Red Bull Honda - 30 pontos
4 - Racing Point Mercedes - 22 pontos
5 - Ferrari - 19 pontos
6 - Renault - 8 pontos
7 - Alpha Tauri Honda - 7 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 2 pontos

TRANSMISSÃO:










terça-feira, 14 de julho de 2020

O FUTURO DE VETTEL

Foto: MotorSport
O cerco a Sebastian Vettel ficou cada vez mais fechado. Fora da Ferrari, com Ricciardo na McLaren, Alonso na Renault e a manutenção da dupla da Mercedes, haveria uma esperança de retornar onde tudo deu certo, na Red Bull. Esse é o desejo do dono, Dietrich Mateschitz, esbarrado em Christian Horner, doutor Helmut Marko e os tailandeses que detém quase metade das ações do time e que não desejam que Albon, o tailandês nascido na Inglaterra, perca o espaço no time.

Por isso essa foto onde Vettel, Christian Horner, Marko e Mateschitz foram flagrados conversando. Apenas isso.

Bom, se essa era a única alternativa, então o futuro de Vettel é usar pantufa em casa e pegar o jornal de manhã para cuidar dos filhos, certo? Talvez não.

É o que dizem a Bild e a Sky Sports. A porta aberta da vez é a da Racing Point, futura Aston Martin, que deseja um piloto de grife para encabeçar o projeto.

Mas como isso seria possível se tanto Pérez quanto Stroll renovaram por várias temporadas? Bem, no filho do dono ninguém mexe. Então, nesse caso, sobraria para o mexicano, que faz parte da equipe desde 2014.

De acordo com o jornal alemão, existe uma cláusula de compensação no contrato de Pérez que o time pode usar até o final do mês e pode ser rescindido, desde que o mexicano receba uma alta quantia, obviamente estipulada no contrato.

Vettel na Aston Martin seria interessante. Uma equipe centralizada nele, organizada, com bons recursos e agora administrada por uma montadora. Seria uma aventura diferente, sedutora de olhar. A presença de Vettel no grid, mesmo em decadência, ainda é muito importante. De quebra, ainda teria um efeito dominó intrigante: para onde iriam Pérez e a grana de Carlos Slim? Certamente que a Haas e a Alfa Romeo teriam no mínimo interesse em seduzir o mexicano.

A imprensa europeia agora garante que esse é o futuro de Vettel: a Aston Martin. Vejamos o que acontece, mas acharia uma combinação muito intrigante e que valeria a pena acompanhar.

Até!


segunda-feira, 13 de julho de 2020

MATURANDO

Foto: MotorSport
Os mais antigos no blog se lembram, mas Lando Norris já era apontado no radar da F1 há alguns anos, como esse texto do fim de 2017 pode provar. Portanto, sua ascensão e o começo da consolidação de grandes desempenhos e resultados nesse início de temporada não é surpreendente para este humilde escritor.

No entanto, de lá para cá algo ficou estranho: cercado de expectativas, todo mundo esperava que Lando estraçalhasse na F2, mas passou longe disso. Coube ao compatriota George Russell a façanha, com Alexander Albon, já assinado com a Nissan pela Fórmula E, como improvável vice. O hype caiu um pouco e o desempenho não correspondia para chegar imediatamente na F1, onde foi promovido pela McLaren também em virtude de ser apadrinhado pelo chefão Zak Brown.

Diante de um pouco menos de expectativa em um carro não tão bom assim, Norris não fez feio. É claro que o desempenho consistente e o pódio no final do ano fizeram com que quase todos os holofotes ficassem sob Carlos Sainz. E ela estava Lando de novo com uma relativa desconfiança. Perder para o experiente Sainz? Mas ele é jovem, está estreando na F1...

Em 2020, as coisas começaram pra valer. Lando é carismático e popular nas redes sociais por ser bem humorado e jogar várias corridas online. Ele gera engajamento. A questão é: com o tempo passando, a pressão por resultados vai aumentar e Lando precisa amadurecer. A resposta inicial está aí: terceiro num treino e um desempenho estelar na corrida e um quinto lugar depois de ultrapassar três carros na última volta, além de fazer a volta mais rápida na última corrida.

