quarta-feira, 13 de março de 2019

GUIA F1 2019 - PARTE 2

Foto: Getty Images

Começando, sem mais delongas, a segunda e última parte do guia da F1 para essa temporada! Vamos lá:

McLAREN F1 TEAM

Foto: Divulgação
Pilotos: Carlos Sainz Jr (#55) e Lando Norris (#4)

Chefe de equipe: Zak Brown
Títulos de pilotos: 12 (1974, 1976, 1984, 1985, 1986, 1988, 1989, 1990, 1991, 1998, 1999 e 2008)
Títulos de construtores: 8 (1974, 1984, 1985, 1988, 1989, 1990, 1991 e 1998)
Vitórias: 182
Pole Positions: 155
Voltas mais rápidas: 155

Em ampla reestruturação e sem Fernando Alonso, o MCL35 mostrou-se melhor que o carro da temporada passada, se bem que era impossível ser pior. No entanto, ainda não parece ser o suficiente para ficar no mesmo pelotão de Renault, Alfa Romeo e Haas. Bom, agora com Sainz e o jovem badalado Lando Norris, a McLaren tem a juventude mas não tem a experiência para lidar com a pressão e a necessidade urgente de resultados. Por outro lado, a distribuição das funções no carro (Peter Prodromou em conjunto com Pat Fry e Andrea Stella) pode ser um bom indicativo de evolução para a decorrer da temporada.

SPORT PESA RACING POINT F1 TEAM

Foto: Divulgação
Pilotos: Sérgio Pérez (#11) e Lance Stroll (#18)
Chefe de equipe: Otmar Szafnauer

Com o mesmo nome desde o ano passado, a nova “Force India” agora tem mais dinheiro, em virtude da venda para Lawrence Stroll. Com mais recursos e uma equipe técnica comprovadamente capacitada, é muito provável que os rosas cresçam bastante no ano, apesar dos problemas de pré-temporada mostrar que Pérez vai ter algum trabalho nesta primeira metade da temporada. Vai correr praticamente sozinho, buscando aquele pódio maroto. O contrapeso é o filho na vaga, mas nem tudo é perfeito, era a única alternativa de sobrevivência da equipe.

ALFA ROMEO RACING

Foto: Divulgação
Pilotos: Kimi Raikkonen (#7) e Antonio Giovinazzi (#99)
Chefe de equipe: Frederic Vasseur
Títulos de pilotos: 2 (1950 e 1951)
Vitórias: 10
Pole Positions: 12
Voltas mais rápidas: 14

A ex-Sauber volta à F1 com esse nome depois de 34 anos. Os primeiros campeões da história da categoria só tem a grife de ser parceira da Ferrari. Depois de um 2018 muito bom com Charles Leclerc, a ajuda financeira e técnica dos italianos pode fazer a Alfa Romeo sonhar alto nesta temporada, dessa vez com uma dupla interessante: o experiente Kimi Raikkonen e o jovem Giovinazzi, de passagem destacada na então GP2. Chefiados por Frederic Vasseur, os suíços buscam andar com frequência no top 10 e por quê não encostar nos ponteiros. Os resultados da pré-temporada são animadores. Com Raikkonen motivado, a Alfa Romeo pode ser a grande surpresa da temporada.

SCUDERIA TORO ROSSO HONDA

Foto: Divulgação
Pilotos: Daniil Kvyat (#26) e Alexander Albon (#23)
Chefe de equipe: Franz Tost
Vitórias: 1
Pole Positions: 1
Voltas mais rápidas: 1

Com o conjunto traseiro da Red Bull, a equipe satélite dos taurinos sempre é uma incógnita. Sem conseguir andar na frente com frequência e sendo uma verdadeira fábrica de incineração de pilotos, dessa vez a equipe conta com mais um retorno de Kvyat e a estreia do tailandês Alexander Albon, vice-campeão da F2 ano passado. Na pré-temporada, o motor Honda se comportou bem: resistente e sem problemas. Agora, o desafio é ser veloz e constante, além de outro problema da equipe: a falta de evolução do carro com o decorrer da temporada. Com uma dupla quase inexperiente, a Toro Rosso se vira em busca de resultados para o exigente Helmut Marko.

