Blog destinado para aqueles que gostam de automobilismo (principalmente F1), mas que não acompanham com tanta intensidade ou que não possuem muito entendimento do assunto. "Blog feito por um aprendiz para aprendizes."
terça-feira, 24 de outubro de 2023
COMUNICADO
segunda-feira, 23 de outubro de 2023
O SONHO DO PAI
Foto: Getty Images |
De tanto escrever sobre Stroll e os perigos que a
jurisprudência do caso de ascensão dele poderiam proporcionar para o esporte,
ainda olhei para o outro lado.
O óbvio está aí: Stroll está apanhando de Alonso (o que não
é novidade), mas sequer consegue ir para o Q3 depois das férias. No Catar,
estava nervoso, tratou mal a equipe e mal respondia as perguntas da imprensa.
Estava irritado e de saco cheio, aparentemente. Faz parte, ele não deve estar
satisfeito com o próprio rendimento.
No entanto, há meses que surgem notícias de que Stroll vai
abandonar a carreira. Dizem que vai jogar tênis, dizem que cansou da F1. Dizem
que é um pedido da mãe. Dizem que ele pediu para o pai, que não deixou.
Chegamos na figura do texto: o responsável, Lawrence Stroll.
O homem que primeiro comprou uma vaga (Williams) e depois comprou um time para
alocar o filho nem tão talentoso. Um pai que faz de tudo, inegavelmente. Está
investindo pesado na estrutura da Aston Martin para a equipe ser protagonista
no médio prazo. Do contrário, não teria trazido Vettel e depois Alonso. 6
títulos, somente.
Bom, se Lance não quer mais a F1, então é óbvio que Lawrence
pularia fora, certo? Ele é um cara de negócios e bem sucedido, não rasgaria
dinheiro por algo que não fosse a própria família.
Então, diante de todas essas informações e a postura do
filho Lance, fiquei pensando: será que Lawrence e Lance não pode ser o caso do
pai que vive o sonho do filho? Tipo mãe de miss ou pai de jogador, que jogam as
frustrações da juventude na esperança através dos filhos para realizar o que eles
não puderam ou conseguiram?
Bom, a diferença aí é que não se trata de dinheiro, e sim
ambição, projeto de vida. Há negócios, claro, afinal Lawrence é acionista da
Aston Martin e Mercedes e fez o maior investimento por um piloto na história,
desde a base. Não falo somente de comprar vagas e equipes, mas tudo:
equipamentos, estruturas, simuladores, profissionais gabaritados para extrair
alguma coisa de Lance.
Não há talento que justifique a presença no grid. Todos
sabem. Claro, com dinheiro e profissionais infinitos na preparação, é possível
fazer um papel decente ou quase isso. Acontece que Stroll bateu no teto. Não
tem mais a desculpa da inexperiência. Acreditou quem quis.
Quando que o sonho dele ou o do pai vão acabar? Estamos
próximos do fim da jornada ou são apenas devaneios produzidos pela falta de
relevância numa temporada chatíssima? Os dois? O meio do caminho?
Até!
domingo, 22 de outubro de 2023
ASSOALHOS
Foto: Chris Grayten/Getty Images |
Da série "corridas que não vi": campeonato decidido, trabalhando no jogo do Inter (histórico, aliás...). Bom, li que Verstappen venceu, mesmo largando em sexto. Foi melhor na estratégia dos pit stops e mais agressivo nas ultrapassagens, enquanto Norris e Leclerc abriram alas para ele.
Só Hamilton que tentou lutar e se aproximou de Max, mas sem ser o suficiente para vencer. 15 vitórias no ano e 50 na carreira. Impressionante.
Bom, estou assistindo o VT da corrida agora. Está na largada. Antes de começar a escrever, li que Hamilton e Leclerc foram desclassificados por irregularidades no assoalho dos carros.
Segundo o GE, "Hamilton e Leclerc infringiram o artigo 3.5.9.e do regulamento técnico da F1. O texto faz referência à espessura da prancha de madeira no assoalho, que deve ser de pelo menos 10 mm, com tolerância a partir de 9 mm."
Assim, Norris e Sainz completaram o pódio e, entre outras coisas, permitiu que Logan Sargeant pontuasse pela primeira vez na F1. Logo em casa. Que reviravolta.
Enfim, li que McLaren e Mercedes poderiam ter feito estratégias mais ousadas para ganhar e que Hamilton foi prejudicado na estratégia e também em um pit stop. Piastri abandonou, assim Ocon. Destaque também para os bons pontos de Tsunoda e Stroll e o abandono de Alonso. É um fim de ano difícil para a Fênix, que flertou com as vitórias, mas a Aston Martin termina 2023 bem melancólica.
