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A F1 está nas férias de verão, então você já sabe: chegou a
hora de analisarmos o desempenho dos pilotos nesta primeira metade da
temporada. Neste post, iremos abordar a Red Bull, Ferrari, Mercedes, Alpine e
McLaren.
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Max Verstappen – 10,0
– Não tem muito o que discutir. É
uma temporada quase perfeita. Poucas vezes vimos uma dominância tão absurda e
absoluta de um piloto e uma equipe num ano, digo, metade dele. Imagina o que
Max e a Red Bull podem fazer na segunda metade? Melhor não... tem cara de algo
mais histórico ainda.
Sérgio Pérez – 7,5 – No início, até chegou a fazer frente para
Max. Depois, sucumbiu. Que a diferença é enorme é evidente, mas a perfeição de
Max constrange o quanto o mexicano está sofrendo para manter o vice-campeonato.
Não sabemos se é um carro diferente, mas com certeza Pérez pode fazer e tanto
ele quanto a equipe sabem disso. A partir de agora, uma ameaça australiana vai
pairar o ambiente de Checo.
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Charles Leclerc – 8,0
– Muitos altos e baixos. Erros e ainda inconstância aliados a incompetência
da Ferrari. É uma relação tóxica, de responsabilidade compartilhada. Leclerc é
um piloto muito veloz nos treinos, tanto que conseguiu ser pole duas vezes, mas
ainda tem problemas de ritmo e consistência. Já era para ter passado dessa
fase, mas também entendemos que o ambiente caótico da Ferrari dificulta o
processo.
Carlos Sainz – 7,5 – Até faz uma boa leitura da
corrida, mas não consegue imprimir ritmo, consistência e velocidade. É inferior
a Leclerc e está limitado pelos problemas da Ferrari. Com mais um ano de
contrato, a verdade é que Sainz atingiu o teto na carreira. O que pode ser
feito é buscar mais velocidade, mas está muito evidente que nesse departamento
a inferioridade para Leclerc é quase irreversível.
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George Russell – 7,5 – Está abaixo do que pode, seja
por problemas, azares ou menos ritmo em relação a Hamilton. Depois de um 2022
muito promissor e impressionante, George está oscilando. É normal, o carro da
Mercedes tem seus altos e baixos e o vizinho de equipe é simplesmente um dos maiores
nomes do esporte. O ritmo e a consistência sempre foram armas fortes de
Russell, juntamente com a boa leitura da corrida. Está faltando mais velocidade
e melhores tomadas de decisões para ser aquele piloto eficaz e oportunista que
se destacou com uma vitória no ano passado.
Lewis Hamilton – 9,0 – Hamilton diz que não está mais no auge, mas é um dos três pilotos que
pontuou em todas as etapas até aqui. Está mais adaptado ao carro, embora o W14
ainda não lhe dê condições de vitória, o que desanima quem sempre esteve
acostumado a ficar no lugar mais alto do pódio. É claro que a idade pode
dificultar algum aspecto, mas Hamilton continua com seus lampejos de velocidade
e stints muito bons. Está faltando carro. Aí, certamente, a percepção sobre o
auge vai mudar.
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Esteban Ocon – 7,0 – A Alpine estagnou ou até mesmo regrediu, assim
como Ocon. Erros, incidentes, punições, azares, problemas. Está menos
constante. Também é vítima da bagunça administrativa e das mudanças de rumo do
time francês, mas precisa fazer mais para continuar valorizado entre os
potenciais pilotos de elite do curto prazo.
Pierre Gasly – 6,5 – Chegar numa nova equipe é sempre complicado.
Tudo bem que a Alpha Tauri não era outro exemplo de excelência organizacional,
mas isso também pesa na Alpine. São os mesmos problemas de Ocon, mas a
diferença é que Pierre está um pouquinho mais errático e menos consistente.
Pouca diferença, mas que se reflete na colocação de ambos no Mundial. É uma
temporada de adaptação, mas não pode perder a confiança, do contrário a guerra
interna contra um ex-“inimigo” da base pode também estar comprometida.
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Lando Norris – 8,0 – Cresceu conforme a atualização da McLaren em
Silverstone, que devolveu o time de volta para o jogo. Lando está consolidado,
é um dos pilotos tops. Extrai o máximo do carro e raramente erra. Era o caso do
“precisa de um carro melhor”. Quando a atualização propiciou o protagonismo,
ele foi lá e esteve no pódio, sempre muito veloz. A segunda metade do ano pode
ser ainda mais empolgante se a McLaren continuar nesse nível de protagonismo.
Oscar Piastri – 7,5 –
Um início tímido, se adaptando a
equipe e, principalmente, a categoria, depois de um ano inativo e recheado de
polêmicas. A exemplo de Lando, bastou uma atualização certeira para que Oscar
mostrasse e justificasse porque venceu a F3 e a F2 de forma consecutiva. É um
piloto de muito talento e potencial. O pódio bateu na trave por diferentes
fatores, mas a escala de progressão é muito animadora e promissora.
E esta foi a primeira parte. Concorda? Discorda? Escreva nos comentários!