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A vitória foi decidida no famigerado box (o que era comum pelos idos de 2004). Hamilton, com maior desgaste nos pneus, parou mais cedo. Vettel, que não deixou o inglês escapar, aproveitou o tempo a mais na pista para continuar andando forte no primeiro stint e fez o suficiente para fazer o pit stop e voltar a frente do tricampeão. O que ficou claro: o W08 é mais veloz em ritmo de classificação; em corrida, as coisas se equivalem, e a Ferrari parece ter menos problema de desgaste dos pneus. Hamilton voltou do pit atrás de Verstappen e, embora estivesse mais rápido, não esboçou tentativa de ultrapassagem, pois era muito difícil se aproximar, devido a aerodinâmica desses novos bólidos. Com isso, Vettel se isolou e partiu para a vitória. Hamilton, novamente com problema de desgaste dos pneus, não teve forças para acompanhar o SF70 e teve Bottas chegando bem próximo, em terceiro.
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A Red Bull está distante das outras duas equipes, mas está isolada como terceira força até aqui. Não se pode duvidar de Adrian Newey e seus homens, mas existe um caminho para percorrer até poder brigar por vitórias. Raikkonen e Bottas estão muito distantes de seus companheiros de equipe. Ambos, até aqui, podem servir para atrapalhar o adversário, embora Valtteri tenha feito um papel melhor que Kimi, distante até de brigar pelo pódio. Ricciardo errou no Q3 de sábado e pagou pelo preço dos danos do carro. Com problemas de câmbio, abandonou a prova, decepcionando o público local.
Mais isolado no posto de quarta força é a Williams, digo Massa. O brasileiro largou em sétimo, superado pelo ótimo tempo de Grosjean, mas logo na largada pulou para sexto e ficou ali até o final, chegando 1 minuto e 23 segundos atrás do vencedor. A Williams não estava perto das primeiras equipes como se alardeava nos testes, mas está bem na briga pelos pontos. O problema é Stroll. Além de errar muito, o que era esperado, mostra-se incrivelmente lento. O onboard de seu carro mostra o volante "tremendo" na reta e evidenciando a dificuldade de condução do FW40. Abandonou faltando 14 voltas. A Williams disse que foi "problema técnico". O paddock diz que o canadense cansou. Se a segunda hipótese for verdade, os novos carros deixam claro que os mais novos não têm condição de dirigir um F1 mais robusto e difícil que nem o desse ano (Wehrlein o que diga). Óbvio que Verstappen foi bem, mas o erro é comparar o holandês com Lance. Não existe semelhança nenhuma. Seria melhor para a família Stroll ter ido para a GP2 agora. A exigência é outra e o jovem piloto só estará se queimando na F1. Até que ponto o staff da Williams vai se sujeitar ao dinheiro do senhor Lawrence? É isso que queremos saber.
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Para finalizar: Giovinazzi tem muito potencial para ficar na F1. Depois de pegar uma bucha e substituir Wehrlein a partir do TL3, quase foi para o Q2, se não tivesse errado na última curva da volta. Na corrida, fez um papel correto e chegou em 12°, enquanto Ericsson abandonou. O italiano aproveitou a chance. Pontuar seria pedir demais, mas é mais um que mostrou superioridade ao sueco. Fica a campanha pela chegada de Giovinazzi como piloto titular, seja no lugar de Wehrlein ou de Ericsson. O piloto, que agora é da Academia da Ferrari, mostrou cartaz. Se a F1 tivesse 22, 24 ou 26 carros, certamente não teria esse problema, mesmo sem um grande patrocínio. É uma pena que essas oportunidades sejam cada vez mais raras e Strolls, Palmers e Ericsson imperem na categoria...
Confira a classificação final do GP da Austrália:
A próxima corrida será no Grande Prêmio da China, daqui duas semanas, nos dias 7, 8 e 9 de abril.
Até!