Bom, assistindo ou não, com estratégias, ritmos diferentes e até menos brilhantismo, ainda assim ninguém quer competir com Max Verstappen. E Norris segue flertando com as vitórias, mas sem vencer de fato. Ainda acho que Piastri vai romper o lacre antes dele.
Confira a classificação atualizada do GP dos EUA:
1 - Max Verstappen (RBR)
2 - Lando Norris (McLaren) +10s730
3 - Carlos Sainz (Ferrari) +15s134
4 - Sergio Pérez (RBR) +18s460
5 - George Russell (Mercedes) +24s999
6 - Pierre Gasly (Alpine) +47s996
7 - Lance Stroll (Aston Martin) +48s696
8 - Yuki Tsunoda (AlphaTauri) +1m14s385*
9 - Alexander Albon (Williams) +1m26s714
10- Logan Sargeant (Williams) +1m27s998
11- Nico Hulkenberg (Haas) +1m29s904
12- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) +1m38s904
13- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) +1 volta
14- Kevin Magnussen (Haas) +1 volta
15- Daniel Ricciardo (AlphaTauri) +1 volta
Fernando Alonso (Aston Martin) - ABANDONOU
Oscar Piastri (McLaren) - ABANDONOU
Esteban Ocon (Alpine) - ABANDONOU
Lewis Hamilton (Mercedes) - DESCLASSIFICADO
Charles Leclerc (Ferrari) - DESCLASSIFICADO
Até!
sexta-feira, 20 de outubro de 2023
CUMPRINDO TABELA
Foto: Mark Thompson/Getty Images |
Com o campeonato decidido, difícil encontrar alguma motivação para seguir assistindo a F1 em 2023. Há algumas questões que podem ser interessantes, vamos lá: Max Verstappen vai ganhar tudo até o fim do ano? Alguém vai parar Max e a Red Bull? Teremos alguma surpresa?
Bom, na classificação de agora há pouco, podemos perceber a decadência da Aston Martin. Don Alonso eliminado no Q1, assim como Lance Stroll, como sempre. Isso que as atualizações foram feitas, mas aparentemente não deram resultado... talvez o foco seja 2024 mesmo, mas é o caminho totalmente inverso que a McLaren fez, por exemplo.
Lando Norris ficou no quase de novo. A pole foi de Charles Leclerc, graças a mais um "limite de pista", que tirou a pole de Max Verstappen. Ao menos dessa vez a questão foi resolvida rapidamente e sem constrangimento para os envolvidos. Só isso para brecar a Red Bull.
Ferrari e McLaren muito rápidas, assim como a Mercedes tem boas perspectivas. A Alpine pode incomodar também. Importante lembrar do retorno de Daniel Ricciardo. Tanto tempo parado e agora se recuperando de lesão, vai ser difícil fazer alguma avaliação imediata nesse final de temporada. É evoluir fisicamente e fazer alguns pontos se possível, afinal Liam Lawson conseguiu passando por cima das dificuldades do pior carro do grid.
Nesse clima de fim de feira, vamos ver o que acontece domingo. Com Max largando em quinto, a expectativa é que algumas voltas sejam competitivas até que o tricampeão chegue ao topo. Vamos curtir. Amanhã tem mais uma inesquecível sprint, praticamente no mesmo horário do UFC 294. Imperdível, é claro.
Confira o grid de largada:
Até!
quinta-feira, 19 de outubro de 2023
GP DOS EUA: Programação
O Grande Prêmio dos EUA entrou no calendário da Fórmula em 1950. Até 1960, as 500 Milhas de Indianapólis faziam parte do circo da Fórmula 1. Desde então, o GP foi disputado nos circuitos de Riverside (1960), Watkins Glen (1961-1980), Sebring (1959), Phoenix (1989-1991), Indianapólis (2000-2007) e Austin (2012-).
Em 2020, em virtude do coronavírus, a etapa foi cancelada, retornando para o calendário em 2021.