RoKIT WILLIAMS RACING

Foto: Divulgação
Pilotos: George Russell (#63) e Robert Kubica (#88)
Chefe de equipe: Claire Williams
Títulos de pilotos: 7 (1980, 1982, 1987, 1992, 1993, 1996 e 1997)
Títulos de construtores: 9 (1980, 1981, 1986, 1987, 1992, 1993, 1994, 1996 e 1997)
Vitórias: 114
Pole Positions: 128
Voltas mais rápidas: 133

Em crise, pior do que o ano passado a Williams não pode ser. A dupla de pilotos é muito melhor e o carro também é menos ruim. No entanto, as perspectivas da outrora gigante são inexistentes. Sem liderança (Claire não existe e Paddy Lowe pediu afastamento) e comando, a Williams é um barco prestes a afundar. Perdeu um dia e meio de testes na pré-temporada por atraso na concepção do FW40 e está muito distante das demais. Na verdade, o grande objetivo desse ano é ter quilometragem, chegar no final das corridas e depois só Deus na causa. Talvez possa ser o ponto final dessa grande equipe.

Enfim, esse é o grande resumão dessa temporada que se inicia na quinta-feira, com os treinos livres para o GP da Austrália! Até!



terça-feira, 12 de março de 2019

GUIA F1 2019 - PARTE 1

Foto: Crash.Net

E um ano se passou, e cá estamos nós de volta para mais uma eletrizante (?) temporada da F1. A atual pentacampeã Mercedes tenta perseguir os recordes da Ferrari, assim como Lewis Hamilton busca as estatísticas de Michael Schumacher. Diferentemente do ano passado, desta vez tivemos muitas mudanças nos pilotos e até nas nomenclaturas dos times. Neste primeiro giro, vamos começar pelas cinco primeiras equipes da temporada passada: Mercedes, Ferrari, Red Bull, Renault e Haas:

MERCEDES AMG-MOTORSPORT

Foto: Racefans.net

Pilotos: Lewis Hamilton (#44 - Atual campeão) e Valtteri Bottas (#77)
Chefe de equipe: Toto Wolff
Títulos de pilotos: 7 (1954, 1955, 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018)
Títulos de construtores: 5 (2014, 2015, 2016, 2017 e 2018)
Vitórias: 87
Pole Positions: 101
Voltas rápidas: 66

Com o W10 sendo uma incógnita nas voltas rápidas mas bastante eficiente nos long runs, os alemães apostam na genialidade de Lewis Hamilton para seguir no topo, sabendo que tanto a equipe e principalmente Valtteri Bottas precisam render muito mais porque nas duas últimas temporadas a  Ferrari chegou a encostar e superá-los em algum instante do campeonato. O finlandês está pressionado depois de passar 2018 zerado e terminar apenas na quinta posição do Mundial. Apesar do equilíbrio, os alemães ainda são a equipe a ser batida mais uma vez, e os alemães esperam retomar a tranquilidade das três primeiras conquistas da era híbrida, mesmo com o crescimento da Ferrari, com Renault e Honda aparentemente ainda distantes tentando sonhar.

SCUDERIA FERRARI

Foto: Motorsport

Pilotos: Sebastian Vettel (#5) e Charles Leclerc (#16)
Chefe de equipe: Mattia Binotto
Títulos de pilotos: 15 (1952, 1953, 1956, 1958, 1961, 1964, 1975, 1977, 1979, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007)
Títulos de construtores: 16 (1961, 1964, 1975, 1977, 1979, 1982, 1983, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2007 e 2008)
Vitórias: 235
Pole Positions: 219
Voltas mais rápidas: 248