Projeções e previsões são sempre perigosas pela emoção e o imediatismo. O que quero dizer é que: talvez Lando apenas não se adaptou tão bem na F2 em relação as expectativas externas. É como aquele jovem talentoso craque no sub-17 e que salta para o sub-20, onde é apenas mais um por ainda não ter desenvolvido fisicamente e, mais tarde, brilha nos profissionais.

No automobilismo, não faltam histórias de pilotos que na base eram modestos mas que gradativamente ganharam espaço e viraram bons valores. Outro exemplo, também já publicado por aqui, é Alexander Albon. O contrário também não falta, como mais recentemente o caso de Stoffel Vandoorne.

Norris está crescendo. Ele está chamando a atenção mas não é nenhuma surpresa. E ano que vem terá uma provação maior ainda: o amigo Daniel Ricciardo. Mais um passo rumo ao estrelato.

Até!

domingo, 12 de julho de 2020

PASSEIO NO PARQUE

Foto: Getty Images
Lewis Hamilton fez o que se espera dele. Pole e vitória dominantes em um final de semana perfeito. Um passeio no parque, praticamente uma turista na pista, mal apareceu na transmissão porque disparou.

Mais do que nunca, o britânico não tem adversários: a Red Bull de Max Verstappen não tem ritmo e consistência o suficiente para fazer frente, nem Bottas. E assim, com a 85a vitória na categoria, Lewis se aproxima dos recordes históricos de Schumacher. Nada pode detê-lo.

Mesmo largando em quarto, a Mercedes sobra em ritmo. Apesar de Max ter dificultado as coisas com o talento que tem, nem isso foi o suficiente para evitar a dobradinha preta. Bottas ainda é líder. Ainda.

O grande barato da Fórmula 1 é o bloco intermediário. Ali a briga come solta e detalhes fazem a diferença. Detalhes e o talento, é claro. Sérgio Pérez, que largou lá atrás prejudicado pelo temporal de sábado, conduziu a Mercedes B para o lugar que devia. Ele tinha ritmo para atacar Albon, apagado e bem distante do trio inicial. O mexicano tentou, mas tocou no tailandês e danificou a asa dianteira. Não parecia ter grandes prejuízos. Pérez errou, mas ao menos tentou. É isso que espera de um piloto, principalmente quem não está compromissado com títulos ou contratos.

Foto: Getty Images

Foto: Getty Images

Enquanto isso, lá atrás, a boa corrida de Ricciardo em segurar Lance Stroll. Antes, Ocon fazia o mesmo com o australiano, mas acabou abandonando. Mais atrás, Sainz, prejudicado por um problema na roda traseira esquerda no pit stop e Lando Norris, sem ritmo e três posições atrás no grid por um incidente inútil na sexta. Aproveitando-se da ordem de equipe de Zak Brown, a incompetência do canadense e o problema de última hora no mexicano, o britânico conseguiu três ultrapassagens em uma volta para tirar da cartola um quinto lugar excepcional, dadas as condições da McLaren.

Sainz ainda fez a melhor volta. Lando Norris. Agora, um pouco mais maduro, consegue desabrochar, sendo oportunista com o que dispõe. Está fazendo muito mais do que o carro pode entregar. Depois de uma F2 decepcionante e uma temporada de estreia regular, parece que Lando está cada vez mais a vontade no carro. Talentoso e carismático, pode se tornar uma estrela mais adiante. É o melhor início da McLaren desde 2013.

Kvyat completou a zona de pontuação. Como desgraça pouca é bobagem, o episódio de hoje de Patati Patatá da Itália teve como protagonista Leclerc que, por fora, acabou com a corrida dele próprio e de Vettel, que nem parece se importar mais. Crescem os rumores de que o dono da Red Bull quer porque quer ele com Verstappen para 2021. Com Binotto perdido, já escrevemos tanto dessa bagunça da Ferrari que qualquer linha a mais é cansativa.

