Foto: F1 |
O texto é até repetitivo, mas a F1 não tem novos assuntos ou
personagens para discussão. A temporada será longa e, consequentemente, a Red
Bull vai ter outro domínio. Tudo que a categoria não queria está acontecendo: o
tal do novo regulamento não surtiu efeito.
Aí, como tentativa de solução, a F1 está apelando para o
artificial: pistas de rua repetitivas, trocentas corridas no mesmo país e
corridas classificatórias que são um fiasco. Um falso espetáculo não se
sustenta, e me parece que muitas pessoas estão percebendo isso.
Parece tudo uma cortina de fumaça até esperar o novo
regulamento de motores em 2026 e a chegada de Audi, Ford e talvez Porsche e
Honda. Sem testes, talvez essas gigantes demorem um tempo para serem
competitivas, tal qual Renault e Honda quando retornaram a categoria.
O novo Pacto de Concórdia, a partir de 2024, ainda não foi
assinado pelos times. Isso também será um grande motivo de discussão e notícias
nos próximos tempos, até porque existe uma nítida rixa entre a Liberty, que
organiza os direitos da categoria, e a FIA. Quem ganha essa queda de braço? A
FIA quer novos times, as equipes querem proteger os investimentos. Mais
equipes, mais pilotos, mais oportunidades, menos dinheiro. Contas a pagar.
No fim das contas, como também sempre escrevo, a F1 sempre
foi e sempre será marcada por eras. A diferença é que antigamente, com os
testes liberados, os mais endinheirados podiam se recuperar mais rapidamente.
Agora, dependendo do nascimento do projeto no novo regulamento, é um processo
que leva muito tempo.
Enquanto isso, o desespero da artificialidade pelo
engajamento e manchetes fáceis, onde o clique que importa, nos leva a ter
coisas que são contra o verdadeiro espírito da F1. É bom que alguns bem
intencionados já estão caindo na real. O fiasco de Baku foi muito necessário.
Nesse desespero, só falta fazer o que todo mundo clama: grid
invertido, para priorizar o entretenimento fácil e vazio, ou então proibir a
Red Bull de ganhar, algo do tipo.
O desespero da artificialidade rende cliques vazios, mas
torna a F1 mais desinteressante de forma cada vez mais rápida durante as eras e
os domínios de uma equipe/piloto.
Até!
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