11 anos sem títulos e contando. Sabemos como o ambiente da Ferrari é de muita pressão, não a toa Maurizio Arrivabene foi mandado embora depois de quatro anos sem conquistas. É inegável que os italianos estão no mínimo iguais aos alemães, mas vêm fraquejando nos momentos decisivos, principalmente Sebastian Vettel, outro que está bastante pressionado e com a reputação em xeque. Não a toa Mattia Binotto e Charles Leclerc foram alçados a chefe e a piloto, respectivamente. O monegasco, aliás, desperta grande entusiasmo de um futuro promissor, apesar de no início dever respeitar a hierarquia de um tetracampeão. Dominante na pré-temporada, a Ferrari espera continuar evoluindo o SF90 para finalmente alcançar o passo que não dá desde 2007: o título mundial.

ASTON MARTIN RED BULL RACING

Foto: Divulgação/Red Bull
Pilotos: Max Verstappen (#33) e Pierre Gasly (#10)

Chefe de equipe: Christian Horner
Títulos de pilotos: 4 (2010, 2011, 2012 e 2013)
Títulos de construtores: 4 (2010, 2011, 2012 e 2013)
Vitórias: 59
Pole Positions: 60
Voltas mais rápidas: 60

Depois de romper com a Renault, assinar com a Honda e ver Daniel Ricciardo sair da equipe, fica claro que os taurinos sempre apostaram todas as fichas em Max Verstappen. Gasly foi efetivado para ser um segundo piloto. Tudo vai depender do motor Honda e da maturidade do holandês. Os testes animaram Helmut Marko e companhia, que já pressionam Gasly pelas batidas. Sempre bem ajustado na aerodinâmica, a Red Bull vai precisar de potência e velocidade para tentar encostar e atrapalhar Ferrari e Mercedes, principalmente Max.

RENAULT F1 TEAM

Foto: Divulgação/Red Bull
Pilotos: Daniel Ricciardo (#3) e Nico Hulkenberg (#27)
Chefe de equipe: Cyril Abiteboul
Títulos de pilotos: 2 (2005 e 2006)
Títulos de construtores: 2 (2005 e 2006)
Vitórias: 35
Pole Positions: 51
Voltas mais rápidas: 31

Com o carro cada vez mais evoluído e o motor Renault um pouco mais potente, a esperança dos franceses é encostar nas equipes de ponta. Dinheiro para isso existe e pilotos também, principalmente com a chegada de Daniel Ricciardo. Ele e Hulk formam uma ótima e consistente dupla de pilotos e, sem dúvida alguma, uma das grandes disputas internas do ano. No entanto, a Renault está mais perto do bolo que briga pelo posto de quarta força do que realmente se aproxima da Red Bull, mas os testes nem sempre traduzem tudo. Veremos o que os franceses podem apresentar neste início de temporada.

RICH ENERGY HAAS F1 TEAM

Foto: Sky Sports
Pilotos: Kevin Magnussen (#20) e Romain Grosjean (#8)
Chefe de equipe: Gene Haas    
      
Com a mesma dupla de pilotos pelo terceiro ano seguido, a Haas aposta na parceria com a Ferrari para manter a boa base. No ano passado, chegou a ser a quarta força em muitas etapas e poderia ter feito mais pontos se não fossem os erros da equipe (vide Austrália) e dos próprios pilotos (vide Grosjean, que surpreendentemente fica no time). Na pré-temporada, o carro apresentou velocidade e os mesmos problemas de confiabilidade. Veremos se essa dupla de pilotos vai dar conta do recado. A batata de Grosjean já está bem queimada.

Amanhã, a parte final desse resumão as vésperas da abertura da temporada.

Até!


ARTIFICIALIDADES

Foto: RaceFans
Enquanto FIA, FOM, Liberty e equipes não se resolvem para discutir o futuro da categoria e como tornar ela mais atrativa para as garagistas, outras montadores, definir teto orçamentário e mudar a aerodinâmica para fazer as corridas melhores, a aposta é em mais elementos artificais para fingir que a corrida é emocionante e movimentada.