Faltam apenas seis vitórias para igualar o recorde e apenas seis pontos separam Valtteri de Lewis na tabela. Até quando? Assim segue o show, com o comandante de sempre e agora com novos aspirantes a bons coadjuvantes.

Confira a classificação final do GP da Estíria:



Até!




sexta-feira, 10 de julho de 2020

NOVA(S) VELHA(S) PISTA(S)

Foto: Getty Images
Em mais uma corrida na Áustria, agora sob o nome de GP da Estíria, um treino livre que pode ter sido interessante. A previsão é que amanhã talvez tenha chuva forte, o que impossibilite o treino classificatório de acontecer. Sendo assim, os tempos da segunda sessão de hoje é que definiriam o grid de largada.

Se terminar assim, a pole seria de Max Verstappen. Ele conseguiu desbancar Bottas no final, seguido pela dupla rosa da Racing Point, Sainz e Hamilton em sexto, que usou pneus macios velhos. Lando Norris foi punido com três posições por ultrapassar em bandeira amarela no TL1. Que punição ridícula.

Apesar dos resultados modestos mais uma vez, Vettel diz que o carro está melhor do que na semana passada. Se ele está assim, imagina Leclerc... a Ferrari é uma caixinha de surpresas.

Quem roubou a cena foi Daniel Ricciardo. No início do segundo treino livre, o australiano perdeu a traseira e bateu forte na proteção de pneus. Ele batou o joelho na coluna de direção e saiu mancando, preocupando a todos. No entanto, ele garante que não terá problemas para a corrida, apenas o carro... Seria já um "efeito Alonso" na Renault?

Foto: Reprodução/Scuderia Ferrari
A grande notícia do dia foi o anúncio da FIA de mais duas corridas no calendário, totalizando dez por enquanto. Já está certo que nas próximas semanas teremos mais anúncios. Apesar dos números do coronavírus nas Américas continuarem altos, ainda existe otimismo reiterado pela prefeitura e o governo do Estado de São Paulo para a realização do GP do Brasil. no final do ano.

Pela primeira vez na história, Mugello vai sediar uma corrida de Fórmula 1. A pista da Ferrari, que só serviu para testes coletivos algumas vezes e sempre para a Ferrari (é óbvio), vai ter a alcunha de GP da Toscana Ferrari 1000, em alusão a milésima corrida da escuderia na F1, que será após o GP da Itália. Algarve/Portimão está muito perto de um desfecho semelhante e pode significar para Portugal um retorno após mais de duas décadas.

A outra corrida confirmada é Sochi, que será duas semanas depois de Mugello, no dia 27 de setembro. A China cancelou todos os compromissos internacionais do ano, então é fora do baralho. Resta aguardar os truques da FIA para em breve.

Se é que dá para escrever assim, o lado bom desse momento de exceção na F1 é a entrada de circuitos simples e tradicionais europeus no lugar de bugigangas e tilkódromos modernos e sem vida. Isso dá um ar da F1 antiga, que predominava Europa, Japão, EUA e Brasil, Oportunidade rara para uma corrida em Mugello e tomara que coloquem mais circuitos alternativos nesse calendário diferentão.

Para o final de semana, a previsão é a mesma: a Mercedes é favorita mas segue com esses papos de "carro com problemas de confiabilidade". Como escrito na semana passada, as rivais precisam aproveitar as particularidades dessa temporada, especialmente a anfitriã Red Bull, ainda zerada. Como o circuito de Spielberg é bom, torçamos para que seja uma boa corrida, principalmente se tiver chuva na parada.

Ah, as novas velhas pistas da F1...

Confira a classificação dos treinos livres de sexta:




quinta-feira, 9 de julho de 2020

GP DA ESTÍRIA: Programação

A segunda edição do GP da Áustria deste ano foi nomeada como Grande Prêmio da Estíria, que o estado onde fica localizado o Red Bull Ring, em Spielberg.