Foto: Wikipédia |
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Charles Leclerc - 1:36.069 (Ferrari, 2019)
Pole Position: Valtteri Bottas - 1:32.029 (Mercedes, 2019)
Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)
Maior vencedor: Lewis Hamilton (2007, 2012, 2014, 2015, 2016 e 2017) - 6x
CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 433 pontos (CAMPEÃO)
2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 224 pontos
3 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 194 pontos
4 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 183 pontos
5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 153 pontos
6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 145 pontos
7 - Lando Norris (McLaren) - 136 pontos
8 - George Russell (Mercedes) - 132 pontos
9 - Oscar Piastri (McLaren) - 83 pontos
10- Lance Stroll (Aston Martin) - 47 pontos
11- Pierre Gasly (Alpine) - 46 pontos
12- Esteban Ocon (Alpine) - 44 pontos
13- Alexander Albon (Williams) - 23 pontos
14- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 10 pontos
15- Nico Hulkenberg (Haas) - 9 pontos
16- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 6 pontos
17- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 3 pontos
18- Kevin Magnussen (Haas) - 3 pontos
19- Liam Lawson (Alpha Tauri) - 2 pontos
CONSTRUTORES:
1 - Red Bull RBPT - 657 pontos (CAMPEÃ)
2 - Mercedes - 326 pontos
3 - Ferrari - 298 pontos
4 - Aston Martin Mercedes - 230 pontos
5 - McLaren Mercedes - 219 pontos
6 - Alpine Renault - 90 pontos
7 - Williams Mercedes - 23 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 16 pontos
9 - Haas Ferrari - 12 pontos
10- Alpha Tauri RBPT - 5 pontos
FIA GARANTE MOTOR PARA ANDRETTI
Foto: Indycar |
A ÚNICA ESCOLHA
Foto: Divulgação |
terça-feira, 17 de outubro de 2023
TANTA COISA ERRADA
Foto: Reprodução |
Ao mesmo tempo que a F1 cresce em audiência e no sentido de
espetáculo nos últimos anos graças a entrada da Liberty Media na categoria e a
administração à la Hollywood, essa tentativa de transformar tudo em show também
traz consequências embaraçosas para a F1.
2021 mesmo terminou com um erro humano de Michael Masi, que
passou por cima do regulamento para transformar o fim da corrida de Abu Dhabi
em algo de cinema. Foi tão equivocado que acabou sendo demitido, não só por
isso, mas por uma série de regras e interpretações errôneas nas corridas
durante aquele ano, juntamente com os comissários.
Talvez seja até repetitivo escrever isso aqui, mas temos
novos elementos para mostrar como a F1 está indo por um caminho esportivamente
equivocado. As punições (ou a falta delas), proibição de correr na chuva e
agora casos que ficaram extremos e ridicularizaram a F1 no Catar.
Primeiro: correr num calor desgraçado onde diversos pilotos
passaram mal, vomitaram e/ou quase desmaiaram durante e depois da corrida, no
centro médico. Sargeant desistiu da corrida, por exemplo. Outros diziam que
apagavam nas retas. Enfim, num clima desses, não deveria ter corrida. É colocar
a saúde de todo mundo em risco. Imagina se o cara desmaia na reta e passa reto
na curva?
A outra é o já conhecido limite de pista. Sem zebras ou
britas, a F1 tem que ficar colocando sensor pra ver se o carro fica com as
quatro rodas na pista. Se não, haja punições. Tivemos a questão ridícula de
Piastri e Norris punidos enquanto davam entrevista na classificação de sexta e
a mudança de resultados muito depois do fim da corrida.
É tão simples brita ou zebra? Ah, mas danifica o carro. É
lógico, é por isso que os pilotos não podem errar e são muito bem pagos para
isso, desde que o mundo é mundo. O que não faz sentido é não existir diferença
entre estar ou não na pista.
Aliás, outra punição inútil é o tal dos segundos
acrescentados no fim da prova para o infrator. Parece até uma tática: pega a
Red Bull do Pérez, sai batendo por todo mundo e que as “punições” não vão ser
suficientes para nada, pois o carro é tão mais rápido que os demais que é fácil
fazer mais tempo que a punição imposta pela FIA. Quem se ferra, na verdade, é
só quem teve o carro batido.
Por uma F1 menos artificial, não custa repetir. O presidente
da FIA falou que são situações inaceitáveis e que até ameaçou tirar Catar e
Áustria do calendário se algo não for feito, por exemplo.
O chefão também disse que tem muitas corridas no calendário.
Concordo demais. O problema é que sabemos o que é mais fácil de ser feito para
desinchar o calendário: tirar as corridas tradicionais como Interlagos, Spa,
Suzuka, Monte Carlo e manter aberrações como Miami, Arábia Saudita, Catar,
Holanda, entre tantas outras, porque elas pagam mais e sustentam toda essa
brincadeira.