Dessa vez, foi aprovada a regra de dar um ponto para quem fazer a volta mais rápida da corrida. No enanto, isso só vale se for de alguém que estiver entre os dez primeiros.

A medida não é inédita, pois valia entre 1950 e 1959. Já existem vários cálculos do "e se" isso valesse antigamente e como isso afetaria os títulos mundiais. É óbvio que daí os pilotos correriam de acordo com esse artifício.

Numa disputa que promete ser acirrada entre Ferrari e Mercedes, qualquer ponto pode fazer a diferença. No entanto, imagina se alguém é campeão porque fez mais voltas rápidas que o outro? Qual a lógica disso? A corrida tem que valer só os pontos, o resto é artificialidade. Pole position também é ridículo. É querer dar voltas nas regras para mascarar o indisfarçável: as corridas são um porre, não há emoção natural. É capaz de uma Red Bull ou Renault, distantes do pelotão da frente, pararem no final da corrida só para ganhar esse ponto inútil.

É completamente contraditório uma categoria que virou quase uma endurance (poupar equipamento) agora querer que os carros deem tudo de si quando simplesmente nada mais vale. O que isso acrescenta? Nem para as estatísticas!

É como se "gol de fora da área" valesse mais, ou então "gol mais bonito". O que vale é ser rápido e eficiente. Para isso, é necessário que se mude as regras, mas o status quo não quer e a Liberty e as pequenas não têm força para reverter. O resultado é este: laboratório de testes e medidas rasas para atrair fãs casuais ou forçar emoção em algo que não existe.

Não sei porque o texto ficou tão pesado. Não sou tão contra assim a essa coisa, mas pelo jeito que tá parece que eu surtei ao escrever isso. Talvez tenha colocado todas as minhas frustrações e medos do futuro da categoria nisso aí, às vésperas do início de mais uma temporada. Veremos o que ela oferece e tomara que esses pontos de volta mais rápida não interfiram no resultado final do campeonato. Medida mais ridícula que a pontuação dobrada de 2014.

Saudade de quando as ideias do Bernie pareciam ser loucas, mas melhores: sistema de medalhas, chuva artificial, etc.

Até!

sexta-feira, 8 de março de 2019

O QUE DIZ A PRÉ-TEMPORADA?

Foto: Getty Images
Faltando uma semana para o início da temporada, serei objetivo (ou tentarei): hora de tentar adivinhar qual será a hierarquia das equipes nesta primeira etapa.

Adivinhar porque ninguém realmente sabe o que tá acontecendo, apenas supondo dados das dez equipes. Bom, mesmo assim já dá pra cravar que a Williams segue como passageira da agonia na lanterna, enquanto Ferrari e Mercedes continuam alguns passos acima das demais, mas quem está realmente na frente, dá pra saber?

A Ferrari parece mais rápida. A Mercedes parece melhor em ritmo. O jogo de cena de falar que estão atrás dos italianos não me convence. Baseado nos últimos anos, certamente que os alemães têm uma carta na manga. A Ferrari também sempre vem forte na pré-temporada... Além do mais, Hamilton é mais piloto que Vettel, erra menos. Por outro lado, Leclerc deverá ser mais combativo que Bottas. Ao menos nos construtores as coisas tendem a ficar melhor para os italianos.

Isolado na terceira força está na Red Bull, satisfeita com as primeiras experiências com a Honda. A questão é realmente saber a verdadeira potência e durabilidade em condições máximas de competição. Com os esforços voltados para Max Verstappen, a aposta é o holandês finalmente amadurecer e ser o líder dos taurinos, com Gasly sendo um coadjuvante nem tão luxuoso assim.

O pelotão do meio, Renault e Alfa Romeo parecem a frente, ambas dotadas de vastos recursos financeiros em diferentes instâncias. As duas têm bons pilotos e capacidade de crescimento durante a temporada, podendo até beliscar alguns pódios.