Foto: Wikipédia

OS JOELHOS DA DISCÓRDIA

Foto: Getty Images
Capitaneados por Lewis Hamilton, a F1 realizou a manifestação antirracista que apoia o movimento Black Lives Matter, que voltou a tona mais forte ainda após o caso de assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos. No entanto, seis dos 20 pilotos resolveram não se ajoelhar e optaram por apenas vestir a camisa com os dizeres de "fim do racismo".

São eles Kimi Raikkonen, Max Verstappen, Charles Leclerc, Carlos Sainz, Daniil Kvyat e Antonio Giovinazzi. Um campeão mundial, duas estrelas e um futuro piloto da Ferrari. É claro que a questão gerou controvérsia e os seis pilotos foram duramente criticados por não aderirem ao movimento e não se posicionarem, embora Leclerc e Verstappen tenham se explicado nas redes sociais o motivo de não terem se ajoelhado.

Hamilton, um dos articuladores, disse estar feliz com o movimento e optou por não tecer comentários acerca dos "seis rebeldes", em declaração para a Autosport:

"Sinceramente, eu não sei os motivos e as opiniões de cada um. Eu sei que há opiniões diferentes entre alguns pilotos, mas isso é algo mais privado e não quero comentar. Acho que ninguém deveria ser forçado a se ajoelhar. Sou muito grato por aqueles que se ajoelharam comigo. É uma mensagem muito poderosa. Só que, decidir se ajoelhar ou não, não é isso que vai mudar o mundo”, destacou.

O inglês, ao invés de se preocupar com essa situação, ele alerta para que a F1 não pare apenas nesse gesto, priorizando ações e atitudes que realmente apresente resultados concretos a médio/longo-prazo.

“Se a gente vai seguir se ajoelhando, eu não sei se teremos outras oportunidades para isso. Certamente não durante os hinos. Acho ótimo que a F1, a Mercedes em particular, percebeu o problema que temos no mundo e resolveu fazer algo a respeito disso. No fim das contas, tudo que fizermos não será suficiente. Precisamos sempre fazer mais. Acho que tivemos maior conscientização nessas últimas semanas. O que nós realmente não precisamos é que isso morra por completo, desapareça e fiquemos sem mudanças”, encerrou.

Sinceramente? Polêmica vazia. Posicionamento não é se ajoelhar, e sim realmente fazer algo concreto, seja público ou não. Essa "histeria do posicionamento de acordo com o que eu penso" só serve para afastar possíveis pessoas que poderiam se interessar a contribuir mas ficam acuadas diante da agressividade e radicalismo dos ditos democráticos e empáticos. Que esse tipo de ato não se limite apenas a tentar agradar a bolha que pouco se importa e quer destruir a categoria. Para quem as pessoas devem se posicionar: para si ou para os outros porque "são pessoas públicas"?

ELES FICAM

Foto: MotorSport
É o que diz Ola Kallenus, CEO da Daimler, empresa-mãe da Mercedes. A revelação foi feita para a Sky Sports antes da largada para o GP da Áustria. 

Apesar da fala assertiva, Toto Wolff desconversa, apenas afirmando que essa sim é uma opção altamente provável. Nada foi assinado oficialmente com os dois pilotos até então
.
"Estou muito feliz com a dupla, em termos de velocidade, performance, mente e colaboração entre ambos, mas nenhuma decisão foi tomada ainda. Em teoria, ambas as vagas ainda estão livres. Mas é claro que Lewis vai ficar se ele quiser. E, depois de ontem, o mesmo vale para Valtteri", resumiu.