Bom, pelo menos Spa está garantida por mais dois anos. Vamos
aproveitar enquanto dá tempo, afinal a campanha por vilanizar uma reta curva
(Eau Rouge) é uma das maiores bizarrices que eu já vi na imprensa e nas redes
sociais em muito tempo.
Até!
segunda-feira, 9 de outubro de 2023
MEMBERS ONLY
Foto: Getty Images |
Max Verstappen parecia, desde o início, alguém fadado a ser
diferente. Claro, essa história é antiga e já contei aqui trocentas vezes
porque acompanhamos juntos o surgimento de um talento geracional. Ninguém
estreia na F1 menor de idade sem ser, no mínimo, alguém diferente.
O grande porém de Max nunca foi o talento, mas o
comportamento. Claro, subir para a F1 muito jovem deu ao holandês grandes
responsabilidades e imaturidades naturais para alguém que ainda não era um
adulto.
Teve um tempo que o holandês parecia ainda imaturo e sem
margem para progressão, tanto que até cheguei a escrever sobre Leclerc ser
alguém mais completo, cerebral e equilibrado. Bem, se formos comparar,
Verstappen e Hamilton foram criticados quando jovens pelos mesmos motivos:
muita velocidade e ímpeto e falta de freio (literalmente), pensar melhor as
situações de corridas.
Na temporada onde conquistou o primeiro título, tivemos
alguns resquícios desse jogo duro de Max, mas isso foi suavizado. É evidente
que ele continua o mesmo cara e que estar na frente maquia muita coisa. O que
quero escrever é sobre a maturidade e a forma esplendorosa que vive Max.
Nunca alguém venceu um campeonato de forma tão
assustadoramente fácil. Nem jogando no fácil no modo carreira alguém vence 14
de 17 corridas. Geralmente a gente encerraria o save e partiria para outra, mas
é uma simbiose tão rara e especial que faz a gente refletir.
É evidente que ter o melhor carro é um grande ponto de
influência, mas o bom piloto não vence 14 de 17 corridas em um ano. O bom
piloto não vence aos 18 anos na estreia na Red Bull depois de ter subido
puramente por política e a pressão de perder o talento para outra equipe no
futuro.
Max já chegou no clube dos tricampeões como Ayrton Senna,
Nelson Piquet, Niki Lauda, Jackie Stewart e Jack Brabham. Olha o tamanho desses
caras.
Sim, Max Verstappen chegou no clubinho dos grandes campeões
e dos melhores pilotos de todos os tempos. Qual o tamanho comparado aos outros?
Sei lá, só quando ele se aposentar é que teremos essa dimensão.
Em certo momento, Hamilton parecia uma eterna promessa de um
título só e Sebastian Vettel seria o grande nome de uma geração. Até Alonso era
o “novo Schumacher”. Entenderam?
Mas é inegável o tamanho que o jovem Max Verstappen já tem.
E assusta pensar no que ele ainda pode ser, se a Red Bull permitir (e
provavelmente isso vai acontecer).
Até!
domingo, 8 de outubro de 2023
SEM PALAVRAS
Foto: Clive Rose/Getty Images |
Qualquer coisa escrita sobre o tricampeonato de Max Verstappen é correta. Difícil achar algo ou algum prisma inédito que sirva para coroar o trabalho brilhante de um piloto e de uma equipe.
Gostaria de pontuar algumas situações. Em 2021, foi a questão Masi. Ano passado, a confirmação do bicampeonato veio depois da corrida em uma punição a Leclerc. Agora, o tri vem numa escapada do cada vez pior Pérez numa corrida sprint, num sábado. Max merecia maior reverência do destino para celebrar o ponto final das conquistas, mas é um detalhe menor, talvez.
Patética a FIA com suas ideias de zebras diferentes e limites de pista que não seja uma boa e velha brita. O constrangimento da Pirelli em ter que obrigar os pilotos a pararem nos boxes depois de certo número de vitórias para não repetir Indianápolis é expor uma marca que talvez não queira renovar com a categoria no médio prazo. Por quê não fazer o simples?
Por quê insistir em fazer sprints race e transformar o momento da consagração de um piloto geracional como se fosse uma gincana? Como dar importância a vitória numa sprint se isso não existe?
Enfim, vamos pontuar outras coisas.