Haas, McLaren, Toro Rosso e Racing Point parecem emboladas. Os americanos ainda apresentam problemas de confiabilidade por montar o carro em diferentes processos. A McLaren evoluiu mas ainda está lenta nos stints, um passo atrás. Toro Rosso vive o mesmo mistério da Red Bull: a Honda, apesar dos testes promissores.

A Racing Point, mesmo com o novo dono, apresentou problemas de confiabilidade e estreou o novo carro em sua totalidade apenas na semana passada. Os engenheiros são capazes e, portanto, há muito potencial de crescimento, ainda mais com bastante dinheiro em caixa vindo dos Stroll, apesar de apenas Pérez ter condições de brigar por algo lá na frente.

Sobre a Williams, basicamente escrevi tudo no post anterior. Resumindo:

Ferrari/Mercedes
Red Bull
Renault
Alfa Romeo
Haas
McLaren/Toro Rosso/Racing Point
Williams

E pra vocês? A rotina volta na semana que vem!

Até!

quinta-feira, 7 de março de 2019

O QUE SOBROU DA WILLIAMS - PARTE 3

Foto: BBC
PARTE 1 e PARTE 2

Queria escrever sobre o momento da Williams outra vez há um tempinho. Estava esperando o momento certo. Queria escrever sobre a pré-temporada das equipes, mas o timing dos acontecimentos me fez voltar às cargas para a equipe de Grove.

Faltando uma semana para o começo da temporada, Paddy Lowe pediu afastamento da Williams por "questões pessoais". Um dos líderes e acionistas do time. Não há previsão de volta, se é que Lowe volta.

Veja bem, um dos acionistas da equipe abandona o barco faltando uma semana pro ano começar. É como se a Espanha demitisse o Lopetegui na véspera do início da Copa passada. A diferença é que a Williams está muito longe de ser uma Espanha, uma protagonista. Estaria mais para um Irã ou Panamá da vida.

O afastamento de Lowe é mais um capítulo da triste e cada vez mais inevitável derrocada da Williams. Há dois anos na equipe, Lowe faz um trabalho péssimo, sem desenvolver o carro e, pior, vendo a equipe cair vertiginosamente rumo à lanterna da hierarquia da temporada. Seu trabalho é extremamente questionável. Em Barcelona, depois da Williams perder um dia e meio de treinamentos, ele admitiu que o atraso do carro não teve nada a ver com questão financeira, apesar do time de Grove perder a família Stroll e o patrocínio da Martini, sendo reposto apenas pela empresa polonesa parceira de Kubica e a tal chinesa ROKiT.

O que se comenta é que as lideranças não se comunicam. Aliás, não há liderança. Claire e Lowe não são essas pessoas. Sem alguém com essa capacidade de reagrupar e ditar os rumos da equipe, o resultado é este: 2018 vexatório e 2019 se encaminhando para o mesmo caminho, apesar de ter o talentoso George Russell e o retorno do agora experiente Robert Kubica.

O polonês, aliás, não está nada satisfeito. Em entrevistas, já criticou a equipe. Disse que não há peças reservas e que o carro está bem longe do ideal. Kubica começa a ver que entrou numa fria. Precisa de explicações porque trouxe um patrocinador do país. As críticas, claro, são para a liderança (?) de Lowe e principalmente Claire. Está tendo até que trabalhar como mecânico inclusive, ajudando a tentar solucionar esses problemas.

Kubica, se desdobrando para tentar salvar a Williams. Foto: Divulgação


A Williams deixou de ser grande quando rompeu com a BMW. Passou a ser uma equipe média e em 2013 esteve na UTI, respirando com aparelhos pelo dinheiro da Venezuela. A reestruturação valeu-se do novo regulamento, dependendo exclusivamente do muito superior motor da Mercedes na época. A vantagem acabou, o carro também, os patrocínios idem.