Time que está ganhando não se mexe. Bottas não incomoda Hamilton e pode ganhar algumas corridas lá e cá. Hamilton bate recordes e continua em evidência, assim como Toto Wolff e cia, mesmo que o grupo alemão apresente déficit ano após ano mesmo sendo campeões. E trocar Bottas por Russell é seis por meia dúzia, convenhamos.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 25 pontos
2 - Charles Leclerc (Ferrari) - 18 pontos
3 - Lando Norris (McLaren) - 16 pontos
4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 12 pontos
5 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 10 pontos
6 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 8 pontos
7 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 6 pontos
8 - Esteban Ocon (Renault) - 4 pontos
9 - Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 2 pontos
10- Sebastian Vettel (Ferrari) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 37 pontos
2 - McLaren Renault - 26 pontos
3 - Ferrari - 19 pontos
4 - Racing Point Mercedes - 8 pontos
5 - Alpha Tauri Honda - 6 pontos
6 - Renault - 4 pontos
7 - Alfa Romeo Ferrari - 2 pontos

TRANSMISSÃO:







quarta-feira, 8 de julho de 2020

A ÚLTIMA DANÇA

Foto: Getty Images

Fernando Alonso está de volta. Ele não poderia sair da F1 simplesmente por ter as portas fechadas para tentar conquistar o tricampeonato. Aquilo estava na cara que era um até breve.

Isso permitiu para o espanhol olhar para o mundo além da principal categoria do automobilismo. Continuou tentando a Indy, onde fracassou ano pasasdo e tenta de novo nos próximos meses, foi bicampeão de Le Mans e campeão do WEC, vencedor de Daytona e se arriscou no Rali Dakar, no início do ano. É um currículo invejável. Ele precisava voltar. O espírito compulsivo e competitivo sempre fala mais alto. Ele não conseguiria dormir sem tentar de novo.

E tinha que ser na Renault, onde fez mais sucesso e vai para a terceira passagem, algo raro na F1. De cabeça, só me lembro dos casos de Clay Regazzoni na Ferrari, Nigel Mansell na Williams e o recente Daniil Kvyat na Toro Rosso/Alpha Tauri, mas todos esses são circunstâncias diferentes. Tinha que ser no palco onde foi bicampeão, agora sem o banido Briatore, que ainda é seu empresário.

Alonso é um cara competitivo. É óbvio que ele assinou pensando em disputar algo e não apenas brincar de F1 aos 40 anos. Certamente Ocon não vai ter vida fácil e as cobranças para que a Renault, pressionada por tantos resultados ruins nos últimos anos, finalmente acerte a mão. Alonso, Prost e Cyril Abiteboul no mesmo ambiente. Ou isso vai dar muito certo ou vai dar muito errado, mas quem se importa?

Alonso de volta à F1 e na Renault é um sopro de nostalgia gostosa em nossas cabeças. Como a série documental de Jordan e dos Bulls, agora seremos testemunhas da Última Dança de Fernando Alonso, no mínimo com dois anos de duração, igual quando sentimos o retorno de Schumacher para pilotar a Mercedes por três anos. Os resultados esportivos importam? Sim, é claro, mas a questão é maior: a nostalgia, as lembranças.

Se Raikkonen se aposentar no final do ano, Alonso será o único remanescente da geração da F1 2001, duas décadas depois. De lá pra cá, tanta coisa mudou nas nossas vidas... escrevi mais ou menos sobre isso lá em 2016 (como o tempo passa!). Os anos passaram, Alonso virou bicampeão, se envolveu em diversos escândalos, quase foi tri e depois foi perdendo força até o divórcio, em 2018. De lá pra cá, mudei de cidade, terminei a escola, a faculdade, comecei a narrar e um projeto de web rádio, sem falar no que o futuro reserva...

Igual Schumacher na Mercedes, Alonso nesse estágio final vai ser igual a terceira passagem de Jordan no basquete, quando foi para o Wizards: os resultados talvez fiquem em segundo plano. O importante é contemplar os últimos rastros de genialidades desses gênios que nos encantaram e participaram da nossa vida sem que eles sequer saibam. Tomara que Alonso consiga uma última pole ou um pódio pela Renault, talvez uma vitória, mas se não conseguir não tem problema, ninguém se importa.

O que vale é a nostalgia e apreciar o momento, a última dança de um dos maiores da história não só da F1, mas também do automobilismo.

Até!