A Mercedes saiu de controle na briga igualitária dos dois pilotos. Cada ponto é importante para um time tão regular mas que ainda não conseguiu fazer o grande salto. Hamilton testou alguns limites e dessa vez se deu mal. Pode ser o estabelecimento de uma linha traçada para o futuro esportivo da dupla do carro alemão, mas por sorte Russell ainda assim conseguiu se recuperar. Veremos se isso terá maiores sequelas quando os prateados voltarem ao protagonismo de vitórias e títulos. Como fazer?
Quem deu o grande salto e tem uma dupla de pilotos tão boa quanto a Mercedes é a McLaren. Lindo ver a grande evolução do time que no início do ano era eliminado no Q1. Piastri ainda não está no pico do desempenho, mas mesmo assim já incomoda Norris. Ainda tem um stint inferior, fruto da primeira temporada e a exigência física de um F1 ainda estar debilitando o jovem, mas Oscar responde porque venceu a F3 e a F2 de forma consecutiva e foi disputado a tapa por duas equipes. A Alpine deve se arrepender...
Sainz sequer largou e a Ferrari fica no meio do caminho. Uma corrida de sobrevivência que quase foi abreviada por um raro erro de Alonso, que ainda assim pontuou com a Aston Martin meio de tabela. Trabalho correto de Albon e alguns pontos fundamentais para a Alfa Romeo na briga do fim do grid, e com os dois pilotos ainda!
Pérez, Pérez, Pérez... que ele está de aviso em 2024 é evidente, mas não é possível alguém ter uma queda tão vertiginosa assim na temporada. Ele corre o risco de conseguir a proeza de não ser vice em uma temporada que o carro dele venceu 16 de 17 corridas... 16 de 17! São erros e falta de ritmo inacreditáveis... a gente sabe que a diferença dos pilotos e os estilos de pilotagem adaptados ao carro fazem a diferença, mas isso salta aos olhos até de nós, leigos! Qual o futuro de Checo Pérez daqui sei lá, uns seis meses?
Logan Sargeant é outro que só vai conseguir se salvar se for pela nacionalidade ou um protecionismo corporativista da equipe que o revelou, porque está errando demais, dando chance para o azar.
Max Verstappen: absoluto, imparável e tantos outros adjetivos. Definitivamente já dentro de um clubinho seleto, não apenas de tricampeões, mas dos grandes da história. Sim. Já. Não é empolgação.
Confira a classificação final do GP do Catar:
Até!
sexta-feira, 6 de outubro de 2023
É AMANHÃ!
Foto: Clive Rose/Getty Images |
36 anos depois, a F1 vai voltar a consagrar um campeão em um sábado. O último foi Nelson Piquet, quando Nigel Mansell bateu no treino do Japão e ficou fora da corrida no domingo, o que deu o tricampeonato para o brasileiro.
Pois bem, pro constrangimento ficar maior, Verstappen será tricampeão numa corrida sprint. Basta chegar em sexto. A única forma disso não acontecer é se o holandês bater em todas as corridas e Pérez fazer milagre, mas é difícil saber o que aconteceria antes.
Por exemplo, Verstappen larga na pole, com poucas voltas. Pérez não classificou para o Q3. Aí se tira o nível. Também está cada vez mais constrangedor para Stroll em relação a Alonso. Dizem que o canadense vai desistir da carreira e, como consequência, o papai Lawrence vai passar adiante o controle da Aston Martin. É um desperdício de vaga que nem todo o dinheiro do mundo compensa.
Mais uma vez a F1 teimosa, ao invés de optar pela brita ou algo do tipo, também tirou as zebras e fica com essas linhas idiotas. O resultado? Constrangimento para os pilotos: as McLaren, que eram p2 e p3, foram informadas durante as entrevistas que tinham passado dos limites da pista. Horrível expor os pilotos ao ridículo dessa forma. Assim, a Mercedes é que tem o papel de pelo menos tentar incomodar Max na primeira curva, com Russell e Hamilton.
A Ferrari decepcionou no treino, mas pode ser que consiga reagir na corrida. Sejamos sinceros: o resto é irrelevante.
A F1 aguarda finalmente pelo tri de Max Verstappen. Quanto mais cedo, mais enfadonho será o fim do campeonato. Já dá pra afirmar que o campeonato acaba nesse finde se nada der errado, certo?
É amanhã!
Confira o grid de largada para domingo:
quinta-feira, 5 de outubro de 2023
GP DO CATAR: Programação
O Grande Prêmio do Catar aconteceu pela primeira vez na história em 2021, entrando no calendário de última hora em virtude de arranjos causados pelo Covid-19. A corrida aconteceu no autódromo de Lusail.