Com o carro montado nas coxas e as dificuldades financeiras crescendo, a Williams já tinha deixado claro que se não mudarem as regras para 2021, provavelmente estará fora da categoria. Me arrisco a dizer que isso pode acontecer já no fim deste ano, graças a incompetência de Claire e companhia.

Às vezes me parece que estão apenas esperando o Sr. Frank Williams falecer para acabar com o time de Grove de vez. O futuro parece ser incorporado por uma grande montadora para sobreviver não mais como a Williams, mas sim do que sobrou dela.

Até!

sexta-feira, 1 de março de 2019

BARCELONA, DIA 8 - TRÊS MILÉSIMOS

Foto: Getty Images
Esta foi a diferença entre Sebastian Vettel e Lewis Hamilton no último treino de pré-temporada antes do início do campeonato daqui duas semanas, em Melbourne. Bottas ficou em terceiro, três décimos atrás.

Hulkenberg fez o quarto tempo, enquanto Daniel Ricciardo foi o oitavo. Os franceses andaram 103 voltas. Stints + velocidade foram a tônica de hoje. Kvyat e Sainz superaram as 130 voltas (131 e 134, respectivamente). A Haas somou incríveis 167 voltas com Grosjean (73) e Magnussen (94); Raikkonen fez 132 e Pérez também passou dos 100.

Kubica andou 90 voltas mas a Williams parece estar bem distante do pelotão intermediário. O polonês ficou mais de um segundo atrás do mexicano, que fez o penúltimo tempo.

Verstappen andou menos de 30 voltas. A Red Bull saiu para a pista no fim da sessão, resquícios do acidente de ontem de Gasly.

Agora, com os testes feitos, semana que vem darei o meu humilde pitaco sobre como estarão as forças para este início de temporada. Agora, é carnaval!

Até!




BARCELONA, DIA 7 - FERRARI REAGE

Foto: Getty Images
Charles Leclerc testou pela última vez o SF90 antes do Grande Prêmio da Austrália. O monegasco, que perdeu dois dias de trabalho por problemas que fugiram o seu controle, dessa vez pode acelerar o máximo (ou quase isso). Incríveis 138 voltas e um temporal: 1:16.231, o melhor tempo até aqui, utilizando o hipermacio.

Nesse penúltimo dia de testes, todo mundo está andando bastante e agora testando a velocidade, por mais que o C5 não seja utilizado na grande maioria dos circuitos da temporada. Ainda assim, é um indicativo interessante.

Alexander Albon, com a Toro Rosso, ficou em segundo e fez 118 voltas. O motor Honda é a grande notícia positiva desta pré-temporada, onde o único ponto de interrogação que resta é sobre sua real potência. Lando Norris foi o terceiro e sofreu algumas panes. Mesmo assim, teve uma boa quilometragem (84 voltas). Pierre Gasly estava bem até sofrer um acidente ao escapar na curva 9, danificando bastante o carro e deixando em dúvida a participação dos taurinos neste último dia de testes.

A seguir, a dupla da Renault (Ricciardo e Hulkenberg) que, somados, andaram 138 voltas. Os franceses parecem evoluir bem. Lance Stroll foi outro que passou dos cem giros, seguido por Giovinazzi e Romain Grosjean, que só andou 16 vezes.

A dupla da Mercedes ainda não está preocupada com a velocidade. Hamilton e Bottas sequer utilizaram os compostos mais macios. Em compensação, juntos fizeram 186 voltas! Um número assustador. Resta saber qual a verdadeira posição em relação a Ferrari, a dúvida de todos. Magnussen também só utilizou os macios e ficou no fim dos tempos, dando 53 voltas.

A Williams de George Russell mostra estar resistente: 140 voltas. Como já mencionado, vai ser muito complicado recuperar o terreno em relação as outras equipes de meio de grid. Como também já escrito antes, podia ser muito pior.

Daqui a pouco começa o último teste antes do início da temporada. Certamente as equipes irão explorar, mesmo que não signifique alguma coisa, a velocidade. Será que a Mercedes irá na contra-mão disso?

Até!