Ausente do calendário de 2022 em virtude dos preparativos para a Copa do Mundo, a corrida do Catar retorna em um novo autódromo.
Foto: Wikipédia |
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:20.827 (Mercedes, 2021)
Melhor volta em corrida: Max Verstappen - 1:23.196 (Red Bull, 2021)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton (2021) - 1x
CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 400 pontos
2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 223 pontos
3 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 190 pontos
4 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 174 pontos
5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 150 pontos
6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 135 pontos
7 - Lando Norris (McLaren) - 115 pontos
8 - George Russell (Mercedes) - 115 pontos
9 - Oscar Piastri (McLaren) - 57 pontos
10- Lance Stroll (Aston Martin) - 47 pontos
11- Pierre Gasly (Alpine) - 46 pontos
12- Esteban Ocon (Alpine) - 38 pontos
13- Alexander Albon (Williams) - 21 pontos
14- Nico Hulkenberg (Haas) - 9 pontos
15- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 6 pontos
16- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 4 pontos
17- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 3 pontos
18- Kevin Magnussen (Haas) - 3 pontos
19- Liam Lawson (Alpha Tauri) - 2 pontos
CONSTRUTORES:
1 - Red Bull RBPT - 623 pontos (CAMPEÃ)
2 - Mercedes - 305 pontos
3 - Ferrari - 285 pontos
4 - Aston Martin Mercedes - 221 pontos
5 - McLaren Mercedes - 172 pontos
6 - Alpine Renault - 84 pontos
7 - Williams Mercedes - 21 pontos
8 - Haas Ferrari - 12 pontos
9 - Alfa Romeo Ferrari - 10 pontos
10- Alpha Tauri RBPT - 5 pontos
CANDIDATO, MAS SEM GARANTIAS
Foto: Getty Images |
QUASE LÁ
Foto: Getty Images |
terça-feira, 3 de outubro de 2023
COBIÇADA
Foto: Getty Images |
O assento de Logan Sargeant na Williams está muito cobiçado
por um motivo simples: é o único lugar disponível para a F1 2024.
Apesar do chefão James Vowles vir a público defender o
garoto e de certa forma indicar que ele vai permanecer no time, ainda não há
uma confirmação oficial. O motivo é simples e até cruel: Sargeant não faz uma
boa temporada.
Quer dizer, o problema vai além disso. Era óbvio que ele seria
superado pelo bom Alexander Albon, o problema é que a discrepância é grande. O
tailandês nascido e criado na Inglaterra marcou 100% dos pontos do time. Mais
lento, Sargeant também está batendo bastante, o que traz prejuízo para a
equipe, embora a Williams tenha se reestruturado desde que família saiu de cena
da administração.
A crueldade da F1 com os jovens pilotos é algo complicado.
Sim, Sargeant está mal. Sim, provavelmente Sargeant não será um prodígio como o
contemporâneo Oscar Piastri, mas talvez ele tenha subido cedo demais. Ele está
ali porque é da Academia de Pilotos da Williams e por ser americano, importante
para o mercado e principalmente para a categoria que é administrada pelos
compatriotas.
Talvez Sargeant precisasse de mais um ano afirmado na F2,
brigando pelo título para chegar com moral na F1, com menos dúvidas e
asteriscos. Talvez isso não fizesse diferença nenhuma também.
A F1 é cruel com os jovens porque hoje a transição é brutal.
Os carros da base são muito diferentes e só há três dias de pré-temporada.
Simulador não é a mesma coisa. Antigamente existiam os testes ilimitados que
facilitavam os processos, mas hoje não mais.
Sargeant não está confirmado, então ainda podemos escrever
sobre a esperança brasileira. A imprensa europeia tem insistido que Felipe
Drugovich é o principal candidato, caso a Williams opte pela mudança em 2024.
O aporte não seria barato: falam em cerca de 15 milhões de
euros, um valor considerável e que certamente a Williams não rejeitaria. O
brasileiro teria vencido a concorrência e o lobby da Mercedes por Mick
Schumacher, o que não é pouco. É simplesmente o maior sobrenome da história da
categoria.
Entre Felipe e Logan, sou mais Drugovich, apesar que ele
também vai passar pelo desafio de se adaptar à F1 por completo, mesmo fazendo
testes, no simulador e participando de alguns treinos livres.
A vaga é cobiçada, Sargeant parece estar prestigiado mas,
como todo brasileiro, a esperança é a última que morre e não dá para desistir.
Até!